quinta-feira, 30 de abril de 2020

Pandemia por COVID-19: alimentação do doente com cancro

COVID

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No caso dos doentes com cancro, das suas famílias e dos seus cuidadores, a pandemia causada pela COVID-19 é vivida com bastante preocupação, na medida em que os doentes necessitam fazer tratamentos e exames, além de poderem ter necessidade de recorrerem às urgências, devido a efeitos secundários dos tratamentos ou a COVID-19complicações da doença.

Além disso, o sistema imunitário do doente com cancro pode estar afetado pela doença e pelo tratamento, o que traz mais motivos de preocupação, já que o coloca num grupo de risco de infeção, devendo ter cuidados acrescidos. Os doentes com linfomas, os mielomas múltiplos e com a maioria dos tipos de leucemia têm maior risco de infeções. Todavia, os doentes que passaram por uma cirurgia recente e aqueles que estão em tratamento (quimioterapia, radioterapia, terapias-alvo ou imunoterapia) podem também apresentar um risco mais elevado. Alguns fármacos prescritos após transplantes de medula também debilitam o sistema imunitário. Um mau estado nutricional, a existência de outros problemas de saúde e a toma de certos medicamentos não relacionados com o cancro propriamente dito podem, também, colocar o doente oncológico em maior risco de desenvolvimento de infeção.

No caso dos sobreviventes de cancro (sem tratamento ativo e apenas em vigilância), a função imunitária deve estar normal, devendo ter cuidados idênticos aos da população em geral.

Contudo, os cuidadores não devem ser esquecidos. Além de poderem ou não pertencer a grupos de risco (mais de 65 anos, com diabetes ou doença cardiovascular, com doença respiratória pré-existente ou sujeitos a terapêutica imunossupressora, como corticoides ou em hemodiálise), têm de se proteger a si próprios e proteger o doente de quem cuidam. Ter alguém de retaguarda que possa substituir o cuidador, caso este adoeça, é um aspeto importante mas, acima de tudo, é importante minimizar a hipótese de contaminação.

Tanto os doentes oncológicos como os cuidadores devem seguir as recomendações gerais divulgadas pela Direção-Geral de Saúde para redução do risco de contágio. Contudo, ainda surgem dúvidas relativas à alimentação durante esta fase pandémica.

Doente com cancro e COVID-19: compra de alimentos

A compra dos alimentos deve ser responsável e adequada a cada caso e, quando disponível, será preferível a opção por serviços de entrega ao domicílio.

Os alimentos a optar deverão ser aqueles com uma boa durabilidade, que vão de encontro com uma alimentação saudável (variada, equilibrada e completa) e que permitam diminuir a frequência de idas às compras. Para tal, é importante que as compras sejam planeadas, fazendo-se uma lista com base na disponibilidade de alimentos em casa, na capacidade de armazenamento no frigorífico e no congelador e no planeamento das refeições.

Durante a compra dos alimentos, o doente ou o cuidador deverão verificar e cumprir a lista elaborada, optando por alimentos que tenham um prazo de validade mais longo e por aqueles com maior valor nutricional. Quando se trata de frutas e hortícolas, é importante que a escolha incida sobre os mais frescos.

A atitude durante as compras também é importante. Assim, deve-se lavar as mãos antes e depois da ida às compras, evitar o manuseamento de alimentos além do necessário para os colocar no cesto ou carrinho, cumprir o distanciamento social, evitar tocar nos olhos, nariz e boca e usar máscara.

Doente com cancro e COVID-19: alimentação

Relativamente à alimentação, deve ser saudável, devendo a ingestão de água ser frequente e, no mínimo, de 8 copos por dia, garantindo uma boa hidratação.

Assim, a ingestão de fruta e hortícolas (crus ou cozinhados, em sopas e de outras formas) não pode ser esquecida. As leguminosas, como o grão, o feijão, as lentilhas e outros, são boas fontes de fibra e de outros nutrientes importantes, pelo que devem integrar a alimentação. Além destes e de acordo com as orientações de uma alimentação saudável, o doente ou o cuidador não deverão esquecer os outros grupos alimentares abrangidos pela Nova Roda dos Alimentos.

No caso dos doentes oncológicos, a escolha dos alimentos e a sua preparação deve ter em conta todos os aspetos clínicos/sintomáticos, pelo que a alimentação, muitas vezes, tem de ser ajustada. Em caso de alteração ou surgimento de sintomas com impacto na alimentação, é necessária a intervenção por parte de um Nutricionista que adeque essas alterações às necessidades nutricionais do doente.

Doente com cancro e COVID-19: higiene alimentar

À luz dos conhecimentos atuais e de acordo com a European Food Safety Authority, os alimentos não parecem ser uma fonte de transmissão ou uma via de transmissão do vírus. Apesar disso, é importante que as boas práticas de higiene sejam mantidas, sempre que se manusear, preparar e confecionar alimentos.

Assim, as mãos devem ser lavadas frequentemente, de acordo com os passos divulgados pela Direção-Geral da Saúde, com água e sabão, durante 20 segundos, principalmente:

– antes de depois de os alimentos serem manuseados

– antes e depois de comer e fumar

– depois de usar a casa de banho

– depois de mexer em lixo, produtos tóxicos e dinheiro.

Contudo, durante a preparação e confeção de alimentos e além da lavagem das mãos, existem cuidados que também merecem atenção, nomeadamente:

– para limpeza, optar por toalhetes de papel ou toalhas de utilização única

– antes e depois de preparar cada tipo de alimentos, lavar os utensílios, as tábuas/placas de corte e as bancadas com água quente e sabão

– usar utensílios e placas de corte diferentes para alimentos crus e alimentos cozinhados

– separar os alimentos crus dos já cozinhados ou prontos a consumir

– lavar os hortícolas com água corrente abundante

– evitar o consumo de alimentos de origem animal crus ou mal cozinhados

– conservar os alimentos já preparados ou cozinhados que não vão ser consumidos de imediato a temperatura inferior a 5ºC ou superior a 65ºC

– tapar os alimentos, protegendo-os da contaminação do ar, de insetos e de outros animais.

Doente com cancro e COVID-19: suplementos e “superalimentos”

De acordo com os conhecimentos científicos atuais, não existe nenhum alimento específico ou suplemento alimentar que possa prevenir ou ajudar no tratamento da COVID-19.

Contudo, sabe-se que é necessária uma alimentação saudável, para garantir o normal funcionamento do sistema imunitário, a qual fornece nutrientes que contribuem para dar energia (hidratos de carbono, lípidos e proteínas), vitaminas e minerais e água. Deste modo, há que garantir uma alimentação completa, ou seja, que inclua alimentos de todos os grupos, equilibrada nas porções de cada grupo e variada nas fontes alimentares de cada um.

Referências:Cancer Research UK. [acesso em 27 abr 2020]. Disponível em: https://ift.tt/1CcrJwD; American Cancer Society. [acesso em 27 abr 2020]. Disponível em: https://www.cancer.org/; Sociedade Portuguesa de Oncologia. [acesso em 27 abr 2020]. Disponível em: https://ift.tt/2SBWdeD; Direção-Geral da Saúde. COVID-19 Orientações na área da Alimentação. 2020 [acesso em 27 abr 2020]. Disponível em https://ift.tt/2Wg2y0h. Fontes de imagens: https://ift.tt/35tx1MB

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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Sementes de girassol: benefícios nutricionais das sementes e do óleo

As sementes de girassol são sementes oleaginosas e, nos últimos anos, ganharam importância na nossa alimentação. Sendo o fruto das flores do girassol, podem ter coloração preta, branca ou listada, mas as sementes que nos chegam ao prato são as brancas.

As sementes e o óleo de girassol são as formas mais utilizadas no consumo humano – uma advém da outra, pois o óleo de girassol é extraído das sementes pretas do girassol. E são estas, as utilizadas na extração do óleo, porque apresentam maior percentagem de gordura na sua constituição, de 38 a 50%.

O óleo de girassol é altamente recomendado na fritura: não deixa cheiro nem confere sabor aos alimentos. Do ponto de vista nutricional, a composição em ácidos gordos polinsaturados atinge valores que podem variar de 85 a 91% dos ácidos gordos totais, com destaque para o ácido linoleico, que não é sintetizado pelo organismo, mas importante na prevenção das doenças cardiovasculares.

A introdução das sementes de girassol na rotina alimentar leva a benefícios nutricionais diversos. Em 100 gramas destas sementes encontram-se 19 g de proteínas, 11 g de fibras alimentares, presentes na pele que é composta basicamente por celulose.
No que diz respeito às vitaminas e aos minerais, também em 100 gramas de sementes, há: 1155 mg de fósforo, 850 mg de potássio, 129 mg de magnésio e 79 µg de selénio. Das vitaminas destacam-se, a vitamina E (26 mg), a niacina ou vitamina B3(7 mg), a piridoxina ou vitamina B6(0,8 mg) e o folato (237 µg).

Com duas colheres de sopa de sementes de girassol, a dose diária recomendada, acede-se a uma boa capacidade antioxidante, resultante do conteúdo presente em compostos fenólicos: ácido clorogénico e o ácido cafeico.

Pelos benefícios nutricionais que pode obter com estas pequenas sementes, sugiro que as introduza em batidos, sumos de fruta, iogurtes naturais combinados com fruta fresca. Para quem quiser dar asas à criatividade na cozinha, são uma boa matéria-prima para adicionar no pão, na granola e muesli artesanais.

Referências: Smaniotto,T. et al. (2020).Physiological quality of sunflower seeds stored in different packaging. Research, Society and Development, v. 9, n. 6, e47963466; Alburqueque, T. et al. (2015). Sementes edíveis: composição em ácidos gordos e impacto na saúde. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Acedido em 18 de abril de 2020 no website do Repositório Aberto da Universidade do Porto: https://ift.tt/3cP4PWB. Aguiar, R. (2001). Avaliação de Girassol durante o armazenamento, para uso como semente ou para extração de óleo. Dissertação de Mestrado em Engenharia Agrícola, área de concentração, em tecnologia pós-colheita. Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas.; United States Department of Agriculture , Agricultural Research Service. (2018).  National Nutrient Database for Standard Reference. Acedido em 18 de abril de 2020 no website do United States Department of Agriculture , Agricultural Research Service :https://fdc.nal.usda.gov/fdc-app.html#/food-details/784463/nutrients; Créditos da imagem: Catarina Santos

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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Conheça mais alguns benefícios da atividade física

Numa altura que nos convida a refletir sobre as diversas áreas das nossas vidas, desafiamo-lo a conhecer o que a atividade física pode fazer pelo seu humor e pela sua memória.

neurocientista Wendy Suzuki na sua palestra do canal TED Talk, argumenta que a atividade física é a prática mais transformadora que podemos incluir na nossa rotina.

A prática de atividade física regular pode reduzir o risco de desenvolver diversas doenças neurológicas e proteger o cérebro dos efeitos do envelhecimento. Nesta palestra ficará a conhecer alguns resultados da pesquisa desta neurocientista, relativa às benéficas alterações que a atividade física provocará no nosso cérebro a curto e longo prazo.

A importância da atividade física regular é atualmente inquestionável, pela abrangência de benefícios que trará a quem a inclui na sua rotina. Considera-se atividade física, toda a atividade que induza um gasto energético acima do gasto energético de repouso, onde se incluem as tarefas domésticas, lavar o carro, passear o cão, entre outras. No fundo, qualquer atividade que contribua para a redução dos tempos sedentários.

Quanto ao exercício físico, isto é, movimentos executados de forma planeada com um objetivo definido, os benefícios parecem existir se a prática for mantida ao longo do tempo, mas também parecem haver benefícios cognitivos na prática mais pontual.

Tenha em mente que os maiores benefícios para a sua saúde serão colhidos quando se integram diariamente, a componente da atividade física/exercício físico, da alimentação, assim como de práticas que contribuam para uma boa saúde mental. E é por isso que, mesmo numa altura em que poderá parecer contraintuitivo falar de atividade física, por serem mais limitadas as opções para a sua prática, se deverá lembrar que há soluções para que se mantenha ativo mesmo a partir de casa.

Assista à palestra e conheça algumas atividades que podem passar a fazer parte do seu dia-a-dia, para que comece a construir a conta-poupança para o seu cérebro.

Referências:  Basso JC, Suzuki WA.The Effects of Acute Exercise on Mood, Cognition, Neurophysiology, and Neurochemical Pathways: A Review.Brain Plast. 2017 Mar 28;2(2):127-152.Crédito da imagem:https://brainfitnesschile.cl/por-que-olvidamos-las-cosas/

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terça-feira, 21 de abril de 2020

Prevenção do cancro durante a COVID-19: lidar melhor com a pandemia

São tempos incertos, estes da pandemia de COVID-19, e o mais importante é manter o foco no que sabemos e no que podemos controlar. Para continuar a fazer prevenção do cancro durante a COVID-19, direcione a atenção para estes 3 aspetos: a alimentação e como podemos gerir conscientemente as refeições, com escolhas saudáveis como as prioritárias; praticar medidas de higiene adequada e manter bons níveis de atividade física.

Na ida às compras lembre-se:

  • use toalhetes desinfetantes para limpar o carrinho ou cesto antes de começar a fazer compras. Ou leve o seu próprio saco trazendo apenas o essencial.
  • evite o contacto social: há horários especiais, em alguns supermercados, para idosos que correm maior risco de contrair o vírus.
  • pratique o distanciamento físico. Afaste-se e adote um perímetro de dois metros entre si e as outras pessoas.

E mantenha os bons hábitos alimentares: inclua variedade na rotina alimentar com vegetais, fruta, grãos integrais e leguminosas. Comendo diariamente e em modo equilíbrio, estes alimentos fornecem ao seu organismo as fibras, vitaminas, minerais e os fitoquímicos que contribuem para se manter saudável e prevenir o cancro.

A fruta e os legumes frescos são a maior parcela e fazem parte de uma dieta saudável. Os produtos congelados também são uma opção nutritiva e barata, com um prazo de validade mais longo. A fruta congelada é um boa opção para batidos ou para combinar com cereais integrais, para começar um dia nutritivo. Os legumes congelados, que são congelados rapidamente, mantem a qualidade nutricional dos alimentos; fazem boas sopas, ensopados ou guisados.

Mas, siga mais alguns conselhos. Por exemplo, fruta e legumes enlatados: escolha opções de enlatados em água sem adição de sal, já a fruta enlatada em sumo 100% natural e sem adição de açúcares. Vegetais enlatados e fruta são bons para adicionar em diferentes refeições, fornecendo fibras, vitaminas e minerais. Vejamos o exemplo da polpa de tomate em lata: contém diversos nutrientes essenciais, entre eles vitamina C e E, potássio e fibras, além dos fitoquímicos licopeno e beta-caroteno (provenientes de alimentos, não de suplementos!).

Na fruta e nos vegetais frescos, há alguns com vida útil mais longa como são os básicos: batata, alhos e cebolas, a couve, pimento, cenoura, courgete, couve-flor. Escolha também bananas, laranjas, maçãs. Lave bem com em água abundante e descasque.

Os verdadeiros cereais são os fornecedores de grãos integrais, as boas fontes de energia de absorção lenta. Escolha aveia, arroz integral, quinoa, massas integrais e pão feito de cereais de grãos integrais. Os cereais integrais são as opções saudáveis em comparação com os processados, pois fornecem mais fibras, mais nutrientes para aumentar a saciedade e grandes protetores ao reduzirem o risco de cancro do cólon e do reto.

Estes alimentos podem ser incluídos nas sopas, saladas, podem ser salteados e usar em outras receitas que queira confecionar. Na despensa, os cereais integrais têm uma vida útil longa.

As proteínas são indispensáveis em quantidades moderadas, as de origem animal complementadas com as de origem vegetal. Alimentos como feijão e as suas múltiplas variedades, as lentilhas, as nozes e as sementes, combinadas com carnes magras, peixes, ovos são sempre opções proteicas de alta qualidade. Também estão disponíveis feijões e outras leguminosas enlatados. Escolha nozes, caju ou amêndoas mas sem sal.

Uma higiene adequada e frequente é uma das maiores defesas contra todo o tipo de germes como vírus e bactérias. Lave as mãos com frequência. Esfregue-as pelo menos 20 segundos em água quente e sabão. Limpe as superfícies que usa com cuidado, mesas, bancadas, maçanetas das portas, teclados, ratos e comandos. Use produtos de limpeza antibacterianos para os limpar ou o tradicional sabão azul.

Terceiro aspeto que pode controlar: mantenha-se fisicamente ativo. São inúmeros os benefícios para a saúde, onde se inclui a redução do risco de vários tipos de cancro. Ande mais, sente-se menos. Procure fazer pelo menos 150 minutos por semana de atividade física moderada: suba e desça escadas, use a bicicleta estática que ainda tem na garagem ou use objetos domésticos comuns para proporcionar jogos ativos, brinque com as crianças ou com o cão.

Este é um momento difícil para todos, com muitas incertezas e desafios, por isso concentre-se em melhorar alguns hábitos de vida para preservar a sua saúde e fazer a prevenção do cancro durante a COVID-19.

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sexta-feira, 17 de abril de 2020

A prática do yoga no tratamento da depressão

Gregory Scott Brown é médico psiquiatra e publicou um estudo no Journal of Psychiatric Practice, recomendando a prática de yoga no tratamento da depressão, como uma terapia coadjuvante.

No estudo participaram trinta indivíduos, separados em dois grupos. O primeiro grupo recebeu uma prática guiada de três aulas de yoga de 90 minutos e quatro sessões individuais, em casa, por semana. O segundo grupo praticou, por semana, duas aulas de yoga de 90 minutos e três sessões individuais em casa. A duração do estudo foi de 12 semanas. Ambos os grupos apresentaram resultados promissores: aumento dos sentimentos de positividade, redução da ansiedade, melhoria do sono e diminuição dos sintomas depressivos.

Scott Brown pratica yoga desde a faculdade. No artigo publicado refere que todos os dias, no mínimo uma vez, foca a sua atenção na respiração, processo que lhe permite encontrar tempo para a quietude. Sobre a sua experiência como praticante de yoga, defende que o yoga vai muito para além da exigência física da sua prática, considerando que o yoga é sobretudo aprender a desvendar a ligação entre o corpo e a mente. A prática de yoga representa equilíbrio entre corpo e mente, que só é atingido quando o praticante percebe que o yoga vai muito para além da capacidade da realização de posturas complexas e de um eventual regozijo individual (ego). O yoga é a identificação com aquilo que se é, em plena aceitação de si e daquilo que pretende ser.

Os estudos sobre yoga e pranayama (as técnicas de respiração) indicam que esta prática pode ativar o sistema nervoso parassimpático, aumentar neurotransmissores inibitórios como o GABA, reduzir o cortisol salivar (um marcador de stress) e aumentar as ondas alfa do cérebro, produzindo estados de felicidade e relaxamento. Isto significa que a ciência apoia as diretrizes do yoga, ou seja, a sua prática potencia mudanças físicas positivas no corpo, mesmo ao nível neuro-químico.

O yoga como terapia suscita cada vez mais e maior interesse pela classe médica. Independentemente do estilo de yoga que se pratique, as bases da sua prática são sempre as mesmas: atenção à respiração, ao corpo e às alterações que se vão percebendo e que devem ser interpretadas não pelo ego, mas pela consciência de ser enquanto indivíduo. Todos os dias surgem novos estudos que “afirmam o yoga não apenas como terapêutico, mas como uma terapia na sua essência – um verdadeiro tratamento que oferece uma série de benefícios físicos e emocionais à saúde”, afirma Scott Brown.

Gregory Scott Brown diz ainda que, embora os mais críticos sugiram que esses estudos são apoiados num número muito pequeno de participantes, não permitindo uma amostragem que dite resultados conclusivos, de facto, existem formas de procurar e apoiar os benefícios do yoga. As evidências, necessárias para que qualquer tratamento se torne um padrão de validação, apoiadas em múltiplos estudos, sobre o mesmo tema e com pequenas amostragens, fornece esperança e uma importante opção para aqueles que sofrem de depressão, ou que lidam com pessoas com depressão.
À medida que se assiste a um crescente volume de pesquisas surge o renascimento do yoga como um “medicamento”, como algo cada vez mais consensual, garantindo o potencial da prática de yoga para catalisar a recuperação e a cura.

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terça-feira, 14 de abril de 2020

Pandemia de COVID-19 e doentes oncológicos: precauções especiais

As pessoas com diagnóstico de cancro e os que se encontram em tratamento oncológico podem estar em maior risco se contraírem o vírus COVID-19,  bem como doentes mais idosos e doentes com doenças crónicas graves, tais como doença pulmonar, diabetes e doença cardíaca.

As regras para evitar o contágio são as mesmas para doentes oncológicos e não oncológicos: lavar bem as mãos e frequentemente; evitar tocar no rosto e evitar o contacto próximo com pessoas doentes. No entanto, os doentes oncológicos que têm risco aumentado, há precauções especiais:

  1. Evitar todas as viagens que não sejam absolutamente essenciais, enquanto o surto COVID-19 durar.
    A ordem é “ficar em casa”: não sair de casa para reduzir ao máximo todos os contactos sociais. E se necessitar sair, devem ser viagens breves e manter um perímetro de distância de 2 metros com outras pessoas.
  2. Crie uma lista de contactos de familiares, vizinhos, amigos que possam fornecer assistência, no caso de necessitar.
  3. Para continuar ligado e próximo com as suas relações habituais, planeie horários para chamadas por videoconferência com quem habitualmente interagia mais. Os smartphones permitem usar diferentes plataformas: Facetime, Messenger, Zoom, What’s-up, Instagram, Google hangouts. Nunca usou? Experimente!
  4. Durante este período, se estiverem programados tratamentos oncológicos, contacte o seu oncologista e informe-se sobre os riscos e benefícios de continuar ou adiar os tratamentos. Se não tem nenhum tratamento agendado mas tem uma consulta marcada com o seu oncologista, verifique se pode realizar a consulta através do sistema de telemedicina.
    Com uma consulta de telemedicina, pode ficar em casa e receber aconselhamento médico ou de outro membro da sua equipa de saúde através de videoconferência ou por telefone e serão dadas as instruções para que a consulta possa acontecer.
  5. Os exames oncológicos de rotina, como as mamografias, colonoscopias, entre outros,  podem ser adiados ​​para reduzir o risco de exposição ao vírus, se o seu oncologista entender que é mais seguro para si. Nesta altura, também pode ser adiado o início de tratamentos de quimioterapia e radioterapia. No entanto, o seu oncologista só tomara decisões deste tipo, depois de avaliar os riscos e benefícios da sua situação clínica, baseadas no seu diagnóstico de cancro e nos objetivos dos tratamentos. Converse com seu médico ou equipa de suporte sobre os riscos e benefícios de atrasar esses procedimentos.

Devido à pandemia do COVID-19 e ao aumento do risco de exposição ao vírus, a maioria dos hospitais e clínicas alterou a políticas de visitas aos doentes. Atualmente, não estão a ser permitidas visitas. Por isso, é importante que pense sobre alguns aspetos relacionados com a sua assistência médica e como gostaria de ser tratado no futuro. Coloque tudo por escrito. Por outras palavras, é uma lista de vontades e, em Portugal, denomina-se por “diretiva antecipada de vontade” ou testamento vital. É um documento onde o cidadão pode inscrever os cuidados de saúde que pretende ou não receber. Permite também a nomeação de um procurador de cuidados de saúde.

Faça uma reflexão pessoal e tome como exemplos estas questões: quais são  meus objetivos, os mais importantes, se minha situação de saúde piorar?; Se não estiver capaz de falar por mim, quem é a pessoa que eu gostaria que falasse por mim?; E quem não deve estar envolvido nesse processo de tomada de decisões?; Se meu coração parar, eu quero fazer ressuscitação cardiopulmonar?

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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Surdez Súbita – um caso de urgência

A surdez súbita é uma perda repentina da audição, normalmente num ouvido, podendo, no entanto, ocorrer nos dois, em simultâneo. A maior parte das pessoas desconhece que a surdez súbita deve ser, sempre, considerada uma urgência médica.

Qualquer pessoa que a experiencie deve procurar imediatamente a ajuda de um médico otorrinolaringologista, recorrendo mesmo ao serviço de urgência. O erro mais comum é a relativização do problema, adiando a consulta, por se entender que a situação é reversível, “que logo passa”. Nada de mais errado!
É importante reter que se não houver intervenção nos dois dias após o início dos sintomas, as probabilidades de reversão começam a diminuir. O atraso no diagnóstico vai, com toda a certeza, reduzir a eficácia do respetivo tratamento.

A surdez súbita é primariamente diagnosticada a partir da história clínica do paciente e do resultado do exame auditivo, o audiograma. Se o teste auditivo mostrar uma perda de pelo menos 30 dB em três frequências seguidas, comparativamente à audição anterior, pode ser considerada surdez súbita. Podem ainda ser incluídos exames de sangue, testes de equilíbrio (Videonistagmografia ou Eletrococleografia para despiste da Doença de Ménière), ou ainda ressonância magnética.

A surdez súbita surge, muitas vezes, associada a tonturas e ainda mais vulgarmente a zumbido, ou ambos. Estas situações são as de pior prognóstico. Pode acontecer ao acordar; algumas pessoas apercebem-se quando tentam colocar o telefone num ouvido e não ouvem; outras, ainda, sentem como que um “estouro” no ouvido, imediatamente antes de deixarem de ouvir.

A maior parte das pessoas que recorre a tratamento médico otorrinolaringológico logo após a incidência, recupera na totalidade (ou quase) a sua audição. A recuperação será tanto pior quanto maior for a perda instalada, por adiamento da procura de ajuda. Se esta só ocorrer ao fim de uma ou duas semanas, o resultado poderá ser desolador, tornando-se uma situação irreversível.

Relativamente às causas, as explicações mais frequentes referem má vascularização do ouvido interno (insuficiência vascular, embolia ou trombose) ou infeção viral (mais comum o herpes simplex). Outras causas apontam para doenças infeciosas, meningite bacteriana, doenças autoimunes (ex.: síndrome de Cogan), doença de Ménière, doença de Lyme, ototoxicidade por fármacos (que danificam as células ciliadas do ouvido interno), distúrbios metabólicos como a diabetes, ou ainda distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla. Pode, ainda, ser de causa desconhecida. Esta situação ocorre com mais frequência em adultos entre os 40 e 50 anos, sendo ambos os sexos igualmente afetados.

O tratamento mais comum para a surdez súbita, em particular quando a causa é desconhecida, são os corticosteroides. No entanto, se se souber a causa, será mais fácil prescrever medicação específica, tendo em conta a etiologia, (antibiótico se for causado por uma infeção bacteriana ou direcionadas ao sistema imunológico, por exemplo). A evolução da situação auditiva deve ser monitorizada através de sucessivos audiogramas. Se a audição não se restabelecer, há que ponderar a sua reabilitação através de aparelhos auditivos ou mesmo implante coclear.

O mais importante é estarmos alerta para a ocorrência da surdez súbita, sabendo que é essencial que se procure ajuda médica com a maior brevidade possível.

Referência:Stachler RJ, Chandrasekhar SS, Archer SM, et al: Clinical practice guideline: Sudden hearing loss. Otolaryngol Head Neck Surg 146(3 Supl): S1–35, 2012. doi: 10.1177/0194599812436449.; Créditos da imagem: https://ift.tt/2y0tyIG

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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Dia Mundial da Atividade Física: mantenha-se ativo em 2020

No dia 6 de Abril assinala-se mais um Dia Mundial da Atividade Física. Atravessamos um período único, em que as circunstâncias nos obrigam a passar mais tempo do que o habitual em casa e por isso torna-se ainda mais importante não descurar a atividade física.

A atividade física inclui:
– exercício: uma atividade estruturada, repetitiva e planeada com o objetivo de melhorar ou manter determinados componentes da forma física.
– outras atividade de envolvam movimento corporal, tais como tarefas domésticas, atividades recreativas, deslocações, brincadeiras, etc.

São inúmeros os benefícios da prática de exercício, assim como da redução dos tempos sedentários, entre os quais se encontram: redução do risco de hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, cancro do cólon e da mama, depressão; redução do risco de queda; melhoria da saúde óssea; manutenção de um peso saudável.

Passar mais tempo em casa significa aumentar os tempos sedentários, no entanto é importante desenvolver estratégias para minimizar esta tendência. Deixamos algumas sugestões:

– Mesmo durante o estado de emergência que estamos a viver, são permitidas saídas curtas para pequenas corridas/caminhadas, preferencialmente sozinho e em zonas com pouca gente e perto de casa.
– Quando for necessário deslocar-se ao supermercado, se possível, desloque-se a pé e prefira as escadas em alternativa ao elevador.
– Jogos de computador de dança ou com desportos, que obriguem à realização de movimentos.
– Opte por falar ao telefone em pé.
– Se em sua casa, tem um espaço exterior, aproveite-o.
– Se tem uma bicicleta estática ou passadeira, dê-lhe uso.
– Dê um pezinho de dança.

– Se tem crianças em casa, atividades que os incluam também podem ser opções para pôr toda a família a mexer: salto à corda, jogo de ténis com balões, manter o balão no ar, caça ao tesouro, corrida de obstáculos com os objetos que tenha em casa, dança das cadeiras, jogo do lenço.

São ainda vários os profissionais e instituições da área do exercício que têm partilhado treinos através das redes sociais. Na altura de escolher qual o treino a seguir, tenha em conta a sua condição física e as atividades que fazem parte da sua rotina de exercício físico, inspire-se e aproveite.

Referências: https://www.who.int/dietphysicalactivity/pa/en/, acesso em [03/04/2020]. Crédito das imagens: crossfit.com

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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Trancadas em casa – as crianças fintam a COVID 19: dar voz à infância

Trancadas em casa – as crianças fintam a COVID-19 é o mais recente projeto do Instituto de Educação da Universidade do Minho para dar voz às crianças.

Enquanto aguardamos com grande expectativa sobre qual vai ser o nosso futuro próximo e o novo estilo de vida, investigadores da Universidade do Minho prepararam uma resposta interativa para que as crianças participem e sejam ouvidas.

Trancadas em casa é um projeto digital com a finalidade de acolher as vozes das crianças e divulgar as suas vivências e necessidades, o que pode ajudar a compreender o impacto da pandemia COVID-19 na infância. Mas, pretende também colaborar com as famílias e profissionais de educação na organização de estratégias que as respeitem na sua essência de sujeitos ativos de direitos e as ajudem nas suas aprendizagens e desenvolvimento.

Espreite o site e conheça todos os recursos, para ajudar as crianças a explorarem os diferentes espaços e como podem participar e contribuir.

Com este canal de comunicação, agora as crianças podem “trocar ideias, histórias, pensamentos ou risadas e aprender uns com os outros a ser mais corajosos, confiantes e generosos.” Enquanto estamos todos trancados em casa, podemos tornar os nossos dias menos solitários e mais engraçados.

Nós começamos por explorar o espaço “para me informar”. Depois seguimos para “A brincar aprendo a proteger-me” e escolhemos ir ver o que estava no “Apoio às famílias e à infância – coronavírus”.
Demos de caras com este vídeo bem educativo sobre “o primo da gripe”. Ora vejam. Vamos aprender todos juntos? Participem!

O conteúdo Trancadas em casa – as crianças fintam a COVID 19: dar voz à infância aparece primeiro em Stop Cancer Portugal.



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