sexta-feira, 29 de julho de 2016

Cuidados multidisciplinares na oncologia: o papel dos nutricionistas

A observação clínica e a investigação extensiva em animais e humanos revelam a importância da nutrição na oncologia. Atualmente, a evidência científica é clara em definir a nutrição como adjuvante no tratamento oncológico convencional, devendo ser integrada nos cuidados multidisciplinares ao doente.

Os fatores alimentares estão associados a 30% dos cancros, ou seja, cerca de um terço, sendo de extrema importância a adoção de hábitos alimentares saudáveis. No entanto, após a instalação da doença, o papel da nutrição é inquestionável no tratamento e no prognóstico.

O tratamento oncológico envolve a cirurgia, a radio e a quimioterapia (e outros) mas não só, envolve a prevenção de recidivas dos tumores, a prevenção/inibição da formação/crescimento de metástases, o fortalecimento do sistema imunitário e a atenuação dos vários sintomas que podem ser a consequência dos efeitos dos tratamentos usados. Uma nutrição adequada, por via oral ou não, atua em todos estes objetivos do tratamento.

A nutrição como integrante do tratamento

O cancro provoca muitas alterações metabólicas. Há maior dificuldade de obtenção de energia pelas células, aumento dos gastos energéticos, maior destruição das células musculares e de gordura, e menor formação de tecido muscular. A perda muscular leva a falta de força e cansaço, limitando significativamente a capacidade para as rotinas do dia-a-dia, uma queixa frequente dos doentes oncológicos. Este défice muscular está ainda associado a maior risco de quedas e fraturas, a um tempo de hospitalização mais prolongado, a um aumento do risco de infeções e a uma maior ocorrência de efeitos adversos da quimioterapia.

As alterações provocadas pela doença e a toxicidade dos tratamentos podem levar à perda de peso. Entre 8 a 84% dos doentes com cancro pode vir a desenvolver desnutrição, a qual tem um impacto importante nas funções orgânicas, conduzindo a limitações significativas da capacidade funcional, pior qualidade de vida, mais queixas e agravamento das existentes, pior tolerância aos tratamentos e pior prognóstico. Sabe-se que a desnutrição é causa de morte em 20% a 40% dos doentes de cancro e não a doença em si.

É também cada vez mais comum a existência de doentes obesos que, além do excesso de gordura, apresentam perda de massa muscular. Esta situação é, geralmente, mais grave, pois, além dos fatores associados à baixa massa muscular, estes doentes têm caraterísticas de risco relacionados com a obesidade. Tudo isto piora o prognóstico e aumenta as probabilidades do cancro reaparecer. Na verdade, um indivíduo malnutrido, pode sê-lo por defeito (desnutrição) ou por excesso (obesidade), isto é, um indivíduo obeso pode estar malnutrido. O próprio excesso de gordura só por si está relacionado com questões hormonais associadas ao cancro da mama e da próstata e a perda de peso com preservação da massa magra é um dos objetivos nestes doentes.

O papel da nutrição na oncologia estende-se ao controlo de sintomas que impedem ou dificultam a ingestao alimentar; falta de apetite, náuseas/vómitos, diarreia, obstipação, mucosite, dificuldade e/ou dor em engolir, alterações do olfato e do sabor, entre outros. Assim, é imprescindível a avaliação e a deteção do risco nutricional ao diagnóstico e um acompanhamento regular por um nutricionista. Para tal, é, por vezes, fundamental recorrer-se à fortificação alimentar ou à suplementação nutricional oral.

O tratamento oncológico, bem como os sintomas podem levar à aplicação de sondas que exigem também uma intervenção do nutricionista para garantir todo um adequado estado nutricional e, logo, um melhor prognóstico.

Cada caso é um caso, com questões importantes a serem analisadas sob o ponto de vista nutricional (interações entre fármacos e nutrientes, fatores nutricionais específicos a ter em conta, entre outros). A nutrição deve estar representada pelos seus especialistas, os nutricionistas, e estes enquadrados na equipa multidisciplinar, o que nem sempre acontece.

Referências: Harvie MN et al.. Energy balance in early breast cancer patients receiving adjuvant chemotherapy. Breast Cancer Res Treat. 2004; 83 (3): 201-10. McMahon K et al.. Integrating proactive nutritional assessment In clinical practices to prevent complications and cost. Semin Oncol. 1998; 25 (2 Suppl 6): 20-7. Reeves GK et al.. Cancer incidence and mortality in relation to body mass index in the Million Women Study: cohort study. BMJ 2007; 335 (7630): 1134. Wojtaszek CA et al.. Nutrition impact symptoms in the oncology patient. Oncology Issues. 2002; 17 (2): 15-7. Zeman FJ. Nutrition and cancer. In: Zeman FJ, ed. Clinical nutrition and Dietetics. 2a ed New York: Macmillan; 1991, p.571-98. Fontes de imagens: Neutron(TM) Catheter Patency Device, photo by Calleamanecer 

 

 

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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Fazer dieta não funciona. A explicação de uma neurocientista

Há quantos anos tenta fazer dieta? Já iniciou e desistiu de quantos tipos de dietas? Cinco, dez, doze? Muitas mais? E todo o peso que perde, volta a recuperar ou consegue, mesmo, ganhar mais alguns quilos? Porque razão, muitos de nós, continuam a fazer a mesma coisa à espera de resultados diferentes?

“Se as dietas funcionassem já seriamos todos magros!” disse a neurocientista Sandra AAmodt, durante a sua conferência na TED Talks.

Chegam 12 minutos e 38 segundos para Sandra responder de forma sustentada porque razão as dietas normalmente não funcionam.  Depois defende uma solução para quem tem peso a mais: aprender a comer de forma consciente, isto é comer com atenção plena. Devemos seguir hábitos alimentares corretos e de um modo regular, mas também saber identificar os sinais do corpo para compreender quando tem fome e parar quando está cheio.

Veja no video seguinte como Sandra Aaamodt usa a neurociência para nos esclarecer sobre a relação complexa que existe entre a nossa mente e os comportamentos, deixando alguns conselhos úteis para adotar hábitos alimentares equilibrados.

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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Porque não comer também a casca da banana?

No nosso país é usual quando comemos uma banana deitarmos a casca para o lixo. Mas porque não comer também a casca da banana?

Parece estranho, mas em outros países, como a Índia, as pessoas têm tirado partido dos benefícios nutricionais que advêm de comer a casca deste fruto.

Enquanto o interior da banana é suave e doce, a casca é grossa, fibrosa e ligeiramente amarga. A casca pode ser misturada em batidos, frita, assada, ou ser cozinhada durante pelo menos dez minutos. Há imensas receitas dedicadas ao aproveitamento da casca, basta fazer uma pesquisa no Google e encontra pelo menos 390 mil opções. O calor é importante para romper as fibras da casca e assim suavizar a textura, tornando-a mais fácil de mastigar e digerir.

Além disso, quanto mais madura a banana estiver, mais fina e doce a casca estará. Isso deve-se à libertação de etileno que ocorre em alguns frutos durante o seu processo de amadurecimento. O etileno interage com os açúcares e fibras da casca, transformando açúcares complexos em açúcares simples e quebrando a pectina, uma fibra que mantém a casca rígida.

A polpa de uma banana de tamanho médio contém percentagens significativas da ingestão dietética de referência (denominada por DRI na língua inglesa) de vários nutrientes, tais como:

  • fibra, que ajuda na digestão e pode contribuir para diminuir o risco de diabetes;
  • vitamina C, importante para o sistema imunitário, bem como para o crescimento e desenvolvimento;
  • vitamina B6, que ajuda no metabolismo das proteínas, participa na formação dos glóbulos vermelhos do sangue e no normal funcionamento do sistema nervoso;
  • potássio, que ajuda no desenvolvimento de células, tecidos e órgãos;
  • magnésio, que é importante para a produção de energia e regula os níveis de glicose e pressão no sangue.

Benefícios nutricionais da casca de banana

Já a pele ou a casca, contém elevadas quantidades de vitaminas B6 e B12, bem como de potássio e magnésio. Também contém alguma fibra e proteína.

Por isso, ao comer também a casca da banana estamos a fornecer ao nosso organismo uma quantidade ainda maior destes nutrientes tão essenciais para o nosso bem-estar.

Comer a casca de banana não é apenas bom para o organismo, mas também melhor para o meio ambiente, uma vez que se reduz a quantidade de resíduos orgânicos.

(fonte] Fonte da informação: texto adaptado de Business Insider, disponível em http://ift.tt/2a9THbA; Créditos da imagem: http://ift.tt/2a5bLAJ 

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terça-feira, 12 de julho de 2016

Fisioterapia nos cuidados paliativos das crianças com cancro

A fisioterapia pode ser benéfica nos cuidados paliativos das crianças com cancro, uma vez que disponibiliza várias técnicas para melhorar a qualidade de vida, através da prevenção e do alívio dos sintomas.

Na criança os tipos de cancro mais comuns são: a leucemia, os tumores do sistema nervoso central, os linfomas, os neuroblastomas, o tumor de Wilms, o cancro ósseo e os retinoblastomas.

A reabilitação proporcionada pela fisioterapia, auxilia na independência funcional, levando a um menor tempo de hospitalização. Esta reabilitação atua essencialmente no alívio da dor, no tratamento das complicações a nível muscular e ósseo, na fadiga, nas úlceras e na melhoria do funcionamento da função pulmonar.

As técnicas mais utilizadas na fisioterapia nestes tratamentos são a eletroterapia, a terapia manual, a crioterapia, a termoterapia, a hidroterapia, a fisioterapia respiratória e a cinesioterapia.

É importante que nestes tratamentos sejam usados métodos lúdicos, tais como brincadeiras com jogos, músicas, livros, tudo que proporcione à criança um ambiente mais tranquilo e que facilite a relação do fisioterapeuta com a criança para aumentar a cooperação no tratamento por parte da criança.

Referências: Paião, R. C. N., & de Nadai Dias, L. I. (2015). A atuação da fisioterapia nos cuidados paliativos da criança com câncer. Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde16(4).; Araujo, M.M.T; Silva, M.J.P. A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. São Paulo, v. 41, n.4, 2007; Marcucci, F.C.I. O papel da fisioterapia na cuidados paliativos a pacientes com cancro. Rio de Janeiro, v. 51, n.1, 2005. Créditos da imagem:http://ift.tt/29N7y4E

 

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Hipóxia: modeladora tumoral?

O cancro caracteriza-se pela divisão celular descontrolada. Sabe-se que, durante o processo de carcinogénese, as células tumorais tornam-se incapazes de respeitar os limites do tecido envolvente, multiplicando-se, migrando e dando origem a metástases à distância.

Para que tal ocorra, as células cancerígenas precisam de recrutar uma elevada concentração de nutrientes e oxigénio, capazes de suprimir as suas exigentes necessidades energéticas. Nesse sentido, e aquando da complexa multiplicação celular cancerígena e do consequente crescimento tumoral, as células localizadas no interior da massa tumoral ficam menos expostas à irrigação sanguínea e, consequentemente, ao oxigénio.

As células tumorais adaptam-se à baixa pressão de oxigénio

A hipóxia, vulgarmente detetada nos tumores sólidos, resulta do fornecimento inadequado de oxigénio às células tumorais mais afastadas dos vasos sanguíneos. Para sobreviver, as células tumorais adaptam-se à baixa pressão de oxigénio e induzem a formação de novos vasos sanguíneos, num intrincado processo denominado por angiogénese. A angiogénese pode permitir a disseminação de células cancerígenas, resultando assim na formação de metástases. Para além da promoção da angiogénese, a adaptação tumoral à hipóxia inclui instabilidade genética, glicólise aeróbica, perda do controle sobre o ciclo celular e perda dos normais sinais de apoptose (morte celular).

Os tumores hipóxicos apresentam resistência à terapia

Sabe-se, por tudo isto, que os tumores hipóxicos apresentam um maior risco de progressão, recorrência e morte, sendo por tudo isto tipicamente considerados mais agressivos. Estes tumores com baixa oxigenação apresentam elevada resistência à quimioterapia e à radioterapia.

A possibilidade de identificar e quantificar a pressão de oxigénio tumoral tem sido alvo de investigação, uma vez que a caracterização do ambiente hipóxico numa fase pré-terapêutica pode determinar a utilização de substâncias radiosensibilizantes, o aumento da dose de radiação ou a escolha de outras abordagens terapêuticas mais adequadas ao perfil tumoral em estudo.

A Medicina Nuclear tem sido fundamental no que à identificação e quantificação da hipóxia diz respeito, dispondo atualmente de alternativas a métodos invasivos com o mesmo fim. Através da utilização de vários radiofármacos, como o 18F-FMISO, a Medicina Nuclear tem sido capaz de apresentar promissores agentes imagiológicos no que à deteção e caracterização da hipóxia tumoral diz respeito.

Referências: Abrantes A, Tavares L, Pires S, Casalta-Lopes J, Mendes C, Simões M, et al. Metabolic effects of hypoxia in colorectal cancer by 13C NMR isotopomer analysis. Biomed Res Int. 2014;759791.; Abrantes A, Serra M, Gonçalves A, Rio J, Oliveiros B, Laranjo M, et al. Hypoxia-induced redox alterations and their correlation with 99mTc-MIBI and 99mTc-HL-91 uptake in colon cancer cells. Nucl Med Biol. Elsevier Inc.; 2010;37(2):125–32.; Mamede A, Abrantes A, Pedrosa L, Casalta-Lopes J, Pires A, Teixo R, et al. Beyond the limits of oxygen: effects of hypoxia in a hormone-independent prostate cancer cell line. ISRN Oncol. 2013;2013:918207.; Xu R-H, Pelicano H, Zhou Y, Carew J, Feng L, Bhalla K, et al. Inhibition of glycolysis in cancer cells: a novel strategy to overcome drug resistance associated with mitochondrial respiratory defect and hypoxia. Cancer Res. 2005;65(2):613–21.

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segunda-feira, 4 de julho de 2016

L-carnitina e efeitos adversos da quimioterapia

l-carnitinaAté 80% dos doentes com cancro avançado apresentam carência em L-carnitina.

O défice de L-carnitina tem um papel na prevalência de alguns sintomas, como a fadiga e a malnutrição. Uma dieta desequilibrada pode ser uma das causas. Contudo, também a competição com alguns fármacos usados em quimioterapia (ex: antraciclinas competem com a carnitina pelo mesmo transportador) ou a inibição da produção da L-carnitina por antraciclinas podem levar à carência deste micronutriente. Uma outra causa possível é a excreção renal excessiva, para a qual contribuem a cisplatina e a ifosfamida. Estes dois fármacos prejudicam, ainda, o transporte da L-carnitina e a produção de energia pelas células através deste micronutriente, exercendo um efeito tóxico a nível neurológico e cardíaco e aumentando o risco de fadiga.

Embora os resultados dos diferentes estudos não tenham chegado às mesmas conclusões, parece que os suplementos de L-carnitina podem reduzir os efeitos tóxicos cardíacos das antraciclinas e da interleucina-2 usadas no tratamento do cancro. Além disso, parecem reduzir os efeitos neurotóxicos dos taxanos, sem afetar o efeito destes fármacos anticancerígenos.

Um trabalho com doentes oncológicos concluiu que a L-carnitina (1g/dia) pode ser benéfica para prevenir complicações cardíacas, durante o tratamento com interleucina-2. Todavia, noutro estudo com doentes com linfoma não-Hodgkin, os autores não encontraram nenhuma evidência de que a suplementação com o micronutriente (3g antes de cada ciclo de quimioterapia, seguido de 1g/dia durante 21 dias) protegesse da ação cardiotóxica da antraciclina.

Ainda, dois estudos prospetivos com doentes oncológicos com diferentes graus de neuropatia periférica causada pela cisplatina e pelo paclitaxel concluíram que a acetil-L-carnitina pode ser benéfica no tratamento. À mesma conclusão chegaram os autores de um trabalho não publicado com doentes oncológicos tratados com taxol isoladamente e em combinação com fármacos neurotóxicos e não neurotóxicos, referindo mesmo um ação significativa da acetil-L-carnitina. Contudo, estes resultados não são consensuais, dado que outros autores referem que a substância pode ainda aumentar a neuropatia periférica induzida pela cisplatina.

Alguns trabalhos têm mostrado que a administração de L-carnitina em doses de 2-6g/dia pode reduzir a perda de peso e/ou a fadiga experienciadas por doentes oncológicos mas os resultados não são partilhados por todos os estudos. Uma melhoria na condição mental e física dos doentes após a administração de uma alta dose de L-carnitina pode ser atribuída não só à melhoria na produção de energia pela célula mas também a um efeito favorável do micronutriente na utilização da glicose e no metabolismo das citocinas. Mas, quatro ensaios randomizados concluem que a L-carnitina não reduz a fadiga moderada ou severa associadas ao cancro e que a acetil-L-carnitina não previne o aparecimento de fadiga durante a quimioterapia com taxanos.

No que diz respeito à anorexia e à caquexia associadas ao cancro, a L-carnitina parece ter uma ação benéfica. Num trabalho com doentes com cancro do pâncreas em estadios avançados, verificou-se um efeito positivo significativo na qualidade de vida e no estado nutricional em resultado da administração de L-carnitina (2g, 2x/dia). Verificou-se, ainda, uma tendência de aumento da sobrevivência nos doentes aos quais foi administrado o micronutriente, bem como uma redução do tempo de internamento.

O que se recomenda?

A evidência que a L-carnitina possa ter uma influência positiva na anorexia e na caquexia relacionadas com o cancro é ainda fraca. Os suplementos orais e a administração parentérica de L-carnitina pode ajudar os doentes com um estado nutricional deficitário e em regimes de quimioterapia que possam induzir uma carência no micronutriente, como a cisplatina e a ifosfamida. A acetil-L-carnitina ou a L-carnitina podem também ser benéficas na prevenção e no tratamento da neuropatia periférica induzida pela quimioterapia (taxanos).

Referências: Armenian SH et al. Carnitine and cardiac dysfunction in childhood cancer survivors treated with anthracyclines. Cancer Epidemiol. Biomark. Prev. 2014, 23, 1109–1114. Bianchi G et al. Symptomatic and neurophysiological responses of paclitaxel- or cisplatin-induced neuropathy to oral acetyl-L-carnitine. Eur. J. Cancer 2005, 41, 1746–1750. Campone M. et al. A double-blind, randomized phase II study to evaluate the safety and efficacy of acetyl-L-carnitine in the prevention of sagopilone-induced peripheral neuropathy. Oncologist 2013, 18, 1190–1191. Cruciani RA et al.  L-Carnitine supplementation for the management of fatigue in patients with cancer: An eastern cooperative oncology group phase III, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J. Clin. Oncol. 2012, 30, 3864–3869. Gramignano G et al.  Efficacy of L-carnitine administration on fatigue, nutritional status, oxidative stress, and related quality of life in 12 advanced cancer patients undergoing anticancer therapy. Nutrition 2006, 22, 136–145. Hershman DL et al.  Randomized double-blind placebo-controlled trial of acetyl-L-carnitine for the prevention of taxane-induced neuropathy in women undergoing adjuvant breast cancer therapy. J. Clin. Oncol. 2013, 31, 2627–2633. Hockenberry MJ et al.  Carnitine plasma levels and fatigue in children/adolescents receiving cisplatin, ifosfamide, or doxorubicin. J. Pediatr. Hematol. Oncol. 2009, 31, 664–669. Kraft M et al.  L-Carnitine-supplementation in advanced pancreatic cancer (CARPAN)—A randomized multicentre trial. Nutr. J. 2012, 11, 52. Lissoni P et al.  Prevention by L-carnitine of interleukin-2 related cardiac toxicity during cancer immunotherapy. Tumori 1993, 79, 202–204. Maestri A et al.  A pilot study on the effect of acetyl-L-carnitine in paclitaxel- and cisplatin-induced peripheral neuropathy. Tumori 2005, 91, 135–138. Sun Y et al.  A prospective study to evaluate the efficacy and safety of oral acetyl-L-carnitine (ALC) in treatment of chemotherapy-induced peripheral neuropathy (CPIN). In Proceedings of the 48th Annual Meeting of the American-Society-of-Clinical-Oncology (ASCO), Chicago, IL, USA, 1–5 June 2012; abstract 9017. Fontes de imagens: http://ift.tt/29puZDC ; http://ift.tt/29iBViS

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