terça-feira, 30 de maio de 2017

Melanoma: influência da alimentação na sobrevivência

Nos melanomas superiores a 1mm de espessura, a mortalidade a 10 anos é de 30-60%, após a cirurgia. Por isso, a adoção de estilos de vida que permitam a redução do risco de recorrência, além da diminuição da exposição aos raios ultravioletas, é importante. Outros dados respeitantes à associação entre outros comportamentos modificáveis e a sobrevivência por melanoma são escassos.

Um estudo de Rothberg e colaboradores abordou o impacto do Índice de Massa Corporal (IMC) e das preferências alimentares, entre outros parâmetros, na sobrevivência de doentes com melanoma em fase avançada. Este trabalho concluíu que a sobrevivência era menor em doentes que consumiam carne vermelha pelo menos 1 vez por semana, na altura do diagnóstico.

Carne vermelha

Dados anteriores mostraram que o consumo deste tipo de carne é prognóstico para o cancro colo-retal, verificando-se que ingestões mais elevadas, antes e após o diagnóstico, estão associadas ao aumento da mortalidade pela doença. Neste caso, os mecanismos envolvidos incluíam a exposição direta da mucosa colo-retal aos ácidos gordos ou ferro hemínico e nos danos provocados pelos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e pelas aminas heterocíclicas originados pelo processamento e pela confeção culinária. O consumo de carnes vermelhas extensivamente grelhadas, mas não mal passadas, também foi associado a um risco aumentado de cancro da próstata agressivo, suportando a relevância das exposições a carne vermelha para órgãos não pertencentes ao trato gastrintestinal.

Melanoma e a fruta

Além da carne vermelha, Rothberg e colaboradores estudaram a influência do consumo de fruta na sobrevivência por melanoma. De acordo com trabalhos realizados anteriormente, a ingestão de 5 ou mais peças de fruta por dia parece reduzir o risco de diversas doenças crónicas, incluindo cardiovasculares, cancro, demência, osteoporose e artrite reumatóide. No entanto, os conhecimentos do impacto do consumo de fruta na sobrevivência na doença oncológica são ainda poucos.

Os autores concluíram que o consumo diário de fruta tem um impacto positivo na sobrevivência por melanoma, embora não tenham considerado a quantidade de fruta ingerida, o que pode fazer a diferença.

No estudo US-based Multi-Ethnic Cohort, foi observada uma associação estatística significativa entre a sobrevivência global de mulheres com vários tipos de cancro e o aumento do consumo de fruta. No entanto, nenhuma relação foi verificada no mesmo trabalho mas considerando apenas os homens com cancro participantes. No estudo European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition, também não foi constatada nenhuma associação em ambos os géneros.

Todavia, ambos os estudos consideraram os hábitos de consumo de fruta dos doentes antes do diagnóstico de cancro e não na altura de diagnóstico, como no caso dos autores do estudo com doentes com melanoma. Além disso e uma vez que a repartição pelos tipos de cancro não foi efetuada em nenhum desses trabalhos, a sobrevivência por melanoma não pôde ser avaliada.

Outros parâmetros relacionados com o melanoma

Quanto ao IMC, os autores confirmaram os resultados de outros estudos, ou seja, verificaram a não existência de qualquer associação entre este índice e a sobrevivência por melanoma. Do mesmo modo, não se constatou uma associação com o consumo de saladas verdes e de peixe.

Assim, parece existir uma associação entre o consumo de carne vermelha e de fruta e a sobrevivência específica por melanoma, em doentes com melanoma com mais de 1mm de espessura. É um grupo onde a recorrência após a cirurgia é comum, apesar de a vigilância ser norma. Todavia, é importante referir que Rothberg e os seus colaboradores apenas avaliaram os hábitos de consumo ao diagnóstico da doença. Muitas vezes, após o diagnóstico, muitos doentes alteram os seus hábitos alimentares, o que não foi considerado no estudo em questão. Assim, apesar de ter sido avaliada a sobrevivência, os resultados do impacto das variáveis alimentares necessitam de maior investigação, dado que não foram consideradas eventuais alterações dos hábitos alimentares após o diagnóstico.

Referências: Balch CM et al. Final version of 2009 AJCC melanoma staging and classification. J Clin Oncol. 2009; 27:6199–206. Rothberg B et al. Red meat and fruit intake is prognostic among patients with localized cutaneous melanomas more than 1 mm thick. Cancer Epidemiol. 2014; 38(5): 599–607. McCullough ML et al. Association between red and processed meat intake and mortality among colorectal cancer survivors. J Clin Oncol. 2013; 31:2773–82. Vrieling A & Kampman E. The role of body mass index, physical activity, and diet in colorectal cancer recurrence and survival: a review of the literature. Am J Clin Nutr. 2010; 92:471–90. Speed N & Blair IA. Cyclooxygenase- and lipoxygenase-mediated DNA damage. Cancer Metastasis Rev. 2011; 30:437–47. Fonseca-Nunes A et al. Iron and Cancer Risk–A Systematic Review and Meta-analysis of the Epidemiological Evidence. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2014; 23:12–31. Fung TT et al. Diet-quality scores and plasma concentrations of markers of inflammation and endothelial dysfunction. Am J Clin Nutr. 2005; 82:163–73. Sugimura T. Carcinogenicity of mutagenic heterocyclic amines formed during the cooking process. Mutat Res. 1985; 150:33–41. Punnen S et al. Impact of meat consumption, preparation, and mutagens on aggressive prostate cancer. PLoS One. 2011; 6:e27711. Hung HC et al. Fruit and vegetable intake and risk of major chronic disease. J Natl Cancer Inst. 2004; 96:1577–84. Boeing H et al. Critical review: vegetables and fruit in the prevention of chronic diseases. Eur J Nutr. 2012; 51:637–63. Fonte de imagens: http://ift.tt/2m9abBC; http://ift.tt/2qBGdZf

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terça-feira, 23 de maio de 2017

É a arte que nos salva?!

Depois de tanto tempo sem inspiração para escrever foi o “fenómeno Salvador Sobral” que me fez sair deste casulo onde me encontro. E é inevitável porque este foi um acontecimento que estranhamente me provocou uma reflexão profunda e me fez colocar uma infinidade de questões. O que levou tanta gente a sentir-se profundamente identificada com esta música, com esta letra, com o Salvador? O Salvador terá tido a intenção de tocar assim tão profundamente as pessoas? Ou foi apanhado neste fenómeno sem noção do impacto que iria ter? Em que medida alguém que é desafiado pela vivência de um determinado tipo de sofrimento (neste caso o problema de saúde do cantor) é capaz de despertar e fazer despertar os outros?

Não saberei seguramente responder a todas estas questões, tal como assumo que não sei verdadeiramente como prevenir o cancro ou qualquer outro sofrimento humano (o que aliás tem bloqueado a minha escrita). Talvez, porque tenho muito poucas certezas, mas uma delas é a certeza de que o sofrimento existencial é inevitável e seja através da doença, da perda, da frustração todos nos confrontamos invariavelmente numa ou noutra ocasião com esse sofrimento. Mas também tenho como verdade que o amor é uma necessidade universal e é em si mesmo curativo. A canção “Amar pelos Dois” tem esses dois ingredientes, fala de amor e de sofrimento e todos, de algum modo, conhecemos ambos. Esta canção toca no que é essencial e “obriga-nos” a despirmo-nos das nossas carapaças e entregarmo-nos a estas emoções que todos tão bem conhecemos. E nesta medida faz-nos sentir parte de um todo maior. Percebemos que a humanidade navega junta no mesmo barco à procura de refúgio e esse refúgio é o amor e a ânsia de ser amado. A arte em geral e a música em particular desempenham por isso o importante papel de nos fazer sublimar o nosso sofrimento existencial e de certo modo salvam-nos porque nos fazem reconhecer o que existe de mais intimo, indizível e universal em todos nós. E o que é universal é imortal porque vive em todos nós para sempre.

A Luísa e o Salvador imortalizaram-se com esta canção, mas não posso deixar de pensar que eles são apenas quem iluminou o caminho. O caminho que todos nós anónimos fazemos quando nos confrontamos com a deceção amorosa, com a perda, com a nossa finitude, com a frustração entre o que sonhámos ser e o que somos, no fundo com a nossa condição existencial. E à arte em geral e à música em particular cabe a nobre missão de nos lembrar que somos todos iguais num certo sentido. E ao cumprir essa missão a música transforma-nos e de certo modo salva-nos. É esta a grande dádiva dos poetas, dos músicos, dos pintores, dos bailarinos e todos os que nos presenteiam com a sua arte de forma genuína.

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sábado, 20 de maio de 2017

Dia Nacional da Luta Contra a Obesidade 2017 em Portugal: 20 de maio

O Dia Nacional da Luta Contra a Obesidade foi pela primeira vez celebrado em Portugal a 20 de maio de 2004. A iniciativa, da Associação dos Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal (Adexo) pretende demonstrar que a obesidade é um problema sério de saúde e um dos principais factores no desenvolvimento de doenças como o cancro, diabetes, enfarte do miocárdio e hipertensão.

O objetivo é chamar a atenção de toda a população para esta doença e a necessidade premente de soluções.

A obesidade é classificada de acordo com excesso de gordura acumulada no organismo. De seis biliões de habitantes do planeta, 23,4% estão com excesso de peso.

Quais são as causas da obesidade?

Maus hábitos durante a gravidez, pouco exercício físico, maus hábitos alimentares, uma doença subjacente.

A obesidade pode desencadear um aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardíacas por acumulação de gordura no interior das artérias, um aumento da probabilidade de cancro, um desgaste precoce das articulações da coluna, joelhos e tornozelos devido ao excesso de peso, além de doenças do foro psicológico.

Algumas soluções válidas para a obesidade são: consultar um nutricionista para modificar hábitos e iniciar uma alimentação equilibrada e combinar com a prática de exercício físico, além de mudar outros hábitos de vida como passar a usar as escadas, ir a pé ou de bicicleta para o trabalho.

A obesidade é uma das doenças crónicas mais comuns na infância e a sua prevalência continua a registar um aumento “demasiado rápido”. “Cerca de um terço das crianças obesas em idade pré-escolar vão tornar-se adultos obesos e metade das crianças entre os seis e os dez anos vão ser certamente adultos com excesso de peso”, estima a associação Adexo.

A Organização Mundial de Saúde reconheceu a obesidade como um problema de saúde pública e apresenta-a como um dos dez factores de risco para a saúde global.

Fonte da informação: WHO; Adexo; Jornal Público

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sexta-feira, 12 de maio de 2017

i Agora? Tanto tempo em frente a um ecrã faz mal ao meu filho?

“ i Agora? ” é um livro sobre o uso excessivo de ecrãs na infância e todos os problemas que daí possam advir. Faz uma abordagem cuidada sobre a utilização das tecnologias digitais, sobre o ciberbullying e finaliza com 5 recomendações para ajudar os pais a gerir os comportamentos dos filhos.

O uso excessivo de ecrãs em crianças desenvolve alterações de comportamento que abrem uma nova categoria patológica denominada “Síndrome dos Ecrãs Eletrónicos”. A sua sintomatologia é visível em 3 domínios principais: no humor, ao nível cognitivo e social.

Também a “Perturbação de Hiperatividde e Défice de Atenção” está relacionada com a utilização excessiva de ecrãs. Em outros casos, tem-se verificado que adolescentes com uma utilização excessiva e problemática de ecrãs apresentam perturbação de ansiedade ou depressão. Um vida preenchida em modo virtual, online, pode promover sintomas de ansiedade e frustração ou mesmo agravar esses mesmos sintomas.

Com uma escrita simples e clara, a psicóloga Rosário Carmona e Costa dá respostas para questões que estão a saltitar na sua cabeça há algum tempo como “tanto tempo em frente a um ecrã faz mal ao meu filho?

O livro ” i Agora? ” oferece aos pais um conjunto de informações e orientações práticas para que possam tomar medidas e ajudem as crianças a criar um relacionamento saudável com as tecnologias digitais.

Leia o livro “i Agora?”. Prepare-se para libertar as crianças da dependência dos ecrãs, proporcione-lhes um padrão de utilização adequado.

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terça-feira, 9 de maio de 2017

Prevenir lesões: o yoga pode ajudar corredores

Ninguém quer ter lesões. As lesões são dolorosas e podem marginalizar os atletas durante algum tempo. Com um treino inteligente, não há nenhuma razão para que uma lesão ocorra.

Praticar yoga pode ser uma boa aposta, ajudando a manter os músculos flexíveis e alongados. Na prática do yoga o uso da atenção plena aumenta os níveis de consciencialização e da capacidade de centrar a mente no momento presente.

“O yoga ajuda-o a ficar livre de lesões cultivando o equilíbrio entre força e flexibilidade no corpo”, diz a professora de yoga e treinadora de corrida, Sage Rountree.

Benefícios do yoga para prevenir lesões

Há pelo menos 8 razões para que um corredor ou maratonista possa beneficiar ao praticar yoga:

  1. Ao praticar o uso da atenção no momento presente, fica-se mais consciente do corpo, da capacidade respiratória, da capacidade de correr com mais rapidez ou baixar um pouco o ritmo. A concentração no corpo permite escutá-lo e respeitá-lo. Saber escutar e respeitar é a forma mais eficaz de evitar lesões.
  2. O yoga combina ações ativas e passivas ao alongar, o que é uma maneira de ajudar a manter as lesões afastadas. O alongamento ativo é composto por asanas (posturas) que movem e esticam o corpo de forma dinâmica, como as “Saudações ao Sol”, por exemplo. A “Saudação ao Sol” cria calor e flexibilidade nos tecidos. Como estiramento passivo, entende-se saber manter a postura por um minuto ou mais de uma forma ativa, mas não tensa ou relaxada. Desta forma é possível incrementar a resistência muscular, a flexibilidade e o alongamento muscular.
  3. Cuidar dos pés sobretudo ao nível da flexibilidade e da postura dos mesmos. O pé deve apoiar-se corretamente (veja o artigo “As posturas de pé na prática do yoga”). Uma boa base plantar a correta mobilidade do pé, são a base perfeita para manter uma forma saudável de correr.
  4. Uma das coisas mais importantes a alongar são os isquiotibiais e toda a linha de tecido que está ao longo da parte posterior da anca. Também é importante o alongamento de toda a parte posterior da perna. O trabalho destas zonas vai permitir também uma boa base plantar. O yoga tem um conjunto de posturas que beneficiam exatamente este problema.
  5. Uma das causas mais comuns da dor no joelho em corredores é a irritação da banda iliotibial. Os músculos circundantes são a causa do problema. Na prática do yoga existem posturas que permitem trabalhar a ligação entre os isquiotibiais e a banda iliotibial, ultrapassando ou minorando este problema.
  6. Na prática de atividades físicas intensas é comum não ouvir a voz interior que diz para parar e terminar o esforço. Ouvir essa voz é fundamental para criar uma nova noção das potencialidades de cada um. O yoga ajuda pelo trabalho consciente do corpo a perceber de uma forma muito clara, quando se deve parar e quando se pode continuar. Toda a prática de yoga é sempre um desafio pessoal e individual. Com o desenvolvimento deste conhecimento, não só aprende a conhecer o seu corpo, como aprende a lidar com a dor de uma forma confortável, tornado a sua capacidade de prática longa e duradoura.
    Um corredor sabe que quando corre o corpo liberta endorfinas cuja ação é como um analgésico natural. Este processo pode mascarar o aparecimento de lesões ou doenças. Por isso é vital que os corredores desenvolvam a perceção relativamente ao seu corpo para ajudar a reconhecer os sinais para abrandar ou parar. Esta é muitas vezes uma das mais difíceis, mas uma das lições mais valiosas, que os atletas aprendem nas suas esteiras de yoga.
  7. O yoga possui uma série de posturas que imitam o passo de corrida. Praticando-as aprende-se a dominar a passada, a forma de colocar o pé no chão e a forma correta de colocar o corpo, para que exista equilíbrio e bem-estar no movimento. A noção do centro de gravidade no corpo ao longo do movimento e que pode ser aprendido através da permanência nas posturas, é um enorme aliado na correção postural enquanto se corre, distribuindo o peso do corpo de modo uniforme.
    As lesões crónicas podem eventualmente autocorrigir através de uma prática de yoga suave mas consistente. O corpo tem inteligência inerente para encontrar um estado de equilíbrio.
  8. Os corredores têm tendência em apenas se preocuparem com a manutenção da parte frontal do corpo. Mas cuidar, muscular, flexibilizar e alongar a zona posterior do corpo é igualmente importante. O yoga é uma atividade física que trabalha os músculos todos do corpo ao mesmo tempo e desta forma, todos os músculos são tidos em consideração quando se pratica uma postura.
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terça-feira, 2 de maio de 2017

IPO Lisboa – 90 anos a investigar

Ao longo das últimas décadas têm surgido novas e revolucionárias descobertas em todo o mundo no que ao diagnóstico e tratamento do cancro diz respeito.

Evidenciando este facto, e provando que em Portugal muito também se tem feito nesta área, o Instituo Português de Oncologia (IPO) de Lisboa acolheu o livro “IPO Lisboa – 90 anos a investigar”, da autoria de Edward Limbert, médico endocrinologista e professor universitário.

Neste livro, o autor descreve a história da investigação, a par com a atividade clínica, desenvolvida no IPO desde a sua fundação, em 1923.

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