quinta-feira, 30 de maio de 2019

Como interpretar e prevenir lesões na aula de yoga

Como interpretar lesões na aula de yoga,

Uma das funções do professor de yoga é criar uma aula dirigida às especificidades do corpo de cada aluno.

Também é da responsabilidade do professor saber criar uma aula coletiva que possa responder a todas as caraterísticas físicas dos alunos. É uma tarefa complicada, salvaguardada pela enorme variedade de posturas alternativas que o yoga oferece.

Por outro lado, o aluno deve informar ou responder de forma bem explicita sobre as particularidades que a sua condição física e mental têm para oferecer. Portanto, a responsabilidade de não criar desconforto físico ou lesões passa pela atitude do aluno.

Na aula de yoga, o aluno deve começar por aprender a saber escutar o corpo, respeitar as orientações que lhe são dadas, manter-se focado na capacidade de mobilidade do corpo, saber estar atento às explicações dadas pelo professor, durante a execução da postura. São os princípios básicos para prevenir lesões na aula de yoga.

É comum durante uma aula coletiva, o professor verbalizar correções a serem executadas, que embora sejam ditas para a classe em geral, se dirigem apenas a uma ou duas pessoas. Essas pessoas devem estar atentas de modo a perceberem que essa explicação lhes é dirigida. Também é da responsabilidade do aluno, manter o professor devidamente atualizado em relação a alterações no estado de saúde ou de alguma limitação física pontual.

Durante a aula de yoga, as zonas mais comuns a sofrerem desconforto postural ou lesões, são zonas com maior volume de articulação: ombros, pulsos, joelhos e tornozelos. A coluna também pode apresentar vulnerabilidades, sobretudo a zona lombar por causa das flexões posteriores e anteriores. O mesmo também pode ocorrer na zona cervical, sacroilíaca e isquiotibiais. Muitas vezes estas lesões podem surgir durante a aula de yoga, mas na grande maioria das vezes, o seu aparecimento deve-se não ao facto de uma má execução da postura, mas sim, ao facto de a lesão já existir anteriormente.

O corpo aprende a defender-se da dor, construindo posturas de defesa que implicam várias alterações e assimetrias no corpo do aluno. Quando na aula de yoga se começa a corrigir essas assimetrias, a dor ou o desconforto físico podem revelar-se. Também é certo que muitos desses sintomas desaparecem com a continuação da prática de yoga, desde que sempre realizadas de forma consciente e com a ajuda de um professor devidamente certificado para o efeito.

Um exemplo comum é: os alunos aparecerem nas aulas com os ombros rodados para a frente, uma situação comum de quem está sentado muito tempo em frente a um computador, e com a cifose da dorsal muito pronunciada. Este excesso de curvatura da zona dorsal provoca uma compensação a nível da zona lombar, provocando uma híper lordose. O corpo aprendeu a defender-se, procurando compensações para as curvas da coluna, para se manter na posição ereta. Quando através da prática de yoga, se começa a corrigir estas más posições, o corpo tende a “reclamar”. Assim, deve haver uma atitude consciente da parte do professor e do aluno, para entender e gerir a dor com o objetivo da melhoria física.

A dor que se sente durante a prática de uma aula de yoga, não pode ser forte, tem de ser uma dor que se possa interiorizar e gerir e com a ajuda de uma respiração consciente, profunda e calma, a dor deverá desaparecer enquanto se mantém a postura. Se a dor persistir ou aumentar, o aluno deve verbalizar imediatamente esse desconforto ao professor que através da sugestão de uma postura alternativa, irá oferecer de novo, conforto ao corpo, à respiração e à mente.

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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Trigo-sarraceno: energia livre de glúten

Trigo-sarraceno,

Trigo-sarraceno ou trigo-mourisco é um pseudocereal tal como a quinoa, o millet e o bulgur. O seu nome suscita muitas questões e há mesmo quem pense que ele é semelhante ao vulgar trigo, mas o trigo-sarraceno de idêntico só o nome, nada tem a ver com o cereal, principalmente por não conter glúten. Os pseudocereais são plantas dicotiledóneas e não monocotiledónea como os cereais, no entanto são sementes ricas em amido o que faz que apresentem características destes.

As sementes do trigo-sarraceno têm a forma de uma pirâmide de cor verde-claro a branco. Na sua composição nutricional encontramos proteínas vegetais (13,3 gramas por 100 g) sendo as de maior expressão a globulina (4,3 g / 100), a glutelina (2,3 g / 100 g) e a albumina (1,8 g/100). Quanto aos hidratos de carbono (71,5 gramas por 100 gramas), o amido é o que ocupa a maior porção neste pseudocereal, acompanhado por 10 gramas de fibras dietéticas, na sua maioria fibras solúveis, tão importantes no bom funcionamento do sistema gastrointestinal.

Na composição em micronutrientes deste alimento por 100 gramas, sobressai a vitamina B3 (niacina) com 7 mg, a vitamina B2 (riboflavina) com 0,43 mg e a vitamina B1 (tiamina) com 0,1 mg, e há ainda alguns minerais como o potássio (460 mg), o fósforo (347 mg) e o magnésio (231 mg).

O trigo-sarraceno é o único pseudocereal que contém rutina – um flavonoide, além de se encontrarem outros compostos fenólicos como a quercetina, substâncias fitoquímicas com capacidades antioxidante, anti-inflamatória e antialérgica.

Há diferentes maneiras de consumir trigo-sarraceno. Pense nele como se fosse arroz e confeccione da mesma forma, isto é para uma chávena de sarraceno, duas medidas e meia de água, adicionando os temperos e alimentos que desejar, tal como faz com os grãos de arroz. Também pode experimentá-lo para enriquecer saladas frias em dias de calor.

Além das sementes pode consumir o trigo-sarraceno em farinha. Faça com ele umas deliciosas panquecas ou um pão sem glúten, que pode ser muito útil às pessoas com doença celíaca.

Referências: Ahamed, A. et al. ( 2013) Phytochemicals and biofunctional properties of buckwheat: a review. Journal of Agricultural Science (2014), 152, 349–369. Zhang, Z. et al. (2012). Bioactive compounds in fuctional buckwheat food. Food Research International 49 (2012) 389–395. Oomah, B. and Mazza, G. (1996). Flavonoids and antioxidative activities in buckweat. J. Agric. Food Chem. 1996, 44, 1746-1750. Pseudocereais como Ingredientes de Formulações Destinadas a uma Alimentação Especial. Tese de candidatura ao grau de Doutoramento em Nutrição Clínica Faculdade Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. National Nutrient Database for Standard Reference. Acedido em 25 de maio de 2019 no website do United States Department of Agriculture , Agricultural Research Service : https://ndb.nal.usda.gov/ndb/foods/show/20008?fgcd=&manu=&format=&count=&max=25&offset=&sort=default&order=asc&qlookup=Buckwheat&ds=&qt=&qp=&qa=&qn=&q=&ing=;Créditos da imagem: Catarina Santos

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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Cancro da cabeça e pescoço: benefícios do exercício físico

cancro da cabeça e pescoço,

O exercício físico pode proporcionar alguns benefícios aos doentes com cancro da cabeça e pescoço. Os benefícios mais visíveis dão-se ao nível da composição corporal, na capacidade física e na qualidade de vida.

Os doentes de cancro da cabeça e pescoço enfrentam frequentemente diversos efeitos secundários relacionados com o tratamento, interferindo negativamente na massa muscular, com consequências nas funções físicas, na fadiga e na qualidade de vida. O exercício físico pode regular muitos dos efeitos secundários que se fazem sentir durante o tratamento.

O cancro da cabeça e pescoço envolve indivíduos diagnosticados com cancro da faringe, laringe, lábios e outras regiões da cavidade oral. Estes tumores são mais comuns em países com consumos excessivos de tabaco e álcool.  O tabaco está associado ao aparecimento de tumores da boca, gengivas e língua, faringe e laringe. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta a probabilidade do aparecimento de tumores da cavidade oral e faringe.

Um estudo clinico aleatorizado envolveu 48 doentes com diagnóstico de cancro da cabeça e pescoço e em tratamento com uma combinação de quimioterapia e radioterapia, e avaliaram-se os efeitos do exercício na capacidade funcional e na qualidade de vida. Constituiram-se dois grupos de doentes: o grupo de intervenção que seguiu um programa de exercício físico supervisionado de 6 semanas e um grupo de controlo que recebeu apenas instruções para praticar atividade física.
A prova de marcha de 6 minutos que envolve a medição da distância percorrida num período de 6 minutos permitiu avaliar a capacidade funcional e a tolerância a pequenos esforços. A qualidade de vida foi avaliada por questionário de saúde com 36 parâmetros (36-item Short Form Health Survey).

Este estudo forneceu indícios preliminares de que um programa de exercícios é seguro e bem tolerado nos doentes com cancro da cabeça e pescoço submetidos a quimio e radioterapia, em simultâneo. Após 6 semanas, o grupo de doentes que recebeu o programa de exercícios melhorou a distância em 42 metros (P <.05) enquanto o grupo de controlo apresentou uma diminuição de 96 metros (P <0,001). Registaram-se ainda melhorias na componente mental para o grupo de intervenção (4,8; P <0,05); no grupo de controlo observou-se uma diminuição dos parâmetros que avaliaram a função física e mental (-5.9; P = .064 e -17.3; P <.05).

Referências: McNeely ML. Exercise as a promising intervention in head & neck cancer patients. Indian J Med Res. 2013;137:451-3.

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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade 2019

Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade,

Assinala-se no próximo dia 18 de maio o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade. Este dia, tem como objetivo sensibilizar para a problemática da obesidade e das sua implicações na saúde.

Os resultados do 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015) mostraram que os números da obesidade em Portugal se mantêm elevados: 38,9% da população portuguesa entre os 25 e os 74 anos tem excesso de peso e 28,7% apresenta um índice de massa corporal de obesidade (>= 30 kg/m2).

Quando avaliada a população infantil portuguesa, os números mantêm-se elevados. Num estudo publicado em dezembro de 2018, que avaliou a prevalência e incidência da obesidade e do excesso de peso em crianças entre os 4 e os 10 anos, verificou-se que a prevalência do excesso de peso aos 4 e 7 anos era de 22% e aos 10 anos de 26%. Por outro lado, aos 4 anos 10,6% da população estudada era obesa, aumentando a percentagem para 15,5% e 16,8% aos 7 e 10 anos respetivamente.

Sendo conhecida a associação entre a obesidade e o desenvolvimento de diversas doençasobesidade,  crónicas não transmissíveis, entre as quais se incluem alguns tipos de cancro, é importante que se adotem medidas para redução da sua prevalência na população portuguesa.

A estratégia para Portugal delineada no Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde (PNPAS) refere 3 elementos chave para a eficácia das intervenções direcionadas para a perda e controlo do peso:

  1. promoção de padrões alimentares estáveis com balanço nutricional e energético adequado às necessidades individuais de cada pessoa
  2. prática de atividade física regular
  3. promoção da motivação autónoma na aquisição dos novos hábitos.

Para assegurar a adequação dos seus novos hábitos alimentares à sua realidade clínica e estilo de vida, garantindo que todas as suas necessidades nutricionais individuais são asseguradas, torna-se fundamental o acompanhamento de um nutricionista.

Referências: Gaio V, et al.Prevalência de excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015).Boletim Epidemiológico, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.Freitas AI et al. Time trends in prevalence and incidence rates of childhood overweight and obesity in Portugal: Generation XXI birth cohort. Int J Obes (Lond). 2019 Feb;43(2):424-427. PNPAS, Perda e Manutenção de Peso.Maio 2018. Créditos das imagens: Mohamed Hassan e de Tumisu por Pixabay

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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Quinoa: o alimento dos incas chegou ao prato português

quinoa,

A quinoa é uma planta nativa da região andina do Peru, Bolívia, Equador e Colômbia e a sua semente é cada vez mais consumida em Portugal, existindo mesmo uma produção 100% portuguesa na região de Barcelos.

Quando procuramos quinoa podemos encontrar 3 variedades diferentes: real ou branca, vermelha e preta, ou ainda a quinoa tricolor que é a junção das três variedades.

A quinoa faz parte do grupo dos pseudocereais. Pertence às plantas dicotiledóneas e não monocotiledóneas como os cereais, mas contém sementes ricas em amido o que faz que tenham características destes. É, assim, uma boa alternativa ao arroz e à massa e um bom substituto do trigo nas farinhas sem glúten, por ser isenta dessa proteína.

Sob o ponto de vista nutricional, a quinoa real apresenta um elevado conteúdo em hidratos de carbono, com um valor de 68,9 g por 100 g de quinoa, estando o amido numa percentagem de 32% a 69,2%. O seu teor em proteínas vegetais é de 14,1 g por 100 g, podendo na quinoa preta atingir um valor ligeiramente superior, com 15,6 gr por 100 g. De notar, ainda a sua boa qualidade proteica, isto porque é composta pelos aminoácidos essenciais, com relevância para a lisina, que apresenta valores baixos em outros tipos de grãos. As fibras dietéticas variam entre 13,6 g a 16 g por 100 g, a maior parte fibras insolúveis. No grupo das vitaminas, as que têm maior relevância são a vitamina B3 (1,5 mg / 100 g), a vitamina B6 (0,5 mg/100 g) e a vitamina B1 (0,4 mg/100 g), e nos minerais encontramos o potássio (563 mg/100 g), o fósforo (457 mg/100 g), o cálcio (47 mg / 100 g) e o ferro (4,6 mg / 100 g).

As diferenças entre as 3 cores não são abismais. O que as distingue, para além da cor, que no caso da vermelha surge pela presença das betalaínas (compostos com poder antioxidante), é o valor de fibras dietéticas em que na variedade preta pode atingir o dobro relativamente às outras duas variedades.

A quinoa adapta-se bem a qualquer refeição e absorve os sabores que introduzir na sua preparação, por isso seja criativo nos temperos. A sugestão que lhe deixo, com a aproximação do verão, é que a adicione às saladas para as tornar mais completas e equilibradas nutricionalmente. Tenha em atenção um aspeto na sua preparação: a quinoa tem na sua camada externa saponinas que ao mesmo tempo que a protegem dão um sabor amargo. Então, deve colocar a quinoa de molho cerca de uma hora e lavá-la bem em água corrente antes de a cozinhar. Na confeção respeite as medidas 1:2, isto é, uma medida de quinoa para duas de água a ferver. Para a tornar mais crocante, envolva-a num fio de azeite, mexa durante alguns segundos e adicione depois a água.

Dos incas para a população portuguesa, a quinoa é uma boa alternativa para uma refeição diferente e rica nutricionalmente. Para cativar os mais pequenos experimente comprar a versão tricolor, eles podem ficar fascinados com diversidade de cor num só acompanhamento.

Referências: KOZIOL, M.(1992). Chemical Composition and Nutritional Evaluation of Quinoa (Chenopodium quinoa Wild. Journal of food composition and analysis 5, 35-68.; Chauhan, G. et al.(2015). Nutrients and Antinutrients in quinoa Seed. (1991). Cereal Chem. 69(1):85-88.; Abderrahim, F. et al. Physical features, phenolic compounds, betalains and total antioxidante capacity of coloured quinoa seeds (Chenopodium quinoa Willd.) from Peruvian Altiplano. Food Chemistry 183 (2015) 83–90. James, L. ( 2009). Quinoa (Chenopodium quinoa Willd.): Composition, Chemistry, Nutritional, and Functional Properties. Advances in Food and Nutrition Research, Volume 58.ISSN 1043-4526, DOI: 10.1016/S1043-4526(09)58001-1. Motta, C. (2015). Pseudocereais como Ingredientes de Formulações Destinadas a uma Alimentação Especial. Tese de candidatura ao grau de Doutoramento em Nutrição Clínica Faculdade Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. National Nutrient Database for Standard Reference. Acedido em 10 de maio de 2019 no website do United States Department of Agriculture , Agricultural Research Service : https://ndb.nal.usda.gov/ndb/foods/show/45359643?fgcd=&manu=&format=&count=&max=25&offset=&sort=default&order=asc&qlookup=black~+quinoa&ds=BF&qt=&qp=&qa=&qn=&q=&ing=; https://ndb.nal.usda.gov/ndb/foods/show/20035?fgcd=&manu=&format=&count=&max=25&offset=&sort=default&order=asc&qlookup=Quinoa&ds=&qt=&qp=&qa=&qn=&q=&ing= ; Créditos da imagem: Catarina Santos

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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Imunoterapia: influência dos probióticos e da alimentação na eficácia

imunoterapia,

A imunoterapia ou imuno-oncologia é uma forma de tratamento para o cancro, quer como alternativa à quimioterapia e à radioterapia, quer como potencial tratamento de primeira linha para vários tumores. Através da imunoterapia, as células do organismo, que o defendem naturalmente contra as infeções, são estimuladas a defendê-lo também contra o cancro, reconhecendo e destruindo as células cancerígenas. imunoterapia,

Imunoterapia: a flora intestinal influencia a eficácia?

Uma vez que a flora intestinal tem a capacidade de influenciar o sistema imunitário, um grupo de investigadores estudou se a mesma pode influenciar o sucesso da imunoterapia.

Este trabalho rastreou o progresso no tratamento de 113 doentes com melanoma metastático, tendo sido considerado a dieta, a medicação e o uso de suplementos. Foram, ainda, analisadas amostras fecais dos participantes, de modo a ser traçado o perfil relativo à flora intestinal de cada doente.

Os autores verificaram que os indivíduos que tomavam probióticos sem receita médica (42% dos participantes) tinham 70% menos probabilidade de responder à imunoterapia com inibidores de checkpoint anti-PD1. Além disso, os investigadores verificaram uma relação entre os probióticos e uma menor diversidade da flora intestinal, a qual a ciência já tinha verificado em doentes que respondem pior à imunoterapia.

Imunoterapia: a alimentação na eficácia do tratamento

As escolhas alimentares também parecem ter um impacto importante. Os indivíduos com história de ingestão de uma dieta rica em fibra tiveram cinco vezes mais probabilidade de responder à imunoterapia e apresentaram mais bactérias relacionadas com uma resposta positiva. Por outro lado, os doentes que praticavam uma alimentação rica em açúcar e em carne processada apresentaram uma menor quantidade dessas bactérias.

Imunoterapia: aumentar a eficácia do tratamento

Assim, este estudo pode explicar, em parte, a razão de alguns cancros não responderem à imunoterapia, sugerindo que alguns fatores dietéticos (suplementos com probióticos e alimentação) podem ter impacto no sucesso do tratamento. O aumento da eficácia da imunoterapia pode não passar apenas por estes fatores, mas este estudo mostra que a dieta tem um papel importante na resposta à imunoterapia, através da flora intestinal.

Enquanto aguardamos por mais estudos, a importância de uma alimentação rica em fibras, com cereais integrais e hortofrutícolas deve continuar a ser reforçada.

Referências: “The gut microbiome (GM) and immunotherapy response are influenced by host lifestyle factors” – Apresentação efetuada na reunião anual da American Association for Cancer Research, de 29 de março a 3 de abril de 2019, em Atlanta, disponível em http://bit.ly/2H8iryf e acedido a 2/5/2019; Guia Imuno-Oncologia, disponível em http://bit.ly/2Vnc83y e acedido a 2/5/2019; Palm et al., Immune-microbiota interactions in health and disease. Clin Immunol. 2015; 159(2): 122-7. Fontes de imagens: http://bit.ly/2HcMfJM; https://wb.md/2AAhNof

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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Cancro do Ovário: dia mundial celebra-se para aumentar a prevenção

cancro do ovário,

Assinala-se no próximo dia 8 de Maio mais um Dia Mundial do Cancro do Ovário.
O cancro do ovário é o oitavo mais frequente dos cancros em mulheres, sendo mais prevalente nos países desenvolvidos. Em 2018 registaram-se 295 414 novos casos no mundo e as previsões apontam para cerca de 340 000 em 2025. Trata-se de um tipo de cancro assintomático nos estádios iniciais da doença e o diagnóstico tardio dificulta o tratamento, levando a uma taxa de mortalidade elevada. As taxas de sobrevivência aos 5 anos é de 30 a 45%.

Fatores de risco associados aos estilos de vida para o cancro do ovário

Excesso de peso e obesidade, são fatores de risco conhecidos para diversos tipos de cancro. No cancro do ovário, o impacto da gordura corporal poderá variar de acordo com o tipo de tumor e status hormonal, no entanto, um índice de massa corporal elevado (>= 29 kg/m2) aumenta o risco de incidência.
Hábitos tabágicos. – fumar aumenta em cerca de 17% o risco de desenvolver tumores mucinosos do ovário.dia mundial do cancro do ovário,

Por outro lado, a amamentação parece ser um fator protetor para as mulheres que amamentam. Apesar de ainda não estarem bem definidos os mecanismos através dos quais este impacto positivo se verifica, uma possível justificação é a da redução do número de ciclos menstruais da mulher, ficando menos exposta ao estradiol plasmático.

Alimentação e cancro do ovário

Apesar de não existir evidência científica robusta que associa diretamente entre um determinado padrão alimentar e o cancro do ovário, fazem parte das recomendações gerais atuais para a prevenção do cancro, a ingestão elevada de hortofrutícolas, cereais integrais, oleaginosas e leguminosas e a baixa ingestão de alimentos ricos em açúcares de absorção rápida e carnes vermelha e processadas.

Referências: ovariancancerday.org; World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research.Continuous Update Project Expert Report 2018.Diet, nutrition and physical activity and ovarian cancer.Available at dietandcancerreport.org; Global Cancer Observatory (http://gco.iarc.fr/), International Agency for Research on Cancer 2018. Créditos da imagem: ovariancancerday.org

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