terça-feira, 31 de outubro de 2017

Cancros da mama e próstata: plantas/suplementos aliviam afrontamentos?

Os afrontamentos e os suores noturnos são muito comuns em doentes e sobreviventes de cancro da mama e da próstata. No primeiro tipo de cancro, os afrontamentos podem ser causados pela menopausa química. No segundo, no cancro da próstata podem ser devidos a orquiectomia ou ao tratamento hormonal.

Concomitantemente, alguns fármacos também estão associados ao aparecimento de afrontamentos e de suores noturnos, como o tamoxifeno, os inibidores da aromatase, os opióides, os antidepressivos tricíclicos e os esteróides.

Compostos mais estudados no alívio dos afrontamentosAfrontamentos

Para tentar reduzir os afrontamentos, os doentes recorrem, muitas vezes, às plantas, através de tisanas, e a suplementos alimentares. No entanto, a atividade da maioria destas substâncias ainda não foi estudada no organismo, bem como, para a grande parte, não foram realizados ensaios clínicos rigorosos que permitam tirar conclusões com fundamentação científica. Os compostos mais estudados são: a soja, a Erva de São Cristóvão também conhecida por Acteia (Cimicifuga racemosa), a vitamina E e a linhaça.

No que diz respeito aos suplementos de soja têm sido objeto de interesse na redução dos sintomas de menopausa e de cancro da mama. Este interesse surgiu da associação entre uma dieta rica em soja e a redução de sintomas da menopausa ou de cancro da mama na Ásia.

A soja contém isoflavonas, flavonóides com uma estrutura semelhante aos estrogénios, podendo ter efeitos idênticos aos de estas hormonas. São, por isso, fitoestrogénios. Não existe consenso acerca da segurança das isoflavonas no cancro da mama. Em algumas células, parecem contribuir para o desenvolvimento e proliferação da doença, aumentando o risco de recorrência da doença. Noutras, parecem bloquear os efeitos estrogénicos, contribuindo para a morte dessas células cancerígenas.

Por outro lado, não há evidência do benefício e utilidade da soja na redução dos afrontamentos. A maioria dos estudos mostra que o efeito da soja não é melhor do que o efeito das substâncias de controlo, usadas como placebo, portanto sem efeito terapêutico.

Da mesma forma, os estudos randomizados controlados efetuados com a Erva de São Cristóvão/Acteia mostraram não haver efeito na redução dos afrontamentos e superior ao do placebo.

Quanto à vitamina E, existe evidência de apresentar uma ligeira melhoria no alívio dos afrontamentos, comparativamente à substância de controlo.

A linhaça é fonte de linhanos, um fitoestrogénio, tal como as isoflavonas. Na sequência de dados preliminares acerca de um possível efeito benéfico da linhaça nos afrontamentos, foi efetuado um estudo piloto com 30 mulheres para avaliar o efeito de 40 gramas desta semente na diminuição dos afrontamentos. Este trabalho mostrou uma redução em 57% na intensidade deste sintoma e de 50% na frequência dos mesmos. Todavia, um ensaio randomizado que envolveu 188 mulheres não mostrou qualquer benefício da linhaça (dose correspondente a 410 mg de linhanos), comparativamente ao placebo.

Afrontamentos e a sua relação com outros compostos

Outras plantas e produtos naturais são comercializados com a indicação de serem úteis no alívio dos afrontamentos. Alguns destes produtos são fitoestrogénios e alguns têm propriedades desconhecidas. Como exemplos, têm-se a dong quai (angélica-chinesa), o cardo mariano, o trevo vermelho, o alcaçuz ou regaliz e o Vitex agnus-castus. O conhecimento acerca destas plantas é ainda insuficiente, pelo que se desconhece se a sua toma pode ou não influenciar o risco de recorrência de cancro da mama, tanto de uma forma positiva como negativa.

Alguns dados científicos sugerem que estas plantas têm efeitos diferentes, dependentes da dose usada e do estado hormonal das mulheres, aquando a toma. Muito pouco se sabe acerca destas plantas/produtos, pelo que deve ser tida atenção ao seu consumo.

Referências: Barton DL et al. Prospective evaluation of vitamin E for hot flashes in breast cancer survivors. J Clin Oncol. 1998; 16 (2): 495-500. Carpenter JS et al. Hot flashes in postmenopausal women treated for breast carcinoma: prevalence, severity, correlates, management, and relation to quality of life. Cancer. 1998; 82 (9): 1682-91. Lau CB et al. Use of dong quai (Angelica sinensis) to treat peri- or postmenopausal symptoms in women with breast cancer: is it appropriate? Menopause. 2005; 12 (6): 734-40. Lethaby AE et al. Phytoestrogens for vasomotor menopausal symptoms. Cochrane Database Syst Rev (4): CD001395, 2007. Liu J et al. Evaluation of estrogenic activity of plant extracts for the potential treatment of menopausal symptoms. J Agric Food Chem. 2001; 49 (5): 2472-9. Newton KM et al. Treatment of vasomotor symptoms of menopause with black cohosh, multibotanicals, soy, hormone therapy, or placebo: a randomized trial. Ann Intern Med. 2006; 145 (12): 869-79. Pockaj BA et al. Phase III double-blind, randomized, placebo-controlled crossover trial of black cohosh in the management of hot flashes: NCCTG Trial N01CC1. J Clin Oncol. 2006; 24 (18): 2836-41. Pruthi S et al. Pilot evaluation of flaxseed for the management of hot flashes. J Soc Integr Oncol. 2007; 5 (3): 106-12. Pruthi S et al. A phase III, randomized, placebo-controlled, double-blind trial of flaxseed for the treatment of hot flashes: North Central Cancer Treatment Group N08C7. Menopause. 2012; 19 (1): 48-53. Tamir S et al. Estrogenic and antiproliferative properties of glabridin from licorice in human breast cancer cells. Cancer Res. 2000; 60 (20): 5704-9. Fonte de imagens: http://ift.tt/2yZZATS; http://ift.tt/2gYk8VK

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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Como é que o yoga pode ajudar a aliviar a dor ciática

Quando a razão da dor ciática é uma hérnia de disco vertebral ou o abaulamento discal, a prática de poses simples e específicas de yoga para determinadas regiões do corpo, poderá permitir o alinhamento, alongamento e fortalecimento da zona inferior das costas.

O estiramento dos isquiotibiais tem um papel relevante no alívio da dor ciática. Ao contrário, o encurtamento dos isquiotibiais provoca um aumento da pressão sobre a zona lombar da coluna e, muitas vezes agrava algumas das condições que levam à dor lombar e/ou dor ciática.

A pressão sobre o nervo ciático também pode ser causada pelo encurtamento do músculo piramidal. Isso é quase sempre devido a meses ou anos de desequilíbrios musculares nos músculos rotadores da anca.

Se houver encurtamento do músculo piriforme, um músculo usado em quase todos os movimentos da anca e pernas, também se pode assistir ao aparecimento da dor do nervo ciático.

O yoga é uma ferramenta fundamental para a execução de exercícios de alongamento e de rotação da anca de forma a alongar os músculos da zona lombar e da zona pélvica. O yoga é considerado um caminho terapêutico, e deve ser realizado proporcionando uma execução fácil e sem exageros por parte do aluno. Não exagere.

O yoga garante o fortalecimento e o alongamento, componentes de um bom programa de tratamento de dor ciática. O objetivo da aula de yoga é restaurar o movimento da coluna vertebral, melhorando a sua função, enquanto diminui a dor e a inflamação.

Dependendo da causa da dor ciática, a aula de yoga pode criar condições para que a coluna vertebral adote uma postura correta, melhorando progressivamente a curvatura natural da coluna vertebral. Este reajustamento da coluna vertebral, contribui para que todo o corpo funcione de forma mais harmoniosa, criando equilíbrio de todas as funções motoras do corpo.

Referencias: Manual Curso de Professores de Hatha Yoga Ed. Vidya-Academia de Yoga do Porto, 2010. “El libro del yoga”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001; “Yoga y Medicina”, Dr. Timothy McCall, Paidotribo; 1º edição (January 1, 2009); “Yoga e Medicina” Créditos da imagem: http://ift.tt/2yPwC8y!; Imagem de Natalie Collins

 

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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Alcaçuz, uma raiz-doce

O alcaçuz é uma planta naturalmente doce, ideal para este tempo meio verão meio outono, em que ora estamos cheios de vitalidade ora estamos com o pingo no nariz e a dor de garganta.

Planta da família Fabaceae, o seu nome botânico é Glycyrrhiza glabra. O alcaçuz pode crescer até um metro de altura, com folhas em forma de pena, flores de uma cor púrpura ou de um azul pálido. As raízes são estoloníferas, quer dizer que apresentam caules aéreos finos que crescem horizontalmente originando novas plantas.

Com raízes ricas em glicirrizina, este composto confere o sabor adocicado ao alcaçuz e que é o responsável pela atividade hepatoprotetora, pela ação nos problemas gástricos e renais. O alcaçuz é rico em flavonóides que emitem uma atividade antiexpetorante, no alívio da tosse, além de outras atividades, como a anticancerígena e a anti-inflamatória.

Veja como é simples cultivar alcaçuz na sua mini horta de um metro quadrado ou se preferir em vasos:

  1. Instale por sementeira direta: adquira as sementes em qualquer loja de produtos agrícolas, ou faça mesmo uma compra online
  2. Coloque as sementes a uma profundidade de 3 cm, a uma distância de 30 a 40 cm entre plantas. No metro quadrado pode colocar 4 sementes, ou uma semente por vaso.
  3. A planta necessita de um solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, contudo é uma planta que se adapta a qualquer tipo de solo, desde que esteja minimamente preparado. Em dias mais frios deve recorrer às técnicas de proteção das plantas. Consulte o que pode fazer aqui. Relativamente à rega, esta deve ser feita diariamente, se justificar, isto porque a planta necessita de água moderadamente.
  4. A parte da planta que se utiliza é a raiz, normalmente deve ser colhida 2 a 3 anos após plantio.

A raiz doce do alcaçuz pode ser utilizada de diversas formas: numa infusão, mastigando a sua raiz, como adoçante na confeção de alguns doces.

Neste outono, comece por plantar o alcaçuz para aproveitar os seus benefícios doces.

Referências: Clevely Andy, Katherine Richmond. Manual completo de Plantas e Ervas Medicinais. Lisboa: Editorial Estampa; Devesh Tewari et al. Ethnopharmacological Approaches for Therapy of Jaundice: Part II. Highly Used Plant Species from Acanthaceae, Euphorbiaceae, Asteraceae, Combretaceae, and Fabaceae Families. Front Pharmacol. 2017. published online 2017 Aug 10. doi:  10.3389/fphar.2017.00519

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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Dia Mundial da Alimentação 2017: investir no futuro

Mudar o futuro da migração. Investir na segurança alimentar e no desenvolvimento rural” é o tema proposto para o dia mundial da alimentação de 2017. O assunto serve de inspiração para que possamos seguir o rumo de um futuro sustentável.

Dia Mundial da Alimentação 2017, rumo a um futuro sustentável

O objetivo mundial de alcançar a Fome Zero em 2030 não pode ser atingido sem a interligação do campo da segurança alimentar, do desenvolvimento rural e da migração.

Durante a Cimeira das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável 2015 em Nova Iorque, 193 países comprometeram-se a acabar com a pobreza e a fome, proteger o planeta e assegurar a prosperidade para todos. Um ano depois, as Nações Unidas realizaram uma Cimeira sobre Refugiados e Migrantes. Todos os participantes decidiram trabalhar num Pacto Mundial para uma migração segura, ordenada e regular, a ser adotado em 2018. O Pacto Mundial sobre a Migração tem o objetivo de abordar todas as dimensões da migração internacional, inclusive as humanitárias, de desenvolvimento e as relacionadas com os direitos humanos.

“O mundo está em constante movimento. Atualmente devido ao aumento de conflitos e instabilidade política, mais do que em qualquer momento, mais pessoas foram forçadas a fugir das suas casas desde a Segunda Guerra Mundial. No entanto, a fome, a pobreza e um aumento de eventos climáticos extremos, devido às mudanças climáticas, são outros fatores importantes que contribuem para o desafio de migração. Os grandes movimentos de população apresentam desafios complexos que requerem uma ação global. Muitos migrantes chegam a países em vias de desenvolvimento, onde os recursos já são escassos, criando tensões. Os indicadores da ONU mostram que há, aproximadamente 244 milhões de migrantes internacionais, enquanto 763 milhões migram dentro de seus próprios países. Se os 244 milhões constituíssem uma nação, estaria mais povoada do que o Brasil e seria um pouco menor que a Indonésia. Há 65 milhões de migrantes forçados, dos quais 21,3 milhões são refugiados, 40,8 milhões são pessoas deslocadas internamente e 3,2 milhões são solicitantes de asilo. Três quartos das pessoas em situação de extrema pobreza suportam a sua subsistência na agricultura e outras atividades rurais.

Ao investir no desenvolvimento rural, a comunidade internacional também pode aproveitar o potencial de migração para apoiar o desenvolvimento e aumentar a resiliência das comunidades de acolhimento e deslocados, lançando assim as bases para a recuperação a longo prazo com um crescimento inclusivo e sustentável. O trabalho da FAO tem por objetivo abordar as causas profundas da migração devido a situações de dificuldade, melhorando as condições, criando oportunidades alternativas de subsistência nos países de origem e aproveitando o potencial de desenvolvimento da migração para os países de origem e destino.

Dia Mundial da alimentação 2017, a migração e os objetivos de desenvolvimento sustentável

A migração passou a ocupar um lugar preponderante nos debates internacionais sobre o desenvolvimento social e económico. Mas a migração faz parte do comportamento humano há séculos. O que mudou? A melhoria do transporte e das comunicações facilitou a que muitas pessoas saíssem das suas cidades e dos seus países. Mas, para outros, a migração continua a ser uma atividade custosa, árdua fisicamente e às vezes mortal. Em 2015, mais de 65 milhões de pessoas foram deslocadas à força em consequência de conflitos e perseguição e mais de 19 milhões de pessoas foram deslocadas internamente devido a desastres naturais. Entre 2008 e 2015, uma média de 26 milhões de pessoas deslocaram-se, em cada ano, devido a desastres climáticos ou relacionados com eventos meteorológicos extremos.

Se for gerida de maneira humana e ordenada, a migração pode contribuir para o crescimento económico, tanto nos países de destino como nos de origem. Os migrantes podem proporcionar novas fontes de mão-de-obra nos seus países ou nas regiões de destino.

O Dia Mundial da Alimentação 2017 representa uma importante oportunidade para difundir esta mensagem: podemos acabar com a fome e tornarmo-nos na Geração Fome Zero, mas é necessário que todos trabalhemos juntos para alcançar este objetivo.

O vídeo promocional da FAO sobre a temática deste ano reforça a ideia de que a migração devia ser uma escolha.


Fonte da informação: Adaptação do texto acedido em http://ift.tt/2yq1ev8 imagem:WFD2017_Brochure_PT_Website.pdf

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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Dia Mundial da Obesidade 2017: atuar agora para tratar e prevenir

A obesidade é agora mais comum do que a subnutrição. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para cerca de 2 bilhões de adultos com excesso de peso. Desses, 670 milhões são considerados obesos (IMC ≥ 30 kg/m²) e 98 milhões têm obesidade severa (IMC ≥ 35 kg/m²). Se as tendências atuais continuarem, será a maior epidemia de sempre na história da humanidade: 2.7 bilhões de adultos terão excesso de peso, mais de 1 bilhão afetados pela obesidade e 177 milhões de adultos gravemente afetados pela obesidade até 2025.

Também as crianças em idade escolar estão acima do peso, cerca de 224 milhões de crianças, tornando esta geração a primeira a ter uma vida útil mais curta do que os seus pais.

Tratar a obesidade agora e evitar as consequências mais tarde

Investir na prevenção, gestão e tratamento da obesidade é uma ação económica para governos e serviços de saúde. O investimento nesta área pode ajudar a atingir os objetivos de 2025 estabelecidos pela OMS para travar o aumento e alcançar uma redução relativa de 25% na mortalidade por doenças não transmissíveis.

1º Atuar agora: investir em serviços de tratamento da obesidade e apoiar as pessoas obesas.

Para enfrentar a obesidade, é vital que todos os que procuram tratamento tenham acesso aos melhores serviços disponíveis. Os serviços de tratamento em todo o mundo devem ser fortalecidos. Isso exigirá:

  • reconhecer que a obesidade é uma doença, para a qual é necessária suporte profissional adequado
  • acesso universal, cobertura do seguro de saúde para tratamentos relacionados com a obesidade
  • cuidados de saúde facilitados para pessoas afetadas pela obesidade
  • equipas multidisciplinares para apoiar o tratamento da obesidade
  • acesso a produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, apropriados às necessidades individuais
  • serviços abrangentes de acompanhamento.

2º Atuar agora: investir na intervenção precoce para melhorar o sucesso do tratamento.

Todos os que procuram apoio para o controlo do peso devem ter acesso a intervenções antecipadas. Intervenção precoce significa investir em:

  • diretrizes nacionais para o atendimento das pessoas afetadas pelo excesso de peso e pela obesidade, particularmente as populações vulneráveis
  • consulta de cuidados de saúde primários livremente disponíveis
  • profissionais de saúde treinados para evitar o aumento de peso
  • serviços para gestão do peso em grupo e individualmente
  • suporte pessoal, familiar, escolar e no local de trabalho
  • acesso universal a serviços de assistência contínua para apoiar as pessoas com obesidade.

3º Atuar agora: investir na prevenção para reduzir a necessidade de tratamento.

Prevenir o aumento de peso é essencial para atingir os objetivos de 2025 propostos pela OMS e também são importantes para garantir que o tratamento da obesidade seja efetivo. Na prevenção da obesidade é necessário incluir:

  • educação para garantir suporte para a criação de ambientes saudáveis
  • melhorar a oferta de alimentos locais para garantir um acesso fácil a alimentos saudáveis ​​acessíveis
  • mais locais que apoiem o lazer e a mobilidade ativa (a pé, de bicicleta, skate, trotinete)
  • intervenção do mercado alimentar para apoiar e melhorar as escolhas alimentares
  • promoção da saúde ao longo da vida para proteger a saúde das gerações atuais e futuras.

As proporções pandémicas da obesidade que se avizinham, têm consequências conhecidas que irão impor encargos sanitários, financeiros e sociais sem precedentes sobre a sociedade global, a menos que ações efetivas sejam tomadas para reverter a tendência.

Fonte da informação: http://ift.tt/2xyqddP das imagens: Illustration of Steve Cutts accessed at http://ift.tt/2yfJtQJ

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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O contributo da nanotecnologia no diagnóstico precoce do cancro

O diagnóstico precoce do cancro é um fator crítico para o sucesso terapêutico do mesmo. Melhoram as opções de tratamento, reduz-se o impacto emocional e os encargos financeiros, aumenta-se as hipóteses de cura ou de sobrevivência. É o melhor cenário depois de um diagnóstico de cancro.

Atualmente os métodos disponíveis de diagnóstico precoce são invasivos, dispendiosos, podem ser imprecisos ou lentos nos resultados. Também há certos tipos de cancro (ovários, fígado e pâncreas), para os quais não estão disponíveis rastreio precoces, deixando os pacientes á mercê de algum sintoma que surga e indique a presença de cancro. Mas neste caso, o diagnóstico do cancro será em estadios mais avançados, diminuindo as hipóteses de sobrevivência.

Joshua Smith é engenheiro na IBM. A sua investigação está centrada na aplicação da nanotecnologia no diagnóstico precoce do cancro. Nos últimos anos, desenvolve um “alarme do cancro”, um sistema de deteção e alerta precoce com biomarcadores denominados exossomas.

Os exossomas são microvesículas biológicas extracelulares, secretados por quase todos os tipos de células, desde células epiteliais até às células tumorais.

Os exossomas existem na maioria dos fluídos corporais humanos. São encontrados na saliva, urina, sangue, plasma, leite materno, lágrimas, sémen, entre outros. A presença dos exossomas pode indicar um papel importante tanto em condições celulares normais como patológicas. Com dimensões nanométricas entre 30 e 100 nm, têm a capacidade de transferir material e informação entre células, ao nível local ou mesmo sistémico. Os exossomas assumem uma função fundamental na homeostasia do organismo: mediar a comunicação intercelular.

O diagnóstico precoce do cancro é fundamental para a sobrevivência. A nanotecnologia pode contribuir no desenvolvimento de tecnologias que permitam ajudar os médicos com diagnósticos rápidos nos primeiros estadios de cancro.

A investigação de Joshua Smith estuda novos métodos mais convenientes por serem mais económicos, não invasivos, mais rápidos nos resultados, permitindo o acesso a rastros regulares e a funcionar como um alarme.

Veja a explicação completa do Eng. Joshua Smith no TED Institute. Legendas disponíveis em português.

Referências: Camoesas, M. M. G. M. (2016). Exossomas: uma nova abordagem terapêutica (Master’s dissertation).; Creditos da imagem:http://ift.tt/2wCpB7v

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Ritmo circadiano: respeite os horários do seu relógio biológico

Chama-se núcleo supraquismático e é o seu relógio interno central. Comanda o ritmo circadiano, cuidadosamente calibrado para lidar com 12 horas de luz solar e 12 horas de escuridão, o ritmo natural da nossa espécie.

É uma pequena estrutura cerebral, com cerca de 50 mil células, alojada dentro do hipotálamo e adapta a nossa fisiologia às diferentes fases do dia.

O relógio biológico determina quando nos devemos sentir cansados, quando devemos estar em alerta, quando devemos ter fome. Também define tarefas noturnas de limpeza celular e de reparação do ADN.

Milhões de indivíduos em todo o mundo não obtém um sono regenerador para uma função metabólica saudável. O sono de má qualidade, o sono em atraso ou outras perturbações do sono comprometem diferentes aspetos da fisiologia complexa imprescindíveis para a regeneração do corpo humano.

Há evidências científicas, em modelos animais e humanos, robustas a sugerir que a desregulação do relógio biológico e o descontrolo do ritmo circadiano contribuem para o ganho de peso, para a obesidade e para uma saúde metabólica prejudicial.

Estão, agora, desvendados os mecanismos moleculares que controlam o relógio biológico interno e os ritmos circadianos por três americanos, Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young, a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina 2017.
“O sono é vital para a função cerebral normal e a disfunção circadiana tem sido associada a perturbações do sono como a depressão, o transtorno bipolar, a função cognitiva, a formação de memória e algumas doenças neurológicas. Em casos raros, os distúrbios da fase do sono são devidos a mutações nos genes do relógio circadiano resultando em ciclos de sono-vigília avançados ou atrasados. Estudos indicaram que a desregulação crónica entre o nosso estilo de vida e o ritmo ditado pelo nosso relógio circadiano endógeno pode estar associado ao risco aumentado de várias doenças, incluindo o cancro, as doenças neurodegenerativas, os distúrbios metabólicos e a inflamação.”, adianta o documento publicado pelo comité do Nobel do Instituto Karolinska. Estas descobertas têm implicações profundas no nosso bem-estar e na vida quotidiana.

Está na hora de acertar o seu relógio biológico!

Referências: McHill, A. W., & Wright, K. P. (2017). Role of sleep and circadian disruption on energy expenditure and in metabolic predisposition to human obesity and metabolic disease. Obesity Reviews18(S1), 15-24.; Sachdeva, U. M., & Thompson, C. B. (2008). Diurnal rhythms of autophagy: implications for cell biology and human disease. Autophagy4(5), 581-589.; “The 2017 Nobel Prize in Physiology or Medicine – Advanced Information: Discoveries of Molecular Mechanisms Controlling the Circadian Rhythm “. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 3 Oct 2017. Créditos da imagem: Nobel Committee

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