terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Prevenir o linfedema no cancro da mama

O diagnóstico precoce e os avanços no cancro da mama permitiram um aumento da sobrevivência. Todavia, um novo desafio está presente; lidar com os eventuais efeitos secundários do tratamento. Queixas no membro superior do lado onde foi efetuada a cirurgia estão entre os principais efeitos adversos, verificando-se que, um ano após a cirurgia, cerca de 85% das mulheres referem pelo menos uma morbilidade física, como dor, redução da amplitude doLinfedema movimento e linfedema. Este é uma condição crónica que pode desenvolver-se em qualquer altura após a cirurgia.

Não existe uma metodologia fácil e direta para predizer a formação de linfedema, impedindo a prescrição de medidas preventivas. Contudo, os parâmetros da linfocintilografia, quando avaliados antes da cirurgia, parecem poder ajudar a discriminar as mulheres com maior risco, independentemente da idade e do índice de massa corporal.

Têm surgido vários estudos, com vista à prevenção e controlo do linfedema. Como metodologias, têm sido abordados a drenagem linfática manual e o exercício físico, não esquecendo o controlo do peso.

Linfedema: drenagem linfática manual

A drenagem linfática manual é muito usada em mulheres com linfedema. Esta técnica, usada na reabilitação dos membros superiores após cirurgia ao cancro da mama, parece reduzir as complicações relacionadas com as feridas e melhorar a amplitude dos movimentos e os parâmetros da linfocintilografia, a curto e a longo prazo. No entanto, a ação da drenagem linfática manual está dependente da dosagem e das formas de administração.

Além disso, parece não existir nenhuma associação entre esta técnica e a formação de seroma.

Linfedema: exercício físico

Os benefícios do exercício ativo na reabilitação após cirurgia ao cancro da mama está extensivamente descrita na literatura e esta abordagem tem se tornado prática standard em serviços de referência.

Exercícios ativos usados na reabilitação após cirurgia ao cancro da mama produz efeitos similares aos da drenagem linfática manual, nas feridas, na amplitude dos movimentos e nos parâmetros da linfocintilografia. Contudo, em mulheres com mais de 39 anos, o exercício parece ser mais eficaz que a drenagem linfática manual na prevenção do linfedema.

Vários estudos têm mostrado que iniciar precocemente a prática de exercícios ativos após a cirurgia não aumenta a incidência de seroma ou infeção. Por outro lado, o exercício regular parece estimular a linfangiogénese, a qual pode reduzir o dano causado pela dissecção e pela radioterapia.

Em mulheres tratadas ao cancro da mama, os resultados da linfocintilografia podem estar alterados, mesmo na ausência de sintomas. Contudo, 2 minutos de exercício mostram normalizar a pressão linfática, acelerando a drenagem da linfa. Esta normalização não só devida ao efeito direto nos vasos linfáticos mas também indiretamente, através dos benefícios a nível muscular e cardiovascular do exercício.

Linfedema:obesidade e aumento de peso

Existe também uma associação entre o risco de linfedema e índices de massa corporal mais elevados (>24 kg/m2).

Apesar de os vasos linfáticos estarem normais, a elevada pressão exercida pelo peso dos tecidos pode provocar o colapso desses vasos, aumentado o risco de linfedema. Por outro lado, o prejuízo na depuração linfática e uma maior predisposição para a inflamação, fibrose e deposição adiposa em mulheres com excesso de peso/obesas, podem destruir os vasos linfáticos e/ou os nódulos, contribuindo para a linfa se acumular nos tecidos moles dos membros superiores.

Particularmente em mulheres mais novas, a obesidade parece ser o maior fator de risco de desenvolvimento de linfedema e, em mulheres mais velhas, o aumento da força muscular através do exercício pode prevenir esse quadro.

O controlo do peso tem um papel importante na reabilitação de doentes com cancro da mama, uma vez que a obesidade ou o aumento ponderal pode levar, para além do linfedema, a um pior prognóstico, a uma maior prevalência de outras condições clínicas (doenças cardiovasculares e diabetes), pior resultados pós-cirúrgicos (ex: aumento do tempo da cirurgia e de internamento, maiores taxas de infeção e prejuízo na cicatrização), fadiga, declínio funcional e pior qualidade de vida.

Assim, a drenagem linfática manual parece ser tão segura e eficaz como o exercício ativo na reabilitação após a cirurgia ao cancro da mama. Ambas as técnicas têm o mesmo efeito na amplitude do movimento, nas feridas e nos parâmetros linfáticos. Por outro lado, é importante o acompanhamento alimentar e nutricional das doentes, favorecendo uma alimentação equilibrada, variada e completa, acompanhada de atividades físicas diárias ou semanais, de modo a prevenir o aumento de peso ou a corrigi-lo.

Referências: Oliveira MMF et al. Long term effects of manual lymphatic drainage and active exercises on physical morbidities, lymphoscintigraphy parameters and lymphedema formation in patients operated due to breast cancer: A clinical trial. PLoS One. 2018;13(1):e0189176. doi: 10.1371/journal.pone.0189176. eCollection 2018; De Groef A et al. Effectiveness of postoperative physical therapy for upper-limb impairments after breast cancer treatment: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2015; 96(6):1140±53; Cheville A. Prevention of lymphoedema after axillary surgery for BC. BMJ. 2010; 340:b5235; Karki A et al. Efficacy of physical therapy methods and exercise after a breast cancer operation: a systematic review. Critical Reviews in Physical and Rehabilitation Medicine. 2001; 13(2):159±190; Stuiver MM et al. Conservative interventions for preventing clinically detectable upper-limb lymphoedema in patients who are at risk of developing lymphoedema after breast cancer therapy. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2015; 2. Art. No.: CD009765; de Oliveira MM et al. Manual lymphatic drainage versus exercise in the early postoperative period for breast cancer. Physiother Theory Pract. 2014; 30; Scaffidi M et al. Early rehabilitation reduces the onset of complications in the upper limb following breast cancer surgery. Eur J Phys Rehabil Med. 2012; 48(4):601±11; Meeske KA et al. Risk factos for arm lymphedema following breast cancer diagnosis in Black women and White women. Breast Cancer Research and Treatment. 2009; 113(2): 383±391; Weitman ES et al. Obesity impairs lymphatic fluid transport and dendritic cell migration to lymph nodes. PLOS ONE. 2013; 8(8):e70703. Fontes de imagens: http://ift.tt/2GLnm6s; http://ift.tt/2HQMObW

 

 

The post Prevenir o linfedema no cancro da mama appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2ozduFf
via IFTTT

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Exercício físico nos sobreviventes de cancro: promover o bem-estar

O exercício físico está associado a reduções significativas nas taxas de recorrência e da mortalidade de alguns tipos de cancro.

Os sobreviventes de cancro que fazem exercício físico podem ter benefícios na redução da fadiga, na melhoria considerável da qualidade de vida. Promove melhorias na função física e na composição corporal, com indicadores mais saudáveis ​​de massa corporal magra e massa gorda.

O exercício físico deve ser adaptado aos efeitos agudos, de longo prazo e tardios que afetam o sobrevivente. A atividade necessária para alcançar efeitos protetores diz respeito à prática de atividades moderadas. Por exemplo, andar 30 minutos por dia a 4 km por hora.
No entanto, muitos profissionais de saúde referem falta de conhecimento das recomendações de exercício nas diversas fases da sobrevivência do cancro. Há necessidade de maior informação sobre os períodos e tempos de prática de exercício. Também é necessário saber como encaminhar os sobreviventes para programas de exercícios especificamente destinados à sua condição física.

O American College of Sports Medicine defende que o exercício é geralmente seguro para a maioria dos sobreviventes de cancro e a inatividade deve ser evitada. As orientações gerais referem 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. O treino de resistência deve ser realizado ≥ 2 dias por semana e deve envolver os oito principais grupos musculares. Por exemplo, treino com pesos leves.

O American College of Sports Medicine dá, ainda, recomendações explicitas de adaptação do exercício físico para condições específicas. Os sobreviventes com linfedema, reconstrução mamária, com cateteres centrais e ostomias devem seguir precauções específicas. Estão, também, incluídos nas recomendações, os sobreviventes com efeitos secundários da quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia, por comprometimento imunológico, por fadiga, neuropatia periférica e fraqueza.

Por isso, os profissionais de saúde devem receber formação para aconselharem, adequadamente, os seus pacientes sobreviventes de cancro, recomendações de exercício. Esta medida é essencial para melhorar os resultados dos sobreviventes de cancro.

Referências: Schwartz, A. L., de Heer, F. H. D., & Bea, J. W. (2017). Initiating Exercise Interventions to Promote Wellness in Cancer Patients and Survivors. ONCOLOGY-NEW YORK31(10), 711-717.

The post Exercício físico nos sobreviventes de cancro: promover o bem-estar appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2Cj3Yzo
via IFTTT

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Felicidade no Fim da Vida

Pode haver felicidade no fim da vida?

Como disse Heidegger, desde o momento em que nascemos estamos ao dispor da morte. A morte tem mil portas. Cada morte é diferente; pode ser rápida e chegar a qualquer momento em plena juventude, ou lenta, através de um período longo de deterioração produzido por uma doença ou velhice. Independente da idade e estado de saúde todo o ser humano deseja ser feliz. Assim, na busca da felicidade, é frequente que os doentes oncológicos, de forma implícita ou explicita, ponham como condição a esperança.

A felicidade, de acordo com o pensamento budista, não é desejar nada do passado nem esperar nada do futuro; viver o presente, aqui e agora. No entanto, numa cultura como a nossa pode ser difícil para o doente oncológico, viver sem algum tipo de esperança.

O que é a esperança?

De acordo com Comte-Sponville “Esperança é um desejo que se refere ao que não temos…” A estratégia para alcançar a felicidade consiste em desejar, não o que nos faz falta mas sim o que não nos faz falta, desejar o que fazemos, o que temos, em aprender a desfrutar do que só depende de nós. É possível conseguir se formos capazes, em vez de viver esperanças – tempo presente de hipotéticos tempos futuros – de apreciar, momento a momento, o que podemos, ter ao nosso alcance. O importante é que esta esperança seja susceptível de converter-se em realidade. Nós temos sempre que dar sentido à esperança, sem levantar falsas expectativas.

Durante todo o processo da doença, a palavra esperança vai adquirindo um novo sentido. A esperança não é só viver. Quando alguém tem um diagnóstico de cancro, a esperança é fixada na cura. Quando já não existe cura, a esperança é que a evolução da doença seja lenta. Quando avança, a esperança é minimizar o sofrimento e se continuar, a esperança é poder morrer em paz.

Referência: Comte-Sponville A. A felicidade, desesperadamente. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda; 2001.Imagem do Filme “O Sétimo Selo” de Ingmar Bergman, 1957.

The post Felicidade no Fim da Vida appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2EQxxsR
via IFTTT

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Mantenha a cintura para menos de metade da sua altura!

Mantenha o perímetro da cintura para menos de metade da sua altura!

É um conselho simples, que conduz a uma avaliação fácil, e que pode traduzir-se na prevenção de alguns tipos de cancro e de outros riscos para a saúde. A diabetes, a hipertensão, o acidente vascular cerebral, a dislipidemia e a doença cardiovascular estão associadas ao excesso de gordura abdominal.

Para medir o perímetro da cintura, tudo o que precisa é de uma fita métrica.
E deve seguir alguns passos:

  1. coloque a fita em torno da cintura, ao nível do umbigoMedir a cintura
  2. certifique-se de que está nivelada horizontalmente. Verifique na parte dorsal, não muito apertada e não prenda a respiração durante a medição
  3. Expire, verifique o valor na fita métrica e registe.

Após medição, calcule a razão cintura/estatura (o valor que registou divide pela altura) para avaliar a distribuição central da gordura. O valor limite aceitável deve ser inferior a 0,5.

O perímetro da cintura, só por si, avalia o excesso de gordura na zona abdominal. Um perímetro da cintura superior a 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens, representa um risco muito alto de desenvolver doença cardíaca e diabetes. Com valores superiores a estes aconselha-se a tomar medidas para solucionar o excesso de peso. Independentemente de ter um Índice de Massa Corporal (IMC) saudável, o excesso de gordura abdominal é um indicador de risco.

O IMC é o método mais usado para determinar o excesso de peso e obesidade, mas não fornece informação precisa sobre a distribuição da gordura corporal.

A distribuição da gordura abdominal relaciona-se com o prognóstico de risco para a saúde. A obesidade central está fortemente associada às doenças cardiovasculares, comparativamente com a obesidade geral.
Concomitantemente, na ausência de excesso de gordura corporal, o risco da maioria dos cancros está substancialmente reduzido. Há evidências suficientes que concluem que, com o aumento de peso, há um risco aumentado de desenvolver certos tipos de cancro.

Perimetro da cintura e a prevenção do cancro

A prevenção do cancro do colo-retal, do adenocarcinoma do esófago, carcinoma do rim, da mama (pós-menopausa) e útero passa, também, por evitar o ganho de peso e o excesso de gordura corporal, reduzindo o risco.

Alguns mecanismos celulares e moleculares alterados durante a carcinogénese estão ligados à obesidade. Entre elas estão as alterações metabólicas e endócrinas, incluindo as alterações no metabolismo hormonal das glândulas sexuais, da insulina e da sinalização do fator de crescimento da insulina (IGF), das adipocinas ou das vias inflamatórias.
Perder peso afeta positivamente estes mecanismos. Os efeitos benéficos parecem ser regulados através do equilíbrio entre a proliferação celular e a apoptose, processos determinantes e já conhecidos durante a carcinogénese.

Para melhor saúde, a cintura deve ser menos de metade da sua altura.
Se registar valores superiores, fale com o seu médico de família e marque uma consulta de nutrição com um profissional devidamente habilitado para o ajudar a perder peso – um nutricionista.

Através de um programa nutricional acompanhado e orientado para solucionar o excesso de peso, os objectivos propostos na consulta, quando acompanhados de esforços reais, são alcançados.

Referências:Ashwell, M., & Gibson, S. (2014). A proposal for a primary screening tool:Keep your waist circumference to less than half your height’. BMC medicine12(1), 207.;Lauby-Secretan, B., Scoccianti, C., Loomis, D., Grosse, Y., Bianchini, F., & Straif, K. (2016). Body fatness and cancer—viewpoint of the IARC Working Group. New England Journal of Medicine375(8), 794-798.; Creative Commons, Uploaded by: Wikiphoto 

The post Mantenha a cintura para menos de metade da sua altura! appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2sqqQcg
via IFTTT

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Correção postural: os contributos do yoga

Surgem de forma quase natural, ao longo da vida, deformações na coluna vertebral, conhecidas como cifoses, escolioses e lordoses. Quase sempre, estes problemas são posturais, necessitando de uma correção postural.

Podem surgir também deformações ao nível dos membros inferiores, joelho valgo ou varo. Rotação do pé internamente ou externamente. Rotação da pélvis, entre outras.

Para corrigir estes problemas é importante começar por ter consciência do corpo. Nas aulas de yoga, o professor, deve sempre ter em conta a concentração e a capacidade do aluno perceber o corpo. Executar as posturas permite a correção postural.

As posturas de yoga, praticadas de forma consciente, com atenção plena na prática da postura, na consciência do movimento subtil do corpo e da zona que se pretende melhorar, permitem que as assimetrias, encurtamentos de músculos, ou o híper estiramento, se alinhem e corrijam lentamente.

O normal de uma aula de yoga é ajudar o praticante a experimentar e a identificar-se com o corpo, movendo-o de forma a percecionar os limites do mesmo, e a forma como pode ultrapassar esses limites. Muitas vezes, o aluno não sabe nem como se mover de forma correta e este é o trabalho do professor: explicar ao aluno como conquistar e dominar o seu corpo. Depois desta conquista e do domínio, o aluno passará a transportar este conhecimento para o movimento que realiza diariamente.

A realização do movimento de forma consciente necessita de ser acompanhada de uma respiração consciente. Só o facto de respirar de forma correta, possibilita sentir-se menos cansado.
Este processo de plena atenção no movimento, treinado ao longo do tempo, leva a que o movimento correto surja de forma natural e inconsciente.

A aula de yoga, orientada por um professor certificado, tem aqui um papel fundamental: de aula em aula, vai corrigir e moldar a atitude corporal do aluno. Este processo é fulcral para que não exista regressão no processo terapêutico do yoga e se alcance a correção postural.

Esta transformação do corpo e da consciência do corpo não tem um plano pré definido. Cada aluno é um caso. Cada aluno evolui de acordo com a sua capacidade de concentração e de domínio do corpo. Este conhecimento depende de inúmeros factores. Portanto não se deve ter expectativas, mas sim, acreditar e percecionar as pequenas melhorias quer na aula, quer no dia-a-dia.

Nem todas as posturas resultam com todas as pessoas. O professor tem de saber qual ou quais as posturas mais indicadas para cada pessoa e a forma de a praticar. Cada asana, ou postura, tem múltiplas variantes para ajustar essa postura a cada praticante. Pode-se ainda, recorrer ao uso de cadeiras, mantas, rolos, cintos e blocos. Assim o aluno pode perceber melhor como conquistar o corpo e a mente.

Para o praticante de yoga, o maior desafio é quase sempre ao nível psicológico. Isto porque, trata-se de aceitar o corpo que se tem, saber respeitar as suas limitações. Admitir isso pode ser um processo lento, muitas vezes acompanhados por pequenos retrocessos. Mas quando há a coragem e determinação para prosseguir, leva a enormes e gratificantes conquistas, ao nível físico, mas sobretudo a nível psicológico e claro, a nível espiritual. Todas as coisas se conquistam de forma subtil, mas de um modo eficaz.

Referências: Manual Curso de Professores de Hatha Yoga Ed. Vidya-Academia de Yoga do Porto, 2010. “El libro del yoga”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001; “Yoga y Medicina”, Dr. Timothy McCall, Paidotribo; 1º edição (January 1, 2009). Fonte da imagem: http://ift.tt/2sjwiO2

 

 

The post Correção postural: os contributos do yoga appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2EtFTGD
via IFTTT

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Prevenção do cancro: as causas evitáveis

Um estilo de vida saudável contribui para evitar cerca de um terço dos casos de cancro, pelo que a adoção de medidas preventivas é fundamental para reduzir o número de novos casos (incidência). Assim, na prevenção do cancro, pode-se falar na existência de causas evitáveis da doença.

Em Portugal, a doença oncológica é uma das principais causas de morte. A incidência do cancro está a aumentar anualmente em cerca de 3%. Existem vários fatores de risco para o aparecimento de cancro, os quais podem ser controlados, reduzindo-se o risco da doença. Entre essas causas evitáveis, estão o consumo do tabaco, a obesidade, maus hábitos alimentares e a inatividade física.

Causas evitaveis de cancroTabaco

O tabaco é causa principal de cancro e de mortes por cancro, seja através do consumo direto, seja como fumador passivo. Estima-se que, aproximadamente, 33% dos diagnósticos de doença oncológica sejam atribuíveis ao tabaco.

O consumo de tabaco está associado a vários tipos de cancro, incluindo: pulmão, laringe, boca, esófago, faringe, bexiga, rim, fígado, estômago, pâncreas, cólon e reto e cérvix, bem como leucemia mielóide aguda.

Hábitos Alimentares

Vários estudos têm investigado a possibilidade de alguns componentes da dieta estarem associados ao aumento ou à diminuição do risco de cancro. Todavia, a maioria dos estudos populacionais ainda não mostrou o efeito de algum desses componentes como sendo causa ou proteção contra o cancro. Os resultados demonstram apenas que o efeito pode estar associado a uma alteração no risco. Quando esta situação se verifica, é necessário o desenvolvimento de estudos randomizados que testem essa possibilidade.

Entre os componentes estudados, encontram-se a acrilamida, o álcool, antioxidantes, adoçantes artificiais, cálcio, carne carbonizada, as crucíferas, flúor, alho, chá e vitamina D.

De acordo com estudos realizados, cerca de 5% de todos os diagnósticos de cancro são atribuídos a maus hábitos alimentares.

Obesidade

Indivíduos obesos podem ter um risco aumentado de diversos tipos de cancro, nomeadamente carcinoma da mama em mulheres pós-menopausa, cancro colo-retal, do endométrio, esófago, rins, pâncreas e vesícula biliar.

Estima-se que cerca de 20% dos diagnósticos resultam de situações de excesso de peso ou obesidade.

Inatividade Física

A inatividade física está associada a, aproximadamente, 5% dos diagnósticos de cancro, existindo evidência consistente que se relaciona com um maior risco de carcinoma da mama, colo-retal e do endométrio.

Fontes de informação: Serviço Nacional de Saúde – www.sns.gov.pt ; National Cancer Institute – www.cancer.gov ; American Institute for Cancer Research – www.aicr.org ; Fontes de imagens: imagem adaptada de http://ift.tt/2nJvs8r ; http://ift.tt/2FPrjqa

The post Prevenção do cancro: as causas evitáveis appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2nJvtcv
via IFTTT

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Nós podemos, eu posso, reduzir o risco de cancro ao longo da vida

Nós podemos. Eu posso!  é a mensagem principal da campanha de sensibilização promovida pela União Internacional para o Controle do Cancro (UICC)  para celebrar a 4 de fevereiro o Dia Mundial do Cancro.

O Dia Mundial do Cancro é apenas um dia, mas o seu grande objetivo é motivar o maior número de pessoas a tomar medidas para a prevenção do cancro, reduzindo o aparecimento de novos casos.

O cancro não escolhe idades. Afeta todos os indivíduos, desde tenra idade até maiores de 80 anos. Por isso, as iniciativas de prevenção e de redução do risco do cancro devem acompanhar-nos ao longo da vida.

Cumprir algumas recomendações básicas contribuem para reduzir o risco de cancro ao longo da vida.

  • VIDA FETAL E INFÂNCIANós podemos. Eu posso!

Durante a gravidez, a mulher deve manter um peso e uma alimentação saudáveis, tendo especial atenção em reduzir a exposição a agentes cancerígenos.

A amamentação protege a mãe do risco futuro de cancro de mama e permite nutrir e proteger o bebé.

As crianças entre 1 a 2 anos, devem tomar a vacina da hepatite B, uma medida profilática para o cancro de fígado.

  • INFÂNCIANós podemos. Eu posso!

Uma alimentação saudável e atividade física regular, durante o crescimento e desenvolvimento na infância, são fundamentais para criar hábitos de vida saudáveis e reduzir o risco de cancro.

As crianças com menos de dez anos de idade devem estar protegidas da exposição solar prolongada, de substâncias cancerígenas como o fumo de cigarro e da poluição dos automóveis, e de produtos químicos: pesticidas e recipientes com Bisfenol-A (BPA).

As meninas entre os 9 e 13 anos devem ser vacinadas contra o HPV (papilomavírus humano).

Os pais, os professores, familiares e crianças devem estar informados sobre os sinais e sintomas do cancro em crianças pequenas, para a deteção precoce.

  • ADOLESCÊNCIANós podemos. Eu posso!

A adolescência é uma fase crítica, durante a qual são consolidados comportamentos favoráveis para a saúde na vida adulta. No entanto, os adolescentes estão mais vulneráveis a adotar comportamentos de risco como o consumo de tabaco e do álcool, e com um padrão alimentar pobre em fruta e vegetais, os maiores contribuidores do aumento do risco de desenvolver cancro.

Os programas de educação sexual ajudam a sensibilizar os adolescentes para reduzir a exposição ao HPV e ao HIV – dois fatores de risco para o desenvolvimento de cancro.

Atualmente, os adolescentes têm vindo a diminuir o nível de atividade física. Incentivar esta população jovem para manter bons níveis de atividade física, diariamente, pode ajudar a reduzir o risco de cancro.

  • VIDA ADULTA E IDADE AVANÇADANós podemos. Eu posso!

A partir dos 30 anos, as mulheres devem fazer o rastreio do cancro de colo do útero. Em Portugal, pode ser feito por meio de um teste de Papanicolau, que se repete de 3 em 3 anos.

Os fumadores apresentam alto risco de desenvolver cancro de boca, por isso devem ser examinados regularmente.

A partir dos 50 anos, homens e mulheres devem fazer uma colonoscopia para o rastreio do cancro colo-retal.

A partir dos 50 anos, as mulheres devem fazer uma mamografia, de 2 em 2 anos.

Reduzir o risco de cancro em momentos críticos, ao longo da vida, é procurar ajuda logo no início, acionando a deteção precoce. Nós podemos. Eu posso!

Fonte da informação: União Internacional para o Controle do Cancro (UICC).; Crédito das imagens: http://www.worldcancerday.org/materials 

The post Nós podemos, eu posso, reduzir o risco de cancro ao longo da vida appeared first on Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal http://ift.tt/2GDE0p4
via IFTTT