quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Dietas e mais dietas e uma só doença, o cancro

Dietas

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Após o diagnóstico, é muito comum os doentes e os sobreviventes de cancro fazerem alterações na alimentação, as quais nem sempre vão ao encontro das recomendações cientificamente fundamentadas para a redução do risco de mortalidade pela doença. Estas orientações alimentares foram publicadas por algumas entidades de referência como a American Cancer Society, American Institute for Cancer Research/World Cancer Research Fund, entre outras, e vários estudos mostram que uma adesão às mesmas está associada a uma redução da mortalidade por cancro em 20% a 30%. Contudo, os doentes e sobreviventes de cancro parecem optar por dietas alternativas a estas recomendações.

De entre as dietas mais populares, encontram-se a alcalina, a paleo, a cetogénica, a vegan e a macrobiótica. Qual o efeito de cada uma na mortalidade e na qualidade de vida ? E quais são os risco

Dietas: A dieta alcalina

Os defensores deste tipo de alimentação baseiam-se no pressuposto de que a maioria dos cancros se deve a um ambiente ácido no organismo, afirmando que os alimentos capazes de contribuir para essa acidez são a principal causa. Neste grupo, encontra-se a carne vermelha, as aves, o peixe, os ovos, os laticínios, o trigo, o milho, o café, o açúcar e o álcool, os quais devem contribuir com um máximo de 20% para o total de calorias ingeridas.

Por outro lado, os restantes 80% devem ser fornecidos por vegetais (beterraba, bróculos, couve-flor, aipo, pepino, couve, alface, cebola, ervilhas, espinafres), alguns frutos (maçã, bananas, bagas, uvas, limão, laranjas, melão, pêssego e pêra) e alguns legumes.

Apenas dois estudos investigaram o papel da carga ácida alimentar no cancro, com base no pH da urina, dado que os defensores da dieta alcalina assumem que o pH sistémico pode ser refletido no pH daquele fluído orgânico.

Um desses estudos examinou a relação entre o risco de cancro da bexiga e o pH da urina em homens fumadores, verificando-se não ver associação com significado estatístico. Contudo, em homens com história de consumo de tabaco superior a 45 anos, esta associação já se verificou. Noutro estudo, o número de doentes era muito reduzido e não havia grupo de controlo, pelo que os resultados são difíceis de interpretar.

Deste modo, não existe qualquer evidência científica para as razões apresentadas pelos defensores da dieta alcalina.

Caso os doentes e os sobreviventes de cancro optem pela dieta alcalina, é importante que a suplementação com vitamina B12 seja considerada. Além disso, deve-se optar por alimentos ricos nesta vitamina, bem como em cálcio e zinco. Os alimentos enriquecidos em vitamina D devem ser uma opção. Deve ser, ainda, efetuada uma alimentação que integre alimentos ricos em ferro.

Dietas: a dieta vegan

A dieta vegan consiste na total abstinência de alimentos de origem animal: carne, peixe, ovos, laticínios e mel. É importante distingui-la das dietas baseadas em produtos de origem vegetal, que consistem principalmente, em frutos, vegetais, legumes, frutos secos e sementes e cereais, bem como em pequenas quantidades de ovos, laticínios, peixe e carne.

Numa meta-análise, a dieta vegan esteve associada a uma redução de 15% no risco de cancro, embora não fosse verificada associação com a mortalidade. Já no que diz respeito a dietas vegetarianas, a redução na incidência da doença foi de 8%. Deste modo, não é claro que evitar todos os produtos de origem animal seja necessário para obter os resultados positivos para a saúde de uma dieta vegan. Outro trabalho que incluiu 96 354 pessoas de ambos os géneros, os investigadores concluíram que aquelas que tinham uma alimentação baseada em produtos de origem vegetal conjugada com o consumo de alimentos oriundos do mar eram as que apresentavam menor risco de incidência de cancro colo-retal. No caso dos vegan, tinham um risco de incidência similar aos praticantes de uma alimentação vegetariana não estrita.

A dieta vegan vai ao encontro de muitas recomendações alimentares das sociedades científicas de referência na área da oncologia, embora possam ser pobres em cálcio e vitamina B12, comparativamente a dietas omnívoras, um aconselhamento nutricional apropriado pode prevenir qualquer défice.

Dietas: a dieta macrobiótica

A dieta macrobiótica é predominantemente vegetariana e valoriza os alimentos orgânicos e não processados. De um modo geral, é constituída por 40-60% de cereais integrais, 20-30% de vegetais e 5-10% de legumes. Fruta, peixe branco, sementes e frutos secos são consumidos de forma ocasional.

Um estudo efetuado nos Estados Unidos da América concluiu que a dieta macrobiótica apresenta uma menor percentagem de calorias oriunda da gordura, maior consumo de fibras e maiores quantidades da maioria dos micronutrientes que as referidas na Recommended Daily Allowance (RDA), à exceção das vitaminas D e B12 e do cálcio, os quais eram inferiores.

Embora não sejam encontrados estudos sobre o efeito da dieta macrobiótica em doentes oncológicos, este tipo de opção alimentar cumpre com as recomendações das sociedades científicas, relacionadas com o cancro. Esta observação é extensível à importância dada a um peso saudável e à prática regular de atividade física.

Dietas: a dieta Paleo

A dieta Paleo tenta replicar o padrão alimentar do Paleolítico, com fruta, vegetais, frutos secos, carne, peixe e ovos, excluindo os cereais, os legumes, os laticínios, o açúcar, o sal, o café, o álcool e todos os alimentos processados. Pelas suas características, com este tipo de opção alimentar pode haver risco de carência em vitamina D, cálcio e iodo.

A base para a propagação desta opção alimentar assenta no facto de que as doenças crónicas, como o cancro, aumentaram devido ao consumo de alimentos disponíveis apenas após a revolução agrícola, os quais os humanos não estão geneticamente “equipados” para digerir.

Os defensores da dieta Paleo assumem que os genes humanos não mudaram de forma significativa, desde o final do Paleolítico, há cerca de 10 000 anos. Além disso, referem que, no presente, existe já uma compreensão da alimentação pré-histórica, sendo os alimentos dessa época equivalentes aos disponíveis atualmente.

Contudo, estes argumentos não são suportados pela evidência antropológica, a qual refere que, no Paleolítico não existia uma única dieta. Por exemplo, os cereais são processados e consumidos na Europa há mais de 40 000 anos. Além disso, os seres humanos evoluíram para ingerir alimentos predominantes no ambiente em que vivem. Outro dado é que os alimentos disponíveis atualmente sofreram alterações consideráveis, em virtude das práticas agrícolas, pelo que diferem dos disponíveis no passado.

No que diz respeito a este tipo de opção alimentar, os estudos são muito limitados, embora se verifique que tem características comuns com dietas saudáveis para doentes e sobreviventes oncológicos, recomendadas por sociedades científicas. Contudo, a adesão estrita à dieta Paleo pode levar à eliminação de grupos de alimentos cujos benefícios para a prevenção do cancro já foram comprovados cientificamente.

Em comum, a dieta Paleo dá ênfase à fruta, vegetais, frutos secos e sementes, restringindo os hidratos de carbono refinados, as carnes processadas e o álcool. Contudo, afasta-se das recomendações comprovadas pelas organizações científicas pela elevada ingestão em gordura saturada e pelo baixo consumo de legumes e cereais, uma combinação associada a um prejuízo da sobrevivência no cancro colo-retal.

Dietas: a dieta cetogénica

As dietas cetogénicas são ricas em gordura, baixas em hidratos de carbono e adequadas em proteína, num rácio de 3-4:1 de gordura para os restantes.

Esta distribuição obriga o organismo a metabolizar a gordura, em vez dos hidratos de carbono ou da proteína, fazendo com que a principal fonte de energia deixe de ser a glicose e passem a ser as cetonas. Dado que as células cancerígenas utilizam a glicólise como via para obtenção de energia, mesmo na presença de oxigénio, os defensores da dieta cetogénica referem que o crescimento dessas células vai ser dificultado pela redução de glicose disponível. Contudo, existem estudos que referem que algumas células tumorais são capazes de usar as cetonas para obtenção de energia.

Mais recentemente, a investigação sugere que a influência das cetonas no crescimento do cancro pode resultar no stresse oxidativo das células cancerígenas, potenciando o efeito da quimio e da radioterapia. Para além disso, a dieta cetogénica parece ter uma espécie de efeito poupador de proteínas, permitindo a preservação de massa magra, em situações de caquexia.

Os estudos sobre a influência da dieta cetogénica em doentes oncológicos são escassos e de pouco impacto. Estes sugerem que esta opção alimentar é segura, não tendo impacto negativo na qualidade de vida.

Contudo, são difíceis de implementar na prática sem um acompanhamento profissional, pelo que muitos doentes não atingem os níveis desejados de cetonas na urina. Além disso, podem levar a um défice de micronutrientes, podem ser ricas em gordura saturada, são pobres em fibra, podem incluir alimentos processados e podem excluir grupos alimentares, como fruta, legumes e muitos vegetais, os quais são importantes para a prevenção do cancro e para a redução da mortalidade pela doença.
Concluindo, além das orientações alimentares cientificamente comprovadas e recomendadas por sociedades de intervenção em oncologia, não existe evidência de que algum elemento específico de uma dada dieta possa contribuir para uma maior sobrevivência. Além disso, os estudos consistentes acerca do efeito das mesmas na mortalidade e qualidade de vida são escassos. Assim, é importante ter em conta os riscos e os benefícios de cada uma, respeitando as questões culturais e/ou filosóficas que estão na base da opção alimentar de alguns doentes.

Referências: Rock CL et al. Nutrition and physical activity guidelines for cancer survivors. CA Cancer J Clin. 2012;62:243-74; World Cancer Research Fund/American Institute of Cancer Research. Diet, Nutrition, Physical Activity and Cancer: A Global Perspective. Continuous Update Project Expert Report 2018: American Institute of Cancer Research; 2018; Balter K et al. The effect of dietary guidelines on cancer risk and mortality. Curr Opin Oncol. 2012;24:90-102; Thomson CA et al. Nutrition and physical activity cancer prevention guidelines, cancer risk, and mortality in the women’s health initiative. Cancer Prev Res (Phila). 2014;7:42-53; Vergnaud AC et al. Adherence to the World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research guidelines and risk of death in Europe: results from the European Prospective Investigation into Nutrition and Cancer cohort study1,4. Am J Clin Nutr. 2013;97:1107-20; Wright ME et al. Estimated urine pH and bladder cancer risk in a cohort of male smokers (Finland). Cancer Causes Control. 2005;16:1117-23; Hamaguchi R et al. Effects of an alkaline diet on EGFR-TKI therapy in EGFR mutation-positive NSCLC. Anticancer Res. 2017;37:5141-5; Schwalfenberg GK. The alkaline diet: is there evidence that an alkaline pH diet benefits health? J Environ Public Health. 2012;2012:727630; Staffan L. Paleolithic diets as a model for prevention and treatment of western disease. American Journal of Human Biology. 2012;24:110-5; Henry AG et al. Microfossils in calculus demonstrate consumption of plants and cooked foods in Neanderthal diets (Shanidar III, Iraq; Spy I and II, Belgium). Proceedings of the National Academy of Sciences. 2011;108:486-91; Aune D et al. Dietary fibre, whole grains, and risk of colorectal cancer: systematic review and dose-response meta-analysis of prospective studies. BMJ. 2011;343; Kossoff EH et al. Optimal clinical management of children receiving the ketogenic diet: recommendations of the International Ketogenic Diet Study Group. Epilepsia. 2009;50:304-17; Allen BG et al. Ketogenic diets as an adjuvant cancer therapy: History and potential mechanism. Redox Biol. 2014;2:963-70; Zahra A et al. Consuming a ketogenic diet while receiving radiation and chemotherapy for locally advanced lung and pancreatic cancer: The University of Iowa experience of two phase I clinical trials. Radiation Research. 2017;187:743-54; Shukla SK et al. Metabolic reprogramming induced by ketone bodies diminishes pancreatic cancer cachexia. Cancer & Metabolism. 2014;2:18; Klement RJ. Beneficial effects of ketogenic diets for cancer patients: a realist review with focus on evidence and confirmation. Medical Oncology. 2017;34:132; Schmidt M et al. Effects of a ketogenic diet on the quality of life in 16 patients with advanced cancer: A pilot trial. Nutr Metab (Lond). 2011;8:54; Rieger J et al. ERGO: A pilot study of ketogenic diet in recurrent glioblastoma. International Journal of Oncology. 2014;44:1843-52; Dinu M et al. Vegetarian, vegan diets and multiple health outcomes: A systematic review with meta-analysis of observational studies. Crit Rev Food Sci Nutr. 2017;57:3640-9; Orlich MJ et al. Vegetarian dietary patterns and the risk of colorectal cancers. JAMA Intern Med. 2015;175:767-76. Melina V, Craig W, Levin S. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Vegetarian Diets. J Acad Nutr Diet. 2016;116:1970-80. Fontes de imagens: https://ift.tt/2Pz4VcM; https://ift.tt/2pvbKRN

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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Exercício físico no cancro do pâncreas: impedir a atrofia muscular

exercício físico deve ser uma prática-padrão para apoiar o tratamento médico durante o cancro. As evidências emergentes sugerem que o exercício tem um efeito protetor contra a mortalidade, além de ser uma abordagem viável e eficiente para contrariar certos efeitos adversos durante os tratamentos. As orientações internacionais recomendam que os doentes oncológicos devem evitar a inatividade, mesmo quando submetidos a tratamentos difíceis.

O cancro do pâncreas tem um impacto profundo na qualidade de vida dos doentes, manifestando-se por perda de peso significativa, fadiga relacionada com a doença, náuseas e sofrimento psicológico. Por isso, todas as terapêuticas que aumentem a capacidade de tolerar os tratamentos adjuvantes, reduzam a perda das funções físicas e melhorem a qualidade de vida são extremamente importantes.

Existe alguma evidência através de estudos de caso que indicam benefícios do exercício físico no cancro do pâncreas.  Um desses estudos, publicado na conceituada revista “Medicine & Science in Sports & Exercise” apresentou um caso único de um homem de 49 anos com cancro do pâncreas estádio IIb.

O indivíduo foi submetido a cirurgia (ressecção de Whipple) e esteve com quimioterapia adjuvante (gemcitabina e fluorouracil) e radioterapia (45 Gy). Três meses após a cirurgia foi submetido a um programa de exercícios supervisionado durante a quimioterapia e ao longo de 6 meses.

O programa combinava exercícios estruturados de alta intensidade, aeróbicos e de resistência, em sessões quinzenais. Observaram-se melhorias em relação à capacidade física e funcional, na qualidade de vida e na fadiga relacionada com a doença, qualidade do sono, nos sintomas de depressão e ansiedade e impediu a atrofia muscular.

Um segundo estudo caso, publicado na revista “Pancreatic Disorders & Therapy” mostrou que o exercício combinado de alta intensidade, após a cirurgia e a receber terapia adjuvante, foi viável e bem tolerado, resultando na manutenção do peso corporal e na melhoria da força e capacidade aeróbica. Um homem com 46 anos, diagnosticado com cancro do pâncreas estádio IV, recebeu quimioterapia paliativa por dois meses, quimioterapia neoadjuvante por três meses (folifirinox), cirurgia e quimioterapia adjuvante (gemcitabina) por mais dois meses. Durante todo o tratamento médico, o indivíduo realizou um programa de exercícios de resistência de alta intensidade duas vezes por semana durante 7 meses.

Pelo que indicam estes casos, as melhorias fisiológicas induzidas pelo exercício físico no cancro do pâncreas parecem ajudar na tolerância ao tratamento e mitigar a toxicidade.

Referências: Cormie, P., Spry, N., Jasas, K., Johansson, M., Yusoff, I. F., Newton, R. U., & Galvão, D. A. (2014). Exercise as medicine in the management of pancreatic cancer: a case study. Medicine and science in sports and exercise46(4), 664-670.; Niels, T., Tomanek, A., Schneider, L., Hasan, I., Hallek, M., & Baumann, F. T. (2018). Exercise improves patient outcomes in advanced pancreatic cancer patient during medical treatment. Pancreat Disord Ther8(193), 2.; Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

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terça-feira, 22 de outubro de 2019

HPV: quem corre riscos e como minimizar esses riscos

HPV - vírus do papiloma humano,

HPV - vírus do papiloma humano,

O vírus do papiloma humano, o HPV, tem a capacidade de causar verrugas, conhecidas por papilomas. Nem todos os tipos de HPV causam verrugas, no entanto infecções persistentes com tipos do vírus de alto risco são o fator causal para o cancro do colo do útero e são ainda responsáveis por um conjunto substancial de muitas outras neoplasias anogenitais e do cancro da cabeça e pescoço.

A infecção genital pelo HPV é a infeção sexualmente transmissível mais comum, afetando milhões de pessoas durante a vida. Os indivíduos sexualmente ativos têm 80 a 85% de probabilidade de serem infectados pelo vírus em algum momento das suas vidas.

O HPV pode infectar a pele, os órgãos genitais e a orofaringe (boca/garganta). Espalha-se por contacto genital pele a pele, masturbação e sexo oral, vaginal ou anal com outra pessoa (de ambos os sexos) que esteja infetada ou seja portador do vírus. Uma pessoa que tem HPV geralmente não apresenta nenhum sintoma do vírus. Por esse motivo, as pessoas não sabem que estão infetadas.

Como nos podemos proteger do vírus?

Emma Bryce descreve, em 4 minutos e de forma descomplicada, como o vírus atua, provocando graves problemas de saúde, quem corre riscos e como minimizar esses riscos. Veja o vídeo disponibilizado pelo canal TEDEd, com legendas em português.

 

 

Referências: Burchell, A. N., Tellier, P. P., Hanley, J., Coutlée, F., & Franco, E. L. (2010). Influence of partner’s infection status on prevalent human papillomavirus among persons with a new sex partner. Sexually transmitted diseases, 37(1), 34-40.

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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

A história da água engarrafada: acabar com tanto resíduo plástico

água engarrafada,

água engarrafada,

Bebe água engarrafada pelo receio de a água da torneira não ser limpa e segura para beber?

Se a sua resposta é afirmativa e procura ser ambientalmente responsável, propomos que assista ao documentário de animação “A História da Água Engarrafada”. Veja com atenção para entender algumas questões que podem ser vitais no desenvolvimento sustentável e na saúde ambiental.

O sistema “obter-fabricar-deitar fora” tem vindo a ser aplicado ao longo de toda a cadeia alimentar e também na indústria da água, fomentando e produzindo montanhas de resíduos plásticos.

Como podemos ter uma sociedade sustentável e um planeta limpo e saudável?

É necessário que o sistema de consumo da água mude. O seu compromisso pessoal para evitar a água engarrafada e passar a consumir a água da torneira é uma excelente iniciativa para mudar o que está a acontecer. Ao mesmo tempo, devem ser apoiados os investimentos em água potável limpa de modo a ser disponível a todos.

Assista agora ao documentário conduzido pela ambientalista Annie Leonard e aceite o apelo para reduzir o lixo produzido pela água engarrafada e o uso excessivo de garrafas de plástico. Estão disponíveis legendas em português (canto inferior direito).

Créditos da imagem:  Jasmin Sessler por Pixabay

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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Dia Mundial da Alimentação: dietas saudáveis para um Mundo sem fome

Dietas saudáveis para um Mundo sem fome, é o tema do Dia Mundial da Alimentação 2019, assinalado hoje, 16 de Outubro.

Este ano a temática incide no facto de ser necessário nutrir para além de alimentar. E, para isso é necessário que dietas saudáveis, constituídas por alimentos nutritivos, estejam disponíveis e acessíveis a todos.

A malnutrição pode ocorrer tanto por carência de comida e/ou nutrientes como por excesso. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), relembra que o número de pessoas que passa fome no Mundo é elevado e que o número de pessoas obesas ou com excesso de peso também.

Em Portugal, 38,9% da população entre os 25 e os 74 anos tem excesso de peso e 28,7% apresenta um índice de massa corporal de obesidade (>= 30 kg/m2). Na população infantil, os números são igualmente elevados. Um estudo publicado em dezembro de 2018, verificou que a prevalência do excesso de peso aos 4 e 7 anos atingia 22% e aos 10 anos de 26%.

A associação entre obesidade e o desenvolvimento de diversas doenças crónicas não transmissíveis, entre as quais se incluem alguns tipos de cancro, é conhecida. Por este motivo, é essencial sensibilizar para esta temática, já que é grande o impacto na saúde a longo prazo.

Para que as dietas saudáveis sejam uma realidade, é necessário um esforço conjunto que inclua, estratégias para melhorar as dietas escolares, incentivo à produção local, entre outras. Melhorar a legislação relativa à rotulagem, à publicidade e à comercialização de produtos alimentícios, serão também áreas de intervenção com impacto na promoção de uma alimentação mais saudável.

Como consumidores, é fundamental que todos façamos escolhas que vão de encontro a uma alimentação mais nutritiva, saudável e promotora da saúde. As nossas ações são o nosso futuro.

Veja os videos da campanha #zerohungerworld:

Referências: Gaio V, et al.Prevalência de excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015).Time trends in prevalence and incidence rates of childhood overweight and obesity in Portugal: Generation XXI birth cohort. Int J Obes (Lond). 2019 Feb;43(2):424-427.https://ift.tt/2dTPY0S, acesso em [13/10/2019].Crédito das imagens:fao.org

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domingo, 13 de outubro de 2019

Princípios básicos para relaxar na aula de yoga

Há alguns princípios básicos a seguir para relaxar convenientemente na aula de yoga.

O relaxamento é um dos momentos que constituem as aulas de yoga. A aula é composta por dois tipos de relaxamento: no início da aula, como forma de centrar a mente na atividade que se vai desenvolver, permitindo ao corpo e à mente de entrar num registo de maior consciência da sessão de yoga que vai iniciar. No final da aula,  é um processo de relaxar o corpo, depois do esforço a que esteve submetido durante a aula, para que o praticante perceba a forma como ao abrigo de uma atitude consciente possa sentir o domínio que tem sobre a mente, a respiração e o corpo.

O relaxamento inicial é breve. O fim a que se destina não é proporcionar um relaxamento completo, mas apenas permitir ao aluno perceber que agora se deve concentrar na aula, e nas solicitações que surgem. Quando se pede ao praticante para relaxar diversas partes do corpo, na realidade está-se a pedir que perceba se o corpo está em regime de alerta e entender qual o processo que o pode levar a entrar num processo de menor agitação física, sobretudo mental. A agitação mental impede a manutenção do corpo imóvel. A tomada de consciência de uma qualquer atividade física durante o relaxamento significa que a mente não se acalmou, devendo-se através da consciência do momento, relaxar as partes do corpo que se considerar tensas.

O relaxamento final é mais efetivo e de maior duração. O seu objetivo é proporcionar ao praticante de yoga um relaxamento não apenas físico, fruto da atividade física que até aí ocorreu, mas é um momento de consciência da respiração, do modo como se acalma e como influi o acalmar da mente e do corpo; perceber de forma consciente como a mente influência o acalmar da respiração e como esta influi no relaxamento físico, o que é fundamental para o equilíbrio psicológico do praticante. Desta pequena experiência fica percetível que o domínio sobre aquilo que se pensa depende da capacidade de concentração e de objetividade sobre os pensamentos. Acalmar a mente passa pelo processo de saber que os pensamentos, angústias, dúvidas são fruto do valor que se atribui aos acontecimentos da vida. Saber escutar o corpo e a mente com equanimidade é a chave para um relaxamento efetivo.

Qualquer desconforto físico ou mental que sinta durante a prática do relaxamento deve ser verbalizado com o professor de yoga, para juntos perceberem como o relaxamento pode ser cada dia mais eficaz.

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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Amamentação nos primeiros meses de vida: maior proteção

A amamentação nos primeiros meses de vida é fundamental para o crescimento saudável do bebé, assegurando a ingestão de todos os nutrientes necessários em cada fase destes primeiros meses. A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida, com inicio ideal 1h após o nascimento e estendendo-se até aos 2 anos.

O leite materno é uma fonte de nutrientes completa, segura e a sua constituição vai-se alterando com o crescimento do bebé, adaptando-se a cada fase do crescimento. Para além dos nutrientes necessários, o leite materno é também uma fonte de anticorpos, contribuindo para o desenvolvimento adequado do sistema imunitário e para a proteção contra infeções na infância. Com a amamentação também é assegurado o desenvolvimento adequado do sistema gastrointestinal do bebé.

Alguns dos benefícios atribuídos à amamentação incluem um menor risco de desenvolver asma e diabetes tipo 2 tanto na infância como na idade adulta e menor risco de depressão pós-parto, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 para a mãe.

Em países em desenvolvimento, o incentivo à amamentação é também uma importante forma de combate à desnutrição e morte infantil, já que nestes países, a desnutrição é a causa de morte de cerca de 45% das crianças com menos de 5 anos.

Apesar dos benefícios, globalmente apenas 40% das crianças são amamentadas até aos 6 meses. Medidas globais que incentivem e facilitem a amamentação são fundamentais para que a melhoria deste indicador seja possível.

Os benefícios da amamentação estendem-se à prevenção do cancro. A amamentação tem um efeito protetor para o cancro da mama  na mãe e para o excesso de peso e obesidade no bebé, reduzindo desta forma o risco de desenvolver certos tipos de cancro, que apresentam maior risco na presença de excesso de peso e obesidade.

Em situações em que a amamentação seja contraindicada ou em que não seja possível amamentar, deverão ser selecionadas formulas comerciais adaptadas à fase de vida do bebé.

Referências: World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research.Continuous Update Project Expert Report 2018. Recomendations and public health and policy implications.Available at dietandcancerreport.org; https://ift.tt/2vNsS2H em [5/10/2019]; who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/malnutrition, acesso em [5/10/2019]; who.int/features/factfiles/breastfeeding/en/ , acesso em [5/10/2019].Crédito das imagens:Imagem de Alfonso Cerezo e mcmurryjuliepor Pixabay

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sábado, 5 de outubro de 2019

Microbioma intestinal no tratamento do cancro

microbioma intestinal

microbioma intestinal

Nos últimos anos, a investigação em oncologia tem evidenciado o papel-chave do microbioma intestinal na modelação da resposta do hospedeiro aos tratamentos (quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e cirurgia), em vários tipos de cancro.

A flora que habita o intestino humano tem mostrado participar na resistência de uma grande variedade de tratamentos oncológicos, quer pela interação direta com o tratamento, quer indiretamente, estimulando a resposta do hospedeiro através da imunomodelação. Para além do papel na eficácia na terapêutica oncológica, o microbioma intestinal parece ter, também, impacto nos efeitos secundários induzidos pelos tratamentos.

Microbioma intestinal: características

Num microbioma saudável e estável, as espécies comensais providenciam uma resistência à colonização por potenciais agentes patogénicos, os quais podem ultrapassar a barreira intestinal ou permanecer no intestino.

microbioma intestinalDe um modo geral, um microbioma intestinal saudável evolui com uma alimentação rica em fibra. As bactérias intestinais usam os hidratos de carbono não digeríveis, encontrados principalmente nos vegetais, frutos, legumes e cereais integrais, como principal fonte de energia. Por sua vez, as bactérias fermentam estes hidratos de carbono para produzir ácidos gordos de cadeia curta que têm efeitos fisiológicos importantes na saúde do hospedeiro, nas vias de sinalização celular e na imunidade.

Em alturas de restrição a esses hidratos de carbono não digeríveis, as bactérias utilizam as glicoproteínas da mucosa intestinal como fonte alternativa de energia. Contudo, com o passar do tempo e se a situação de mantiver, poderão surgir danos na barreira intestinal.

Outros fatores que podem prejudicar as bactérias residentes e a resistência à colonização por patogénicos são os antibióticos e as infeções agudas.

Microbioma intestinal e cancro

É crescente a evidência que o microbioma influencia a resposta às terapêuticas contra o cancro. Estudos recentes têm mostrado uma ligação entre o conjunto de bactérias que colonizam o intestino e a resposta e a toxicidade a múltiplos tipos de tratamentos. Deste modo, estão a surgir novas prioridades para a investigação em nutrição em doentes oncológicos, tendo a flora intestinal como alvo modificável.

O microbioma intestinal pode influenciar a resposta ao bloqueio do checkpoint imunológico, uma terapêutica revolucionária que deu origem à atribuição do Prémio Nobel da Medicina, em 2018, a James Allison e Tasuko Honjo. Além disso, o perfil, isto é, a “composição” da flora intestinal parece estar fortemente associado à resposta à imunoterapia. Adicionalmente, a modelação do microbioma ditou a resposta aos tratamentos, em modelos pré-clínicos.

Microbioma intestinal e alimentação

Tendo em conta que os fatores que aumentam (alimentos ultraprocessados, açúcares adicionados, cereais refinados) ou diminuem (cereais integrais, frutos secos e sementes, legumes, fibra) o risco de doenças cardiovasculares e de cancro são também determinantes da composição da flora intestinal, uma das temáticas estudadas é o papel do microbioma como mediador-chave na ligação entre nutrição e cancro.

Os hábitos alimentares influenciam a flora do intestino. Além disso, o metabolismo e os metabolitos do hospedeiro interagem com a mesma e com a alimentação. Todos estes fatores influenciam a saúde intestinal e a imunidade, sugerindo que a adequação desse relacionamento co-dependente afeta amplamente o risco de cancro e os resultados da doença. Deste modo, o microbioma intestinal parece poder ser alterado através de intervenções alimentares para prevenir e tratar várias doenças. Contudo, os mecanismos pelos quais os alimentos ou produtos alimentares o fazem permanecem marcadamente desconhecidos.

Tal como os múltiplos componentes dos alimentos interagem entre si, também quanto à flora intestinal o todo parece ser maior do que a soma das partes. Assim, embora alguns microrganismos tenham capacidades metabólicas específicas, cada um está também dependente dos agentes microbianos que “habitam” em seu redor, influenciando-se mutuamente.

É de ressaltar que as atividades metabólicas do microbioma intestinal no seu conjunto pareçam ser mais resistentes a estratégias alimentares. Posto isto, identificar metas e respostas previsíveis e com efeito a longo prazo é um desafio para a ciência.

Alimentação e microbioma intestinal, individualmente e em conjunto, podem ser causa, diagnóstico e/ou prognóstico, devendo ser considerado o potencial de ambos em conjunto. Uma maior compreensão das interações entre a alimentação e o microbioma é fundamental, devido ao enorme impacto na resposta do doente às intervenções nutricionais e no impacto das mesmas na saúde.

Contudo, a nutrição tem amplos efeitos na saúde, através do metabolismo sistémico e muito há ainda por investigar. Um ponto é certo; de entre tudo o que já se conhece da nutrição oncológica, a abordagem a este novo campo relacionado com o microbioma intestinal, deve ser focada num balanço geral, em vez de assentar em fatores singulares. Tal como uma boa nutrição nunca foi alcançada com foco em apenas um alimento ou nutriente (ou suplemento), identificar somente uma espécie ou estirpes bacterianas é improvável que seja uma estratégia eficaz para definir um microbioma intestinal capaz de “fazer frente” ao cancro.

Microbioma intestinal: qual a esperança, em oncologia?

Espera-se que o microbioma seja o biomarcador que permita a definição de recomendações nutricionais e alimentares devidamente suportadas cientificamente, para a prevenção do cancro, para doentes oncológicos em tratamento e para sobreviventes da doença.

O microbioma intestinal constitui uma promissora área de investigação para as comunidades científica e clínica, no sentido da melhoraria da eficácia dos tratamentos oncológicos, em vários tipos de cancro.

Referências: Villéger R et al. Intestinal microbiota: a novel target to improve anti-tumor treatment? Int J Mol Sci. 2019; 20(18); Kolodziejczyk AA et al. Diet-microbiota interactions and personalized nutrition. Nat Rev Microbiol. 2019; doi: 10.1038/s41579-019-0256-8. [Epub ahead of print]; Daniel CR & McQuade JL. Nutrition and cancer in the microbiome era. Trends in Cancer. 2019; 5(9): 521-3; Hryckowian AJ et al. Microbiota-accessible carbohydrates suppress Clostridium difficile infection in a murine model. Nat. Microbiol. 2018; 3: 662–669; Desai MS et al. A dietary fiber-deprived gut microbiota degrades the colonic mucus barrier and enhances pathogen susceptibility. Cell. 2016; 167: 1339–1353. McQuade JL et al. Modulating the microbiome to improve therapeutic response in cancer. Lancet Oncol. 2019; 20: e77–e91; Shively CA et al. Consumption of Mediterranean versus Western diet leads to distinct mammary gland microbiome populations. Cell Rep. 2018; 25: 47–56; Wu GD et al. Comparative metabolomics in vegans and omnivores reveal constraints on diet-dependent gut microbiota metabolite production. Gut. 2014; 65: 63–72. Fontes de imagens: https://ift.tt/2PiJkH5; https://ift.tt/2Mf4oJx

 

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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

A ciência das células que nunca envelhecem: o efeito dos telómeros

O que faz nosso corpo envelhecer? As rugas na pele, os cabelos ficam brancos, o sistema imunológico enfraquece. Uma nova forma de pensar o envelhecimento humano tem por base a descoberta da telómerase, uma enzima que regenera as extremidades dos cromossomas denominadas de telómeros.

Cada vez que uma célula se divide, todo o seu ADN tem de ser copiado, para carregar o manual de instruções que mantém o bom funcionamento das células, para que as células cardíacas mantenham um bom ritmo, as células imunitárias possam combater bactérias e vírus, e as células cerebrais possam guardar memórias e continuar a aprender ao longo da vida. Mas cada vez que uma célula se divide e o ADN é copiado, uma parte do ADN nas extremidades gasta-se e encurta. São uma parte pequena do cromossoma, o telómero. A enzima telomerase é responsável pela restauração do ADN perdido, funcionando como um regenerador dos telómeros.

A bióloga Elizabeth Blackburn recebeu o Prémio Nobel de Medicina em 2009 pelo seu trabalho pioneiro na descoberta dos telómeros e na telomerase, que parecem desempenhar funções centrais no envelhecimento humano e em doenças como o cancro.

O seu livro Telomere Effect traduzido em português com o título “A Ciência da Juventude – A Abordagem Revolucionária a Uma Vida mais Longa e Saudável” da editora Elsinore, traça o mapa do envelhecimento positivo, revelando as intrincadas relações entre a psicologia e a biologia na evolução celular. E mostra também como mudanças simples nos hábitos diários podem proteger os telómeros e aumentar a esperança de saúde, o número de anos que permanecemos saudáveis, ativos e sem doenças.

Assista à conferência que Elizabeth Blackburn deu no canal TED e saiba mais sobre a sua investigação revolucionária, para que possa ter mais controle sobre o seu envelhecimento. Estão disponíveis legendas em português.

Créditos da imagem: https://ift.tt/2nL9aGt

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