sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Alimentação rica em gordura estimula o cancro colo-retal

alimentacao rica em gorduras

alimentacao rica em gorduras

Uma alimentação rica em gordura parece estimular o crescimento do cancro colo-retal e um estudo publicado, este ano, na revista Cell sugere como isso pode acontecer.

Antes de passarmos às conclusões do referido estudo é importante ter em conta algumas noções.
O intestino delgado e o cólon passam por um processo de regeneração constante do seu revestimento, de modo a ultrapassar os “danos” causados pelos ácidos biliares, os quais auxiliam na digestão dos alimentos e na absorção de colesterol, gorduras e nutrientes solúveis em gordura. Para ultrapassar esses “danos”, o intestino apresenta uma população de células indiferenciadas que podem substituir as células do revestimento sempre que necessário.

Geralmente, o cancro colo-retal tem origem em mutações nessas células indiferenciadas, sendo as mutações no gene APC as mais comuns neste tipo de cancro em humanos.

alimentacao rica em gorduraOs investigadores trabalharam com modelos de animais (ratos) com mutações de APC, os quais desenvolveram sinais precoces de cancro colo-retal, mais especificamente formações benignas chamados adenomas. Em humanos, os adenomas são comuns no intestino e são rotineiramente removidos durante as colonoscopias. Essas formações levam, normalmente, décadas para se transformarem em adenocarcinomas malignos. No entanto, os adenomas, nestes ratos, rapidamente se tornaram cancerígenos, quando receberam dietas ricas em gordura.

Sabendo que uma alimentação rica em gordura estimula a libertação de ácidos biliares e que estes enviam sinais hormonais para as células indiferenciadas através de uma proteína chamada farnesoid X receptor (FXR), os investigadores monitorizaram os níveis dos referidos ácidos. Foi verificado que aqueles que são conhecidos por afetarem o FXR aumentaram ao mesmo tempo que o início do cancro e que a presença de ácidos biliares adicionais acelerou a progressão da doença.

Neste estudo, uma dieta rica em gordura aumentou os níveis de dois ácidos biliares específicos que diminuem a atividade do FXR. Na tentativa de reparação intestinal normal, o FXR mantém o processo lento, estável e seguro. Quando os ácidos biliares inibem o FXR, um grupo de células indiferenciadas começa a crescer rapidamente e acumula danos no ADN. Assim, foi verificado que um equilíbrio de ácidos biliares no intestino é fundamental para diminuir o desenvolvimento do cancro, nomeadamente a progressão de adenoma para adenocarcinoma.
Deste modo, o estilo de vida e a genética convergem, no desencadear do cancro colo-retal, pois uma alimentação rica em gordura parece afetar a sinalização hormonal entre os ácidos biliares e as células indiferenciadas com mutações de APC.

Face aos resultados obtidos, os autores do trabalho em questão justificam o aumento de mortes por cancro colo-retal em indivíduos mais novos (menos de 55 anos) pelo aumento do consumo de uma alimentação mais rica em gordura, nomeadamente em pessoas com mutação de APC.

Em conclusão, a relação entre uma alimentação rica em gordura e o cancro colo-retal terá por base o facto deste tipo de dieta alterar o equilíbrio dos ácidos biliares no intestino, além de desencadear um sinal hormonal que permite que as células cancerígenas se desenvolvam.

Referências: Ting Fu, Sally Coulter, Eiji Yoshihara, Tae Gyu Oh, Sungsoon Fang, Fritz Cayabyab, Qiyun Zhu, Tong Zhang, Mathias Leblanc, Sihao Liu, Mingxiao He, Wanda Waizenegger, Emanuel Gasser, Bernd Schnabl, Annette R. Atkins, Ruth T. Yu, Rob Knight, Christopher Liddle, Michael Downes, Ronald M. Evans. FXR Regulates Intestinal Cancer Stem Cell Proliferation. Cell, 2019; 176 (5): 1098. Fontes de imagens: https://www.youtube.com/watch?v=fW4Y_poPPxg; https://ift.tt/2Pn2jQI

O conteúdo Alimentação rica em gordura estimula o cancro colo-retal aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/2zygVlq
via IFTTT

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Mieloma múltiplo: IMC elevado em adultos jovens associado a maior risco

Ser um adulto jovem e ter obesidade, o que corresponde a um índice de massa corporal (IMC) elevado, são fatores de risco que quando associados aumentam o risco de mieloma múltiplo, de acordo com um estudo publicado no British Journal of Cancer.

A consistência das evidências que sustentam esta associação positiva já tinha levado o painel de especialista da Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC) a estabelecer um efeito preventivo na ausência de excesso de gordura corporal na vida adulta e o mieloma múltiplo.

O mieloma múltiplo é um tipo de cancro que afeta as células plasmáticas presentes no sangue; as células plasmáticas crescem fora de controle, superpovoando a medula óssea, local em que as células do sangue são produzidas. E isso impede uma produção normal de outras células do sangue e que o sistema imunológico funcione corretamente.

Os fatores de risco para o desenvolvimento de mieloma múltiplo incluem: uma extensa exposição a radiação, resinas químicas, solventes orgânicos, pesticidas ou herbicidas, a presença do vírus do herpes humano 8 (HHV-8), uma história familiar de mieloma.

Segundo o estudo anteriormente referido, a obesidade foi identificada como um dos únicos fatores de risco modificáveis ​​para o mieloma múltiplo.

Os investigadores usaram dados do Nurses ‘Health Study, Health Professionals Follow-Up StudyeWomen’s Health Study para analisar a associação entre obesidade e mieloma. Nas três coortes do estudo, 575 casos de mieloma foram identificados, indicando que, por cada aumento de 5 kg/m2no IMC médio acumulado foi associado um aumento de 17% no risco de mieloma (IC de 95%: 1,05–1,29). Além disso, cada aumento de 5 kg/m2no IMC de adultos jovens foi associado um aumento de 28% no risco de mieloma (IC de 95%: 1,12-1,47).

Por isso, a manutenção de um peso corporal saudável ao longo da vida pode ser uma estratégia importante na prevenção do miolema múltiplo.

Referências: Marinac, C. R., Birmann, B. M., Lee, I. M., Rosner, B. A., Townsend, M. K., Giovannucci, E., … & Colditz, G. A. (2018). Body mass index throughout adulthood, physical activity, and risk of multiple myeloma: a prospective analysis in three large cohorts. British journal of cancer118(7), 1013.; https://www.oncolink.org/cancers/multiple-myeloma/multiple-myeloma-the-basics 

O conteúdo Mieloma múltiplo: IMC elevado em adultos jovens associado a maior risco aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/2HrMxgU
via IFTTT

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Frutos e vegetais: consumo pela população portuguesa é baixo

O consumo elevado de alimentos de frutos e vegetais está associado à prevenção de diversas doenças crónicas. Neste contexto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão mínima diária de 400g de frutos e vegetais. Estará a população portuguesa a cumprir estas recomendações?

O 1º Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF 2015) trouxe-nos dados importantes relativos à ingestão alimentar em Portugal para por em prespetiva.

A roda dos alimentos é o guia alimentar oficial para a população portuguesa e recomenda que a distribuição diária dos alimentos seja feita da seguinte forma: 2% para gorduras; 4% leguminosas; 5% carne, pescado e ovos; 18% laticínios; 20% fruta; 23% hortícolas; 28% cereais e derivados e tubérculos.

Quando comparada a ingestão alimentar portuguesa com esta distribuição, verifica-se que a ingestão de produtos hortícolas é 9% inferior às recomendações, a ingestão de fruta é 7% inferior e a de leguminosas 2% inferior às recomendações.

O consumo médio de fruta, hortícolas e leguminosas ronda, em média, os 312 g/dia. Mais de 50% deste consumo corresponde a hortícolas, 131 g/ dia a fruta fresca e apenas 18 g/dia a leguminosas. São os adolescentes e as crianças os grupos etários que menos consomem estes alimentos, sendo o consumo de fruta fresca e hortícolas nos adolescentes de 97 g/dia e 133 g/dia respetivamente.

Quando 56% da população portuguesa não cumpre as recomendações da OMS para ingestão de 5 ou mais porções diárias de fruta e produtos hortícolas, e 72% das crianças e 78% dos adolescentes não cumpre estas recomendações, é pertinente relembrar que os bons hábitos alimentares adotados precocemente trazem benefícios para a saúde a longo prazo e estão associados a um menor ganho de peso na idade adulta.

Frutos e vegetais: como aumentar o seu consumo?

Inclua hortícolas no prato ao almoço e ao jantar. Escolha fruta fresca ou hortícolas crus nos intervalos entre refeições. Se a sua refeição incluir sobremesa, opte pela fruta. Envolva as crianças na compra, preparação e confeção das refeições para despertar a curiosidade e para que se familiarizem com os alimentos.

Referências: Lopes C, et al. Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, IAN-AF 2015-2016: Relatório de resultados. Universidade do Porto, 2017. World Health Organization. Promoting fruit and vegetable consumption around the world. Em https://www.who.int/dietphysicalactivity/fruit/en/. Crédito das imagens: Christine Sponchia e silviarita por Pixabay

O conteúdo Frutos e vegetais: consumo pela população portuguesa é baixo aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/2NsLEbK
via IFTTT

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Consulta de nutrição durante o tratamento do cancro: o que deve esperar

A consulta de nutrição é parte importante do tratamento oncológico. Não há nenhum alimento ou regime alimentar com capacidade para matar células cancerígenas ou curar o cancro, porém há escolhas alimentares que se fazem e que podem ter um grande impacto durante o tratamento de um cancro. Há certas alterações na dieta com capacidade para aliviar os efeitos colaterais e ajudar a manter um bom estado físico, gerando algum bem-estar durante o tratamento.

Por esta razão, o oncologista deve referenciar o doente oncológico para uma consulta com um nutricionista, que o deve acompanhar em todas as fases do tratamento. Ou, quando o doente está mais informado, deve solicitar à sua equipa médica, a indicação de que pretende ser acompanhado por um nutricionista.

Se é a primeira vez que vai a uma consulta com um nutricionista, deve ir preparado e aproveitar esse momento ao máximo. Leve consigo algumas informações. Por exemplo, fotografias de vitaminas ou suplementos que está a tomar; uma lista de todos os efeitos secundários que tem vindo a experimentar e em que condições ocorrem, para que o nutricionista possa fazer alterações à dieta, com o objetivo de aliviar alguns efeitos como fadiga, náuseas, dores de estômago e dores de cabeça; um registo do que anda a comer para que o nutricionista possa perceber o seu padrão alimentar.

Durante a consulta de nutrição oncológica, o seu nutricionista fará uma avaliação nutricional para se inteirar dos hábitos alimentares e uma avaliação física, além de compreender o que tem vindo a sentir.

A avaliação física permite que o nutricionista compreenda se perdeu peso e, em caso afirmativo, se é significativo ou não, para procurar sinais de desnutrição. A perda de gordura e a perda muscular são os sinais mais comuns de desnutrição, mas a avaliação física pode incluir ainda outros sinais de desnutrição com a observação da boca, olhos, pele e unhas.

De acordo com o tipo de cancro, alguns estudos mostram que cerca de 85% dos doentes sofrem de desnutrição em alguma etapa do tratamento, 40% perdem mais de 10% do peso corporal e mais de 50% apresentam anorexia.

Depois da 1ª consulta, a consulta de acompanhamento periódico ajudará a sentir-se orientado, com mais confiança para ultrapassar momentos diferentes que requerem objetivos diferentes. Passará a prestar mais atenção ao modo como se alimenta e o que o afeta mais. O tratamento é um processo e as necessidade nutricionais devem ser adaptadas para acompanhar adequadamente os diferentes períodos desse processo. Por isso, não tenha receio de fazer perguntas ao seu nutricionista.

Durante o tratamento, é natural que o objetivo seja contornar os efeitos secundários dos tratamentos e a preservação da massa muscular. Depois do tratamento, deve concentrar-se em outros objetivos, como por exemplo adotar comportamentos alimentares e uma dieta saudável para reduzir o risco de recorrência.

Referências:Ryan, A. M., Power, D. G., Daly, L., Cushen, S. J., Bhuachalla, Ē. N., & Prado, C. M. (2016). Cancer-associated malnutrition, cachexia and sarcopenia: the skeleton in the hospital closet 40 years later. Proceedings of the Nutrition Society75(2), 199-211.

O conteúdo Consulta de nutrição durante o tratamento do cancro: o que deve esperar aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/2KWtqg9
via IFTTT

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Os 5 temas mais populares em 2019 no Stop Cancer Portugal

A altura é de pausa e quando chega a segunda quinzena de agosto, é habitual divulgarmos os 5 artigos mais populares em 2019 no Stop Cancer Portugal, até agora.

Consulte a lista dos temas mais visualizados através do motor de pesquisa Google. São conteúdos certificados cientificamente sobre prevenção, saúde e bem-estar.

  1. Reduzir o uso de estatinas: a missão de uma cardiologista americana
    Elizabeth Klodas, cardiologista americana, publicou um artigo na CNN sobre a necessidade de se reduzir o uso de estatinas no controlo do colesterol.
  2. Antioxidantes – os efeitos dos suplementos no cancro
    Os doentes oncológicos devem obter todos os nutrientes a partir dos alimentos. É desaconselhado o uso de antioxidantes através de suplementos alimentares.
  3. Uma dieta vegetariana equilibrada é possível?
    Geralmente na dieta vegetariana exclui-se a ingestão de carne e peixe. Pode uma dieta vegetariana suprimir todas as necessidades nutricionais?
  4. Sabe quais são as 10 recomendações para a prevenção do cancro?
    Faça o teste e avalie o que pode melhorar, seguindo as 10 recomendações para a prevenção do cancro.
  5. Leguminosas, cereais, frutos secos e oleaginosos: uma boa escolha diária
    Saber comer é escolher bem, dia após dia. Dê oportunidade aos alimentos nutricionalmente ricos. Alimente a sua vida, não alimente doenças.

São cinco temas atuais, mais visualizados e os mais populares de 2019, para partilhar com os seus amigos e familiares. Contribua para criar uma sociedade informada, responsável e saudável.

Boas férias.

O conteúdo Os 5 temas mais populares em 2019 no Stop Cancer Portugal aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/300NtQG
via IFTTT

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

A prática do yoga durante o período de férias

Quando se é praticante de yoga, durante o período de férias, normalmente, abandona-se a prática numa clara atitude de “férias são férias”.

Mas existem pessoas que têm a necessidade de continuar a praticar yoga. Por isso, questionam-me muitas vezes, como continuar a sentir que se goza as férias, sem sentir a pressão de que se está em falta para consigo mesmo. De facto, quando numa família só um ou dois dos elementos que constituem o agregado familiar gostam de praticar, e considerando que é um momento de reunião e partilha entre todos os elementos, por vezes, fica difícil conseguir um horário que permita um certo recolhimento para praticar yoga.

A solução mais fácil e ao mesmo tempo muito gratificante é não ter uma atitude de culpabilização, mas antes pensar como incluir a atitude da prática de yoga no dia-a-dia. Então, como pode encarar os dias de férias na perspetiva do yoga?

O passo mais importante é manter uma atenção plena sobre a respiração. Enquanto caminha, pode sincronizar a respiração de modo a caminhar de forma mais ligeira e duradoura. Adote a mesma atitude enquanto lava a louça, ou faz as camas. Tente a sincronização entre o movimento do corpo e a respiração. Ou tente perceber que se mantiver a atenção repartida entre o seu desempenho a respirar e o desenrolar da tarefa, esta vai ficando mais fácil de realizar e tem-se a sensação de a ter concluído mais depressa.

Nas atividades domésticas, procure manter a mente bem centrada na tarefa que está a desempenhar, percebendo como isso acalma e faz sentir-se mais entregue ao trabalho, usufruindo e percebendo o fluir da atividade em questão. De facto quanto mais contrariado se está a desempenhar algo, mais se tem a sensação de que essa tarefa está a correr mal, ficando também a sensação de que o trabalho ficou muito aquém do que se desejaria. Do lado oposto, quanto mais entregues, atentos e em pleno gozo do momento em que nos encontramos, maior é a possibilidade de perceber o fluir constante da tarefa a realizar, sentindo prazer, confiança, alegria e harmonia.

Faça pequenas brincadeiras com os filhos, imaginando uma ida ao circo, um passeio a pé pela montanha, ou uma ida à praia, utilizando as posturas de yoga, como a árvore, a montanha, o cão, o peixe, a cobra, o leão, etc. Convide aqueles que não participam na atividade de praticar yoga a fazê-lo consigo e assim a entenderem a razão por que gosta de praticar yoga. Desta forma vai conseguir que quem a rodeia perceba porque gosta de praticar yoga mesmo nas férias. Quando regressar ao trabalho, os seus filhos vão entender melhor a razão por que chega mais tarde a casa, sempre que vai às aulas de yoga.

Sobretudo convide a sua imaginação a abrir as portas da criatividade, da harmonia, da paz e do encontro com o outro, em pleno ato de amor.

Boas férias!

Créditos da imagem: http://www.heyflorida.com.br/2017/05/video-desafio-de-yoga-na-praia.html 

O conteúdo A prática do yoga durante o período de férias aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/2MXrVRu
via IFTTT

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Bebidas açúcaradas e obesidade, há relação?

As bebidas açúcaradas, a par com a ingestão de alimentos com elevada densidade energética, contribuem para o excesso de peso e obesidade. A ausência de mastigação, o rápido esvaziamento gástrico, assim como a reduzida perceção do sabor doce em bebidas frescas, entre outros fatores, contribuem para a reduzida sensação de saciedade em proporção à sua densidade calórica. Por outro lado, estas bebidas são habitualmente consumidas independentemente da presença de fome, induzindo desta forma a ingestão energética excessiva.

Alguns exemplos de bebidas açúcaradas são: refrigerantes, bebidas desportivas, sumos de fruta com adição de açúcar, águas aromatizadas com adição de açúcar, entre outros.

O 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015) mostrou que a prevalência da obesidade em Portugal se mantem elevada, em todas as faixas etárias. Este inquérito revelou ainda que os refrigerantes são a segunda bebida mais consumida a seguir à água, sendo os adolescentes quem escolhe estas bebidas com maior frequência. Os refrigerantes ou néctares são ingeridos uma ou mais vezes ao dia (≥220 g/dia) por 18% dos portugueses.

No contexto de uma alimentação equilibrada e saudável, a ingestão de bebidas com elevada densidade calórica e baixa densidade de nutrientes deve ser reduzida. As bebidas açúcaradas deverão assim ser substituídas por bebidas com baixa densidade energética, preferencialmente água, já que esta é a estratégia que trará melhores resultados no combate à obesidade.

Além da água, há mais alternativas aos refrigerantes: águas aromatizadas caseiras, chá, leite. Todas as opções referidas não deverão ter adição de açúcar.

É conhecida a associação entre a obesidade e o desenvolvimento de diversas doenças crónicas não transmissíveis, entre as quais se incluem alguns tipos de cancro, nomeadamente cancro do ovário, boca, laringe, faringe, esófago (adenocarcinoma), rim, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, colorretal, mama (pós-menopausa), endométrio e próstata (avançado).

Tendo em vista a prevenção dos efeitos adversos para a saúde a médio e longo prazo, as alterações de hábitos alimentares deverão ser iniciadas precocemente durante a infância.

Referências: Gaio V, et al.Prevalência de excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015).Boletim Epidemiológico, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research. Continuous Update Project Expert Report 2018. Body fatness and weight gain and the risk of cancer. von Philipsborn P, et al. Environmental interventions to reduce the consumption of sugar-sweetened beverages and their effects on health.Cochrane Database of Systematic Reviews 2019, Issue 6. Art. No.: CD012292. Crédito das imagens: rawpixel e Christine Sponchia por Pixabay

O conteúdo Bebidas açúcaradas e obesidade, há relação? aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/2MTD5GX
via IFTTT

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

15 minutos de exercício por dia é melhor que nada

Com a vida agitada que estamos a levar, pode ser difícil ter diariamente 30 minutos livres para praticar exercício físico.  Em momentos mais complicados 15 minutos de exercício por dia é melhor que nada.

Os especialistas recomendam pelo menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada em 5 ou mais dias por semana. Se cumprir essa recomendação pode dizer que é fisicamente ativo. Com a prática regular desta recomendação pode colher benefícios importantes para a saúde. O exercício fortalece ossos e músculos, baixa a tensão arterial, reduz o risco de algumas doenças crónicas e alguns tipos de cancro, melhora a saúde mental, reduz o stress e melhora o humor, entre outros aspetos fundamentais para a saúde.

Já a inatividade física promove o envelhecimento prematuro, obesidade, vulnerabilidade cardiovascular, fragilidade musculoesquelética e depressão. Alguns estudos que compararam grupos de pessoas inativas com indivíduos que se exercitaram por 15 minutos/dia apresentaram um risco reduzido de 14% em todas as causas de mortalidade e a expectativa de vida aumentou em 3 anos ou mais. Por cada 15 minutos adicionais de exercício diário houve uma redução ainda maior em todas as causas de mortalidade em 4%. Portanto, qualquer atividade pode ajudar e algum exercício é melhor que nada. Mas que exercícios podem ser suficientes e bons em apenas 15 minutos? Veja algumas destas atividades e, entre elas, quais pode adotar já.

Cardio em 15 minutos
Cardio quer dizer exercício cardiovascular: estão incluídos qualquer movimento que aumente a frequência cardíaca e a circulação sanguínea. São exercícios que contribuem para queimar calorias.

– 15 minutos para dar um passeio rápido à hora de almoço ou passear o cão ao final do dia

– Subir e descer as escadas no trabalho durante o dia e completar um período de 15 minutos

– Escolher música que gosta e dançar por 15 minutos

Treinar a força em 15 minutos
Existem algumas maneiras de treinar a força em casa.

– 15 minutos de exercício de fortalecimento: use uma cadeira e fortaleça alguns músculos

– Levantar e baixar pesos por 15 minutos (com cuidado e lentamente): use halteres ou qualquer peso que tenha em mãos, como garrafas de água

– Faça 15 minutos de agachamentos para fortalecer os músculos das pernas, por exemplo enquanto atende um telefonema mais demorado

Fazer 15 minutos de alongamentos
Se a sua rotina diária implica longos períodos de condução, estar em pé ou sentado a uma mesa de trabalho, procure mudar de posição e faça alongamentos durante 15 minutos, pelo menos uma vez por dia. Duas vezes por dia é ainda melhor para ganhar flexibilidade e equilíbrio.

Assista por exemplo a este vídeo de exercícios de alongamento ou faça download de uma aplicação para o smartphone (iTunes e Google Play) com algumas instruções úteis para iniciar uma rotina de 15 minutos.


Referências: Knight, J. A. (2012). Physical inactivity: associated diseases and disorders. Annals of Clinical & Laboratory Science42(3), 320-337; https://ift.tt/2KiOCfJ by Andrii Podilnyk on Unsplash

O conteúdo 15 minutos de exercício por dia é melhor que nada aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



from Stop Cancer Portugal https://ift.tt/33av5Hh
via IFTTT