sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Os 10 mais lidos em 2016 no Stop Cancer Portugal

A lista dos 10 artigos mais lidos em 2016 no Stop Cancer Portugal pode ser facilmente acedida aqui.

Leia todos ou leia, entre os 10 artigos mais lidos, os que lhe parecem ser mais úteis por agora:

  1. Kefir: as propriedades anticancerígenas
  2. Fazer dieta não funciona. A explicação de uma neurocientista
  3. Erva-príncipe: benefícios reais que se bebem e se comem!
  4. Posturas invertidas do yoga: benefícios e contraindicações
  5. Antioxidantes no tratamento oncológico: sim ou não?
  6. O açúcar alimenta o cancro?
  7. Qual é o seu fototipo de pele? Faça o teste de Fitzpatrick
  8. Máquinas de café: excelente meio para o desenvolvimento de bactérias
  9. O tamoxifeno no cancro da mama hormono-dependente
  10. Fritar ou saltear legumes em azeite virgem extra, não é tão mau como pensamos!

A saúde, o bem-estar, a promoção da saúde e a prevenção de doenças são campos científicos. Por isso mais uma vez, recomendamos: não tome decisões baseadas em informações, onde não está clara uma justificação científica. A pior informação que pode obter é a baseada em “achismos” ou opiniões formatadas que nos conduzem a ilusões.

Todos os conteúdos informativos relacionados com a saúde e o bem-estar têm um objetivo orientador, devendo fornecer a base científica com o qual cada conteúdo é criado. Verifique sempre, se no final de cada artigo ou ao longo do texto estão apresentadas as referências científicas que suportam toda a argumentação do artigo. Se houver expressões que aludem a “diversos estudos” ou mesmo “estudos confirmam” sem os identificar, isso nada diz. Desta forma, consegue avaliar se o que lê é, atualmente, um facto científico ou se, pelo contrário não é um facto.

Agradecemos as suas leituras e voltamos em 2017 para continuar a nossa missão: motivá-lo a adoptar hábitos de vida saudáveis. O Stop Cancer Portugal é um projeto português sem qualquer financiamento, por isso precisamos da sua ajuda. Precisamos que partilhe informação útil. Precisamos que divulgue o Stop Cancer Portugal e assim possa contribuir para criar uma sociedade informada, responsável e saudável.

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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Sumos de fruta e vegetais: são benéficos no cancro?

Muitos são os doentes oncológicos que consomem elevadas quantidades de sumos de fruta e misturas de vegetais. Todavia, serão benéficos no cancro?

Estas bebidas podem ser uma boa forma de variar nos frutos e vegetais consumidos, adicionando fitoquímicos à dieta. Todavia, o American Institute for Cancer Research desaconselha uma alimentação baseada em sumos durante e após os tratamentos oncológicos, pois está associada a défices nutricionais e a uma redução significativa da ingestão de fibra.

sumos-de-frutaAlém disso, de acordo com a preparação de um alimento, o organismo absorve diferentes nutrientes e quantidades diferentes do mesmo nutriente. Por exemplo, o que organismo absorve de uma cenoura cozinhada é diferente do que absorve de uma consumida crua e diferente de uma reduzida a sumo. Deste modo, uma alimentação baseada em sumos de fruta e vegetais não permite obter a variedade de uma alimentação saudável.

Os doentes oncológicos devem optar por uma dieta que contenha proteínas e calorias suficientes para garantir um adequado estado nutricional, à qual podem ser adicionados sumos de fruta e vegetais mas que não devem ser tidos em conta como substitutos de refeição ou elemento principal da mesma. Neste sentido, o Oncology Nutrition Dietetic Practice Group da Academy of Nutrition and Dietetics dos Estados Unidos da América recomenda que as primeiras 5 porções de fruta e vegetais ingeridas diariamente devem ser consumidas na forma inteira do alimento, podendo as restantes ser sob a forma de sumos. No entanto, se o doente não atinge, pelo menos, as 5 porções, então deverá atingir esse valor e só depois optar por sumos. O alimento primeiro!

Preparação de sumos de fruta e vegetais

Para a preparação de sumos mais saudáveis, deverão ser incluídos mais vegetais que frutos. Uma fruta basta para adoçar a bebida, sendo os outros ingredientes vegetais hortícolas, o que tornará a bebida menos calórica. Para tirar o maior benefício possível da ingestão, deverá primar-se pela variedade de ingredientes e misturas, podendo até ser usadas partes do alimento que, normalmente, seriam rejeitadas (talos, por exemplo).

Um sumo pode conter muitas calorias, considerando que um fruto/vegetal inteiro tem um volume maior do que quando reduzido à forma líquida. Ou seja, para ser atingindo um determinado volume de líquido são necessárias, por vezes, mais porções que aquelas que seriam ingeridas se o alimento estivesse inteiro. Assim, uma boa maneira de evitar a ingestão excessiva  de calorias, o que pode contribuir para o aumento de peso, é pensar na quantidade do fruto/vegetal na forma natural que seria ingerida.

Incluir crucíferas na alimentação tem vindo a ser associado a uma diminuição do risco de diversos tipos de cancro e a uma diminuição da progressão da doença, sem que haja efeitos adversos. Assim, os bróculos, a couve-galega, lombardo, repolho, rábano, couves de Bruxelas, couve-flor, agrião de água, nabos, rabanete, entre outros, poderão ser boas opções, apesar dos estudos ainda serem insuficientes para que seja reconhecida evidência científica.

Acrescentar proteína e um pouco de gordura à bebida também pode ser um bom contributo para atingir as necessidades nutricionais. Assim, por exemplo, poderá ser acrescentado iogurte e algumas sementes ou frutos secos como topping (como uma cobertura) ou tomá-lo com ovos mexidos ou cozidos.

Situações específicas

No caso de doentes com dificuldade em mastigar e/ou deglutir, bem como noutras situações específicas, a redução de fruta e/ou vegetais à forma líquida pode ser uma boa opção para obter vitaminas, minerais e fitoquímicos, consumindo-os sob a forma de smoothies. Todavia, é importante o acompanhamento por um nutricionista que oriente o doente e o cuidador, para assegurar a ingestão das necessidades energéticas e proteicas e modular os sintomas que pode apresentar e que têm impacto no estado nutricional.

Referências:  American Institute for Cancer Research, LIVESTRONG Foundation & Savor Health. HEAL Well: A Cancer Nutrition Guide. Disponível em http://ift.tt/1PtlGOF. Acedido a 12/11/2016; http://ift.tt/2icP2by. Acedido a 12/11/2016. Fontes de imagens: http://ift.tt/2imzWh1; http://ift.tt/2icQuuC.
 

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Boas Festas: celebrar a vida e preparar o ano novo 2017

A nossa tarefa diária é divulgar informação atualizada e baseada na evidência sobre prevenção do cancro, para a adopção de hábitos de vida saudável.

Celebrar a vida e fazer a festa é parte integrante da filosofia da promoção da saúde. Por isso, nunca é demais repetir: uma festa como deve ser, deve ter variedade, moderação e prazer.

Desejamos a todos um Feliz Natal e um Bom Ano de 2017. São os votos da equipa Stop Cancer Portugal. Agradecemos os seus gostos e partilhas, os comentários, as sugestões e opiniões dadas nas redes sociais.

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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Para manter uma bexiga saudável, não a pressione!

Uma bexiga saudável dá um contributo fundamental para a saúde geral. Promover o bom funcionamento da bexiga é uma tarefa que só a si lhe pertence, adotando alguns comportamentos simples. Depois transforme-os em hábitos diários.

Promover a saúde da bexiga é:

  1. Beber uma quantidade adequada de líquidos: 25-30 ml/kg por dia.
  2. Introduzir o hábito de esvaziar a bexiga a cada 3 a 4 horas: vá mais vezes à casa de banho, pelo menos 4 a 6 vezes por dia.
  3. Adotar uma posição relaxada durante a micção e dar tempo para que a bexiga se esvazie.
  4. Praticar técnicas de treino da musculatura do pavimento pélvico.
  5. Não fumar, fazer uma alimentação saudável rica em fruta e vegetais para prevenir a obstipação e o excesso de peso. Ser fumador, sofrer de obstipação e de obesidade põe em risco a saúde da bexiga.

Em circunstâncias normais, quando a bexiga avisa ser o momento conveniente para aliviar a carga urinária, a decisão de interromper o que está a fazer para se dirigir a uma casa de banho e ir urinar depende exclusivamente de cada um. No entanto, há fatores ambientais que condicionam negativamente as idas à casa de banho, em particular os ambientes de trabalho e as escolas. É preciso haver disponíveis instalações sanitárias adequadas, limpas e seguras. Além do mais, nas escolas, por vezes as instalações sanitárias não asseguram privacidade. É na infância que o hábito saudável de esvaziar a bexiga deve ser adquirido para não afetar a saúde da bexiga na idade adulta.

Prevenir as disfunções da bexiga mais frequentes (a bexiga hiperativa, a urgência miccional, a incontinência urinária) pode fazer-se também através da compreensão da anatomia e fisiologia do sistema urinário e do funcionamento da bexiga. A bexiga está preparada para aguentar alguma pressão mas não a pressione demais.

Fique com o vídeo educativo de Heba Shaheed. É uma pequena lição sobre a bexiga, o sistema urinário e porque não é saudável resistir quando a bexiga avisa.

Referências: Lukacz, E. S., Sampselle, C., Gray, M., Macdiarmid, S., Rosenberg, M., Ellsworth, P., & Palmer, M. H. (2011). A healthy bladder: a consensus statement. International journal of clinical practice65(10), 1026-1036.

 

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Um desconhecido denominado colangiocarcinoma

O colangiocarcinoma é o segundo tumor primário do fígado mais frequentemente diagnosticado em todo o mundo. Este tumor tem origem nas células epiteliais que revestem os canais biliares, os colangiócitos, e pode classificar-se em intra-hepático, extra-hepático ou hilar de acordo com a sua localização anatómica. Sabe-se que a colangite esclerosante primária (CEP) é o fator de risco mais comum. O colangiocarcinoma é um tumor que normalmente se desenvolve nos primeiros dois anos e meio após o diagnóstico de CEP.

De tumor raro a problema de saúde pública

Apesar de ser considerado um tumor raro, o colangiocarcinoma representa um importante problema de saúde pública no sudoeste asiático, onde a sua taxa de incidência é elevada.

Para o diagnóstico deste tipo de tumor podem ser efetuados diversos estudos, incluindo a utilização de alguns marcadores tumorais presentes no soro, tal como o antigénio carcinoembrionário (CEA, do inglês carcinoembryonic antigen) e o antigénio carbohidrato 19-9 (CA 19-9, do inglês cancer antigen 19-9). Também a utilização de estudos imagiológicos são essenciais para o diagnóstico e estadiamento desta neoplasia. Entre as técnicas de imagem mais utilizadas inclui-se a ecografia, a tomografia axial computorizada (TAC) ou a colangiopancreatografia por ressonância magnética nuclear

As opções terapêuticas para o colangiocarcinoma são limitadas

A cirurgia é atualmente a única solução verdadeiramente curativa para o colangiocarcinoma, um tumor descrito como quimiorresistente e radiorresistente. Na verdade, e uma vez que o diagnóstico deste tumor é normalmente efetuado numa fase avançada da doença, existe uma grande taxa de mortalidade associada a este tipo de tumor hepático, ocorrendo a morte essencialmente por insuficiência hepática e/ou complicações infeciosas que acompanham a obstrução biliar crónica.

Uma vez que a utilização das estratégias terapêuticas atualmente disponíveis tem apresentado resultados totalmente desanimadores, a descoberta de novas moléculas e alvos terapêuticos que permitam combater eficazmente o colangiocarcinoma é altamente desejável. Desta forma, alguns fármacos em estudo para este tipo de cancro incluem os inibidores dos EGFR (cetuximab, erlotinib e gefitinib), os inibidores da RAF-cinase (sorafenib), os inibidores dirigidos ao HER-2 (trastuzumab e lapatinib) e os inibidores dirigidos ao VEGF (sorafenib e bevacizumab). Também o efeito do celecoxib, um inibidor da COX-2, e os inibidores dos recetores das tirosinas cinases (sorafenib, erlotinib e bevacizumab), isoladamente ou em combinação com outros fármacos, têm sido alvo de estudo.

Breve nota bibliográfica sobre o 2.º autor: Ana Filipa Brito é Mestre em Engenharia Biomédica e Doutorada em Ciências Biomédicas pela Universidade de Coimbra. Atualmente é investigadora no Centro de Investigação em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia (CIMAGO) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e é responsável pelos assuntos regulamentares na empresa Reg4life.

Referências: Brito AF. GLUT-1: Um alvo terapêutico para os tumores primários do fígado? Tese de Doutoramento – Universidade de Coimbra, 2014.; Brito AF, Abrantes AM, Encarnacao JC, Tralhao JG, Botelho MF. Cholangiocarcinoma: from molecular biology to treatment. Med Oncol. 2015;32(11):245; Brito AF, Ribeiro M, Abrantes AM, et al. New Approach for Treatment of Primary Liver Tumors: The Role of Quercetin. Nutr Cancer. 2016;68(2):250-266.;Palmer WC, Harnois DM. Cholangiocarcinoma. In: Keaveny AP, Cárdenas A, eds. Complications of Cirrhosis: Evaluation and Management. Cham: Springer International Publishing; 2015:219-227. Photo credits: Sasin Tipchai

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Meditar: os princípios básicos

Existem muitas escolas de meditação e muitas formas de meditar e de ensinar práticas de meditação. Mas todas obedecem a determinados princípios que garantem a evolução na prática da mesma.

A meditação não se ensina. Ensinam-se formas e métodos de meditar e depois cada um, tem de descobrir através da experiência pessoal, qual a prática de meditação que melhor se ajusta às suas necessidades e formas de entender a meditação.

A meditação é uma experiência descritível, mas intransmissível.

Estes são alguns princípios básicos para meditar:

  1. É muito importante a regularidade da prática, num mesmo local e hora. Mas se não for possível eleger todos os dias o mesmo local para a prática da meditação, poderá procurar um local tranquilo e que lhe seja prazeroso. O local ajuda, mas o que importa mesmo é a vontade para meditar.
  2. Escolha um momento em que a mente esteja mais liberta das preocupações quotidianas. O amanhecer e o anoitecer, são considerados por muitas práticas meditativas, como as melhores horas para o fazer. Se não conseguir ter um momento certo no dia-a-dia, procure um momento ao longo do dia, em que tenha mais tranquilidade de espírito, em que possa estar só e sem ninguém que o interrompa. O importante é a regularidade com que se pratica meditação.
  3. Reserve um local especial para meditar. A atmosfera envolvente ajuda no processo de concentração. Um local silencioso, arejado, com uma luz difusa, ajuda a focar a mente. Praticar todos os dias no mesmo lugar e na mesma hora, condiciona a mente para que se acalme mais rapidamente. Se não for possível, procure “escutar” a sua disponibilidade para meditar e se considerar que é o momento certo, faça-o. Às vezes na procura da situação ideal, perde-se a oportunidade.
  4. Sente-se com a coluna, o pescoço e a cabeça em linha reta. Os olhos podem estar abertos ou fechados. Se abertos devem olhar o chão de modo a que a cervical permaneça em linha com o resto da coluna. Se sentar no chão de pernas cruzadas não for uma posição confortável, poderá optar por ficar sentado numa cadeira, ou utilizar uma almofada especialmente criada para as práticas de meditação.
  1. Comece por estabelecer um diálogo com a mente, pedindo-lhe para que ela se mantenha tranquila, durante toda a sessão de meditação.
  1. Ao mesmo tempo procure ter consciência da respiração. Deixe que a respiração flua com serenidade, acalmando a mente e o corpo. A regularização da respiração leva à regularização do prana, (energia vital). Se optar por utilizar um mantra (repetição de um som, sílaba ou conjunto de palavras), deve coordenar a forma de o entoar com a respiração.
  1. No princípio deixe que a mente vagueie. Ao procurar concentrar a mente, só vai agitá-la ainda mais. A mente salta de um pensamento para outro, mas acaba por se concentrar à medida que a respiração também se acalma. Se a mente persiste em ficar agitada, procurar manter uma atitude de observação da mente, como se estivesse no cinema. Gradualmente a mente vai ficando mais calma.
  1. Concentre-se num objeto ou símbolo mental que o inspire e procure visualizá-lo. Se optar por entoar um mantra, repita-o mentalmente e coordene a repetição com a respiração.
  1. A repetição cria o foco da mente em algo. Meditar é saber que os pensamentos continuam a acontecer, mas não existe identificação com eles. A mente apenas se identifica com o objeto sobre o qual se medita.
  1. Comece a prática de meditação com períodos curtos, de cinco minutos, durante algumas semanas e acrescente cinco minutos até perfazer uma hora, ou o tempo que achar necessário para meditar.
  1. Procure praticar em grupo e sob a vigilância de um professor devidamente credenciado para o efeito. A prática da meditação pode levar a certas reações físicas e mentais, muitas vezes incompreensíveis para o praticante, mas perfeitamente inteligíveis para quem guia a meditação. Relate essas sensações a quem confia e a quem sabe que verdadeiramente o pode ajudar. Se não ficar satisfeito com a explicação obtida, procure sempre encontrar alguém que o ajude a entender o que se passa consigo.
Referências: Manual Curso de Professores de Hatha Yoga Ed. Vidya-Academia de Yoga do Porto, 2010. “El libro del yoga”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001; “Yoga y Meditacion”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001. Photo credit: http://ift.tt/2hhJuf1

 

 

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Direitos Humanos: celebrar a 10 de dezembro, defendê-los todos os dias

Os direitos Humanos são celebrados a 10 de dezembro, desde 1948. A celebração da data foi escolhida para honrar o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Esta declaração foi assinada por 58 estados com o objetivo de promover a paz e a preservação da humanidade após os conflitos da 2ª Guerra Mundial que vitimaram milhões de pessoas.

Os direitos humanos básicos

A Declaração Universal dos Direitos do Homem enumera os direitos humanos básicos que devem pertencer a todos os cidadãos, independentemente da raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Algumas das caraterísticas mais importantes dos direitos humanos são:

  • Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa;
  • São universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas;
  • São inalienáveis, e ninguém pode ser privado dos seus direitos humanos, no entanto podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal;
  • São indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros;
  • Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa.

“Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, a sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida numa liberdade mais ampla,….a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações…” Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948

Este dia é um dos pontos altos na agenda das Nações Unidas, decorrendo várias iniciativas a nível mundial de promoção e defesa dos direitos do homem.

O português António Guterres será o próximo Secretário Geral das Nações Unidas e o seu mandato tem como principal objetivo incluir, apoiar, proteger os direitos das meninas e mulheres. Mostrando-se “consciente dos desafios que a ONU enfrenta e das limitações” do Secretário Geral, António Guterres frisou que “ninguém tem todas as respostas” nem deve querer “impor a sua vontade” aos Estados membros, pelo que pretende ser “um mediador, um construtor de pontes e um negociador honesto para encontrar soluções”.

Fontes de Informação: UN; UNICEF, Diário de Noticias; Photo credit:http://ift.tt/2h5jTpp

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Suplementos alimentares à base de plantas: há garantia de segurança?

O uso de suplementos alimentares e medicamentos à base de plantas é uma prática habitual por parte de algumas pessoas, incluindo em atletas. Mas qual é a segurança com que podem ser utilizados estes suplementos?

Pelo menos 40% de certos suplementos à base de plantas são rotulados de forma incorreta ou podem conter adulterantes.

Existem algumas orientações relativamente à proibição de suplementos em desportos competitivos, mas há pouca informação credível garantindo a qualidade dos medicamentos e suplementos à base de plantas.

À primeira vista, muitos suplementos vendidos online parecem bem assinalados e os sites associados supostamente fornecem muitas informações sobre os respetivos ingredientes. O problema surge quando o consumidor, em especial um atleta, toma um produto destes confiando na informação disponibilizada e no final o que tomou não corresponde exatamente ao que está no rótulo. Isso pode resultar na desqualificação de um atleta de alta competição por tomar uma substância proibida, ainda que inconscientemente.

Estudos sobre os suplementos alimentares à base de plantas

Uma pesquisa realizada com a substância Ginkgo pela Escola de Farmácia da University College London presente nos produtos Milk Thistle e de Rhodiola rosea, foi descoberto que 20-40% dos produtos foram etiquetados de maneira errada ou continham adulterantes. Qualquer um destes produtos pode ser utilizado por atletas, mas o caso do Rhodiola rosea é particularmente preocupante. Este suplemento é usado amplamente e com o propósito de aumentar a resistência física e mental.

Na União Europeia, a diretiva tradicional Herbal Medicinal Products (THMPD) e o registo de ervas tradicionais (THR) dá aos consumidores acesso a uma ampla variedade de suplementos alimentares à base de plantas de qualidade garantida e com um perfil de segurança bem pesquisado. No entanto, existem ainda um grande número de suplementos não regulados e amplamente disponíveis. E cada vez mais, estes produtos podem ser obtidos por compra online.

Neste estudo sobre os produtos de Rhodiola rosea, o composto marcador característico, o rosavin, não foi detetado em 23% dos produtos. Rosavin é o principal composto de Rhodiola rosea que tem sido investigado e apresentado devido às suas propriedades medicinais, sendo, deste modo, a sua presença considerada de importância vital.

Não é claro se esta é uma adulteração deliberada ou acidental. Têm sido feitas muitas tentativas para esclarecer esta questão com as diversas empresas envolvidas, mas os esforços têm-se revelado infrutíferos. Intencionais ou não, estes resultados mostram que existe uma falha nos sistemas de controlo de qualidade utilizados.

A compra de medicamentos sem registo e de suplementos alimentares apresentam um risco evidente, pois estes produtos não foram submetidos ao controlo rigoroso como os produtos fabricados no âmbito de um processo estritamente regulamentado e monitorizado. Enquanto os medicamentos fitoterapêuticos registados como produtos THR oferecem garantias reais, aqueles que não são registados tornam-se problemáticos para o público em geral, incluindo atletas, pois podem ser de má qualidade e/ou adulterados.

Assim, é extremamente importante obtermos todas as informações sobre um produto antes de o adquirirmos, pois só assim poderemos garantir a sua qualidade.

Fonte da informação: texto adaptado de Elsevier SciTech Connect, setembro de 2016 em http://ift.tt/2gfJECI; Photo credits: http://ift.tt/2haYbgz

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O açúcar alimenta o cancro?

Nas consultas de nutrição oncológica, é frequente os doentes perguntarem: “o açúcar alimenta o cancro?”, em virtude da especulação e da falta de informação veiculada pelos meios de comunicação social e por alguns sítios da internet. No entanto, a resposta é bem mais complicada do que “Sim” ou “Não”.

Todas células, cancerígenas ou não, utilizam a glicose como fonte de energia, ou seja, todas são “alimentadas” por este açúcar. A glicose é tão importante para o funcionamento do organismo que este tem uma série de estratégias para manter os níveis de açúcar no sangue (glicemia) normais.

acucar-cancroA glicose é obtida a partir de diversos alimentos, como os vegetais, a fruta, os cereais (integrais ou não) e seus derivados, os laticínios … A lista prosseguiria numa enumeração extensiva. Além da origem alimentar, este açúcar pode ser fornecido às células através da produção pelo próprio organismo, a partir da proteína, quando não se incluem hidratos de carbono na dieta.

Muitos doentes oncológicos evitam os hidratos de carbono, pois pensam que o açúcar pode promover o crescimento das células cancerígenas. Essa atitude é contraproducente, quando se pretende a manutenção de um adequado estado nutricional e quando se está perante os efeitos secundários do cancro e dos tratamentos. A própria eliminação dos hidratos de carbono da alimentação é geradora de stresse, o que proporciona a ativação de mecanismos que aumentam a produção de hormonas que podem elevar a glicemia e prejudicar a função imunitária.

Como é que o açúcar se relaciona com o cancro?

A relação entre açúcar e cancro surge por via indireta. O consumo de grandes quantidades de alimentos ricos em açúcar pode significar uma dieta excessiva em calorias, favorecendo o aparecimento de excesso de peso/obesidade e uma elevada quantidade de gordura no organismo. É esse excesso de gordura que se relaciona com o aumento considerável do risco de diversos tipos de cancro, bem como da agressividade dos mesmos.

A relação também é indireta, quando se fala do crescimento de um tumor já existente, o qual pode ser estimulado não pelo açúcar em si mas através da relação entre este e os níveis elevados de insulina e de fatores de crescimento relacionados. Muitos tipos de células cancerígenas apresentam uma grande quantidade de recetores para a insulina, o que significa que são mais sensíveis que as células saudáveis à capacidade da hormona promover o seu crescimento. Assim, mais uma vez, o que está em causa é uma dieta excessiva, o que não se relaciona apenas com o cancro mas também com outras doenças crónicas.

Apesar do referido, as dietas cetogénicas (dietas com menos de 20g de hidratos de carbono por dia) têm vindo a ser estudadas como possível forma de intervenção em casos de tumores cerebrais e de cancro avançado da próstata e da mama. Contudo, ainda não há conclusões suficientes suscetíveis de considerar este tipo de dietas como adequadas em oncologia, até porque também apresentam desvantagens (sabor, aceitabilidade, possível perda de peso).

Quais são as recomendações?

A alimentação do doente oncológico deve ser baseada nos princípios de uma alimentação saudável, ou seja, equilibrada, variada e completa, de acordo com a Nova Roda dos Alimentos. Além disso, a atividade física tem um importante papel na estabilização dos níveis de açúcar sanguíneos, devendo a sua prática e continuidade ser incentivada nos doentes oncológicos, não apenas por esta mas por outras razões.

Assim, uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular são pontos fundamentais na prevenção do cancro mas também para o prognóstico e qualidade de vida dos doentes oncológicos.

Referências: Giovannucci E et al.. Diabetes and cancer: a consensus report. Ca Cancer J Clin. 2010;60:207-21. Vigneri P et al.. Diabetes and cancer. Endocr Relat Cancer. 2009;16:1103-23. Klement RJ & Kämmerer U. Is there a role for carbohydrate restriction in the treatment and prevention of cancer? Nutr Metab (Lond). 2011;8:75. Gallagher EJ & LeRoith D.  Insulin, insulin resistance, obesity and cancer. Curr Diab Rep. 2010;10:93-100. Webster Marketon JI, Glaser R. Stress hormones and immune function. Cell Immunol. 2008;252:16-26. Fontes de imagens: http://ift.tt/2gHbMN9; http://ift.tt/2fZB3Uu
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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Biobancos: repositórios de esperança

Os biobancos são repositórios organizados de amostras biológicas, provenientes de procedimentos médico-cirúrgicos como biópsias, cirurgias ou colheitas de sangue, com a informação pessoal e clínica dos dadores associada. As amostras biológicas abrangidas por estes repositórios podem incluir tecidos, células, líquidos ou os seus derivados (como ácido desoxirribonucleico – ADN – ou proteínas). Os biobancos, responsáveis por colher, armazenar, processar e distribuir as amostras biológicas e informação relacionada, podem ter diferentes dimensões e finalidades, podendo ser utilizados para fins clínicos, investigacionais ou judiciais.

Os biobancos podem revolucionar a terapia e diagnóstico de diversas doenças

Desde a década de 90 que os biobancos têm vindo a revolucionar o diagnóstico e terapia de diversas patologias pois permitem o acesso partilhado a inúmeras amostras biológicas por cientistas e médicos de diferentes partes do mundo. Desta forma, o estudo das amostras biológicas e a correlação com os dados pessoais e clínicos de cada dador tem permitido compreender diversas doenças, contribuindo largamente para formas mais seguras e eficazes de diagnóstico e terapia e, inevitavelmente, para a redução de custos diretos e indiretos com a saúde. É assim possível, através dos biobancos, correlacionar fatores como a predisposição genética, determinantes ambientais, estilo de vida ou resposta ao tratamento com a caracterização biológica de cada amostra.

As questões éticas e jurídico-legais

A utilização crescente de amostras biológicas, doadas voluntariamente, e da informação associada tem despertado a necessidade de definir e clarificar o enquadramento ético e jurídico-legal dos biobancos em todo o mundo. De facto, são várias as questões que têm vindo a ser consideradas nos biobancos, tais como a necessidade de obtenção do consentimento informado por parte do dador, a preservação da privacidade e identidade das amostras e respetivos dadores, a divulgação dos resultados ou a troca de informação entre equipas.

Por todos estes motivos, os biobancos estão sujeitos a mecanismos regulatórios que salvaguardam os direitos dos dadores, mantêm a qualidade médica e científica do trabalho realizado e garantem a defesa de todos os aspetos éticos e jurídico-legais.

Referências: Martins MFM. Perspetivas públicas em relação aos biobancos médicos e para investigação científica em Portugal. 2015.; Cambon-Thomsen A. The social and ethical issues of post-genomic human biobanks. Nat Rev Genet. 2004;5(11):866-873.; Cambon-Thomsen A, Rial-Sebbag E, Knoppers BM. Trends in ethical and legal frameworks for the use of human biobanks. Eur Respir J. 2007;30(2):373-382.  Photo credits:  

 

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Dia Mundial do Não Fumador 2016: tabaco ou saúde?

O Dia Mundial do Não Fumador tem data marcada a 17 de Novembro.
O tabagismo é atualmente considerado a principal causa de morte em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. É uma boa altura para refletir sobre o consumo do tabaco e sobre os seus malefícios e, se é fumador, porque deve deixar rapidamente de fumar.

Dados de 2008 adiantam que em termos mundiais houve 1,61 milhões de novos casos de cancro do pulmão, correspondendo a cerca de 13% de todos os casos de cancro. O cancro do pulmão é a doença oncológica mais comum nos homens. Quer isto dizer que morreram por cancro do pulmão cerca de 438 indivíduos por dia. Apesar de as estatísticas verificarem uma estabilização e até diminuição na taxa de incidência no homem, existe uma tendência para o aumento do número de casos na mulher. A estimativa para 2025 é de 10 milhões de mortes devidas ao consumo de tabaco.

Em Portugal são anualmente diagnosticados cerca de 4000 novos casos de cancro do pulmão e morrem, por este diagnóstico, cerca de 3600 doentes. O cancro do pulmão ocupa o 4º lugar em incidência, os três primeiros lugares são para os cancros da mama, próstata e coloretal.

É o tipo de cancro com a maior taxa de mortalidade. Para ficar com uma melhor noção da dimensão real desta doença, pode dizer-se que em 2014, o número de mortes por acidentes rodoviários (480 mortes), que motivam tanta preocupação na população em geral, foi 5.8 vezes inferior ao número de mortes por cancro do pulmão.

cigarro

Clique em cima para visualizar

Qual a composição do fumo do tabaco? O fumo do tabaco contém mais de 4 000 compostos químicos. Destes, 60 são potencialmente causadores de cancro. Além da acetona, o fumo do tabaco contém o monóxido de carbono, presente nos gases de exaustão dos automóveis, DDT (um inseticida), metanol (combustível), tolueno (solvente industrial), naftaleno (presente nas “bolas de naftalina”), cádmio (constituinte das baterias dos automóveis), butano (combustível dos isqueiros), entre outros.

Quais são as vantagens de deixar de fumar?
As vantagens são imediatas e tanto maiores quanto mais tempo estiver sem fumar. Basta um dia para haver melhorias na tensão arterial. Se um fumador estiver 1 ano sem fumar reduz o excesso de risco de enfarte para metade; se estiver 5 anos sem fumar o risco de acidente vascular torna-se igual ao dos não-fumadores; se estiver 10 anos sem fumar o risco de cancro do pulmão reduz-se para metade; se estiver 15 anos sem fumar o risco de enfarte e de morte torna-se idêntico ao dos não-fumadores.

Cada cigarro que fuma retira 7 minutos de vida. No dia mundial do não fumador, pense: tabaco ou saúde? A escolha é sua.

de informação: Direção Geral da Saúde; Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão; Organização Mundial de Saúde (OMS); Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO). Photo credits: www.sescrio.org 

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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Para ser grande, sê inteiro.

Para ser grande, sê inteiro.

(Ricardo Reis, in “Odes”- Heterónimo de Fernando Pessoa).

Após vários meses, regressamos à missão de, com simplicidade e bom senso, escrever sobre o cancro e sobre como todos gostaríamos de lhe pôr um fim. Mas como em todas as lutas, chegam momentos em que é preciso parar, ou somos parados, por dúvidas, por incapacidades ou porque simplesmente é preciso recuperar forças.

A luta pressupõe que há um inimigo que é preciso combater, mas e se o inimigo formos nós mesmos? Há momentos na vida em que somos desafiados por situações que nos abalam e transtornam a ponto de quase nos derrubarem. O que vejo a acontecer, na maioria das vidas que conheço é o consequente emergir de uma atitude de “vamos à luta”. Imediatamente, nos animamos e vemos nesta atitude um ato de imensa coragem. É certo que a resiliência é um recurso fantástico e aqueles que a têm prosseguem a sua vida, aparentemente, com mais facilidade. Mas, volto atrás e foco-me na expressão: “aparentemente”. Não será muitas vezes, apenas, aparente, a recuperação de situações que consensualmente são reconhecidas como avassaladoras?

Vivemos na época do fast-food e fast life. Tudo tem que prosseguir e de imediato: “The show must go on”. E assim, apressamos tudo, desde o crescimento dos alimentos, aos nascimentos, às recuperações. Vemos pessoas enlutadas e doentes a regressarem rapidamente ao trabalho, pais a apressarem a entrada dos filhos na escola, para tudo temos pressa. Mas os nossos tempos internos nem sempre são aqueles que nos são impostos, inclusive, por nós mesmos numa tentativa de fuga para a frente. Por isso, é urgente parar de vez em quando, sobretudo quando a vida nos desafia com algo que seja demasiado avassalador. Qualquer dor para passar tem que ser devidamente e demoradamente doída. E não se fala aqui de vitimização ou de masoquismo. Fala-se sim de termos a coragem de sentir e olhar para a nossa dor, de ficarmos na “toca” por algum tempo a lamber as feridas, a sentirmo-nos, a pensarmo-nos. Todas as experiências de vida requerem uma digestão interna que nos cabe a nós fazer, naturalmente, com a ajuda que sentirmos necessária. O que não soa natural é passarmos por cima de nós mesmos como se lá não estivéssemos.

Durante estes meses em que não escrevi, porque precisei de reclamar este tempo e espaço para olhar para dentro, fui tomada por muitas dúvidas, inclusivamente, duvidei do sentido de escrever sobre como prevenir o cancro. Saberemos verdadeiramente como prevenir o cancro, ou qualquer outra situação avassaladora que nos surja pondo em causa a nossa sobrevivência? Deveremos viver focados na prevenção do cancro, da SIDA, dos acidentes de viação, das guerras, das violações e de tantas outras catástrofes que nos assolam? Ou deveremos, antes, viver focados em como fazer de cada dia da nossa vida um momento em que damos o melhor de nós no sentido do respeito por nós mesmos e pelos outros. Dir-me-ão que é a mesma coisa, mas sinto que há grande diferença nesta mudança de foco.

As células anómalas do cancro comportam-se como sendo imortais. As células sãs cumprem com a sua vida e aceitam a sua mortalidade dando lugar a outras que nascem. Suponho que as pessoas sãs aceitam que todos iremos morrer um dia, pelo que importa realmente é saber viver cada dia da melhor forma. Não deixando que o nosso medo nos impeça de vivermos inteiros e presentes em cada momento e sabendo parar para repor forças sempre que necessário, justamente, para não nos comportarmos como as células do cancro, com a ilusão de que somos imortais e invencíveis.

Photo credit: Samuel Zeller, Poznan Poland.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Olhos na Diabetes: celebrar o Dia Mundial da Diabetes 2016

Olhos na Diabetes é o lema do Dia Mundial da Diabetes 2016, celebrado a 14 de novembro.
Segundo o International Diabetes Federation (IDF) estima-se que em 2035 o número de pessoas com diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença. Portugal posiciona-se entre os países europeus que registam uma taxa mais elevada de prevalência da diabetes.

Todas as pessoas com diabetes estão em risco de perder a visão. A retinopatia diabética é a complicação oftalmológica de maior relevo causada pela diabetes mellitus. Esta patologia está presente tanto na diabetes tipo 1 como na diabetes tipo 2. Quando culmina em perda de visão é considerada trágica e constitui um importante fator de morbilidade de elevado impacto económico, uma vez que a retinopatia diabética é a causa mais frequente de cegueira adquirida na população economicamente ativa.

A retinopatia diabética é uma das complicações crónicas da diabetes, sendo a principal causa de cegueira ou diminuição visual, em adultos, nos países desenvolvidos. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO) estima-se que, 20 anos após o diagnóstico de diabetes, 75% dos pacientes sofrerão de retinopatia diabética.

Até ao momento, ainda não foi encontrado nenhum agente farmacológico capaz de prevenir ou reverter a retinopatia diabética. Atualmente o tratamento disponível é a cirurgia por fotocoagulação, pelo que a melhor forma de tratamento passa primeiramente pela prevenção através de uma vigilância cuidadosa dos fatores de risco.

A progressão mais ou menos rápida da retinopatia diabética está associada a condições que o indivíduo não consegue controlar: a idade ou o tipo de diabetes. Mas também está dependente de outros fatores da sua inteira responsabilidade: a alimentação, a administração regular de medicação e um bom controlo metabólico. As pessoas que sofrem de diabetes também têm um risco aumentado de doença cardiovascular, doença vascular periférica e cerebrovascular. Estão envolvidos no desenvolvimento da diabetes, vários mecanismos patogénicos. Estes incluem mecanismos que destroem as células β do pâncreas com consequente deficiência de insulina e, outros que resultam na resistência à ação da insulina. As perturbações nos metabolismos glucídico, lipídico e proteico devem-se à deficiente ação da insulina nos tecidos alvo que resulta da insensibilidade ou falta de insulina. Sem esta hormona, o nosso corpo não obtém a energia que necessita.

A Organização Mundial de Saúde declarou a diabetes como o flagelo do século XXI. Uma doença filha do desenvolvimento urbano e das novas tecnologias, tem no excesso de peso o seu maior aliado. A diabetes alimenta-se dos maus hábitos, por isso como pode prevenir?

  1. Mantenha o peso adequado
  2. Tenha uma alimentação saudável
  3. Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas
  4. Não fume
  5. Pratique atividade física
  6. Controle o sal
  7. Leia os rótulos dos produtos alimentares
  8. Evite o stress.
Fonte da informação: International Diabetes Federation (IDF); Sociedade Portuguesa Diabetologia; Organização Mundial de Saúde (OMS); Wellman, N. S., & Kamp, B. J. (2010). Nutrição e Edaísmo. In L. K. Mahan, & S. Escott-Stump, Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia (12ªedição ed., p. 295). Elsevier.

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“O passado está na tua cabeça. O futuro nas tuas mãos.” - Autor desconhecido #stopcancerportugal #citações #atitude #autordesconhecido


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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Yoga e meditação: os alegados benefícios

livro-yoga-e-meditacaoPode o yoga e a meditação ultrapassarem a barreira da comprovação científica para se imporem como terapias? Provavelmente não, se apenas o olharmos como um objeto da ciência, mas garantidamente que sim, se o praticamos. A consciência do corpo, da respiração e da mente, são a chave “científica” que cada um, individualmente, precisa para perceber os benefícios do yoga e da meditação.

Ao ler o livro “Como a meditação pode (ou não) mudar a sua vida”, percebi que os ensaios clínicos e as provas científicas podem ou não ser uma mais-valia na explicação do caminho individual de cada um, na prática do yoga e da meditação.

De facto hoje em dia, a necessidade de estudar os benefícios do yoga é uma prática generalizada de muitas universidades internacionais. Há cada vez mais médicos que estudam e recomendam a prática do yoga, sendo eles próprios praticantes. Não há nada melhor que praticar e sentir, para poder recomendar. A prática de yoga inclui, atividade física, concentração mental, relaxamento e meditação.

Alguns estudos mostram que praticar yoga, pode ajudar nas doenças autoimunes, na depressão, na ansiedade, na gravidez, na diabetes, no cancro, entre outras. Também pode ajudar, na forma como se encara o mundo e como cada um se vê a si mesmo. Os seus efeitos estão muito para além da tonicidade muscular e da flexibilidade, criam caminhos na mente, de cura, de compreensão, de libertação e aceitação daquilo que se é. Tornamo-nos melhores pessoas, porque percebemos as nossas limitações, aceitamo-las e aprendemos a viver com elas de forma generosa.

A partir desta base de aceitação pessoal, percebe-se e aceita-se o outro com a mesma generosidade. O yoga é uma filosofia de vida, é uma forma de estar na vida, não é apenas ir para uma sala de aula e praticar “coisas”. O despertar da consciência de si é o mais importante, os caminhos para lá chegar dependem de pessoa para pessoa.

No livro “Como a meditação pode (ou não) mudar a sua vida”, Miguel Farias refere os benefícios de um bom relaxamento e que são idênticos aos benefícios da meditação. Mas a evidência científica destes resultados, fica muito aquém daquilo que na verdade se experiencia individualmente. Se o relaxamento como forma de controlar o stress e os pensamentos negativos pode ser mais fácil de praticar e de entender, já a meditação pode criar ainda mais stress e mais confusão mental.

Realmente e tal como o livro mostra, a meditação, não pode ser retirada do seu contexto filosófico, de uma forma própria de estar na vida. Praticar meditação não é apenas usar um conjunto de técnicas. O praticante de meditação não pode olhar a meditação como um simples “hábito de higiene mental”. A meditação implica um conhecimento profundo sobre si mesmo e a aceitação daquilo que se é e daquilo que nos rodeia. Só desta maneira se pode estar em paz consigo mesmo e com os outros. Tudo começa dentro de cada um e quando se está em paz, essa paz flui e contagia o que nos rodeia.

As novas técnicas de meditação como o mindfulness, afastam o praticante do verdadeiro caminho da meditação. O yoga e a meditação, não são um fim, são um caminho, uma viagem, uma aventura individual. Utilizar a meditação para um ato terapêutico, é descontextualizar o caminho da meditação.

Fonte de informação: Como a meditação pode (ou não) mudar a sua vida de Miguel Farias e Catherine Wilkholm, Lua de Papel, 2015.; Créditos da imagem:www.meetup.com

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Diabetes: um documentário sobre a complexidade da doença

“Carb-Loaded – A culture Dying to eat” é um documentário sobre a diabetes. Uma tradução para língua portuguesa quer dizer mais ou menos isto: sobrecarregados de hidratos de carbono- uma cultura obcecada por comer.

A história é de Lathe Poland. Depois de ser surpreendido com o diagnóstico de diabetes tipo 2 faz uma pesquisa profunda sobre a doença e procura entender como a cultura moderna, baseada na alimentação e caraterizada por um consumo excessivo de hidratos de carbono, nos põe doentes. Mas, deixa-nos uma esperança: há muito a fazer!

De um modo genuíno e gradual, o filme explora a complexidade dos factos sobre esta doença, analisa uma grande quantidade de informação partilhada por especialistas de todo o mundo. Todo o conhecimento exposto desafia-nos a uma reflexão mais profunda sobre esta nova epidemia que já chegou.

A diabetes é um assunto frequentemente tratado fugazmente, sobretudo nos meios de comunicação social, e desenvolvido num contexto unilateral. O documentário completo com legendas em português encontra-se disponível para alugar ou comprar e ver em qualquer dispositivo móvel. Assista ao excerto do documentário.


Fonte de informação: Carb-Loaded-A Culture Dying to Eat from TheSceneLab on Vimeo.

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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Café e cancro

Existem vários estudos que relacionam café e cancro. Se, no passado, associavam o seu consumo ao aumento do risco da doença, atualmente, os estudos sugerem que pode ter um efeito protetor em relação a alguns cancros. São várias as hipóteses que justificam a possível redução do risco da doença através do consumo de café.

O café contém uma grande variedade de fitoquímicos, muitos dos quais com propriedades antioxidantes. Embora em pequenos estudos observacionais, o café parece favorecer um estado antioxidantes e reduzir os marcadores de inflamação a curto prazo, diminuindo o risco de doença oncológica.

Outra hipótese assenta na resistência à ação da insulina, a qual favorece o aumento dos níveis da hormona no sangue, promovendo o crescimento de alguns cancros. Ora, estudos em animais e humanos sugerem que, tanto o café normal como o descafeinado, podem diminuir essa resistência, reduzindo, então, o risco de certos cancros.

O American Institute for Cancer Research e o World Cancer Research Fund International procederam a uma análise dos trabalhos publicados e chegaram a algumas conclusões. Segundo o relatório publicado, é provável que o café diminua o risco de cancro do endométrio e do fígado, havendo necessidade de mais estudos. Contudo, no que diz respeito aos cancros do pâncreas e dos rins, as conclusões são claras: o consumo de café está associado a uma redução do risco.

cafe-cancroE quando o cancro já está diagnosticado?

Vários trabalhos com linhas celulares e com animais sugerem que alguns compostos presentes no café podem ajudar no controlo da doença. Assim, por exemplo, o ácido clorogénico presente na bebida tem mostrado uma ação antioxidante e um papel em vários estadios do desenvolvimento da doença oncológica, ajudando a regular o crescimento das células oncológicas, a reduzir a inflamação e a aumentar a morte celular. Todavia, este não é o único exemplo.

O café é uma fonte de lignanos, os quais pertencem a um grupo de substâncias que, além de outros efeitos, têm efeitos contra o cancro, nomeadamente a diminuição do crescimento das células tumorais e a promoção da morte das mesmas.

No caso do cancro colo-retal, estudos in vitro mostraram que é a cafeína a responsável no efeito benéfico do café, pois parece que esta influencia a sinalização celular no sentido de diminuir o crescimento do tumor. Num trabalho publicado no ano passado que incluiu cerca de 1000 doentes com cancro do cólon (estadio III), os autores concluíram que o consumo regular de café não descafeinado pode estar associado com uma redução da recorrência de cancro do cólon e do risco de morte pela doença.

Por outro lado, o kahweol e o cafestol presentes no café, principalmente no não filtrado (Turquia e Escandinávia), parecem atuar por duas vias: estimulam enzimas que tornam os carcinogénios inofensivos e bloqueiam as proteínas que os ativam.

Recomendações para o consumo de café

Os trabalhos realizados com humanos mostram que doses até 400 mg de cafeína por dia são seguras em adultos saudáveis. Esse valor passa para 200 mg, se estivermos a falar de grávidas, lactantes e mulheres que pretendem engravidar. Atendendo a que a cafeína está presente em várias bebidas e alimentos, as recomendações são de até 2 a 3 cafés por dia.

Apesar destas conclusões, algumas pessoas deverão evitar ou limitar o consumo de café, como aquelas com refluxo gastroesofágico e as que apresentam algumas dificuldades em dormir, devendo ter atenção à quantidade e à altura do dia em que ingerem cafeína.

Referências: American Institute for Cancer Research. http://ift.tt/Q1sJ7l [acedido a 24/10/2016]. European Food Safety Authority. Scientific opinion on the safety of caffeine. EFSA Journal. 2015;13(5):4102. Food Standards Agency Guidance on Caffeine Consumption During Pregnancy 2008. www.food.gov.uk [acesso a 24/10/2016]. Guercio et al. Coffee intake, recurrence, and mortality in stage III colon cancer: results from CALGB 89803 (Alliance). J Clin Oncol. 2015; 33(31): 3598-607.Higdon JV & Frei B. Coffee and health: a review of recent human research. Crit Rev Food Sci Nutr. 2006; 46(2): 101-23. World Cancer Research Fund / American Institute for Cancer Research, Food, Nutrition, Physical Activity and the Prevention of Cancer: a Global Perspective, 2007: Washington, DC. p. 148-156. Fontes das imagens: http://ift.tt/2ePMwWz; http://ift.tt/2f8wCVV

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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Erva-príncipe: benefícios reais que se bebem e se comem!

cha-erva-principeQuando ouvimos o nome erva-príncipe, reconhecemos de imediato a planta, devido ao famoso e delicioso chá príncipe. A erva-príncipe tem o nome cientificamente principesco: Cymbopogon citratos.

É uma planta herbácea de origem tropical e apresenta um crescimento bastante rápido, podendo atingir cerca de metro e meio de altura. As suas folhas são verdes-acinzentadas, finas e de bordas cortantes com flores amarelas. Em Portugal raramente se encontram as condições para floração.

As partes utilizáveis desta planta, são as folhas, frescas ou secas. Com elas faz-se um delicioso chá com um aroma semelhante ao limão. Se juntar algumas folhas frescas de erva-príncipe às saladas, elas ganharão um sabor novo. Também podem ser substitutas da casca de limão, em sobremesas caseiras, como o arroz doce. Para além disso, pode aproveitar as tiras da parte inferior do caule e juntar para temperar carnes, peixes ou mariscos.

Esta planta possui uma concentração considerável de flavenóides (luteolina, quercetina, kampferol, e apigenina), substâncias fitoquímicas que apresentam algumas propriedades antioxidantes. Alguma literatura relata também que há presença de taninos. Além das propriedades antioxidantes, a erva-príncipe apresenta também propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, anti- bacterianas e anticancerígenas.

Plantar erva-príncipe no jardim ou numa pequena horta

Como cultivar erva-príncipe no jardim, de modo a tê-la sempre disponível quer para fazer chá, quer para adicionar aos seus cozinhados? Siga quatro passos:

  1. Instale por propagação de pés. Isto é, adquira os pés em qualquer loja de produtos agrícolas.
  2. Coloque os pés, 10 a 12 cm de profundidade na terra a uma distância de aproximadamente 1 metro. Para um metro quadrado de terra, use um total de 2 pés, ou use um pé por cada vaso.
  3. A planta necessita de um solo bem drenado e um local com muita iluminação. A rega deve ser feita todos os dias e, se necessário de manhã e ao fim da tarde, uma vez que esta planta gosta de humidade, importante para a manutenção de elevado teor em óleos essenciais. É uma planta muito sensível ao frio, por isso deve ser semeada durante a primavera e o verão. Em dias mais frios deve recorrer às técnicas de proteção das plantas, faladas aqui.
  4. As folhas devem ser colhidas no momento em que o seu ápice se apresenta castanho-amarelado. Esta característica ocorre geralmente cerca de sete a dez meses após a plantação, quando as folhas atingem o seu teor máximo de óleos essenciais.

Ter erva-príncipe na sua horta caseira é ter sempre o príncipe dos chás. Com um pequeno vaso obtem benefícios reais que se bebem e se comem!

Referências: Clevely Andy, Katherine Richmond. Manual completo de Plantas e Ervas Medicinais. Lisboa: Editorial Estampa;  Goulão, L. Erva-príncipe, um tesouro a (Re) descobrir. Associação Portuguesa de Horticultura http://ift.tt/2e4CLDh; acedido em 26 de outubro 2016. Boukhatem, MN et al. Lemon grass (Cympogon citrates) essential oil as potent anti-inflammatory and antifungal drugs. Libyan J Med. 2014 Sep 19;9:25431.doi: 10.3402/ljm.v9.25431. eCollection 2014. Imagem em:  Créditos das imagens:blog docini, blog deixa entrar o sol

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terça-feira, 25 de outubro de 2016

O yoga transforma as emoções

O yoga transforma as emoções, diz Ana. Com 66 anos, frequenta aulas de yoga desde Maio de 2008. Veio para o yoga, porque se reformou e com o tempo que repentinamente ficou disponível, o seu filho mais novo sugeriu-lhe experimentar as aulas de yoga na Academia de Yoga do Porto Vidya. Ana conta-nos a sua experiência e os benefícios que retira com a prática do yoga.

Quando se começa a praticar yoga, passa-se a perceber que o yoga é multidisciplinar. A sua prática inclui técnicas de relaxamento, meditação, respiração e ainda a aprendizagem de posturas (asanas).

Ao longo dos 90 minutos vamos passando por todas estas experiências, sem perceber o quão profundamente somos tocados. É algo que se passa a nível físico e que se vai entranhando no mais íntimo do nosso ser e nos transforma e nos alicerça enquanto pessoas.

Neste caminho percebemos que aquilo que nos irritava, deixa de o fazer. Percebemos que os medos, afinal, não passam disso mesmo, abraçamos a coragem para os ultrapassar. Sabemos que a tristeza, a sensação de infelicidade são um momento. Um momento que inclui outros momentos, como os de partilha, companheirismo, amizade, amor. Estes momentos mesclados com um momento de tristeza e de infelicidade, ajudam a ultrapassar a tristeza e a dor e ficamos a saber que a vida seguirá em frente numa sucessão ininterrupta de momentos.

Pensei em ir, sobretudo para retirar a “ferrugem” do corpo. Tinha uma cifose muito acentuada, e digo, tinha, porque de facto já não tenho. Mas os benefícios do yoga, não ficam apenas por uma melhor postura, os seus benefícios notam-se também na nossa mente e nas nossas emoções. E por ter passado por uma vivência emocional muito dura, quero partilhar isso mesmo: vivi toda essa dor mas o yoga ajudou-me a superar e a ter força num momento decisivo e ser verdadeiramente eu, sobretudo ser aquilo em que o yoga me transformou e que aprendi a ser.

Há momentos difíceis como este: com o coração rasgado de dor lia vezes sem conta a mensagem que recebi no telemóvel. Uma tragédia imensa caiu sobre a nossa família, o nosso menino com 2 anos (o meu sobrinho neto), morrera num acidente em casa dos meus irmãos. Nunca, mas nunca, sentira uma dor tão intensa. Porque sou cristã e tenho fé, a morte tem um sentido profundo de eternidade e de proximidade com Deus. Consolava-me esta ideia. Mas controlar a dor física que me trespassava, procurar o caminho para “gerir e não me enredar na minha dor “, e ser capaz de focar-me nos outros que me rodeavam e tanto sofriam, esse caminho que me trouxe de volta, a mim mesma, foi: a respiração cadenciada, a mente serena e o pensamento assertivo. Esse caminho foi-me dado pelo yoga.

Créditos da imagem: Geetanjal Khanna 

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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Iodo 131 no diagnóstico e terapia do cancro da tiróide

O iodo 131 (131I) é um isótopo radioativo, produzido num reator nuclear e que é vulgarmente utilizado no diagnóstico e terapia de algumas patologias da tiróide.

O iodo é essencial para a formação das hormonas T3 e T4

 Cerca de 80% do iodo presente nos mamíferos concentra-se na glândula tiroideia, local onde ocorre a síntese da hormona triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4). Para a síntese destas hormonas reguladoras do metabolismo humano é essencial que ocorra o transporte do iodo para o interior das células da tiróide, onde o iodo se combina com resíduos de tirosina, dando assim origem às hormonas T3 e T4.

O iodo 131 pode ser utilizado no diagnóstico e tratamento do cancro da tiróide

 A utilização do iodo radioativo como agente de diagnóstico e terapia baseia-se no facto das células da tiróide não serem capazes de diferenciar o iodo estável do iodo radioativo, partilhando os mesmos sistemas de captação e metabolismo intracelular. De facto, as propriedades químicas do iodo 131 são similares às do iodo estável, participando por isso o radioisótopo nos inúmeros processos metabólicos atribuídos ao iodo estável. No entanto, as características físicas do iodo 131, largamente determinadas pela emissão de radiação gama e beta, permitem a sua utilização no diagnóstico e tratamento de doentes na área da Medicina Nuclear.

Uma vez que o iodo 131 emite radiação gama, é possível utilizar este radioisótopo no diagnóstico do cancro da tiróide, em paralelo com a sua utilização terapêutica. Desta forma, após administração do iodo 131 ao doente e posterior deteção da radiação emitida através de aparelhos dedicados, é possível obter uma imagem funcional da tiróide.

Por outro lado, o iodo radioativo é também um emissor de radiação beta capaz de destruir as células cancerígenas devido à sua energia, sendo por isso vulgarmente utilizado na terapia do cancro diferenciado da tiróide (iodoterapia). Vale a pena referir que os inconvenientes deste tratamento estão relacionados com a sua reduzida disponibilidade, o seu elevado custo e a necessidade de hospitalização do doente. De facto, por possuir um tempo de meia vida de cerca de 8 dias, é essencial que o doente submetido a iodoterapia se mantenha afastado de outras pessoas, reduzindo assim a sua exposição à radiação. Durante este período, dá-se o decaimento radioativo e a eliminação do iodo, que é estimulada pela ingestão de líquidos e consequente produção de urina e suor.

Referências: Gomes AR, Abrantes AM, Brito AF, et al. Influence of P53 on the radiotherapy response of hepatocellular carcinoma. Clin Mol Hepatol. 2015;21(3):257-267. doi:10.3350/cmh.2015.21.3.257.;Ravichandran R, Al Balushi N. Radioactive (131)Iodine Body Burden and Blood Dose Estimates in Treatment for Differentiated Thyroid Cancer by External Probe Counting. World J Nucl Med. 2016;15(3):153-160. doi:10.4103/1450-1147.174701.; Zilioli V, Peli A, Panarotto MB, et al. Differentiated thyroid carcinoma: Incremental diagnostic value of 131I SPECT/CT over planar whole body scan after radioiodine therapy. Endocrine. September 2016. doi:10.1007/s12020-016-1086-3.;Pashnehsaz M, Takavar A, Izadyar S, et al. Gastrointestinal Side Effects of the Radioiodine Therapy for the Patients with Differentiated Thyroid Carcinoma Two Days after Prescription. World J Nucl Med. 2016;15(3):173-178. doi:10.4103/1450-1147.174703.

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Qual é o melhor mês para nascer?

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Qual é o melhor mês para nascer?
Estudos anteriores revelaram uma relação entre o mês de nascimento e o risco de desenvolver algumas doenças, em particular, aterosclerose, asma, hiperactividade, deficit de atenção, miopia, no entanto deixaram muitas doenças completamente inexploradas.

Mary Boland e a sua equipa de investigação da Universidade de Columbia realizaram nesse seguimento um estudo retrospectivo que incluiu 1 749 400 indivíduos, nascidos entre o ano de 1900 e 2000, com registos clínicos no New York-Presbyterian/Columbia University Medical Center. Através de um modelo computacional de regressão tentaram perceber a relação entre o mês de nascimento e 1688 doenças.

O resultado desta análise mostrou que 55 doenças estavam significativamente relacionadas com a época do ano em que os indivíduos nasceram. Estes resultados confirmaram 39 doenças relacionadas com a época de nascimento previamente documentadas na literatura científica, para além de 16 novas associações que incluem 9 tipos de doença cardíaca, a causa mais frequente de morte nos países desenvolvidos. Indivíduos nascidos em março tiveram maior risco de fibrilação auricular, doença coronária e alteração na válvula mitral.

De uma forma geral, bebés nascidos no mês de maio terão um risco de doença mais baixo, enquanto que nascidos em outubro terão um risco de doença maior. De acordo com estes resultados, o risco de desenvolver asma é maior em bebés nascidos em julho e outubro. Em 1983 um estudo relacionava um subtipo de asma com o mês de nascimento. Em meses onde pode haver maior concentração de ácaros em casa, existe 40% mais de risco de complicações de alergias e asma por concentração de ácaros nas poeiras. Sabe-se que a probabilidade de sofrer de alergias em idade adulta está aumentada quando há sensibilização em idade infantil.

Já em estudos anteriores realizados na população dinamarquesa, outros autores tinham confirmado que o risco mais elevado para a mesma doença seria no mesmo período, uma vez que os níveis de luz solar são semelhantes nos 2 países (Dinamarca e Nova Iorque) neste período do ano.

Também alguns transtornos neurológicos poderão estar relacionados com o mês de nascimento, pela variação sazonal de vitamina D e dos outputs tímicos.

No entanto, e apesar da forte relação descrita, os autores deixam a ressalva que, o risco de doença relacionado com o mês de nascimento é substancialmente menor quando comparado com a forte influência de outras variáveis, tais como os estilos de vida, a dieta e o exercício.

Referências: Boland MR, Shahn Z., Madigan D., et al. Birth Month Affects Lifetime Disease Risk: A Phenome-Wide Method. Oxford University Press, J Am Med Inform Assoc. 2015; 0:1–15. [online] Columbia University Medical Center, disponível em: http://ift.tt/1FHrqgu.

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Dia Mundial da Alimentação 2016

O clima está a mudar: a alimentação e a agricultura também” é o tema oficial do Dia Mundial da Alimentação 2016 definido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Numa dimensão internacional, as comemorações do dia 16 de outubro, este domingo, servem como alerta global para que sejamos cooperantes, dando o nosso melhor contributo para uma causa que é, cada vez mais, de todos nós.

As estimativas indicam que o número de habitantes do planeta vai superar os nove bilhões de pessoas em 2050 e a FAO estima que a produção mundial de alimentos vai ter de aumentar aproximadamente 60% para poder satisfazer as futuras necessidades de bens alimentares.

São os pequenos agricultores, os responsáveis por produzirem a maior parte dos alimentos que consumimos. Mas também são estes agricultores, os mais afetados pelas altas temperaturas, pelas secas e por outros desastres relacionados com uma meteorologia adversa, que está na base das mudanças climáticas.

O vídeo promocional da FAO sobre a temática deste ano dá-nos uma ajuda sobre o que podemos fazer juntos para superar o desafio. “Vamos adaptar a agricultura às alterações climáticas para construir a geração Fome Zero“.

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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Cancro do pâncreas: à procura de um tratamento eficaz

O cancro do pâncreas é uma das principais causas de morte por cancro e apresenta a menor taxa de sobrevivência quando comparado com todos os outros tipos de cancro.

Apesar da grande evolução dos tratamentos oncológicos, só 6 a 8 % dos doentes vão sobreviver ao fim de cinco anos. Contribui também para isto o facto de não haver meios de diagnóstico eficazes para a doença nos seus estágios iniciais, quando a remoção do tumor ainda é exequível. Com um diagnóstico tardio, 80 % dos casos são inoperáveis ou têm doença avançada, o que leva a que estes doentes não resistam mais que um ano de vida após o diagnóstico.

Fatores de risco com cancro do pâncreas

Um dos fatores com maior risco para o cancro do pâncreas é o tabagismo, com 30% de todos os casos. O alcoolismo crónico, a pancreatite crónica, a cirrose e a obesidade são também sérios responsáveis pelo seu aparecimento. Também há alguma evidência de que uma alimentação excessiva em gordura, e a inerente ingestão calórica, é um fator de risco contributivo, mas uma alimentação rica em fruta, legumes e vegetais pode reduzir o risco de cancro do pâncreas.

Em Portugal, o cancro do pâncreas corresponde a cerca de 2.5% de todos os diagnósticos de cancro. É responsável por 5.3% das mortes por neoplasias malignas, o que correspondeu a 1268 portugueses, segundo o Globocan 2012.

Como é que podemos tornar mais eficaz o tratamento do cancro pancreático? Que soluções estão a ser procuradas para tornar o cancro pancreático numa doença curável?

Laura Indolfi é uma das fundadoras da PanTher Therapeutics, uma empresa de Boston, nos Estados Unidos. Veja o que ela diz de novo sobre novas investigações para combater o cancro pancreático, na sua TED talk de fevereiro de 2016.

Referências: da Fonseca, A. A., & Rêgo, M. A. V. (2016). Tendência da Mortalidade por Câncer de Pâncreas em Salvador-Brasil, 1980 a 2012. Revista Brasileira de Cancerologia62(1), 9-16.; Lowenfels, A. B., & Maisonneuve, P. (2004). Epidemiology and prevention of pancreatic cancer. Japanese journal of clinical oncology34(5), 238-244.; Créditos da imagem: http://www.medscape.com

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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Cuidados paliativos no cancro e o papel da fisioterapia

Por cuidados paliativos entende-se a assistência oferecida a doentes e familiares quando estão perante uma patologia grave e sem cura, procurando minimizar os sintomas da doença.

Como o cancro é hoje uma doença que afeta uma grande percentagem da população mundial e muitos dos doentes oncológicos não possuem possibilidade de tratamento curativo, os cuidados paliativos prestam uma importante intervenção nestas situações.

Nestas intervenções, é importante um trabalho multidisciplinar, uma vez que nenhuma especialidade consegue abranger todas as necessidades no tratamento do doente terminal. A fisioterapia é uma área importante na equipa coletiva.

É importante preservar a mobilidade do doente paliativo, ajudar a diminuir a dor, aumentar a qualidade de vida, prevenir o aparecimento de novas deformações ou o agravamento de alterações já existentes. O fisioterapeuta pode trabalhar para dar funcionalidade e independência ao doente sempre que seja possível. Também pode realizar mudanças de decúbitos quando os doentes se encontram acamados de forma a evitar o aparecimento de úlceras, infeções ou problemas do foro respiratório.

Com a fisioterapia é possível voltar a reinserir o doente nas suas atividades e devolver-lhe a auto-estima e a confiança, ou seja, ajuda a direcioná-los para novos objetivos.

Referências: Fernando Cesar Iwamoto Marcucc, Physiotherapy on palliative care with cancer patients, 2004; Santiago-Palma J, Payne R. Palliative care and rehabilitation. Cancer. 2001;92 Suppl 4:1049-52. Créditos da imagem http://ift.tt/2dxEhAl  

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Café: de “possivelmente cancerígeno” a uma bebida saudável

O café é uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo. Em junho de 2016 deixou de ser classificado como “possivelmente cancerígeno” para a saúde humana para passar a ser uma bebida com benefícios para a saúde.

Foi em 1991 que a Organização Mundial de Saúde (OMS), através da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC), classificou o café como “possivelmente cancerígeno”. Este ano, um outro grupo de investigadores do IARC, constituído por 23 peritos científicos oriundos de todo o mundo e 7 observadores, fez uma revisão minuciosa das evidências científicas disponíveis e concluiu que afinal o café se encontra na categoria de “não classificável quanto à sua carcinogenicidade para os seres humanos”.

A relação entre o consumo de café e a saúde

Para os apreciadores de café a boa notícia é que consumindo esta bebida de uma forma moderada pode, inclusivamente, proporcionar alguns benefícios para a saúde.

De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) o consumo de cafeína até um máximo de 400 mg/dia não representa problema para a saúde da população adulta em geral. Só as mulheres grávidas ou lactantes deverão ter o cuidado de reduzir a ingestão diária de cafeína até 200 mg.

Um café curto tem em média 104 mg de cafeína, um café médio 115 mg de cafeína e um café cheio 125 mg de cafeína. É importante ter em atenção que outras bebidas como alguns chás e algumas bebidas energéticas também possuem cafeína que será contabilizada para a dose diária recomendada.

Grande parte da pesquisa mais recente sobre o café é proveniente da Escola de Saúde Pública de Harvard. Os seus investigadores defendem o consumo moderado de café associado a inúmeros benefícios para a saúde.

Segundo os resultados de duas meta-análises realizadas em 2014 e 2015 o consumo moderado de café poderá estar associado a um risco reduzido de morte por todas as causas.

Outros estudos mostraram uma possível associação entre o café e um risco reduzido do desenvolvimento de doenças graves, incluindo acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, diabetes tipo 2 e doença de Parkinson.

Em relação ao cancro, a evidência científica suporta uma associação positiva entre o consumo de café e a redução na incidência global de cancro, em particular na redução do risco de hapatocarcinoma. Na última avaliação do IARC (2016), sobre o consumo de café, as evidências indicam não haver efeito carcinogénico para o cancro de mama, cancro do pâncreas e cancro da próstata. Foi inclusivamente realçado haver um efeito benéfico no cancro do endométrio e cancro do fígado.

O consumo diário moderado de café pode ser considerado saudável, mas para os investigadores de Harvard as propriedades benéficas do café poderão não se dever somente à cafeína, mas sim a outros compostos que apresentam propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

No entanto, o IARC alerta: é benéfico beber café desde que não esteja muito quente, ou seja, a uma temperatura não superior a 65⁰C. Isto porque as bebidas quentes, essas sim estão classificadas como sendo “provavelmente cancerígenas”. Na base desta classificação estão diversos estudos que concluíram haver indícios de um risco acrescido de cancro do esófago para quem abusa do consumo de bebidas muito quentes.

O consumo de cafeína acima do recomendado também está associado a efeitos adversos, tais como, insónias, nervosismo, agitação, irritabilidade, dores de estômago, batimento cardíaco acelerado e tremores musculares.

Para quem é apreciador de café, o melhor mesmo é não exceder o valor diário recomendado e evitar bebê-lo muito quente. Espere calmamente pela sua bebida preferida, deixe arrefecer, sinta-lhe o cheiro. Depois, pode desfrutar de todo o seu sabor, sem prejuízos para a saúde.

Fonte da informação: Institute for Scientific Information on Coffee. (2016). Guidelines on caffeine intake – Coffee and Health. Disponível em http://ift.tt/2cPK7Xn; Szejda, K. (2016). Raise a Cup… of Coffee: WHO No Longer Says It Can Cause Cancer. Disponível em http://ift.tt/2dGmaYR; Créditos da imagem: http://ift.tt/2cPLght 

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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Kefir: as propriedades anticancerígenas

O kefir é um tipo de leite fermentado obtido a partir de grãos de kefir que podem ser adicionados a qualquer tipo de leite.

Os grãos de kefir são compostos por bactérias e fungos num total de 37 espécies diferentes de microrganismos que ao fermentar o leite, originam um produto probiótico.

A simbiose entre os microrganismos presentes torna o kefir diferente de todos os outros leites fermentados e com uma série de possíveis efeitos benéficos: propriedades antibacterianas e antifúngicas, benefícios para o trato digestivo, nos níveis de colesterol e na prevenção do aparecimento de alguns tipos de cancro. Além disso, há estudos a sugerir várias propriedades anticancerígenas do kefir.

Ação anticancerígena do kefir

Num artigo de revisão recente acerca deste leite fermentado e do seu papel no tratamento do cancro, os autores incluíram 11 trabalhos científicos, dos quais 7 tinham sido elaborados com células e 4 em modelos animais. Os autores verificaram que a ação anticancerígena do kefir pode estar relacionada com a presença de uma série de componentes bioativos, como alguns  ( por exemplo as esfingomielinas), os quais têm papéis significativos em diversas vias de sinalização e regulação do crescimento das células cancerígenas, da morte celular programada (a apoptose) e da transformação.

No que diz respeito aos péptidos, estes são libertados no processo de produção do kefir e parecem atuar na apoptose, através de dois processos distintos. Um deles, através da produção, no interior da célula cancerígena, de espécies reativas de oxigénio, as quais ativam a cascata das caspases e, logo, vão provocar a morte da celular. Outro processo tem por base a ativação das endonucleases dependentes de Ca/Mg (cálcio/magnésio), responsáveis pela “quebra” do ADN, durante a apoptose. A natureza destes péptidos, em termos de carga, faz com que a sua ação seja restrita às células cancerígenas, poupando as células saudáveis.

Quanto aos polissacáridos presentes nos grãos de kefir, podem exercer o seu efeito anticancerígeno através da ativação dos macrófagos, as células “assassinas” que integram o sistema imunitário inato, e de algumas populações de linfócitos T que libertam o fator de necrose tumoral provocando a morte das células do tumor.

O kefir pode induzir a morte celular ainda de outras formas: através da inibição de TGF-a, responsável pela proliferação das células cancerígenas, e através do estímulo de TGF-b, um elemento que induz a apoptose. Além disso, o kefir, através do importante papel na inibição de genes supressores da destruição celular e no estímulo de outros que funcionam como ativadores, pode promover a morte das células malignas.

As esfingomielinas presentes no kefir, por sua vez, aumentam a produção do interferão b, uma citocina com efeitos na inibição da proliferação das células tumorais.

Os resultados não são ainda suficientes para validar todos esses efeitos, tendo em conta que não foram efetuados estudos em humanos. No entanto, apesar de limitados, os dados incluem o kefir como um adjuvante promissor no tratamento do cancro.

Referências: Chen C et al. Kefir extracts supress in vitro proliferation of estrogen-dependent human breast cancer cells but not normal mammary epithelial cells. J Med Food. 2007; 10(3): 416 – 422. Furuya H et al. Sphingolipids in cancer. Cancer Metastasis Rev. 2011; 30(3-4): 567 – 576. Gao J et al. Induction of apoptosis of gastric cancer cells SGC7901 in vitro by a cell-free fraction of Tibetan kefir. Int Dairy J. 2013; 30(1): 14 – 18. Lopitz-Otsoa F et al. Kefir: a symbiotic yeasts-bacteria community with alleged healthy capabilities. Rev Iberoam Micol. 2006; 23(2): 67 – 74. Maalouf K et al. Kefir induces cell-cycle arrest and apoptosis in HTLV-1-negative malignant T-lymphocytes. Cancer Manag Res. 2011; 3: 39 – 47. Murofushi M et al. Immunopotentiative effect of polysaccharide from kefir grain, KGF-C, administered orally in mice. Immunopharmacology. 1986; 12(1): 29 – 35. Osada K et al. Enhancement of interferon-beta production with sphingomyelin from fermented milk. Biotherapy. 1993; 7(2): 115 – 123. Pepe G et al. Potential anticarcinogenic peptides from bovine milk. J Amino Acids. 2013; 2013:939804. doi: 10.1155/2013/939804. Rafie N et al. Kefir and cancer: a systematic review of literatures. Arch Iran Med. 2015 Dec;18(12):852-7. Fontes de imagens: http://ift.tt/2deVcFm; http://ift.tt/1oPuJPS

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