terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Diarreia em doentes oncológicos: recomendações alimentares

A ocorrência de diarreia, em doentes oncológicos, é frequente, consistindo num aumento da frequência de defecações e/ou da fluidez das fezes. No cancro, a diarreia pode estar relacionada com várias causas, como ansiedade, alterações da dieta, medicação, infeção, cirurgia, radioterapia, tumor, obstrução e quimioterapia.

Embora a gravidade da diarreia possa variar consideravelmente, esta tem um grande impacto na qualidade de vida. Os doentes, além de terem de lidar com o aumento da frequência dos movimentos intestinais, também podem apresentar dores abdominais, cólicas e alterações da pele na região anal e perianal.

Poderão ainda, ocorrer aversões alimentares ou recusa total da alimentação, devido à antecipação da diarreia subsequente à ingestão alimentar, conduzindo à perda de peso e à malnutrição. Fadiga, perturbações do sono, vontade de isolamento e depressão são consequências comuns àqueles que apresentam diarreia. Todavia, as alterações fisiológicas de episódios severos ou prolongados de diarreia podem resultar em desidratação e desequilíbrio eletrolítico, colocando a vida em risco. Por outro lado, a combinação de diarreia grave com neutropenia é potencialmente perigosa, devido ao risco elevado de sépsis.

Assim, uma intervenção especializada é fundamental. O tratamento da diarreia inclui as componentes farmacológica e a não farmacológica, esta abrangendo a dieta e os probióticos, os quais podem ter um efeito benéfico na prevenção da diarreia provocada pelos tratamentos oncológicos.

Quando o fármaco a ser usado na quimioterapia, associado à dose e à frequência de administração, tem a diarreia como potencial efeito secundário, os doentes devem ser encaminhados para a consulta de Nutrição. O objetivo será a prevenção da degradação do estado nutricional ou então, atingir um estado nutricional adequado. O mesmo deve acontecer a doentes com cancros ginecológicos, urogenitais e retais sujeitos a radioterapia pélvica, nos quais o risco de diarreia é elevado.

Que alimentação, em casos de diarreia?

A intervenção dietética para controlo da sintomatologia em questão vai depender da gravidade da diarreia. No caso de o doente apresentar um aumento de até 6 dejeções/dia, comparativamente ao habitual, sem sinais ou sintomas graves, há alimentos que deve evitar, optando por outros.

Os doentes deverão evitar os seguintes alimentos:

– alimentos que contenham lactose

– suplementos com elevada osmolaridade

– especiarias

– alimentos ricos em fibra insolúvel como os cereais ricos em fibra, brócolos, milho, couves, ervilhas, legumes e frutos crus, entre outros.

– alimentos ricos em gordura

– cafeína (café, chá, colas)

– álcool

– alimentos que provocam flatulência como os bróculos, lombardo, cebola, leguminosas, entre outros.

Diarreia: alimentos preferenciais

Por outro lado, há alimentos que são uma opção adequada. Deve dar-se preferência a alimentos como:

–  caldos claros (frango/galinha, carne de vaca ou vegetais) e tisanas (camomila, cidreira, etc.) para que haja um aporte hídrico na ordem dos 8 a 12 copos de água

– sumo de fruta cozida (por exemplo maçã ou pêra), sumos de cenoura ou banana, águas minerais sódicas pouco gaseificadas

– soros de rehidratação oral

– gelatina

– consumir com frequência pequenas refeições de digestão fácil (bananas, arroz, fruta cozida ou em calda, torradas, massas simples, batatas, carne (galinha, frango, perú) cozida e sem pele, crackers, ovos, noodles)

– sopa preparada apenas com arroz, cenoura e batata

– as bananas, o arroz, a maçã cozida e as torradas de pão branco, são preferenciais, no caso de diarreia severa

Quando o aumento de dejeções é de 4 a 6 por dia, a quimioterapia é, muitas vezes, suspensa e a dose do fármaco considerada. Nestes casos, estas recomendações alimentares devem manter-se até que a diarreia seja ultrapassada. Note que deverão ser registadas o número e o momento de dejeções, para reavaliação clínica.

Perante um aumento de dejeções superior ou igual a 7 por dia ou inferior a 7 mas com cólicas moderadas ou severas, náuseas/vómitos, prejuízo da capacidade física, febre, sépsis, neutropenia, hemorragia ou desidratação, o doente deverá ser admitido no hospital.

Referências: Andreyev J, Ross P, Donnellan C, Lennan E, Leonard P, Waters C, Wedlake L, et al.. Guidance on the management of diarrhoea during cancer chemotherapy. The Lancet. 2014; 15(10): e447–e460; National Cancer Institute (NCI). Managing Chemotherapy Side Effects – Diarrhea. Disponível em: http://ift.tt/2kNb8mL. Acedido a 22/1/2017; National Health Service (NHS). Clinical Guideline for the Assessment and Management of Chemotherapy Induced Diarrhoea. Disponível em: http://ift.tt/2kPyVOV. Acedido a 22/1/2017; Wang Y-H,  Yao N,  Wei K-K,  Jiang L,  Hanif S,  Wang Z-X, Pei C-X. The efficacy and safety of probiotics for prevention of chemoradiotherapy-induced diarrhea in people with abdominal and pelvic cancer: a systematic review and meta-analysis. European Journal of Clinical Nutrition. 2016; 70: 1246-1253. Fontes de imagens: http://ift.tt/2aCYIXt; http://ift.tt/2kPlH4z

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Os cancros mais incidentes na infância

Os cancros mais incidentes na infância são o osteossarcoma, os tumores de Ewing, o hepatoblastoma, o retinoblastoma, o linfoma não-Hodgkin, a leucemia linfoblástica aguda e o rabdomiossarcoma.

A Fundação Rui Osório de Castro, em parceria com uma equipa de médicos oncologistas e pediatras do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, criou e lançou doze folhetos explicativos sobre os diversos tipos de cancro mais incidentes na infância. O objetivo deste projeto é colmatar a falta de informação científica das famílias de crianças com cancro.

Pode encontrar alguns dos folhetos informativos clicando no link para cada um: osteossarcoma, tumores de Ewing, hepatoblastoma, retinoblastoma, linfoma não-Hodgkin, leucemia linfoblástica agudarabdomiosarcoma.

Crédito das imagens:Fundação Rui Osório de Castro

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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Agrihood: o conceito de quinta urbana

Agrihood quer dizer quinta urbana. É um conceito recente de organização residencial que defende um novo modelo de vida em comunidade. Pretende-se que as urbanizações e os bairros residenciais sejam projetados para que sejam rodeados por quintas agrícolas e não por parques e campos de golfe dispendiosos.

The Cannery é um dos melhores exemplos daquilo que é uma “Agrihood” e onde é possível ter uma quinta urbana. Criada em agosto de 2015 e situada na Califórnia, por lá vive-se um estilo de vida diferente do comum.

Este empreendimento residencial foi programado para ser uma comunidade com 572 casas e a sua gestão está a cargo do Center Land-Based Learning.Este grupo sem fins lucrativos tem por missão, inspirar e educar futuras gerações de agricultores, de líderes agrícolas e de administradores de recursos naturais, para valorizar as quintas comunitárias de agroecologia.

Numa “Agrihood”, promove-se o consumo de alimentos frescos e cultivados por nós. Aqui, todos podem acompanhar o processo de produção até à colheita dos alimentos. Para isso, basta inscrever-se e receber semanalmente uma caixa da produção da quinta, quer participem ou não no processo de cultivo. Também um dos objetivos destas “Agrihoods” é produzir para distribuir aos consumidores fora da comunidade, estabelecendo assim o foco no consumo de produtos orgânicos de toda a população. As “Agrihoods” tornam-se emergentes por serem cada vez mais procuradas pelas pessoas que sentem a necessidade de estabelecer a ligação dos alimentos e sua preparação com a sua origem.

Quinta urbana: alimentos à porta de casa

Não é lógico, consumirmos alimentos cheios de agrotóxicos, quando podemos fazê-lo de forma orgânica, livre de modificações genéticas e produtos prejudiciais à saúde. Nestes empreendimentos têm isso à porta de casa. Não gastam dinheiro em transportes e tem a certeza daquilo que estão a consumir.

Este tipo de comunidade, muda completamente a relação que os moradores têm com a terra, principalmente as crianças. Há já alguns estudos que comprovam que as crianças que cultivam os seus próprios legumes têm uma maior tendência para os consumir. Trata-se de mais do que o simples cultivo de legumes, mas sim uma mais valia que harmoniza a vida em sociedade.

Fontes de informação: Brann, R., Byron, K., Graupmann, C. S., Kovach, J., Martin, M., & Tucker, E. Food Producers and Food Production. http://ift.tt/2jU9bUt

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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Beba café! O consumo de café pode diminuir o risco de cancro

Beba café! O consumo de café pode diminuir o risco de certos tipos de cancro.
Ao longo dos anos, numerosos estudos examinaram a relação do consumo de café com risco de oito tipos de cancro: glioma, cancro da cabeça e pescoço, hepatocarcinoma, cancro de próstata, cancro colo-retal, carcinoma da mama, melanoma e cancro do endométrio.

Glioma
Um estudo conduzido por investigadores do Reino Unido concluiu que os adultos que bebiam cinco ou mais chávenas de café ou de chá por dia tinham um risco significativamente menor (cerca de 40% menos) de ser diagnosticado com glioma (<40%). O estudo examinou 335 casos com glioma de três estudos de coorte. Durante o período de estudo, a ingestão de café e chá foi avaliada através de questionários de frequência alimentar. Não foi observada associação entre o consumo de café ou chá sem cafeína e o risco de glioma.

Cancro da cabeça e pescoço
Beber 4 chávenas de café por dia estava associado a um risco reduzido em 39% de cancro da faringe e orofarínge de acordo com o estudo internacional organizado pelo Head and Neck Cancer Epidemiology Consortium. Para chegarem a esta conclusão, os investigadores reuniram dados de nove estudos caso-controle de cancro da cabeça e pescoço, incluindo 5.139 casos e 9.028 controles. Não foi encontrada associação com o cancro da laringe. Não houve dados suficientes para tirar conclusões sobre a ingestão de café descafeínado.

Hepatocarcinoma
Um maior consumo de café resulta em menor risco de desenvolver carcinoma hepatocelular, o tipo mais comum de cancro no fígado. Os consumidores de café que bebiam de uma a três chávenas por dia tinham um risco reduzido em 29% de desenvolver o hepatocarcinoma. Aqueles que bebiam quatro ou mais chávenas de café por dia tiveram o seu risco reduzido em 42% em comparação com aqueles que bebiam em média menos de uma chávena por dia. O estudo prospectivo incluiu aproximadamente 180.000 homens e mulheres. A ligação entre o consumo de café e o cancro do fígado mostrou-se independente da idade, sexo, etnia, índice de massa corporal, tabagismo ou consumo de álcool, diabetes e hepatite.

Consumo de café: quatro chávenas ou mais por dia

Cancro da próstata

Os pesquisadores investigaram se havia uma associação entre a ingestão de café e chá antes do diagnóstico e o risco de progressão ou recorrência do cancro da próstata. O padrão de consumo de café e chá foi avaliado ao longo de um período de 2 anos antes do diagnóstico. Os indivíduos com diagnóstico de cancro da próstata foram seguidos em média de 6 anos e 4 meses. Foram observados 140 casos de recidivas/progressão de cancro da próstata. O consumo de café foi associado a um risco reduzido de recidiva/progressão do cancro da próstata; a dose ajustada da probabilidade de risco foi observada entre ≥ 4 chávenas por dia e ≤ 1 chávena por semana. Nenhuma associação foi estabelecida entre a ingestão de chá e a recidiva/progressão do cancro da próstata.

Cancro colo-retal
O Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos responsável por investigar a relação entre a alimentação e a saúde, acompanhou os hábitos alimentares e o estilo de vida de 489.706 homens e mulheres ao longo de 10 anos e meio. No estudo, cerca de 16% dos participantes bebiam mais de 4 chávenas de café por dia. Os consumidores de 4 a 5 chávenas e os consumidores que bebiam mais de 6 chávenas por dia apresentaram menor risco de cancro do cólon quando comparados com os participantes que não bebiam. Não houve registo de associação relativamente à ingestão de chá.

Carcinoma da mama
Um estudo meta-análise que incluiu 37 artigos publicados, envolvendo 59.018 casos de carcinoma da mama e 966.263 participantes, encontrou uma associação inversa entre o café/cafeína e o risco de cancro da mama para mulheres na pós-menopausa. Registou-se uma associação forte e significativa entre o consumo de café e o risco de cancro da mama para portadores da mutação BRCA1. O risco de cancro de mama diminuiu em 2% por cada duas chávenas de café por dia e 1% por cada 200 mg/dia de na ingestão de cafeína.

Melanoma
Os investigadores verificaram que o consumo de quatro ou mais chávenas de café por dia foi associado a um risco diminuído em 20% para o melanoma maligno, através dos dados colhidos pelo questionário de frequência alimentar que fazia parte do estudo coorte prospectivo do Instituto Nacional da Saúde dos Estados Unidos. Não houve risco diminuído para o melanoma com o café descafeínado.

 

cafe-quatro

Cancro do endométrio
Os investigadores avaliaram 84 alimentos e nutrientes, através dos resultados de um questionário alimentar utilizando em três estudos prospectivos, e se estes poderiam ter alguma relação com o risco de cancro do endométrio. Chegaram à conclusão que beber café várias vezes ao dia pode diminuir o risco de cancro do endométrio. Um dos estudos apurou que as mulheres que bebiam três chávenas de café por dia – cerca de 750 gramas – apresentaram um risco menor (em 19%) de cancro de endométrio comparativamente com as mulheres que bebiam menos de uma chávena de café por dia. Dados de um estudo coorte, diferente, verificaram que as mulheres que bebiam quatro chávenas de café por dia – cerca de 1.000 gramas – tinham um risco 18% menor de ter cancro do endométrio quando comparadas com as que não bebiam café.

Fonte de informação: Tradução e adaptação do artigo “Coffee and cancer” publicado na plataforma cancernetwork.com; Photo Credit © gresei/Shutterstock.com; Photo Credit header  ©karl chor

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Expectativas sobre praticar yoga e os seus benefícios

Quando alguém chega a um centro de yoga sempre tem alguma expectativa sobre praticar yoga ou sobre os seus benefícios. Outros surgem timidamente, talvez por temer o julgamento de terceiros ou por sentir ter alguma incapacidade para realizar as posturas. Nenhuma destas ideias é válida para o praticante de yoga.

Praticar yoga é respeitar o próprio corpo. Respeitar o corpo significa fazer o que o corpo permite, sem forçar. Significa também, executar as posturas de forma consciente. A dor que se pode sentir deve ser entendida como uma dor confortável, que ao fim de algumas respirações desaparece. Se isso não acontecer, alivie a postura ou não a execute até se sentir mais preparada.

Muitos afirmam que o yoga é uma atividade muito parada, sem movimento. Nada é mais falso que esta afirmação. Difícil é ficar “parado” numa postura. “Parado” não é bem o termo, porque ter consciência de todo o corpo, saber manter todos os músculos ativos, e com a ajuda da respiração, alongar o corpo milímetro a milímetro, é um grande esforço físico. Não se está parado, apenas a execução da postura é realizada de uma forma muito subtil, muitas vezes só percecionada pelo praticante e pelo professor, que percebe se o aluno está a praticar de forma ideal ou não.

Sempre que sentir que pode alongar ou inclinar-se um pouco mais, faça-o lentamente para sentir esses alongamentos ou inclinações de uma forma muito consciente.

Praticar yoga é trabalhar os músculos

Quando estira um grupo muscular, faça os possíveis por sentir que contraí o grupo muscular que se opõe. Por exemplo, se esticar os isquiotibiais contraía os quadríceps. Praticar yoga é trabalhar os músculos de forma separada, mas ativando todos os músculos ao mesmo tempo. A prática do yoga permite corrigir as assimetrias do corpo e a postura em geral. Por esta mesma razão, muitos praticantes com escoliose, sentem imediatamente uma diferença enorme no corpo e na postura apenas com a prática de algumas sessões.

Mas o mais importante da prática do yoga, não está na performance física, está na capacidade de incrementar a respiração a um nível que transmite tranquilidade, serenidade e uma enorme sensação de bem-estar a todo o corpo e sobretudo à mente.

Outro efeito importante é a capacidade de concentração que se obtém. Ao centrar a mente no corpo, o tentar perceber o corpo, a forma como este se move, a forma como pode ser movido através da consciência do mesmo, torna a mente centrada, em alerta e presente no momento.

Mas o efeito mais notável é a forma como ao dominar o corpo, consegue dominar a mente e pode verificar-se alteração da personalidade do praticante. Os níveis de autoconhecimento, de aceitação daquilo que se é, de autoestima, de tranquilidade face às situações do dia-a-dia, incrementam os níveis de confiança e a forma de olhar o mundo como um lugar de respeito pela mãe natureza, por todos os seres vivos e acima de tudo por si próprio.

Procure sempre um professor devidamente certificado, para o ajudar a praticar yoga. Não se acanhe de perguntar pela certificação, ou pelo local de formação. É de si que se trata e merece sempre o melhor.

Fonte de informação: Alexandra Pereira, Manual Curso de Professor de Yoga.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Camomila para um chá relaxante e doce

Todos nós gostamos de ter flores no jardim. Mas, e se além disso, pudéssemos usufruir das flores e depois com elas fazer chá? A camomila dá flores pequenas e brancas e uma das suas principais características é o aroma intenso e doce.

A camomila vulgar é uma planta cientificamente conhecida como matricaria chamomill e pertence à família Asteraceae. É uma planta de pequeno porte, que pode atingir 25 a 50 cm de altura, com caules ramificados, eretos e lisos, folhas bem recortadas e flores brancas. É, portanto, uma planta ideal para cultivar em casa, para uso caseiro.

Cheia de propriedades terapêuticas: anti-inflamatória, bactericida, relaxante, antidiabética, rica em antioxidantes, pode contribuir para a cicatrização de feridas. Pode destacar-se ainda as sua propriedades antiplaquetárias e anticancerígenas. Para sustentar estas propriedades, a camomila tem na sua composição química: apigenina, ácido cafeico, ácido clorogénico, luteolina, terpeno bisabolol ferneseno, flavonóides, quercetina, luteolina e cumarina.

Experimente cultivar a camomila no seu metro quadrado ou use um vaso. Aponte cinco passos simples para ter as flores de camomila e os seus benefícios:

  1. Instale por sementeira direta: adquira as sementes em qualquer loja de produtos agrícolas, ou faça mesmo uma compra online.
  2. Coloque as sementes a uma profundidade de 0,5 cm, ou pressione-as levemente na terra, a uma distância de 30 cm entre plantas. Para um metro quadrado pode colocar 6 sementes. Para cultivar em vaso, apenas duas.
  3. A planta necessita de um solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, contudo é uma planta que se adapta a qualquer tipo de solo, desde que esteja minimamente preparado. Em dias mais frios deve recorrer às técnicas de proteção das plantas, faladas aqui.
  4. A rega deve ser feita diariamente, uma vez que a planta gosta de ter solo húmido, mas não encharcado.
  5. As flores devem ser colhidas no momento em que as inflorescências abrirem completamente, geralmente 3 a 4 meses após a sementeira. As flores devem ser secas (em local seco e bem ventilado), livres de caule, e só depois armazenadas.

A parte utilizável da camomila são as flores. Com elas faz-se um delicioso chá relaxante e doce. No uso cosmético, para além de ser componente de diversas loções e pomadas, é vulgarmente utilizada para clareamento do cabelo. Todas as suas propriedades podem estar numa infusão, em cada gole de chá.

Referências: Clevely Andy, Katherine Richmond. Manual completo de Plantas e Ervas Medicinais. Lisboa: Editorial Estampa; Sepide Mirajei, Samira Alesaeidi. A systematic review study of therapeutic effects of Matricaria recuitta chamomile (chamomile). Electron Physician. 2016 Sep; 8(9): 3024–3031. Published online 2016 Sep 20. doi:  10.19082/3024.

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Programas de culinária: são exemplo de boas práticas de segurança alimentar?

Atualmente é muito moderno ter na grelha televisiva programas de culinária. Também abundam as rubricas de culinária de manhã à noite nos programas de entretenimento. Mas estes programas de culinária são exemplo de boas práticas de segurança alimentar?

Investigadores da Universidade Estadual do Kansas e da Universidade Estadual do Tennessee dos Estados Unidos realizaram um estudo e concluíram que a maioria dos programas de culinária protagonizados por chefs famosos mostram práticas inseguras de manipulação dos alimentos, que aumentam a probabilidade de contaminação e de intoxicações alimentares.

Estes programas são acompanhados por uma grande audiência e são percebidos como uma fonte de entretenimento. No entanto, também poderiam ser usados como uma poderosa ferramenta educacional no sentido de ensinar um grande número de telespetadores sobre a manipulação segura dos alimentos.

Segurança alimentar e os programas de culinária

O estudo referido anteriormente reviu 100 episódios de programas de televisão de culinária, organizados por 24 chefs diferentes, entre um conjunto de 30 séries únicas de programas de televisão de culinária. Nestas séries são exemplos: Jamie em casa, Nigellissima, Home Cooking, Gordon Ramsay que estão disponíveis online como Netflix ou Amazon.

Todos os episódios incluíram a preparação de pelo menos um prato de carne, por exemplo, carne de bovino, frango, carne de porco. Para apoiar as observações durante a revisão dos programas, foi desenvolvido um questionário com base numa lista de comportamentos de segurança alimentar: os comportamentos positivos e os negativos.

Na maioria dos episódios envolvidos no estudo era focada a preparação de um prato de cada vez, mas alguns chefs preparam vários pratos simultaneamente, aumentando a probabilidade de contaminação cruzada.

A lavagem das mãos é um princípio básico de higiene alimentar, todavia nenhum dos chefs foi mostrado a lavar as mãos antes de cozinhar. Um dos chefs referiu a importância da lavagem das mãos antes de começar a manipular os alimentos e metade dos chefs observados mencionou a lavagem das mãos após a preparação de carne. Dos 24 chefs observados, 21 (87,5%) manipularam carne crua sem lavar as mãos.

Outros dos erros cometidos incluíram a adição (79%) e a prova (38%) de alimentos com as mãos durante ou após a confeção, inclusivamente quando a comida não seria mais cozinhada.

Apenas sete dos chefs (29%) mostraram uma correta higienização das tábuas de corte e das superfícies. Os restantes não conseguiram fazer uma lavagem eficiente, tanto da tábua de corte como das superfícies, após a manipulação de carne crua, utilizando a mesma tábua para a carne crua e para alimentos prontos a consumir.

Os resultados mostraram que 23 dos chefs (96%) determinou visualmente pela observação da cor se a carne estava cozinhada. Apenas seis chefs (25%) usaram um termómetro, tal como é recomendado pelas autoridades de segurança alimentar.

Qualquer um desses comportamentos impróprios demonstrados na televisão pode levar à contaminação cruzada e a intoxicações alimentares. O estudo recomenda que os programas televisivos de culinária deveriam incluir a promoção de regras de segurança alimentar, assim como a demonstração de práticas seguras de manipulação dos alimentos, a fim de promover bons hábitos de segurança alimentar em casa.

Outros estudos anteriores revelaram resultados semelhante, que os programas televisivos de culinária na Europa, mostram frequentemente a manipulação incorreta dos alimentos ou a falta de medidas para prevenir as intoxicações alimentares.

Um estudo publicado em 2014, no British Food Journal, propôs que os programas de culinária deveriam seguir os padrões de segurança alimentar reconhecidos pelas autoridades competentes, devendo ser usados como uma oportunidade para introduzir mensagens simples, mas importantes, de segurança alimentar.

A segurança alimentar é um problema de saúde pública significativo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, todos os anos mais de 23 milhões de pessoas na Europa adoecem devido a intoxicações alimentares, resultando em aproximadamente 5000 mortes. A manipulação inadequada dos alimentos ou as práticas de segurança alimentar precárias em casa são causas comuns de intoxicações alimentares.

É por isso que é de extrema importância, não só, dedicarmos atenção à qualidade dos alimentos que consumimos, mas também à forma como os preparamos.

Fonte da informação: Texto adaptado de European Food Information Council (EUFIC), setembro de 2016 em http://ift.tt/2jirqTZ; Photo credit: http://ift.tt/2ij1cfN

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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Acupunctura no tratamento de cancro

A acupunctura é um conjunto de práticas terapêuticas, inspirada nas tradições médicas orientais e consiste na estimulação de locais anatómicos sobre ou na pele.

Esta técnica procura a recuperação do organismo como um todo através da indução de processos regenerativos, normalização das funções alteradas, reforço do sistema imunológico e controlo da dor.

A acupunctura pode auxiliar no cancro como uma técnica complementar de tratamento. Ajuda a modelar o sistema imunológico, pode contribuir para a diminuição da dor e na redução dos efeitos colaterais da quimioterapia (por exemplo nas náuseas e diarreia), além de se registar também benefícios ao nível da diminuição do linfedema.

Alguns estudos recentes realizados com pacientes com cancro avançado demonstraram que os tratamentos de acupunctura, com uma duração de aproximadamente oito semanas, são viáveis registando-se resultados positivos na qualidade de vida dos doentes e no alivio de alguns dos sintomas mais frequentes: ansiedade, fatiga, depressão e dor.

Por isso, a acupunctura deve ser mais utilizada como uma técnica auxilar do tratamento oncológico, sobretudo na recuperação dos doentes oncológicos, permitindo que os efeitos positivos até agora observados possam ser melhor estudados e explorados.

Referências: Dean-Clower E, Doherty-Gilman AM, Keshavuah A, Baker F, et al. Acupuncture as palliative therapy for physical symptoms and quality of life for advanced cancer patients. Integr Cancer Ther. 2010; 9(2): 158-167.; Cruz CT, Barros NF, Hoehne EL. Evidências sobre o uso de práticas alternativas e complementares no tratamento convencional de neoplasias mamárias. Rev Bras Cancerol. 2009; 55(3): 237-246.; Photo credit: http://ift.tt/2hMUYbQ

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