domingo, 30 de dezembro de 2018

Soja e cancro da mama: do alimento ao suplemento

soja e cancro da mama,

Atualmente, existe bastante controvérsia acerca da ingestão de soja por parte de doentes com cancro da mama. Assim, nas consultas de Nutrição Oncológica é frequente as doentes chegarem confusas acerca do tema, pelas discrepâncias entre as recomendações que lhes são apresentadas.

Soja e alimentos à base de soja

A soja é uma excelente fonte vegetal de proteínas, contendo todos os aminoácidos que o organismo humano não consegue produzir. Além disso, contém fibra e ácidos gordos essenciais. A soja é, ainda, composta por uma variedade de compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que auxiliam na redução do risco de cancro e do crescimento do mesmo.

Os alimentos derivados da soja podem ser fermentados (natto, miso, tempeh, molho de soja e tofu fermentado) e não fermentados (edamame, nozes de soja secas, bebida de soja, farinha de soja e tofu). A fermentação não afeta os efeitos benéficos para a saúde da soja, embora os alimentos fermentados tenham um benefício acrescido para o intestino, devido aos probióticos.

Os feijões de soja são a maior fonte dietética de isoflavonas, um tipo de estrogénios existente nas plantas (fitoestrogénio). As isoflavonas que se encontram na soja incluem a genisteína, a daidzeína e a gliciteína e a sua quantidade nos alimentos pode variar, de acordo com as condições de produção. Uma porção de feijões de soja cozinhados (1/2 chávena), de bebida de soja (250 ml) e de tofu (1/2 chávena) fornece cerca de 8 g de proteína e 25 mg de isoflavonas.

Este fitoestrogénio atua na prevenção de doenças do coração e na osteoporose. É importante referir que o metabolismo e a absorção das isoflavonas varia de forma significativa entre indivíduos, de acordo com a composição da flora intestinal. Adicionalmente, sabe-se que aqueles que consumiram antibióticos durante mais tempo absorvem-nas em menor quantidade.

Muitos produtos alimentares podem constituir outras fontes de soja, apresentando a menção que a contêm, embora possam não conter qualquer fitoestrogénio (por exemplo a lecitina de soja). As isoflavonas, contudo, podem ser encontradas em muitos alimentos processados, como pães, cereais e barras proteicas, com ingredientes como concentrado e isolado de proteínas de soja e fibra de soja. Ainda é importante referir que a proteína de soja isolada é adicionada, muitas vezes, a bebidas para aumentar a quantidade de proteína das mesmas mas que cerca de 70% do teor em isoflavonas é perdido durante o processamento.

Soja e cancro da mama

São precisamente estes fitoestrogénios que levantam questões ao seu consumo por parte de sobreviventes de cancro da mama positivos ao recetor do estrogénio. As isoflavonas, por terem uma estrutura química muito parecida à dos estrogénios, têm a capacidade de se ligar aos seus recetores, “imitando” a sua ação nos mesmos. Por esta razão, muitos acreditam que as isoflavonas podem promover o crescimento de células cancerígenas, especialmente as positivas aos estrogénios. Por outro lado, a investigação sugere que pode ocorrer exatamente o oposto. Uma vez que se ligam aos mesmos recetores, “ocupam” o lugar, evitando que o estrogénio exerça a sua ação não desejada nestes casos.

Além disso, as isoflavonas podem também ligar-se a outros recetores, exercendo uma ação antioxidante, anti-proliferativa, anti-mutagénica e anti-angiogénica, promovendo a saúde e a longevidade, através da redução do risco de recorrência.

Soja: consumo antes e após o diagnóstico

Estudos concluíram que as sobreviventes de cancro da mama que consumiram alimentos de soja antes do diagnóstico tinham taxas de sobrevivência aumentadas, comparativamente a mulheres que não tinham consumido. Além disso, aquelas que consumiram maiores quantidades apresentaram menor risco de recorrência e mortalidade, incluindo aquelas com tumores com recetores aos estrogénios positivos.

Por outro lado, o American Institute for Cancer Research, no relatório acerca da dieta, nutrição e atividade física em sobreviventes de cancro da mama, concluiu que o consumo de soja após o diagnóstico, principalmente se superior a 1 ano, pode reduzir o risco de mortalidade por qualquer causa. Todavia, o seguimento de participantes no Shanghai Breast Cancer Study não encontrou qualquer relação entre o consumo de soja e a sobrevivência livre de doença. O Diet Comp Lyf Study (Reino Unido) também não encontrou associação entre a ingestão de fitoestrogénios (de linhaça e de soja) antes do diagnóstico e a melhoria do prognóstico.

Muitos tratamentos oncológicos da mama incluem terapêutica hormonal, como inibidores da aromatase, que impedem certas hormonas de originarem estrogénio, ou moduladores seletivos do recetor de estrogénio (MSRE), que impedem que este se ligue ao recetor (ex: tamoxifeno). As isoflavonas também são consideradas MSRE, pelo que surge a questão se as oriundas da soja podem anular o efeito anti-proliferativo da medicação prescrita.

Estudos preliminares em humanos indicam que as isoflavonas podem atuar em conjunto com o tamoxifeno. Todavia, são necessários mais estudos que assegurem que a eficácia da medicação não possa ser afetada. É também importante determinar a dose de fitoestrogénios que é segura consumir pelas doentes a quem foram prescritos os MSRE.

Soja: suplementos e cancro da mama

Relativamente a suplementos de isoflavonas em doentes com cancro da mama, os estudos são limitados. Essas limitações devem-se aos poucos participantes, com grandes variações nas intervenções usadas e nos tipos de doentes. Assim, são difíceis de comparar e, logo, chegar a uma conclusão. Além disso, alguns trabalhos tiveram uma duração muito curta, não permitindo avaliar corretamente um possível efeito.

Em suma, a investigação acerca do efeito de suplementos de isoflavonas no risco e na recorrência de cancro da mama é inconclusiva e muito variável para que se possa recomendar o seu uso em populações de risco elevado.

Soja: recomendações no cancro da mama

Os alimentos à base de soja parecem ter um efeito protetor contra o cancro da mama, melhorando o prognóstico e reduzindo a recorrência da doença. Assim, a evidência científica concluiu que as isoflavonas oriundas de alimentos à base de soja é segura para a população em geral e para as sobreviventes de cancro da mama, como recomendado por organizações que se dedicam à investigação em oncologia.

American Institute for Cancer Research considera como seguro o consumo de 1 a 2 porções por dia de alimentos à base de soja mas não recomenda o uso de suplementos de proteína de soja.

E a American Cancer Society considera uma ingestão moderada de soja e de alimentos derivados da mesma segura. Assim, recomenda a inclusão de alimentos à base de soja na dieta, devido ao possível efeito protetor contra o cancro da mama hormono-dependente e por serem excelentes fontes vegetais de proteína, antioxidantes e fitoquímicos.

National Cancer Institute concluiu que a soja é segura em quantidades moderadas, quando integrada numa dieta saudável. No que diz respeito a suplementos e também no que concerne a doentes sujeitas a terapêutica hormonal, são necessários mais trabalhos de investigação.

Referências: Messina M. Soy foods, isoflavones, and the health of postmenopausal women. Am J Clin Nutr. 2014;100(Suppl 1):423S-430S; AICR’s foods that fight cancer: soy. American Institute for Cancer Research website; Shu et al. Soy food intake and breast cancer survival. JAMA. 2009;302(22):2437-2443; Kang et al. Effect of soy isoflavones on breast cancer recurrence and death for patients receiving adjuvant endocrine therapy. CAMJ. 2010;182(17):1857-1862; Guha et al. Soy isoflavones and risk of cancer recurrence in cohort of breast cancer survivors: the Life After Cancer Epidemiology study. Breast Cancer Res Treat. 2009;118(2):395-405; Zhang et al. Positive effects of soy isoflavone food on survival of breast cancer patients in China. Asian Pacific J Cancer Prev. 2012;13(2):479-482; Nechuta et al. Soy food intake after diagnosis of breast cancer and survival: an in-depth analysis of combined evidence from cohort studies of US and Chinese women. Am J Clin Nutr. 2012;96(1):123-132; Caan et al. Soy food consumption and breast cancer prognosis. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2011;20(5):854-858; World Cancer Research Fund International/American Institute for Cancer Research Continuous Update Project report: diet, nutrition, physical activity, and breast cancer survivors. American Institute for Cancer Research. Boyapati et al. Soyfood intake and breast cancer survival: a followup of the Shanghai Breast Cancer Study. Breast Cancer Res Treat. 2005;92(1):11-17; Swann et al. The DietCompLyf study: a prospective cohort study of breast cancer survival and phytoestrogen consumption. Maturitas. 2013;75(3):232-240; Kang et al. Effect of soy isoflavone on breast cancer recurrence and death for patients receiving adjuvant endocrine therapy. CMAJ. 2010;182(17):1857-1862; Soy is safe for breast cancer survivors. American Institute for Cancer Research; Nutrition in cancer care (PDQ®)— health professional version. National Cancer Institute;Rock et al. Nutrition and physical activity guidelines for cancer survivors. CA Cancer J Clin. 2012;62(4):275-276. Créditos das imagens: http://bit.ly/2SrGSLt; http://bit.ly/2AiH7kQ

 

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Os 10 artigos mais lidos em 2018 no Stop Cancer Portugal

os dez mais lidos em 2018,

Alguns dias antes de iniciamos um novo ciclo, divulgamos, como é habitual, a lista dos 10 artigos mais lidos em 2018, através do Google.

Consulte conteúdos diversos relacionados com a prevenção do cancro, a promoção da saúde e bem-estar.

  1. Qual é o seu fototipo de pele? Faça o teste de Fitzpatrick
    Faça o teste e proteja a sua pele da exposição solar.
  2. Erva-príncipe: benefícios reais que se bebem e se comem!
    Quando ouvimos o nome erva-príncipe, reconhecemos de imediato a planta pelo delicioso chá príncipe. A erva-príncipe tem o nome de Cymbopogon citratos.
  3. Ileostomias e colostomias: que alimentação?
    Apesar de a ostomia poder ter várias localizações, focamo-nos na que se destina a drenar produtos do aparelho digestivo. Ou seja, a ileostomia e colostomia.
  4. diÓSpiro!
    Aprender a dizer, aprender a comer. E saber o bem que faz!
  5. Diferenças entre tumores benignos e malignos
    A pergunta é muito comum: qual a diferença entre tumores benignos e tumores malignos? Leia este artigo para saber a resposta.
  6. Nabo e Nabiça: uma origem, destinos diferentes, mais proteção
    Embora apresentem aspectos muito diferentes, o nabo e nabiça são legumes com a mesma origem. São verdadeiras brassicas, da família das couves.
  7. O cancro tem graus?
    Cada diagnóstico de cancro é acompanhado por um estadiamento, por um grau (de 0 a IV). Mas será que essa terminologia é compreendida por todos?
  8. As vias de disseminação tumoral
    Um tumor pode permanecer circunscrito ou então invadir órgãos e estruturas adjacentes. Neste artigo explicamos quais as vias de disseminação tumoral.
  9. Louro mas pouco!
    O louro é um ingrediente muito usado para temperar, mas alguns estudos dizem-nos que podem acelerar a morte celular. Por isso, use louro, mas pouco!
  10. Posturas invertidas do yoga: benefícios e contra-indicações
    As posturas invertidas são consideradas posturas difíceis de praticar, no entanto são as que trazem mais vantagens ao praticante, depois de aprender a realizá-las.

Se pretender ler mais sobre promoção da saúde nas suas diferentes áreas, pode aceder a todos artigos publicados pelos diferentes colaboradores. Pesquise por temas, por palavras ou navegue por categorias.

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domingo, 23 de dezembro de 2018

Boas Festas: celebrar a vida, preparar o novo ano 2019

A equipa Stop Cancer Portugal deseja a todos os seus leitores e seguidores Boas Festas.
F
eliz Natal e um próspero Ano 2019.

Agradecemos a todos as partilhas, gostos e comentários, as sugestões e opiniões dadas nas redes sociais.

Partilhar informação útil e credível é também um modo de ajudar os nossos familiares e amigos, proporcionando um contacto com conteúdos que não conheciam.

Créditos da imagem:<a href=”http://bit.ly/2Cw8SYM by Starline</a>

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Atividade física em dias de frio

atividade física em dias de frio,

O impacto da atividade física na prevenção de diversos tipos de cancro está largamente documentado e ocorre pelo seu efeito benéfico em funções endocrinológicas, imunológicas e metabólicas do organismo.

As mais recentes recomendações do World Cancer Research Fund vão no sentido da redução dos comportamentos sedentários, mais concretamente do tempo que se passa sentado/deitado. São exemplos de comportamentos sedentários: ver televisão, sentar-se nas deslocações de carro ou transportes e uso do computador, excepto se optar por uma secretária em que trabalhe de pé.

Nos dias mais frios, praticar exercício físico torna-se uma atividade menos apelativa do que quando as temperaturas estão mais quentes e os dias de sol mais frequentes. Por isso, aqui ficam algumas sugestões para esses dias:

– Escalada em paredes artificiais ou trampolins dentro de portas nos diversos centros que já existem com estas atividade

– Jogos de computador de dança ou com desportos, que obriguem à realização de movimentos

– Visite um museu

– Saia uma paragem antes do seu destino final e percorra essa distância a pé

– Estacione o carro um pouco mais longe do seu destino

– Em dias de chuva aproveite para pôr as tarefas domésticas em dia, passando assim menos tempo sentado

– Substitua o elevador pelas escadas

– Inscreva-se numa nova aula no seu ginásio ou inscreva-se no ginásio

– Aproveite os dias de sol para planear caminhadas no exterior.

atividade física na prevençãoUm estilo de vida ativo terá um impacto relevante tanto na prevenção do cancro como na manutenção de uma boa qualidade de vida após o diagnóstico e durante os tratamentos.

As recomendações para a pratica de atividade física são:

  • 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana ou 75 minutos se intensidade vigorosa
  • Treino de força e flexibilidade no mínimo de 2 vezes por semana

Aconselhe-se com o seu médico e com um profissional da atividade física para que opte por uma atividade adequada à sua condição física. E tenha em mente que, no que às alterações do estilo de vida diz respeito, é na consistência que reside o segredo do benefício. Por isso, escolha uma atividade que goste de praticar para que a mantenha a longo prazo.

Referências: World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research.Continuous Update Project Expert Report 2018.Physical activity and the risk of cancer. Available at dietandcancerreport.org. Créditos das imagens: betterhealth.vic.gov.au; galla.seelenfluegel.info 

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Deixar de fumar: manter-se livre do tabaco para sempre

deixar de fumar,

deixar de fumar, Deixar de fumar, manter-se afastado do tabaco implica superar a eliminação da nicotina a dois níveis: físico e psicológico.

Do ponto de vista físico, pode experimentar alguns sintomas irritantes, bastante incómodos, mas que não põem em risco a vida. Não estar preparado para resistir a esses sintomas, pode ser o motivo que o leva a voltar a fumar. Assim, a reposição de nicotina pode ser necessária, além de outros medicamentos que podem ajudar a reduzir os sintomas ligados à sua abstinência. No entanto, a maioria dos fumadores considera que, deixar de fumar e eliminar o hábito do ponto de vista psicológico é um desafio maior.

No fumador, os hábitos do consumo de tabaco estão ligados a momentos muito específicos da rotina diária: acordar pela manhã, quando lê o jornal ou vê televisão, depois de comer e quando vai tomar café, entre outras circunstâncias. Uma mudança de comportamento para cortar com a ligação que existe entre fumar e essas atividades é fundamental. Isto não acontece de um dia para o outro. É preciso desligar essa relação na sua memória. Leva algum tempo, mas é possível. Pode haver momentos de grande tentação, com fortes desejos de fumar. Por isso, concentre-se no seu objetivo: não fumar. E superar momento a momento procurando uma explicação racional para acender um cigarro.

Há hábitos de rotina que mantemos e que não têm qualquer fundamento ou lógica. Vejamos alguns exemplos mais comuns no que respeita ao tabaco:

– Vou fazer isso uma vez para ultrapassar este momento difícil.

– Hoje não é um bom dia. Começo amanhã.

– É o meu único vício.

– Afinal é assim tão perigoso fumar? O meu avô e o meu pai fumaram a vida toda e viveram até aos 90 anos.

– Tenho que morrer de alguma coisa.

– A vida não tem piada sem tabaco.

A estes exemplos podemos juntar muitas outras falsas justificações.

Deixar de fumar: estratégias úteis

Depois de alguns dias sem tabaco, anote algumas das pseudojustificações que lhe vão chegando à mente e que baralham a boa decisão que tomou: deixar de fumar!
Faça uma avaliação ponderada, prepare estratégias e medidas de ação para ultrapassar esses desvios para um pensamento claro. Aproveite para utilizar algumas destas estratégias de modo a manter-se definitivamente afastado do consumo do tabaco:

  1. Evite tentações: afaste-se de locais e pessoas que o ligam ao tabaco. Com o tempo, saberá lidar com isso e com mais confiança.
  2. Mude os seus hábitos. Beba sumos naturais ou água em vez de álcool ou café. Escolha alimentos que não o condicionem a ter vontade de fumar. Vá por um caminho diferente para o trabalho. Faça uma caminhada para substituir a pausa destinada a fumar um cigarro.
  3. Escolha coisas saudáveis para mastigar: Use substitutos para colocar na boca como chicletes ou pastilhas sem açúcar, vegetais crus em palitos ou sementes de girassol.
  4. Mexa-se, torne-se ativo: faça alguma atividade para reduzir o stress. Exercite-se ou faça algo que mantenha suas mãos ocupadas, ajudando-o a afastar-se do desejo de pegar o cigarro. Faça uma caminhada ou dedique-se à jardinagem, construa uma pequena horta.
  5. Respire profundamente de forma calma e relaxante: quando fumava, respirava profundamente para inalar o fumo. Quando surgir o desejo, respire profundamente e imagine seus pulmões a encher de ar fresco. Lembre-se da sua decisão, das razões que o levaram a eliminar o tabaco e dos benefícios que vai obter como ex-fumador.
    A respiração profunda também pode ajudá-lo a lembrar-se que o seu corpo está a limpar as toxinas do tabaco.
  6. Aguarde: se sentir desejo em acender um cigarro, aguarde! Estabeleça um tempo de espera: 10 minutos. É uma medida simples para que o desejo diminua.
  7. Presenteie-se: deixar de fumar não é fácil, merece uma recompensa. Coloque o dinheiro que gastaria em cigarros num frasco todos os dias. Com ele, compre um livro, uma música, planeie uma viagem, inicie um novo hobby. Ou guarde o dinheiro e faça atividades que não custam dinheiro: visite um parque ou uma biblioteca. Procure por museus, centros comunitários e instituições educativas com aulas gratuitas, exposições, filmes e outras coisas para fazer.
Fonte de informação: texto adaptado de https://ift.tt/2GdKPS9; Créditos da imagem: https://ift.tt/2rB6ee6

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sábado, 8 de dezembro de 2018

Cozinhar em casa pode ajudar a mudar o mundo?

cozinhar em casa,

Cozinhar em casa pode ajudar a mudar o mundo, defende o Chef Gastón Acurio.

Conhecido por promover a culinária peruana e pelo restaurante Astrid y Gastón, Gastón Acurio lembra que hoje em dia morrem mais pessoas por obesidade do que por fome.

A sua mensagem tem o objetivo simples: a cozinha e a culinária caseira devem voltar a ser importantes em cada lar. Devem estar no centro de cada família. Cozinhar em casa ajuda a preservar a ancestralidade e as tradições culinárias, com apoio de informação e educação.

Só assim podemos decidir corretamente, o que cozinhar e o que comer para encontrar equilíbrio e harmonia entre saúde e prazer. Na economia, alcançar o equilíbrio entre os pequenos produtores e a grande indústria, entre a cultura local, o meio ambiente, entre produtos locais e produtos universais.

Gastón Acurio começou a sua formação em Paris no Le Cordon Bleu. Em 1994 fundou seu primeiro restaurante e foi nomeado Embaixador da Boa Vontade pelo Unicef em 2009.
Em abril de 2018, na sua palestra TED em Nova Iorque conta-nos 3 histórias para que possamos compreender a influência da culinária caseira e de voltar a cozinhar em casa para atingir o bem-estar, para recuperar o meio ambiente, para combater as desigualdades e para encontrar paz emocional.

Assista ao vídeo e passe a usar mais a sua cozinha. Cozinhe em casa!

Créditos da imagem:  Caroline Attwood on Unsplash 

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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Pranayama, a técnica de respiração do yoga

Pranayama, a técnica de respiração do yoga,

O processo da respiração é um processo espontâneo, ocorre de forma natural. O ato de respirar de forma consciente, com plena atenção à respiração, permite quase de forma imediata acalmar a respiração e a mente. Manter a mente calma através da respiração é a base mais sólida para iniciar o processo da meditação.

Para o yoga respirar ou praticar pranayamafundamenta-se em quatro princípios:

1 – Inspiração ou dilatação consciente da caixa torácica. Define a quantidade de ar introduzido no pulmão (volume total) em cada movimento respiratório. Isto favorece uma maior dilatação dos pulmões e também uma maior dilatação dos alvéolos que, por terem uma estrutura esponjosa, ao aumentarem o seu volume aumentam a superfície de contacto do ar com o sangue circundante, favorecendo a homeostase (temperatura constante do corpo).

Há também benefícios psicológicos resultantes do incremento do volume de ar no pulmão, já que o indivíduo sente um maior bem-estar físico e mental.

2 – A retenção de ar com o pulmão cheio deve ser acompanhada da utilização de bandhas. Bandha, significa fechar, segurar, reter. Existem 3 bandhas: mula bandha (contração do solo pélvico), uddiyana bandha (contração da zona abdominal),jalandhara banda (encostar o queixo ao peito e contrair a zona da garganta).

Esta técnica de retenção da respiração, aplicando as 3 bandhas, tem como finalidade, aumentar a energia na caixa torácica, procurando, que todas as funções do organismo se suspendam, potenciando ao máximo a retenção de ar. A importância da retenção de ar com o pulmão cheio reside no incremento do processo de homeostase.

3 – A expiração. Tem como efeito a diminuição máxima do volume residual do pulmão, permitindo que a inspiração seguinte tenha uma maior quantidade de ar purificado. É importante contrair o diafragma e levá-lo na direção dos ombros, obrigando assim a que um maior volume de ar residual abandone o pulmão.

4 – A retenção com pulmão vazio. É tão importante como a retenção com o pulmão cheio. Permite que na inspiração seguinte, o pulmão procure armazenar a maior quantidade de ar possível.

A frequência média da capacidade respiratória é de 12 respirações por minuto, aumentando nos estados de ansiedade e diminuindo nos estados de relaxamento ou sono.

Uma das consequências da diminuição da frequência respiratória por minuto, permitida pela prática de pranayama, é o aumento da taxa de CO2no sangue. Este aumento permite produzir a nível metabólico um quadro de acidose respiratória, o qual tem um efeito de sedação neuromuscular espontânea ao nível dos nervos periféricos, levando a uma estado de calma e bem-estar físico. Basicamente, estimula-se o sistema nervoso vegetativo parassimpático.

Benefícios dos exercícios de respiração ióguica

A grande maioria das pessoas não respira de forma correta. Respiram pela boca, sem praticamente usar o diafragma. Desta forma a respiração é curta e apenas se usa a parte superior da caixa respiratória. Respirar corretamente significa respirar pelo nariz, desde o abdómen até às clavículas. Quando se inspira o diafragma desce e massaja os órgãos abdominais, na expiração o diafragma sobe e massaja o coração.

Os exercícios de respiração ióguica centram-se sobretudo no prolongamento da retenção e da expiração de ar.
O tempo de expiração deve ser duas vezes superior ao tempo de inspiração. Quanto mais ar residual se retira do pulmão melhor. O tempo de retenção deve ser quatro vezes superior ao tempo da inspiração.

Na respiração ióguica o mais importante é respirar pelo nariz: aquece o ar que entra e que é filtrado pelos pelos do nariz. Os órgãos olfativos têm uma enorme influência no estado de ânimo da pessoa. A pureza do ar também é fundamental.

Referências: Yoga y Medicina, Dr. Timothy McCall, Paidotribo; 1º edição (January 1, 2009); El libro del yoga, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001; El Nuevo Libro del Yoga Ed. Integral, Centro Sivananda; Manual Curso de Professores de Hatha Yoga. Ed. Vidya-Academia de Yoga do Porto, 2010. Créditos da imagem: https://ift.tt/2BOmBd4

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