segunda-feira, 30 de abril de 2018

Dieta alcalina no tratamento do cancro: a ciência não tem provas

Após o diagnóstico de cancro, muitos doentes procuram informação acerca do que poderão fazer mais para combater a doença. As fontes de informação podem ser várias. Com maior ou menor credibilidade científica, o facto é que muitos doentes alteram a alimentação e recorrem a suplementos alimentares e plantas. Uma das dietas mais populares é a dieta alcalina.

Dieta alcalina: em que se baseia?

dieta alcalina, pH dos alimentos

O fundamento não sustentado pela ciência refere que os alimentos ácidos (produtores de cinzas ácidas após combustão) podem alterar o pH do organismo, promovendo e potenciando o desenvolvimento de cancro. Como alimentos ácidos, tem-se os ovos, o queijo, a carne, o peixe e os grãos. No lado oposto, como alimentos alcalinos, encontram-se as frutas e os hortícolas (com algumas exceções). Por outro lado, existem alimentos neutros; as gorduras e os açúcares.

Dieta alcalina: influencia o pH do organismo?

Segundo esta teoria da dieta alcalina, as células cancerígenas propagam-se num pH ácido, não sobrevivendo em meios com pH alcalino. O facto é que esta situação se verifica mas, unicamente, com células em laboratório. No organismo humano, é impossível alterar o ambiente celular para menos ácido. Assim, evitar certos alimentos, dando preferência a outros para aumentar o pH, não é possível, pois a nossa fisiologia não o permite. Para além disso, sabe-se que o cancro produz um meio ácido em seu redor, devido ao seu metabolismo, mas isto é, muitas vezes e erradamente, interpretado como sendo o meio ácido a causar cancro.

No organismo humano, é mantido um equilíbrio do pH, através de vários mecanismos. Variações nesse equilíbrio são sempre ameaçadoras para a vida, intervindo-se medicamente para restituir um balanço ácido-base adequado. O único fluído corporal cujo pH pode ser afetado através dos alimentos, das bebidas e dos suplementos alimentares é a urina, não correspondendo este ao pH do organismo. Aliás, o excesso de acidez ou de alcalinidade da mesma corresponde a uma forma de manter um pH adequado no organismo.

Recomendações para doentes oncológicos

Para além da dieta alcalina, são vários os tipos de alimentação a que muitos doentes oncológicos recorrem. Dietas que não mostrem benefícios clínicos mas que possam ter riscos nunca deverão ser recomendadas. De modo a que o benefício dos doentes seja garantido, deverão ser considerados estudos controlados. Para além disso, os estudos de caso e os estudos pré-clínicos não devem ser esquecidos, quando se pretende avaliar um eventual risco. Não obstante, o reforço da importância da continuidade dos tratamentos oncológicos é fundamental, não devendo o doente omiti-los ou atrasá-los com base no tipo de dieta que faça.

A alimentação pode influenciar o risco de cancro e a progressão da doença. No entanto, uma dieta ácida ou alcalina não tem essa influência. Optar por uma dieta saudável – equilibrada, variada e completa, adequada às necessidades nutricionais individuais e que tenha em consideração eventuais sintomas do doente é a escolha mais acertada.

Referências: American Institute for Cancer Research – www.aicr.org (acedido a 27/4/2018); Huebner J et al. Counseling patients on cancer diets: a review of the literature and recommendations for clinical practice. Anticancer Res. 2014; 34(1): 39-48. Fontes de imagens: https://ift.tt/2vXsgwy; https://ift.tt/2I1dDwN

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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Fios Mágicos: perucas coloridas para crianças portuguesas com cancro

O projeto Fios Mágicos que cria perucas inspiradas em personagens famosas da Disney, ganhou vida em Portugal, pela mão de Cláudia Coelho e a sua página no facebook denominada “Hand Made By Me Lau”.

Desde dezembro de 2017, Cláudia avançou com a iniciativa das perucas coloridas. Foram produzidas e entregues as primeiras perucas a crianças portuguesas com cancro.

Cláudia Coelho começou sozinha. Pediu permissão ao projeto original e com dez pessoas voluntárias produziram os primeiros gorros e perucas coloridas para serem entregues no IPO de Lisboa. O próximo objetivo é fazer chegar a mais instituições e hospitais.

Entretanto, realizaram-se os primeiros workshops para voluntários. Espera-se que em junho deste ano, esta iniciativa chegue a mais de 200 pessoas. Há novos workshops agendados para os sábados de maio e junho, conforme informações enviadas pela responsável desta iniciativa portuguesa.

Nos workshops gratuitos promovidos pela Hand Made By Me Lau, as pessoas inscrevem-se e só têm que aparecer. Todo o material é fornecido, desde a cabeça de esferovite, os novelos, as agulhas, as colas, as decorações e, claro, boa disposição! O lema é “Ajudar só porque sim!”.

O mais gratificante deste projeto além de sorrisos é a adesão à causa. No grupo de voluntários estão pessoas com cancro, pessoas com depressões, pessoas sozinhas e que se sentem úteis por ajudar, só porque sim!

Por isso, todas as pessoas com vontade de ajudar estão convidadas a espreitar a página Hand Made By Me Lau, ver algumas fotografias, alguns sorrisos, e ajudar a tornar a vida das crianças com cancro um pouco mais fácil.

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terça-feira, 24 de abril de 2018

O Efeito Placebo

Quando esperas que algo suceda, o teu cérebro faz com que suceda.
Dan Ariely

Dumbo era um elefante com enormes orelhas que ignorava que com elas poderia voar. Timóteo, o seu amigo rato, deu-lhe uma pena mágica, assegurando-lhe que, com isso, poderia voar. Dumbo, efectivamente, conseguiu voar, mas continuou a ignorar que eram as suas orelhas as responsáveis por esse efeito. No final do conto, Timóteo confessa que não era a pena que era mágica, mas sim que Dumbo podia voar sozinho. Podemos aprender com este conto que a pena não é mágica, mas que produz efeitos.

O investigador Kirsch, entre vários estudos, realizou uma revisão de estudos publicados, e deu-se conta, de que os antidepressivos só tinham um pouco mais de eficácia dos que os placebos, os placebos tinham um alcance, a nível de eficácia, de 82%. A eficácia dos antidepressivos comprova-se comparando os resultados do grupo experimental em que se administra o medicamento e os resultados do grupo de controle que recebe o placebo. Os desenhos são duplamente cegos; os sujeitos não sabem se estão a tomar o antidepressivo ou o placebo, nem o próprio investigador sabe o que estão a tomar.

O efeito placebo foi tratado durante muitos anos como uma variável estranha, uma espécie de contaminante de resultados. Algo que se deveria controlar para se poder observar com claridade o efeito limpo do princípio activo, no caso do medicamento, ou do constructo responsável pela mudança, no caso de uma psicoterapia.

Pouco a pouco o efeito placebo foi atraindo a atenção dos investigadores, passando já não como contaminante, mas sim como princípio activo. É o exemplo de Waber e os seus colaboradores que tentaram chegar à conclusão de que manipulando as expectativas do doente, os benefícios poderiam ser melhores. Para isso levaram a cabo um estudo em que os sujeitos recebiam descargas eléctricas e, para acalmar as suas dores, eram-lhes administradas pastilhas de placebo. A metade dos pacientes foi-lhes informado que as pastilhas tinham um elevado preço e à outra metade que era um medicamento barato. Dan Ariely confirmou com os resultados, que as pastilhas, ditas caras tinham sido mais eficazes. Parece que um medicamento, tem mais probabilidade de ser eficaz, se é caro.

Seguindo esta linha de pensamento, podemos chegar à conclusão de que, nas terapias, os factores preço, localização, fama do terapeuta, etc., podem ter um efeito placebo e podem aumentar a sua eficácia. Seria interessante estudar todos estes factores.

Em que medida se pode desligar uma pessoa daquilo em que acredita: as suas expectativas, todas as mudanças cognitivas, emocionais e fisiológicas que provocam a terapia? Não é possível. A administração de qualquer tratamento, incluindo a cirurgia, têm efeitos fisiológicos e psicológicos no doente, e esses efeitos se relacionam. Sempre que um doente e o clínico percebem que o tratamento é eficaz criam-se efeitos placebos. Os efeitos placebos actuam sinergicamente com os efeitos do tratamento efectivo, real, ou activo.

Referências:  Kirsch, I. (2016). The placebo effect in the treatment of depression. Verhaltenstherapie, 26(1), 55-61. / Waber, R.L., Shiv, B., Carmon, Z. y Ariely, D. (2008). Commercial Features of Placebo and Therapeutic Efficacy. Journal of the American Medical Association, 299, 1016-1017. Foto: flickr/Klesta.  

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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Exercício físico regular para prevenir o cancro da mama pós-menopausa  

O exercício físico regular moderado está associado a um menor risco de cancro da mama invasivo nas mulheres pós-menopausa.

Em Portugal, o cancro da mama é o diagnóstico oncológico mais comum em mulheres, com cerca de 6000 novos casos. A mortalidade por este tipo de cancro atinge mais de 1500 mulheres, segundo as últimas estatísticas disponibilizadas pela Agência Internacional de Pesquisa em Cancro.

A inatividade física é um dos poucos fatores de risco para o cancro da mama, particularmente após a menopausa, e que pode ser facilmente modificado.

O primeiro passo é, antes da menopausa, tornar-se fisicamente ativa: iniciar ou manter uma atividade física lúdico-desportiva como caminhar, andar de bicicleta, correr, nadar ou mesmo dançar. O mais importante é gostar da atividade que vai fazer e estar motivada para uma prática regular, de modo a colher benefícios, diminuindo o risco de cancro da mama.

trinta minutos de exercício fisicoOs estudos mais recentes indicam que, a manutenção de um programa regular de exercícios que envolva pelo menos 4 horas de caminhada por semana, é considerado suficiente para obter efeitos protetores. Isto corresponde a cerca de 30 minutos diários de uma atividade lúdico-desportiva.

Um estudo de coorte prospectivo que seguiu mulheres durante 4 anos, chegou à conclusão que as mulheres que cumpriam níveis de atividade física superiores a 4 horas semanais diminuíram o risco de cancro da mama em 10%, quando comparadas com as mulheres que se exercitavam menos.

O mecanismo provável e protetor da relação entre atividade física e o risco de cancro da mama na pós-menopausa é o efeito no controlo do peso. A ligação do estradiol ao receptor de estrogénio e a exposição a metabólitos genotóxicos mutagénicos do estrogénio está identificada na iniciação, promoção e desenvolvimento do cancro da mama. Após a menopausa, os ovários deixam de produzir estrogénios e o tecido adiposo torna-se o principal fornecedor da enzima aromatase, a responsável pela conversão dos androgénios em estrogénios.

Por isso, é aconselhado um programa de exercício físico regular a todas as mulheres para prevenir o cancro da mama, o que contribui simultaneamente para o controlo do peso antes e pós menopausa.

Referências: Neilson, H. K., Farris, M. S., Stone, C. R., Vaska, M. M., Brenner, D. R., & Friedenreich, C. M. (2017). Moderate-vigorous recreational physical activity and breast cancer risk, stratified by menopause status: a systematic review and meta-analysis. Menopause, 24(3), 322-344.; Fournier, A., Dos Santos, G., Guillas, G., Bertsch, J., Duclos, M., Boutron-Ruault, M. C., … & Mesrine, S. (2014). Recent recreational physical activity and breast cancer risk in postmenopausal women in the E3N cohort. Cancer Epidemiology and Prevention Biomarkers.

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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Psico-oncologia: um desafio multidisciplinar na gestão diária do cancro

psico-oncologia, curso de psico-oncologiaA psico-oncologia preocupa-se com os aspectos psicológicos, sociais, comportamentais e éticos do cancro. É uma área de interesse multidisciplinar, partilhando fronteiras do conhecimento científico com as principais especialidades da oncologia como a cirurgia, a medicina, a radioterapia, estendendo-se à imunologia, endocrinologia, bioética, aos cuidados paliativos, à medicina física e reabilitação, incluindo também a psiquiatria e a psicologia.

A psico-oncologia aborda as duas principais dimensões psicológicas do cancro: as respostas psicológicas dos doentes oncológicos nas fases da doença, e das suas famílias e cuidadores; e os fatores psicológicos, comportamentais e sociais que podem influenciar o processo da doença.

Na última década, o campo da psico-oncologia assistiu ao desenvolvimento de diretrizes de prática clínica para prestar cuidados psicossociais aos doentes oncológicos, em alguns países desenvolvidos como a Austrália, o Canada, o Reino Unido, os Estados Unidos.

A recomendação mais importante dessa lista de diretrizes dá indicações claras para a implementação de uma avaliação a todos os doentes oncológicos, em especial os novos doentes, para determinar as suas necessidades psicossociais e o nível de sofrimento, e posteriormente, o seu encaminhamento adequada para a assistência psicossocial. No entanto, definir um conjunto de diretrizes e estabelecer guidelines, não é suficiente para mudar o apoio clínico psicossocial dos doentes oncológicos.

Para que isso realmente aconteça, é necessário alcançar um duplo objetivo: educar os profissionais de saúde na área oncológica sobre a importância da assistência psicossocial integrada nos cuidados de rotina e inclui-la na formação e certificação profissional. O segundo objetivo, relaciona-se com a educação dos doentes oncológicos e suas famílias, de modo a estarem informados dos seus direitos e da qualidade dos cuidados que podem esperar receber.

Os cuidados psicossociais e o apoio a doentes e familiares não fazem parte do plano global de cuidados de saúde em muitos centros de tratamento do cancro, na maioria dos países desenvolvidos.

Nesta perspetiva e para contribuir no desenvolvimento da psico-oncologia e do tratamento multidisciplinar dos doentes oncológicos em Portugal, o Departamento de Psicologia e Educação da Universidade Portucalense apresenta uma formação especializada em Psico-Oncologia. O curso pretende proporcionar o aprofundamento de conhecimentos e o treino de competências para desenvolver a capacidade de resposta dos profissionais que atuam neste domínio.

Este curso destina-se a licenciados nas áreas da Medicina, Psicologia, Enfermagem, Nutrição
 e outros profissionais de saúde com interesse numa especialização na área da Psico-Oncologia.

A primeira edição do cursoShort Master Psico-Oncologia“está prevista para o período entre maio e julho de 2018. Todas as informações relativas ao curso estão disponíveis na página online: http://www.upt.pt/curso.php?e=738

Referências: Holland, J., Watson, M., & Dunn, J. (2011). The IPOS new International Standard of Quality Cancer Care: integrating the psychosocial domain into routine care. Psychooncology20(7), 677-680. Créditos da imagem:https://www.islhd.health.nsw.gov.au/Cancer_Services/Services/Psycho-Oncology.asp 

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terça-feira, 10 de abril de 2018

O mundo complexo dos açúcares e os novos medicamentos para o cancro

Todas as nossas células são revestidas por açúcares. Essa camada de moléculas de açúcar armazena múltiplas informações, produzindo uma rede complexa de comunicações intercelulares. Toda a informação compilada na superfície das células, sob a forma de moléculas de açúcar, está longe de ser descodificada. No entanto, já se sabe que nos dá indicação sobre os tipos sanguíneos e, além disso, têm a capacidade de ajudar a detetar o cancro.

Os açúcares que revestem a superfície das células normais são diferentes dos açúcares que se encontram nas células do cancro. Deve-se a uma alteração no aumento da densidade de um açúcar denominado ácido siálico nas células cancerígenas, evitando que sejam eliminadas pelo sistema imunológico humano.

Carolyn Bertozzi é bióloga. Trabalha com as ciências da química orgânica e da imunologia para estudar as moléculas de açúcar que revestem a superfície das nossas células.

Na investigação que desenvolve, a Professora Carolyn Bertozzi procura tecnologias inovadoras e medicamentos para atacar os açúcares que revestem a superfície celular das células cancerígenas e tornem mais potente o sistema imunológico na destruição e eliminação dessas células. Estas pesquisas podem ser muito importantes para a saúde e para o tratamento do cancro.

Veja a explicação completa de Carolyn Bertozzi na conferência realizada na TEDx StanfordLegendas disponíveis em português.

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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Cancro gástrico e atividade física: caminhar, correr ou pedalar

A atividade física regular pode dar-lhe proteção contra o cancro gástrico.
O cancro gástrico é o quinto mais comum em Portugal e a quarta maior causa de mortalidade por cancro (9/100.000 pessoas). Este tipo de cancro é mais comum nos homens.

Uma meta-análise publicada na revista British Journal of Sports Medicine avaliou a influência da atividade física e o risco de cancro gástrico. Através de estudos de coortes prospectivos e estudos caso-controle, conclui-se que a atividade física fornece proteção suficiente contra o cancro gástrico, diminuindo o risco em 19%.

Por outro lado, o tabagismo e alguns fatores do estilo de vida enfraquecem essa proteção. A ingestão excessiva de sal na alimentação, o consumo de carnes processadas e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas predispõem ao aumento do risco de cancro gástrico, enquanto que a ingestão adequada de fibras alimentares, de fruta e de vegetais é protetora.

A evidência científica sugere que a atividade física contribui para a prevenção do cancro ao ativar mecanismos que impedem a inflamação crónica, como a regulação positiva dos sistemas de defesa antioxidante e na redução dos níveis de hormonas potencialmente cancerígenas, como o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-I) e a leptina.

O papel protetor da fruta e dos vegetais também tem vindo a ser consistentemente reconhecido na prevenção do cancro. Um estudo prospectivo com 70.000 indivíduos (139 com cancro gástrico) mostrou que a ingestão diária de 2 a 5 porções de fruta/vegetais diminuiu o risco quando comparada com menos de uma porção de dia.

A prevenção primária do cancro gástrico depende sobretudo da erradicação da bactéria Helicobacter pylori, o principal agente oncogénico reconhecido pela Agência Internacional de Pesquisa em Cancro, desde 1994. Estima-se que a infecção por Helicobacter pylori seja responsável por mais de 75% dos cancros gástricos e dos seus subtipos. Portanto, a infeção por Helicobacter pylori é considerada a causa de maior risco para o cancro gástrico. No entanto, é útil lembrar que a inatividade física conjuntamente com todos os outros fatores do estilo de vida modificáveis contribuem para o aumento da incidência do cancro gástrico.

Procure adotar bons hábitos de vida: atividade física regular e hábitos alimentares equilibrados. São  ações de prevenção diárias para evitar o cancro gástrico e outros tipos de cancro.

Referências: Abioye AI, Odesanya MO, Abioye AI, Ibrahim NA. Physical activity and risk of gastric cancer: a meta-analysis of observational studies. Br J Sports Med. 2015;49:224-9.; Rugge, Massimo; Fassan, Matteo; Graham, David Y. Epidemiology of gastric cancer. In: Gastric Cancer. Springer, Cham, 2015. p. 23-34.; http://gco.iarc.fr/today/fact-sheets-populations?population=620&sex=0#collapse1 ; Fotografia de Mārtiņš Zemlickis on Unsplash  

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