
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Obesidade e prognóstico de cancro: o risco e a influência
A obesidade e o excesso de peso têm uma enorme influência no risco e no prognóstico de cancro.
Atualmente, a evidência científica não deixa dúvidas: a obesidade aumenta o risco de vários tipos de cancro. Cavidade oral, esófago, estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, coloretal, rim, mama, endométrio e ovário são alguns exemplos. Todavia, o risco de desenvolvimento de cancro parece também estar associado à duração desse excesso de peso ou obesidade.
Os autores de um estudo tendo por base os dados de 74 000 mulheres pós-menopáusicas entre os 50 e os 79 anos concluíram que quanto mais tempo as mulheres apresentaram peso excessivo, maior o seu risco de desenvolvimento de cancro. Falemos em números: por cada 10 anos de excesso de peso ou obesidade na idade adulta, o risco aumentou 7%.
Os autores foram ainda mais específicos e avaliaram o risco de desenvolvimento de cancro da mama pós-menopausa, verificando que, por cada 10 anos de índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 34,9 kg/m2, o risco aumentou 5%. Contudo, para um IMC igual ou superior a 35 kg/m2, o valor passou a 8%.
Relativamente ao cancro do endométrio, por cada 10 anos de IMC entre 25 e 34,9 kg/m2, o risco aumentou 17% e, de um IMC igual ou superior a 35 kg/m2, esse risco era de 37%.
Por outras palavras, perder peso ou evitar o ganho são formas de diminuir o risco de cancro, nunca sendo tarde para mudar hábitos de alimentação e atividade física.
E quando a obesidade existe e o cancro já é uma realidade?
A manutenção de um peso saudável parece reduzir significantemente a morbilidade e a mortalidade nos sobreviventes de qualquer tipo de cancro. Da análise de 43 trabalhos realizados entre 1963 e 2005, a obesidade esteve associada a um aumento da mortalidade de 33%.
Um estudo que incluiu mulheres com cancro da mama mostrou que, ao diagnóstico, aquelas com excesso de peso já apresentavam características de pior prognóstico. As doentes obesas evidenciaram um risco aumentado em 46% de desenvolver metástases ao fim de 10 anos. Já o risco de morrer de cancro ao fim de 30 anos era superior em 38%, valores que se relacionam com o facto da quimio e da hormonoterapia parecerem ser menos efetivas no aumento da sobrevivência a longo prazo em mulheres obesas.
Mesmo quando o diagnóstico de cancro já foi feito, é fundamental dar atenção ao controlo do peso, para evitar a diminuição da qualidade de vida e da sobrevivência. A inclusão de uma alimentação saudável (equilibrada, variada e completa) e a prática de exercício físico são os pilares para o conseguir.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Será o glifosato potencialmente cancerígeno?
Há atualmente uma enorme controvérsia em torno do herbicida glifosato e sobre os seus efeitos na saúde. Será o glifosato potencialmente cancerígeno?
A Organização Mundial de Saúde (OMS), através da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC), classificou o glifosato como “provavelmente cancerígeno” para os humanos.
O alerta sobre os perigos do herbicida soou a mais de mil de quilómetros de Portugal, em França, Lyon, tendo desencadeado uma reação imediata contraditória por parte dos grupos industriais. Em março de 2015, Robb Fraley, diretor de tecnologia da empresa Monsanto, em St. Louis- Missouri, nos Estados Unidos, reagiu contra a avaliação, expressando o seu total desacordo.
Já em 2016 a OMS através de um comentário publicado pelo Painel de Peritos em Resíduos de Pesticidas nos Alimentos e Ambiente, fez uma revisão do reconhecimento efetuado em 2015, indicando que é improvável que o uso do glifosato, através da dieta, seja cancerígeno para os humanos. Isto porque, segundo a OMS, tudo depende da quantidade.
O glifosato pode entrar no organismo humano através da ingestão de água e alimentos ou da inalação. O herbicida, produzido há mais de 20 anos pela multinacional Monsanto, é o mais utilizado na agricultura mundial, em produtos como soja, trigo, arroz, milho, uva, banana, cacau e café.
É na agricultura que o glifosato é mais usado. Hoje em dia, só em Portugal, há mais de 20 marcas que o comercializam. É um herbicida total, não seletivo, o que significa que mata qualquer tipo de planta.
Mas que evidências existem sobre a ligação entre o glifosato e o cancro?
O relatório realizado pelo IARC indicou que há uma evidência limitada para se poder afirmar que existe uma ligação entre a utilização do glifosato e o cancro. No entanto, vários estudos mostraram que as pessoas que trabalham com o herbicida parecem ter um risco aumentado de desenvolver um tipo específico de cancro, o linfoma não Hodgkin. Neste relatório é ainda realçado que um estudo americano, o Agricultural Health Study, não encontrou nenhuma ligação entre o glifosato e o linfoma não Hodgkin. Nesse estudo foram seguidos milhares de agricultores, para avaliar se todos eles tinham ou não um risco aumentado de desenvolver esse tipo de cancro.
Mas outras evidências, incluindo a partir de estudos com animais, levaram o IARC a classificar o glifosato como sendo “provavelmente cancerígeno”. O glifosato tem sido associado a tumores em ratinhos e ratos. Existe ainda aquilo que é denominado como ‘evidência mecanicista’, tal como dano no ADN de células humanas devido à exposição ao glifosato.
Por outro lado, no último comunicado sobre este assunto, os peritos da OMS referiram que a maioria dos testes científicos indicam que a administração de glifosato e de produtos derivados em doses de até 2.000 miligramas por quilo, por via oral, que é a maior exposição à substância em uma dieta, não está associada a efeitos genotóxicos, na maioria dos estudos conduzidos em mamíferos.
Os maiores problemas com o glifosato estão nos países americanos, onde são cultivados alimentos geneticamente modificados (OGM), sendo que 80% desses alimentos, os chamados OGM são resistentes ao glifosato, o que quer dizer que uma plantação transgénica pode ser pulverizada com herbicidas sem que a cultura morra, só as ervas. Isto traduz-se em altas concentrações de herbicidas nos cereais.
Estes transgénicos são por enquanto proibidos na Europa. Mas há um transgénico que pode ser semeado: a variedade de milho MON 181. E Portugal é um dos quatro países que cultiva OGM na Europa.
Nos supermercados, os produtos OGM estão sobretudo nas prateleiras de óleos alimentares. Mas várias toneladas de milho e soja OGM entram todos os dias em Portugal. Vêm de barco e vão para as fábricas de rações. Mais de 90% da alimentação animal é feita de transgénicos resistentes ao glifosato.
Por agora, após um impasse sobre a continuação da utilização deste herbicida, em junho deste ano, a Comissão Europeia decidiu prolongar até ao final de 2017 a licença de uso do glifosato. A decisão foi baseada na avaliação científica realizada pelos órgãos competentes da União Europeia, que concluiu que o glifosato não constitui um risco, quer para a saúde humana ou para o ambiente.
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terça-feira, 23 de agosto de 2016
Carcinoma hepatocelular: terapias de hoje e de amanhã
O carcinoma hepatocelular representa cerca de 70 a 90% dos tumores com origem primária no fígado. Este tumor é responsável por uma elevada taxa de mortalidade em todo o mundo. Tal facto deve-se à assintomatologia da doença em estadio inicial. Por outro lado, em estadio avançado, é um tumor extremamente difícil de tratar uma vez que ainda não existem opções terapêuticas satisfatórias.
O carcinoma hepatocelular possui opções terapêuticas muito limitadas
Quando o carcinoma hepatocelular é diagnosticado numa fase inicial da doença, o transplante hepático e a resseção cirúrgica por hepatectomia parcial são as opções potencialmente curativas disponíveis. No entanto, este tipo de cancro é normalmente detetado numa fase em que estas opções terapêuticas já não podem ser utilizadas, muitas vezes por existir metastização à distância e/ou invasão macrovascular. Neste caso, e na ausência de terapias eficazes, a radioterapia e a quimioterapia são vulgarmente utilizadas como tratamento paliativo em doentes não elegíveis para tratamento local, tendo como objetivo aliviar os sintomas associados à normal progressão da doença e assim melhorar a qualidade de vida do doente. A doxorrubicina, a cisplatina e/ou o 5-fluouracilo são alguns dos agentes vulgarmente utilizados, com resultados dececionantes, no tratamento do carcinoma hepatocelular.
A radioterapia e a quimioterapia não são particularmente eficazes no tratamento do carcinoma hepatocelular devido ao perfil quimoresistente e radioresistente das células deste tipo de tumor. Por outro lado, cerca de 80% dos casos são diagnosticados em fígados cirróticos e por isso altamente sensíveis, fator que promove também a elevada insensibilidade do tumor à terapêutica.
O sorafenib como promessa no tratamento do carcinoma hepatocelular
Na última década surgiu um fármaco que tem provado ser bastante útil no tratamento do carcinoma hepatocelular em estadio avançado: o sorafenib. Apesar das vias de atuação e os alvos celulares e moleculares deste fármaco não serem ainda totalmente conhecidos, o sorafenib tem demonstrado resultados bastante eficazes num grande número de doentes. Infelizmente, e apesar do sorafenib ser geralmente bem tolerado, alguns doentes experienciaram alguns efeitos adversos, como eritrodisestesia palmo-plantar, fadiga, diarreia e perda de peso.
Vale a pena referir também que, para além do sorafenib e da sua ação no carcinoma hepatocelular continuar a ser amplamente estudada, existem outras moléculas sob intensa investigação. Englobam-se nestas o sirolimus e os seus análogos, como o temsirolimus e o everolimus, o erlotinib, o gefitinib, o cetuximab, o lapatinib, o vandetanib, o bevacizumab e o linifanib. Alguns grupos de investigação têm também tentado testar a aplicabilidade de compostos hormonais, como o tamoxifeno, e da imunoterapia no carcinoma hepatocelular.
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“A felicidade está em quando o que pensas, o que dizes e o que fazes, estão em harmonia.” - Mahatma Gandhi #felicidade #citações #gandhi

sábado, 20 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Segurelha no jardim, aroma forte no prato
A segurelha das hortas ou comum foi classificada pelos botânicos com o nome de Satureja Hortensis e pertence à família Lamiaceae.
É uma planta popular de jardim, mas também cresce livremente em solos leves e secos e em encostas. As suas folhas são longas e verde-escuras, duras e pontiagudas com flores de um lilás-rosado ou brancas. Os caules são resistentes e desgarrados ou eretos, e podem alcançar 45 cm.
A segurelha é uma planta aromática utilizada na culinária, com um forte aroma capaz de acentuar todos os outros compostos presentes nos alimentos. É frequentemente utilizada em pratos de carne e assados com ervilhas, feijões e couves. Mas, também, pode ser usada para infusões ou na produção de licores.
Cultivar segurelha na sua pequena horta
São apenas necessários alguns passos, muito simples, para cultivar segurelha no seu jardim ou na sua pequena horta, para a utilizar nos seus cozinhados:
- Instale por sementeira direta: adquira as sementes em qualquer loja de produtos agrícolas, ou faça mesmo uma compra online
- Coloque as sementes, 5 a 30 mm de profundidade na terra a uma distância de aproximadamente 30 cm. Para um metro quadrado de terra, use um total de 4 sementes, ou recomendamos duas sementes em cada vaso.
- A planta necessita de um solo bem drenado e um local com muita iluminação. Assim a rega deve ser feita todos os dias, e se necessário de manhã e ao fim da tarde. A segurelha é uma planta muito sensível ao frio, por isso deve ser semeada na primavera ou durante o verão.
- As partes da planta utilizáveis são as folhas, frescas ou em seco, que devem ser colhidas antes do florescimento.
Os compostos fitoquímicos presentes na segurelha são diversos, onde se destacam os monoterpenos: timol, carvacrol e cimeno. Estes compostos conferem atividade antimicrobiana à planta. Também estão presentes flavonóides e taninos. Com base na presença destes compostos, podemos afirmar que a segurelha apresenta propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, analgésica e atividade anti-hipercolesterolémica.
É uma planta ideal para enriquecer o seu jardim, uma vez que para além de o tornar mais bonito, pode adicionar o seu aroma e os seus benefícios nas refeições mais elaboradas. Basta adicionar simplesmente as folhas: frescas ou secas.
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terça-feira, 16 de agosto de 2016
Stop Cancer Portugal: os 5 mais populares
Como acontece todos os anos, no mês agosto divulgamos os 5 artigos mais populares e lidos no Stop Cancer Portugal publicados desde o início deste ano.
Talvez fosse boa ideia arranjar 5 minutos e consultar os 5 temas mais visualizados através do Google, o maior motor de pesquisa da atualidade. Por isso, com esta lista, o acesso aos conteúdos mais populares é mais rápido:
- Fazer dieta não funciona
- Maquinas do café: excelente meio para o desenvolvimento de bactérias
- Posturas invertidas no yoga: benefícios e contra-indicações
- Náuseas e vómitos: como controlar no tratamento oncológico
- Tamoxifeno no cancro da mama hormono-dependente
Contamos consigo para divulgar o Stop Cancer Portugal e partilhar informação que pode ser útil a um familiar ou um amigo. contribua para criar uma sociedade informada, responsável e saudável.
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sábado, 13 de agosto de 2016
"Uma mente sã num corpo são"- Juvenal, poeta romano #mente #citações #Juvenal

sexta-feira, 12 de agosto de 2016
A doença oncológica nas crianças, o yoga e a psicologia
A doença oncológica nas crianças passa por muitas fases e por diversos tratamentos. O yoga ajuda muito na recuperação física e emocional da criança e de todos os que diretamente estão envolvidos. Trabalhar com crianças é um privilégio e a psicologia tem também aqui, um papel fundamental. Tal como afirma a psicóloga Filomena Coutinho: “ao trabalhar com doentes oncológicos, o processo de aceitação é o trabalho mais importante.” A aceitação para o praticante de yoga é: aceitar o que somos, como somos, no momento presente.
Filomena Coutinho Almeida, é psicóloga em contexto escolar. Licenciou-se em Psicologia pela Universidade do Porto no ano de 1989 e concluiu o mestrado em Psicologia Clínica em 1996. Desde a licenciatura, trabalhou sempre em Serviços de Psicologia implantados em escolas públicas. Contudo, optou por manter sempre um trabalho paralelo em outros contextos, nomeadamente o clínico, para poder desenvolver os seus conhecimentos e melhorar a prática profissional, visto que nesses outros contextos tem mais oportunidades de trabalhar em equipa com outros colegas da área.
Devido à experiência que Filomena Coutinho tem vindo a acumular ao cruzar o campo da psicologia com o yoga e o cancro, organizei algumas perguntas e realizei uma entrevista como o objetivo de esclarecer todos os interessados.
Qual o tipo de trabalho que realizas com pacientes cancerosos?
Os alunos que acompanhei estavam em regime de internamento alternado com vindas à escola. Desenvolvo o atendimento individual ao aluno e o apoio à sua família numa perspetiva narrativa, a partir das experiências quotidianas que são relatadas pelo próprio.
Além do atendimento individual organizo com a equipa de educação especial o ensino à distância para que, os que assim o desejem, possam manter a ligação à escola e assistir às aulas por videoconferência, ter apoio individualizado de alguns professores destacados para o efeito e disporem de um regime especial de avaliação.
Podes fazer um pequeno resumo sobre as formas de aceitação da doença? Em adultos e em crianças?
Não diria formas de aceitação, mas processo de aceitação. No processo de doença prolongada ou crónica há sempre perdas. A vivência da perda é algo de muito pessoal e subjetivo e tem a ver com a forma como a pessoa se sentia consigo mesma, com os outro e com a vida, enquanto pessoa saudável. Há sempre a perda do estatuto de pessoa saudável, a perda da autonomia, a perda das rotinas diárias, a distância da escola, dos colegas, a hipótese de não progredir o ano…vivências que implicam perdas e por consequência, um processo de luto. A primeira etapa supõe sempre que se trabalhe a aceitação de cada uma dessas perdas e o seu reenquadramento num período mais alargado de tempo, o que pode ser difícil em crianças e/ou adolescentes. A minha experiência diz-me que com adolescentes é sempre mais complexo, porque estão em plena fase de construção de identidade, de alguma irreverência (variável entre eles), de desorientação organizativa. Verifiquei que os que foram “apanhados” por um prolongado processo de doença nesta etapa, sentiram uma intensa revolta. Acompanhei uma criança de 10 ano e essa revolta não era tão evidente.
Ao trabalhar com crianças e adolescentes com cancro, o que é mais importante na consulta?
A relação de confiança, o apoio emocional e aceitação de todas as emoções contraditórias sentidas, a promoção de vivências que não se prendam apenas com a doença. A doença existe mas não é exclusiva. Existe mais. Por esse motivo, para alguns, manter a ligação à escola é muito importante.
Realizas algum tipo de trabalho com os familiares, em paralelo?
Sim, é fundamental apoiar os medos, angústias, e outros sentimentos que os pais e irmãos sentem. Existem momentos de grande esperança e momentos de cansaço, angústia e desespero. O desgaste pode ser muito significativo. De qualquer modo, esse apoio é mais esporádico porque costumam ser atendidos no serviço de psico oncologia da Liga Portuguesa contra o Cancro.
As crianças são informadas da doença? Têm plena consciência do que se passa?
Sim, são notificadas da doença e têm consciência do que se passa. A consciência própria da sua idade. Plena… bem… talvez nem os adultos tenham consciência plena.
A prática do yoga, ajuda-te na forma como lidas com a doença?
A prática do yoga é bastante estruturante em todo o meu desempenho profissional. Ajuda-me a saber estar comigo, a aprender a respirar, centrar-me, relaxar. Ajuda-me a ter consciência de mim, como um todo. Preciso de estar bem para poder ajudar.
Utilizas técnicas de yoga na consulta, ou em algum tipo de terapia, quando tratas doentes com cancro?
Recorro ao relaxamento baseado em técnicas de respiração.
Sentes que ao utilizar estas técnicas de yoga, os doentes sentem os benefícios de forma efetiva?
Sim, muito. Promove o bem-estar e reduz os níveis de ansiedade, de pensamentos circulares e de distanciamento de outros acontecimentos da vida para além da doença.
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terça-feira, 9 de agosto de 2016
Doença atópica: o efeito da intervenção nutricional precoce
Uma intervenção nutricional precoce, durante a gravidez, a lactação e durante o primeiro ano de vida do bebé, pode prevenir ou retardar o desenvolvimento de doença atópica (dermatite atópica, asma e alergia alimentar), em crianças.
Nas últimas décadas a incidência de asma em crianças a partir dos 4 anos aumentou cerca de 160% e a incidência de dermatite atópica triplicou.
Apesar da doença atópica ter uma base genética perfeitamente estudada, os factores ambientais, incluindo a alimentação na infância, podem ter influência importante no seu desenvolvimento.
As seguintes definições são importantes para a compreensão deste texto adaptado de Muraro e colaboradores:
- alergia – reacção de hipersensibilidade iniciada por um mecanismo imunológico.
- atopia – tendência individual ou familiar para produzir anticorpos imunoglobulina E (IgE) como resposta a alergénios, confirmada pelo resultado do teste de picada (exposição) cutânea.
- doença atópica – doença caracterizada por atopia; refere-se tipicamente a dermatite atópica, asma, rinite alérgica e alergia alimentar.
As restrições dietéticas em grávidas e lactantes
A mais antiga possibilidade da influência nutricional na doença atópica é a dieta da mulher grávida, no entanto os estudos não suportam o efeito protetor da exclusão de alimentos alergénios na dieta materna, incluindo a exclusão de leite de vaca e ovos, durante a gravidez.
Apesar de dois estudos demonstrarem que alergénios alimentares podem ser detectados no leite materno como os amendoins, o leite de vaca e os ovos), uma revisão do Cochrane Review também conclui que não há evidência suficiente de que a restrição dietética durante a lactação é benéfica na prevenção de doença atópica em bebés amamentados, com excepção da dermatite atópica em que os estudos existentes não são suficientemente claros na sua metodologia de forma a retirar conclusões precisas.
A importância da amamentação no desenvolvimento da doença atópica
No que diz respeito a crianças com alto risco de desenvolverem atopia, existe evidência que a amamentação exclusiva durante pelo menos quatro meses ou a utilização de fórmulas infantis hidrolisadas (particularmente as fórmulas extensamente hidrolisadas e menos as parcialmente hidrolisadas), reduzem o risco de dermatite atópica quando comparadas com fórmulas infantis standard à base de leite de vaca. No entanto, no que diz respeito a crianças que não tem risco em desenvolver atopia, a amamentação exclusiva durante o período de pelo menos quatro meses não adiciona qualquer benefício na incidência do eczema atópico.
Quanto á ocorrência de asma, apesar de não ser conclusivo que a amamentação exclusiva tem efeito protetor no desenvolvimento de asma em crianças a partir dos 6 anos, a amamentação exclusiva parece reduzir o número de episódios em crianças de idade inferior a 4 anos associados a situações de infeções respiratórias.
Sabe-se que em famílias com histórico de doença atópica, as crianças tem 25% de possibilidade em desenvolver alergia alimentar desde o nascimento até aos 7 anos de idade.
Uma revisão acerca da influência da dieta materna durante a gravidez e a lactação não mostra um contributo significativo no desenvolvimento de alergia alimentar na infância, apesar de vários antigénios alimentares poderem ser encontrados no leite materno. Em teoria, o leite materno deveria inibir a absorção dos antigénios alimentares, no entanto os estudos desenvolvidos nesse sentido não demonstram o efeito protetor do leite materno. Neste momento, baseado em evidências, não podemos afirmar que a amamentação terá um efeito protetor no desenvolvimento da alergia alimentar.
A diversificação alimentar na prevenção de atopia
Em textos anteriores falámos que a diversificação alimentar não deveria ocorrer nunca antes dos 4 meses, nem depois dos 6. Também no que diz respeito ao efeito protetor no desenvolvimento de atopia, não existe evidência de que atrasar a introdução alimentar para além do período dos 6 meses poderá trazer qualquer benefício, independentemente do bebé estar a ser amamentado com leite materno ou através de fórmulas infantis.
A falta de evidência inclui também o atraso na introdução de alimentos considerados mais alergénios, como é o caso do peixe, ovos ou alimentos contendo na base amendoins ou nozes.
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sexta-feira, 5 de agosto de 2016
"Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar” – Montaigne #educação #citações #montaigne

quinta-feira, 4 de agosto de 2016
"Os homens são movidos e perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas." - Epicteto #motivação #citações #epicteto

quarta-feira, 3 de agosto de 2016
“Tudo o que necessitas, incluindo Deus, está dentro de ti e não fora” - Anónimo Sufi #mindfulness #citações #sufi

terça-feira, 2 de agosto de 2016
Cancro do testículo: uma coreografia para a vida
“Trim Trim” podia ser o início de uma das muitas campanhas encabeçadas por Lance Armstrong na prevenção do cancro do testículo. Mas nem o facto de ser uma figura pública, atleta de renome ou a história contada na primeira pessoa pareceu ter grande impacto neste lado do oceano.
Para a Direcção-Geral da Saúde, este tipo de cancro está sob vigilância pelo aumento na incidência, que cresceu especialmente entre 2012 a 2014. Associado a este dado está um estudo de José Luís Passos Coelho, onde ele aponta para uma mortalidade superior à esperada neste tipo de cancro. Na União Europeia a taxa de sobrevivência é de 95%, enquanto em Portugal apenas chega aos 85%. Um importante factor é o diagnóstico tardio, associado a uma população que por desconhecimento ou aspectos culturais não efectua a palpação da zona testicular. Ao contrário do cancro da mama, onde se investe em grandes campanhas na comunicação, nas redes sociais e na saúde primária para que se aposte na palpação, o cancro do testículo não está sujeito ao mesmo tipo de atenção tornando-se invisível aos olhos da população.
Prevenir o cancro do testículo com o exame regular
É essencial instruir os jovens do sexo masculino a examinar e palpar essa parte do seu corpo regularidade (uma vez por mês, por exemplo). É igualmente essencial insistir na necessidade imediata de procurar aconselhamento médico no caso de detectarem algum tipo de anomalia como:
– aumento do volume testicular ou a presença de uma massa palpável e geralmente indolor num ou nos dois testículos;
– sensação de peso, moinha ou desconforto no escroto, região inguinal ou abdómen;
– sensação de mal-estar e cansaço.
Uma vez que o tema pode ser considerado de difícil abordagem pelos pais, professores ou até profissionais de saúde talvez um estilo mais ligeiro e direccionado para as faixas etárias mais jovens consiga entrar mais depressa no ouvido para ajudar a diminuir a incidência deste cancro: uma coreografia para a vida com a influência magistral de Michael Jackson.
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