sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Aumento de peso após o diagnóstico de cancro da mama

ganho de peso

ganho de peso

O excesso de peso e a obesidade estão fortemente associados ao aparecimento de cancro da mama. Além disso, o aumento de peso após o diagnóstico é comum, trazendo consigo riscos “escondidos”.

Aumento de peso após o diagnóstico: riscos “escondidos”

O aumento de peso após o diagnóstico de cancro da mama pode ter um impacto negativo na vida das doentes, nomeadamente prejudicando o prognóstico e aumentando os riscos de recidiva e de mortalidade (por todas as causas e não só relativa à doença). O ganho de peso contribui, ainda, para o risco de linfedema, de doenças cardiovasculares, metabólicas e de outros cancros, afetando, também, a auto-estima.

Aumento de peso após o diagnóstico: os dados

De acordo com um estudo publicado no BMC Cancer, com base em dados australianos, 17% das mulheres aumentaram mais de 20 kg após o diagnóstico de cancro da mama e 64% registaram um aumento médio de 9 kg. A percentagem de mulheres obesas ou com excesso de peso passou de 48%, ao diagnóstico, para 67%, aquando a avaliação. Focando-se apenas nas doentes que, quando foram diagnosticadas, tinham obesidade, a percentagem quase duplicou, passando de 17% para 32%. Quando se compararam mulheres das mesmas idades com e sem cancro da mama, 69% das que tinham a doença aumentaram mais 2,4 kg, em 5 anos.
Verificou-se que 57% das mulheres ganharam peso no primeiro ano após o diagnóstico e 77% nos primeiros 18 meses.

Aumento de peso após o diagnóstico: o que fazer?

Face a estes dados, aos quais se juntam outros semelhantes, e considerando a importância de atingir e manter um peso saudável para um prognóstico mais favorável, é inquestionável a sensibilização para a temática.

Deste modo, é importante um acompanhamento adicional de controlo do peso, mediante o encaminhamento das doentes para um nutricionista e para um profissional da área do exercício físico com experiência na área da oncologia, no primeiro ano após o diagnóstico. aumento de peso após diagnóstico de cancro da mama,

São várias as organizações que recomendam o exercício físico em doentes com cancro da mama. A Clinical Oncology Society of Australia refere que este deve ser prescrito a todas as mulheres diagnosticadas com a doença. Esta recomendação não assenta apenas no controlo do peso e minimização dos riscos que o ganho ponderal acarreta mas também no facto do exercício físico ser um tratamento eficaz contra a fadiga, sintoma tão experienciado pelas doentes.

Também a consulta de nutrição, efetuada por um profissional certificado para o fazer é fundamental. Através de uma intervenção personalizada, adaptada às necessidades nutricionais, às características individuais, à história clínica e à sintomatologia de cada doente, o nutricionista vai proporcionar uma redução da morbilidade e uma melhoria da qualidade de vida, favorecendo o prognóstico.

Referências: Ee, C., et al. Weight before and after a diagnosis of breast cancer or ductal carcinoma in situ: a national Australian survey. BMC Cancer. 2020; 20(1): 113.;McTiernan A. Weight, physical activity and breast cancer survival. 2018; 77(4): 403-411. Fontes de imagens: https://ift.tt/3ccwktQ; https://ift.tt/3a8g9M8

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Cancro do pâncreas: conheça melhor para prevenir

cancro do pancreas

cancro do pancreas

O cancro do pâncreas não se encontra entre os mais prevalentes no Mundo, no entanto é o sétimo mais mortal, tendo-se registado 432 242 mortes em 2018. A maioria dos casos (46,7%) registaram-se no continente asiático e no continente europeu (28,9%). Em Portugal registaram-se 1 619 novos casos em 2018.

O pâncreas é um órgão importante que se localiza atrás do estômago. É responsável por secretar enzimas digestivas para o intestino delgado e pela produção de hormonas que influenciam o metabolismo da glucose, tais como a insulina e o glucagon.

O diagnóstico tardio é um contributor relevante para a elevada mortalidade, deste tipo de cancro que surge com maior frequência entre os 60 e os 80 anos e em homens.

Cancro do pâncreas: fatores de risco

A presença de um ou mais casos de cancro do pâncreas na familia é considerado um fator de risco para o desenvolvimento desta doença, no entanto a maioria dos casos não tem origem em mutações genéticas herdadas. Outros fatores de risco são: a pancreatite crónica, a diabetes tipo 2 e os hábitos tabágicos, pensando-se que 25% dos casos possam ser atribuídos a estes últimos.

Quanto aos fatores de estilo de vida que contribuem para o aumento do risco de desenvolver cancro do pâncreas, há evidência científica forte que aponta o excesso de peso e a obesidade como fatores de risco a considerar.

O consumo de carnes vermelhas, carnes processadas, gorduras saturadas, bebidas e alimentos com elevado teor de frutose e bebidas alcoólicas, parecem contribuir para o aumento de risco. Neste caso a evidência científica não é forte, o que significa que mais estudos serão necessários para confirmar estas observações.

Cancro do pâncreas: redução do risco

Quanto a fatores que possam contribuir para a redução do risco, deverão ser tidas em conta as recomendações gerais para a prevenção do cancro, já que não há evidência forte que aponte para o papel protetor de um grupo e alimentos em particular. Relembramos as recomendações:

– Reduza a ingestão semanal de carne vermelha para 350 – 500g (peso após confeção) e apenas ingira carnes processadas esporadicamente.
– Mantenha um peso adequado para a sua idade e estatura, limitando a ingestão de bebidas açucaradas e de alimentos ricos em açúcares de absorção rápida.
– Limite a ingestão de bebidas alcoólicas.
– Pratique um mínimo de 75 minutos de atividade física intensa ou 150 minutos de atividade física moderada por semana. A atividade física contribui para a manutenção de um peso saudável, por isso reduza os tempos sedentários e pratique uma atividade física que goste de forma regular.
– Aumente a ingestão de alimentos ricos em fibra como cereais integrais, oleaginosas, leguminosas e ingira um mínimo diário de 5 porções de vegetais e fruta (equivalentes a 400g).

Referências: Global Cancer Observatory (http://gco.iarc.fr/), International Agency for Research on Cancer 2018. World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research.Continuous Update Project Expert Report 2018.Diet, nutrition and physical activity and pancreatic cancer. Available at dietandcancerreport.org. Zheng J, Guinter MA, Merchant AT, Wirth MD, Zhang J, et al. Dietary patterns and risk of pancreatic cancer: a systematic review. Nutr Rev. 2017 Nov 1;75(11):883-908. Crédito das imagens: fiercebiotech.com

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Avaliação da criança com neuropatia auditiva

A neuropatia auditiva, também designada por dissincronia auditiva, relaciona-se com uma falta de sincronia na passagem do estimulo elétrico pelas vias auditivas. Pode ocorrer em associação com condições específicas (prematuridade extrema, anoxia, hiperbilirubinemia, hidrocefalia). Existem, ainda, casos de neuropatia auditiva associados a outras neuropatias periféricas, como sejam, a ataxia de Friedreich ou síndrome de Charcot-Marie-Tooth. Normalmente a causa mais comum de neuropatia auditiva está relacionada com lesões ao nível das células ciliadas internas (CCI) ou membrana tectorial na cóclea, alterações na libertação dos neurotransmissores (Glutamato, Gaba…) entre as CCI e as fibras do gânglio espiral de Corti, ou entre as fibras do nervo coclear, ou ainda devido a desmielinização do próprio nervo.

No Rastreio Auditivo Neonatal Universal (RANU), dependendo da tecnologia utilizada a neuropatia auditiva pode não ser detetada em bebés. Dada a sua baixa incidência, oComité “Joint Committee on Infant Hearing” (JCIH) recomenda, no RANU, o uso de testes objetivos de Potenciais Automáticos (PA) e de Otoemissões Acústicas (OEA). Estes testes fornecem registos não invasivos da atividade fisiológica do ouvido. Há, no entanto, diferenças importantes entre os dois testes. As OEA medem a resposta fisiológica das células ciliadas externas da cóclea, enquanto os PA refletem tanto o estado coclear, como a função neural auditiva que se estende para além da cóclea no tronco cerebral.

As características audiológicas da neuropatia auditiva implicam o estudo conjunto das OEA, PA e pesquisa de reflexos acústicos estapédicos (contração muscular involuntária do músculo do estribo, um dos 3 ossículos do ouvido médio, em resposta a estímulos sonoros de forte intensidade). Assim sendo, na neuropatia auditiva, o resultado “falha” nos PA, mas “passa” nas OEA e os reflexos acústicos estão ausentes ou muito elevados.

Os testes auditivos comportamentais, quando se conseguem fazer, são caracterizados por limiares flutuantes e instáveis. Pode ser difícil obter uma participação capaz por parte da criança, nestes testes que exigem a sua colaboração, por normalmente estar associado um envolvimento neurológico.

Alguns bebés que passam no RANU serão identificados mais tarde como hipoacúsicos. Embora essa surdez detetada posteriormente possa refletir uma manifestação tardia ou uma perda progressiva da audição, as tecnologias de RANU não identificam crianças com surdez ligeira. O limiar auditivo detetado nos PA, usando o protocolo do RANU é ligeiramente maior (40 a 45 dB HL) em comparação com a tecnologia das OEA (30 ou 35 dB HL). Portanto, há a possibilidade de limiares auditivos entre 25 e 40 dB HL passarem despercebidos ao realizar os PA. Por outro lado, a tecnologia de OEA não consegue detetar a neuropatia auditiva, não sendosuficiente para determinar os limiares auditivos, não podendo ser utilizada isoladamente para determinar as especificações dos aparelhos auditivos na re(h)abilitação auditiva. É importante lembrar que crianças com neuropatia auditivaou outras patologias auditivas centrais apresentam OEA normais, não tendo, no entanto, uma função auditiva normal.

Assim, é de realçar a importância dum mais correto e precoce diagnóstico auditivo para uma mais rápida intervenção, em tempo útil, reduzindo, assim, as consequências irreversíveis para a criança.

Os pais e/ou cuidadores da criança devem ser mantidos informados de todos os resultados das avaliações e intervenções necessárias.

Referência:JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING. Year 2019 Position Statement: Principles and Guidelines for Early Hearing Detection and Intervention Programs. The Journal of Early Hearing Detection and Intervention, v.4, n.2, p. 13–44, 2019.; Créditos da imagem: https://www.bouldermedicalcenter.com/neuropathy-and-a-new-treatment/ 

 

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Cancro da laringe: o melhor é prevenir

A evolução do panorama da oncologia em Portugal e no mundo tem gerado grandes desafios.
Portugal é um dos países da Europa com maior incidência de cancro da laringe. Surgem cerca de 600 novos casos por ano o que corresponde a 2% de todos os cancros diagnosticados no país.

A laringe é um órgão muito importante do sistema respiratório, mede aproximadamente 5 cm, encontra-se localizado entre a língua e a traqueia. A sua mucosa é constituída por tecido epitelial e cartilagem e é aqui que se encontram as cordas vocais responsáveis pela voz.

É também através da laringe que passa o ar que respiramos e os alimentos que comemos, tornando-a assim imprescindível.

É difícil descrever com precisão as causas do cancro da laringe, no entanto existe conhecimento sobre os fatores de risco a ele associados, sendo estes:

– O tabaco; fumar constitui a causa da maioria dos cancros da laringe. Pessoas que fumam há vários anos apresentam maior risco.

– O álcool; também é conhecido que o consumo excessivo de álcool aumenta o risco deste tipo de cancro. De salientar que este associado ao tabaco aumenta 200 vezes o risco da doença.

– Os pesticidas, as tintas e o fumo passivo também contribuem para o aparecimento da doença, sendo um risco acrescido para os pintores, soldadores, trabalhadores da construção civil, pessoas expostas a pó da madeira, a gasóleo, a gasolina, ao amianto e pessoas expostas a radioterapia no pescoço.

– O refluxo gastroesofágico é também considerado como fator de risco para o cancro da laringe uma vez que provoca lesões de repetição no local;

– A infeção pelo vírus papiloma humano (HPV), nomeadamente as estirpes 16, 18 e 33 também contribuem para o aparecimento desta doença.

Cancro da laringe: os sintomas

O diagnóstico precoce é fundamental para o rápido e eficaz tratamento da doença. Sendo assim, é importante conhecer os seus sintomas:

– Inflamação na garganta que não desaparece apesar do seu tratamento

– Sensação de corpo estranho na garganta

– Massa / papo na garganta ou pescoço

– Mau hálito

– Rouquidão ou alteração da voz que não passa

– Perda de peso sem razão aparente

– Dificuldade em engolir

– Dificuldade em respirar

– Tosse persistente

– Dor nos ouvidos que não desaparece.

O aparecimento destes sintomas é motivo para se consultar o médico de família ou um otorrinolaringologista que poderá propor alguns exames de diagnóstico tais como laringoscopia, para observação da garganta; biopsia, para examinar os tecidos do local, o exame ao microscópio de um fragmento tumoral determina a morfologia do tumor permitindo assim escolher o tratamento mais adequado e TAC, para verificar a extensão da lesão.

Após ser efetuado o diagnóstico os tratamentos propostos poderão passar por cirurgia, radioterapia (utilização de radiações para destruir as células tumorais) e quimioterapia (tratamento com medicação cititóxica).

As cirurgias podem incluir uma laringectomia parcial ou total onde poderá ser efetuado um estoma (orifício) para que possa respirar.

Os principais objetivos do tratamento do cancro da laringe são a cura, a preservação da função da laringe e minimizar as consequências negativas do tratamento.

Sabe-se que o prognóstico desta doença é bom para os casos diagnosticados em estádios iniciais, sendo a cura superior a 80%. E o tratamento de reabilitação será tanto melhor quanto mais precocemente for efetuado. Este visa otimizar o potencial funcional do doente e minimizar as sequelas da doença.

São aspetos de interesse após o tratamento, a reabilitação respiratória; reabilitação motora; massagem de drenagem linfática; treino de deglutição e terapia da fala.

Mas, na realidade o melhor ainda consiste na prevenção. Desta forma deve-se promover os hábitos de vida saudáveis evitando o consumo de tabaco, bebidas alcoólicas, exposição ao amianto, tintas, pó, gasóleo, gasolina, assim como o contacto com o vírus papiloma humano.

Referências: Hebe, A.; Jorge, A. et al. (2017) Quero logo falo. Cancro da Laringe. Liga Portuguesa Contra o Cancro. Núcleo Regional do Sul. Créditos da imagem:https://www.singhealth.com.sg/patient-care/conditions-treatments/larynx-cancer/overview

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Cancro do pulmão: reduza o seu risco

O cancro do pulmão é o mais frequente tipo de cancro no mundo e também o mais mortal. Em 2018 registaram-se no Mundo 2 093 876 novos casos e 1 761 007 mortes por cancro do pulmão. A maior incidência verifica-se no continente asiático (58,5%) e na Europa (22,4%). Em Portugal, registaram-se 5 284 novos casos em 2018, a maioria dos quais em homens.

A principal causa de cancro do pulmão é bem conhecida. Estima-se que mais de 90% dos casos em homens e 80% em mulheres sejam atribuíveis ao uso de tabaco. Os principais agentes responsáveis são os compostos carcinogénicos que se encontram no tabaco, tal como carvão, que podem interagir com o DNA das células do pulmão.

Apesar de ser a causa principal para o desenvolvimento de cancro do pulmão, não é um fator de risco exclusivo para este tipo de cancro. Fumar aumenta o risco de desenvolver cancro do rim, bexiga, colorretal, pâncreas, estômago, boca, laringe e faringe, nasofaringe e ovário. Os principais agentes responsáveis são os compostos carcinogénicos que se encontram no tabaco, tal como carvão, que podem interagir com o DNA das células do pulmão.

A toma de altas doses de suplementos de beta-caroteno (20mg/dia), tanto por atuais como ex-fumadores, aumenta o risco de desenvolver cancro do pulmão. No entanto, o consumo de alimentos que contenham retinol, beta-caroteno ou carotenoides pode diminuir o risco.

Há alguma evidência que aponta como fatores de risco a considerar, o consumo de carne vermelha, de carne processada e de bebidas alcoólicas.

O consumo de vegetais e frutas pode contribuir para reduzir o risco de desenvolver cancro do pulmão tanto em fumadores como em ex-fumadores. O consumo destes alimentos é extremamente relevante para a prevenção de qualquer tipo de cancro, sendo recomendada a ingestão de um mínimo 5 porções ou 400g por dia.

Consideram-se também fatores potencialmente protetores para o cancro do pulmão:
– o consumo de alimentos ricos em vitamina C para atuais e ex-fumadores
– o consumo de alimentos que contenham isoflavonas por pessoas que nunca fumaram

A atividade física, assim como a redução dos tempos sedentários, tem inúmeros benefícios para a saúde, sendo também apontada como um fator relevante na redução do risco de desenvolver cancro do pulmão.

Referências: Global Cancer Observatory (http://gco.iarc.fr/), International Agency for Research on Cancer 2018. World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research.Continuous Update Project Expert Report 2018.Diet, nutrition and physical activity and lung cancer.Available at dietandcancerreport.org. Crédito das imagens: kalhh

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

O yoga e as decisões de início do ano novo

Todos nós, em cada final de ano, refletimos sobre o ano novo que se inicia, como se tratasse de um marco para realizar coisas que consideramos importantes, ou que gostaríamos de incluir na nossa vida.

Um dos ensinamentos do yoga é adquirir a consciência de que a disponibilidade e as prioridades da vida são criadas pelo próprio. Nesta perspetiva, a palavra ensinar significa aprender sentindo. É perceber que essa aprendizagem se identifica com aquilo que se deseja ser, permitindo intuir que sempre se quis essa transformação na vida, mas por circunstâncias várias não se conseguiu o grau de perceção para incluir essa transformação na forma de viver. Muitos de nós quando esse momento acontece, percebem que é como um eu que sempre esteve ali, à espera de ser descoberto e incluído na forma como se deseja estar no mundo. Quando o processo de assimilação da prioridade ou disponibilidade acontece desta maneira, é absorvida de forma natural. Não se trata de uma imposição que, muitas vezes, se transforma numa atitude de abandono, por uma decisão não assumida de forma completa. O ensinamento é adquirido através da inteligência emocional e não apenas com a inteligência racional, passando a ser encarado, não como uma imposição, mas sim, como um equilíbrio, uma coerência. Ou melhor ainda, uma prioridade alicerçada na natureza do indivíduo. Algo que parece sempre ter existido dentro de cada um e que quando se revela, faz todo o sentido. Esta é a atitude a privilegiar em qualquer decisão da vida.

Como é que o yoga cria esta atitude?
A sua prática implica a consciência de si, a descoberta de quem se é, aquilo a que a filosofia do yoga define como a essência de cada indivíduo, a natureza essencial do homem. Só quando se tem consciência de si, se percebe de forma íntegra a realidade que se pretende viver. A serenidade que acompanha os praticantes de yoga vem desta consciência de si, interiorizada, vivida e sentida, como algo essencial ao modo de ser de cada pessoa.

A prática de yoga inclui técnicas de respiração, prática de posturas, relaxamento e meditação.
Todas estas valências permitem o encontro consigo mesmo e a consciência daquilo que se deseja ser.
Na execução da postura, o nível de concentração para entender a realização da mesma e o modo como o corpo e a mente se expressam para absorver a sua execução, revela este eu interior, a que se chama essência individual e permite encontrar a equanimidade. A consciência plena do quotidiano e da forma como se quer vivê-lo, das conquistas realizadas na vida, permite o alicerçar de uma individualidade coerente e em paz consigo mesmo e com o mundo que o rodeia.

Tome a decisão e experimente fazer uma aula de yoga. Leve a mente aberta e recetiva ao que pode surgir. Só assim pode entender o yoga e se é uma prática a eleger, que possa contribuir para o seu conhecimento interior. Conhecer-se a si mesmo é um ato de coragem.

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