terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Linhaça e cancro da mama

linhaca

linhaca

A linhaça é a semente do linho e é rica em vários nutrientes, como as fibras (1 colher de sopa tem cerca de 8 g de fibras), os ácidos gordos ómega-3 e os lignanos. Estes últimos são um tipo de fitoestrogénios, ou seja, são compostos vegetais similares aos estrogénios. Por este motivo, o consumo de lignanos e, logo, de linhaça por mulheres com cancro da mama com recetores estrogénio positivos (ER+) e com cancro do endométrio, bem como em homens com cancro da próstata, tem levado a alguma controvérsia.

Linhaça e desenvolvimento do cancro

Devido à “parecença” referida, os lignanos presentes na linhaça podem alterar o metabolismo dos estrogénios. Após a menopausa, influenciam a produção dos mesmos, levando a que o organismo sintetize formas menos ativas de estrogénio, o que parece reduzir o risco de cancro da mama. Vários estudos em mulheres têm confirmado esta hipótese, mostrando que a inclusão de lignanos na alimentação está associada a uma diminuição do risco da doença.

Alguns estudos também têm mostrado que a ingestão de ómega-3, outro componente da linhaça, está associada a uma redução do risco de cancro da mama.

Para além do referido, os lignanos da dieta parecem estar relacionados com tumores menos agressivos, em mulheres diagnosticadas com cancro da mama. Assim, mulheres que já os incluíam antes do diagnóstico parecem apresentar tumores com características associadas a menor agressividade.

Quando a doença já está instalada, adicionar linhaça à dieta pode diminuir o crescimento das células cancerígenas, através do aumento da apoptose e da inibição da metastização. Para este efeito, podem contribuir os ómega-3 (ácido alfa-linolénico) e os lignanos.

Estudos em animais mostraram que o ácido gordo ómega-3 alfa-linolénico pode diminuir o crescimento, o tamanho e a proliferação das células cancerígenas, aumentando, por outro lado, a apoptose.

Vários estudos com mulheres com cancro da mama concluíram que a linhaça parece reduzir o crescimento tumoral, principalmente em mulheres pós-menopausa.

Também em células cancerígenas com recetores estrogénio negativos (ER-), os lignanos podem diminuir o crescimento e disseminação do cancro da mama. Este facto sugere que a linhaça pode ter benefícios anti-cancerígenos para além dos relacionados com o efeito nos estrogénios ou no metabolismo dos mesmos.

Linhaça e tratamento para o cancro da mama

No tratamento do cancro da mama, o tamoxifeno é prescrito com frequência a mulheres com ER+.
A maioria dos estudos concluíram que a linhaça mantém ou aumenta a eficácia do tamoxifeno na diminuição do crescimento do tumor, na proliferação das células cancerígenas e no aumento da apoptose. Apesar de ainda não haver evidência científica suficiente que confirme esta associação entre linhaça e tamoxifeno, a adição da linhaça à dieta parece ser promissora.

Linhaça: que quantidade e como consumir?

Embora pareça haver benefícios no consumo de linhaça (pela sua riqueza em lignanos), são necessários mais estudos, especialmente, ensaios clínicos. Até lá, recomenda-se que a ingestão deva ser feita apenas através da alimentação e não de suplementação, numa quantidade de até 2-3 colheres de sopa por dia.

Quanto à forma de consumo, no mercado a linhaça pode ser encontrada inteira, em flocos, em farinha, triturada e em óleo, todas elas com benefícios para a saúde. Contudo, triturar ou moer a linhaça pode aumentar a absorção dos lignanos de 28 a 43 %. Em relação ao ácido alfa-linolénico, a forma inteira da linhaça disponibiliza menor quantidade que o óleo ou qualquer forma em que a semente tenha sido reduzida.

Referências: Adlercreutz H et al. Determination of urinary lignans and phytoestrogens metabolites, potential antiestrogens and anticarcinogens, in urine of women on various habitual diets. J Steroid Biochem 1986;25:791-7; Calado A et al. The effect of flaxseed in breast cancer: a literature review. Font Nutr. 2018; 5: 4; Chen J et al. Dietary flaxseed inhibits human breast cancer growth and metastatis and downregulates expression of insulin-like growth factor and epidermal growth factor receptor. Nutr Cancer 2002;43:187-92; Chen J et al.. Flaxseed and its components reduce metastasis after surgical excision of solid human breast tumor in nude mice. Cancer Lett 2006;234:168-75; Chen J et al. Dietary flaxseed enhances the inhibitory effect of tamoxifen on the growth of estrogen-dependent human breast cancer (mcf-7) in nude mice. Clin Cancer Res 2004;10:7703-11; Chen J et al. Dietary flaxseed interaction with tamoxifen induced tumor regression in athymic mice with MCF-7 xenografts by downregulating the expression of estrogen related gene products and signal transduction pathways. Nutr Cancer 2007. 58:162-70; Chen J et al. Flaxseed alone or in combination with tamoxifen inhibits MCF-7 breast tumor growth in ovariectomized athymic mice with high circulating levels of estrogen. Exp Biol Med (Maywood) 2007;232:1071-80; Kuijsten, et al. The relative bioavailability of enterolignans in humans is enhanced by milling and crushing of flaxseed. J Nutr. 2005;135(12):2812-2816; Lee J & Cho K. Flaxseed sprouts induce apoptosis and inhibit growth in MCF-7 and MDA-MB-231 human breast cancer cells. In Vitro Cell Dev Biol Anim 2012;48(4):244-50; McCann SE et al. Dietary intakes of total and specific lignans are associated with clinical breast tumor characteristics. J Nutr 2012;142(1):91-8.23; McCann SE et al. Dietary lignan intakes in relation to survival among women with breast cancer: the Western New York Exposures and Breast Cancer (WEB) Study. Breast Cancer Res Treat 2010;122(1):229-35; Patisaul HB & Jefferson W. The pros and cons of phytoestrogens. Front Neuroendocrinol. 2010;31(4):400-419; Serriano M & Thompson LU. The effect of flaxseed supplementation on the initiation and promotional stages of mammary tumorgenesis. Nutr Cancer1992;17:153-9; Serriano M & Thompson LU. The effect of flaxseed supplementation on early risk markers for mammary carcinogenesis. Cancer Lett 1991;60:135-42; Sung MK et al. Mammalian lignans inhibit the growth of estrogen-independent human colon tumor cells. Anticancer Res 1998;18:1405-8; Thompson LU et al. Dietary flaxseed alters tumor biological markers in postmenopausal breast cancer. Clin Cancer Res 2005;11:3828-35; Thompson LU et al. Variability in anticancer lignan levels in flaxseed. Nutr Cancer 1997;27:26-30; Wang L et al. The inhibitory effect of flaxseed on the growth and metastasis of estrogen receptor negative human breast cancer xenografts is attributed to both its lignans and oil components. Int J Cancer 2005;116:793-8. Fontes de imagens: https://ift.tt/2ZZIdAf; https://ift.tt/2QcKx0N

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Os 10 artigos mais lidos em 2019 no Stop Cancer Portugal

Em poucos dias voltamos a iniciar um novo ciclo, o ano de 2020, e nesta altura divulgamos, habitualmente, a lista dos 10 artigos mais lidos em 2019 no Stop Cancer Portugal, através do Google.

Consulte os conteúdos que publicamos ao longo de 2019,  sobre temas diversos relacionados com a prevenção do cancro, a promoção da saúde e bem-estar.

  1. Dieta cetogénica e cancro: o que diz a ciência?
    Têm surgido vários estudos que sugerem que a dieta cetógenica pode trazer potenciais benefícios no cancro. O que diz a ciência, atualmente?
  2. Antioxidantes – os efeitos dos suplementos no cancro
    Os doentes oncológicos devem obter todos os nutrientes a partir dos alimentos. Não é aconselhado o uso de antioxidantes através de suplementos alimentares.
  3. A aveia e a espelta: úteis desde o pequeno almoço até à ceia
    A aveia e a espelta fazem parte do grupo alimentar “cereais, derivados e tubérculos”. Saiba como as pode utilizar desde o pequeno almoço até à ceia.
  4. Leguminosas, cereais, frutos secos e oleaginosos: uma boa escolha diária
    Saber comer é escolher bem, dia após dia. Dê oportunidade aos alimentos nutricionalmente ricos. Alimente a sua vida, não alimente doenças.
  5. Cancro da mama recetores de estrogénio positivos: leucina e tamoxifeno
    Há uma relação entre a leucina e o desenvolvimento de resistência ao tamoxifeno, no cancro da mama com recetores de estrogénio positivos. Informe-se.
  6. A cevada e o centeio: grãos diferentes, benefícios semelhantes
    Introduzir variedade na alimentação é um dos princípios básicos da alimentação saudável. Use mais a cevada e o centeio para preparar refeições completas.
  7. Cancro da próstata: efeitos terapêuticos da curcumina e do alho
    Os efeitos de algumas substâncias presentes em alimentos como a curcumina e o alho têm sido estudados no cancro da próstata. Informe-se.
  8. Somos os micróbios que nos habitam: um video educativo
    Jessica Green defende que todas as pessoas devem saber o que fazem estes micróbios que nos habitam. Assista à sua aula animada na TED-Ed.
  9. Uma dieta vegetariana equilibrada é possível?
    Geralmente na dieta vegetariana exclui-se a ingestão de carne e peixe. Pode uma dieta vegetariana suprimir todas as necessidades nutricionais?
  10. 4 Estações 1000 Combinações: enriquecer e simplificar a alimentação
     O livro “4 Estações 1000 Combinações” promove alguma fruta e vegetais de cada estação, para que faça uma alimentação saudável.

Se pretender ler mais sobre as diferentes áreas na promoção da saúde, aceda a todos artigos publicados por diferentes colaboradores. Pode pesquisar por temas, por palavras ou navegar por categorias.

Partilhe os 10 artigos mais lidos em 2019, informação útil para adotar uma vida ativa e saudável.

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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Boas Festas da equipa do Stop Cancer Portugal

A equipa Stop Cancer Portugal deseja a todos os seus leitores e seguidores Boas Festas.
F
eliz Natal e um próspero Ano 2020.

Agradecemos as suas partilhas, gostos e comentários, as sugestões e opiniões que recebemos através das redes sociais.

Partilhar informação útil e credível é também um modo de ajudar os nossos familiares e amigos, proporcionando um contacto com conteúdos que não conheciam.

 

Créditos da imagem:Gareth Harper on Unsplash

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Avelã: muito sabor, boa textura e um aroma diferente

A avelã é fruto da aveleira, uma árvore da família das Betuláceas e a sua maturação ocorre em meados de setembro e outubro. Cultivada por todo mundo, o seu principal produtor é a Turquia seguindo-se a Itália, a Espanha e os Estados Unidos. Em Portugal existe produção deste fruto oleaginoso, numa escala mais pequena, na região da Beira Interior, Trás-os-Montes e Minho Interior.

O seu valor nutricional merece a atenção do leitor, uma vez que tem 14 g de proteínas vegetais por 100 g de avelãs, destacando-se a presença de todos os aminoácidos essenciais, com teores mais elevados de arginina. As fibras dietéticas estão representadas em maior quantidade pelas fibras insolúveis, e atingem cerca de 6,1 g por 100 g. As fibras insolúveis assumem um papel importante na atividade do cólon por estimular a motilidade intestinal. Tal como no pistácio ou na castanha-do-brasil, o seu teor em gorduras é elevado (66, 3 g em 100 g de avelãs). O ácido linoleico ou ómega-6, é um dos mais abundantes atingido 70 – 86% do total, o que pode contribuir para a formação das células e na produção de substâncias semelhantes às hormonas que ajudam no controlo, por exemplo, da inflamação ou do fluxo sanguíneo.

A vitamina E (25 mg/ 100 g), a vitamina B3 ou niacina (1,8 mg/ 100 g) e o ácido fólico ou vitamina B9 (113 µg / 100 g) são algumas das vitaminas presentes na avelã. A vitamina E é considerada um antioxidante natural e o ácido fólico é um nutriente relevante durante a gravidez.

Os minerais fazem parte dos micronutrientes fundamentais ao bom funcionamento do organismo. Assim, encontra neste fruto, potássio (730 mg/ 100 g), fósforo (270 mg/100 g) e cálcio (250 mg / 100 g) em maiores quantidades.

Os compostos fenólicos e os fitoquímicos como o ácido gálico, a epicatequina, o ácido cafeico e a quercetina estão presentes na avelã e através das suas propriedades antioxidantes podem ajudar a reduzir o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, da aterosclerose e outras doenças neurodegenarativas associadas ao stressoxidativo.

É quase Natal, uma época festiva onde pode utilizar a avelã sob diferentes formas, seja por inteiro, adicionando-a a uma taça de frutos secos que podem servir como aperitivo na noite de Consoada, seja como pasta de avelã. A pasta da avelã com cacau é uma boa opção para um lanche em família na altura das férias escolares. Para isso basta bater as avelãs numa trituradora, adicionar cacau puro em pó e uma tâmara natural para adoçar. Se quiser fazer um bolo ou um pão com uma textura, um sabor e um aroma diferente do habitual, triture as avelãs até formar farinha e utilize na confeção destas preparações em substituição de outra farinha de cereais mais convencional.

Referências: Perna, S. et al. (2016).Effects of Hazelnut Consumption on Blood Lipids and Body Weight: A Systematic Review and Bayesian Meta-Analysis. Journal Nutrients, 8, 747; Alasalvar, C. et al. (2009). Antioxidant Activity of Hazelnut Skin Phenolics. J. Agric. Food Chem, 57, 4645–4650; Silva, A. et al. Projecto AGRO 162 O Incremento da Produtividade da Aveleira em Portugal. [Internet] acedido a 15 de Dezembro 2019: http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/a_avela_ag.pdf. United States Department of Agriculture , Agricultural Research Service. (2018).  National Nutrient Database for Standard Reference. Acedido em 15 de Dezembro de 2019 no website do United States Department of Agriculture , Agricultural Research Service : https://fdc.nal.usda.gov/fdc-app.html#/food-details/479346/nutrients; Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (2018). Tabela da composição de alimentos. Acedido em 15 de Dezembro de 2019 no website do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge: http://portfir.insa.pt/foodcomp/food?10805; Créditos da imagem: Catarina Santos

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Cancro do esófago: saber mais para prevenir

O cancro do esófago é duas vezes mais frequente em homens que em mulheres e é o sexto mais frequente no mundo, tendo-se registado em 2018 cerca de 572 000 novos casos, 77% dos quais no continente asiático. Em Portugal, registaram-se 706 novos casos em 2018.

O cancro do esófago pode surgir na zona superior do esófago – carcinoma de células escamosas – ou na junção entre o esófago e o estômago, designando-se adenocarcinoma. Sendo um cancro assintomático nos estádios iniciais da doença, o diagnóstico tardio, faz com que a taxa de mortalidade seja elevada.

Fatores de risco associados à alimentação e aos estilos de vida para o cancro do esófago

  • Excesso de peso e obesidade, são fatores de risco conhecidos para diversos tipos de cancro. Um índice de massa corporal elevado, com perímetro abdominal acima dos valores de referência, são fatores de risco para o adenocarcinoma do esófago.
  • Hábitos tabágicos. Fumar aumenta em 70% e 180% o risco de desenvolver adenocarcinoma do esófago e carcinoma de células escamosas respetivamente.
  • Consumo de bebidas alcoólicas.
  • Bebida Mate quando ingerida na forma tradicional da América do Sul, a elevadas temperaturas e bebida por um palhinha de metal.
  • Carnes processadas. O consumo superior a 50g/dia de carnes processadas, tais como produtos de charcutaria e salsicharia, parece estar associado a um aumento do risco para este tipo de cancro.

Que fatores reduzem o risco?

Apesar de não existir evidência científica robusta relativa aos fatores que reduzem o risco para o cancro do esófago, há alguma evidência que aponta para o papel preventivo do elevado consumo de frutas e vegetais, assim como da prática de atividade física.

Nunca é de mais relembrar as recomendações para prevenção do cancro do American Institute for Cancer Research:
– Reduza a ingestão semanal de carne vermelha para 350 – 500g (peso após confeção) e apenas ingira carnes processadas esporadicamente.

– Mantenha um peso adequado para a sua idade e estatura, limitando a ingestão de bebidas açucaradas e de alimentos ricos em açúcares de absorção rápida.

– Limite a ingestão de bebidas alcoólicas.

– Pratique um mínimo de 75 minutos de atividade física intensa ou 150 minutos de atividade física moderada por semana.

– Aumente a ingestão de alimentos ricos em fibra como cereais integrais, oleaginosas, leguminosas e ingira um mínimo diário de 5 porções de vegetais e fruta (equivalentes a 400g).

Referências: Global Cancer Observatory (http://gco.iarc.fr/), International Agency for Research on Cancer 2018. World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research.Continuous Update Project Expert Report 2018.Diet, nutrition and physical activity and oesophageal cancer. Available at dietandcancerreport.org. Crédito das imagens: https://ift.tt/2KrmhCW

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

App Kwit – comprometida a ajudar os novos ex-fumadores

É assim, que a app Kwit recebe quem faz o download da aplicação: “Parabéns! Deixar de fumar é a melhor decisão que tomou na sua vida”.

E, é ! Quando conquistar definitivamente esse patamar vai ter a noção completa da razão de tantas pessoas que gostam de si, ficarem radiantes sobre a sua decisão de deixar de fumar.

Depois de fazer o download, consegue facilmente usar esta aplicação, comprometida a ajudar os novos ex-fumadores na cessação tabágica. É uma aplicação gratuita e está disponível para o sistema IOS e Android.

Uma mudança de comportamentos como é deixar de fumar exige motivação e compromisso para ultrapassar certos momentos, evitando acender um cigarro.

Como esta mudança não acontece de um dia para o outro, todas as ferramentas e recursos que possam ajudar a controlar os fortes desejos de fumar são importantes. É preciso superar cada tentação, momento a momento.

A app Kwit foi desenvolvida para que através da interação digital possa conquistar os inúmeros os benefícios da cessação tabágica. A Kwit recorre a técnicas de jogos para que o seu pensamento e mantenha incentivado a deixar de fumar. E obterá ao longo desse seu percurso algumas estatísticas com informações que podem ajudar a aumentar a motivação: o tempo que passou sem tocar num cigarro, quanto dinheiro economizou, quantos cigarros não fumou, a bem da saúde dos seus pulmões e do seu corpo todo, e muito mais. Por isso, quando tiver uma vontade imensa de fumar, pegue no telemóvel e vá até à Kwit.

Vá! Experimente como o seu telemóvel pode ajudar a superar os momentos mais tentadores, provavelmente solitários, concentrando-se num só objetivo: não fumar!

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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Mindfulness e o paralelismo com a prática de yoga

Jon Kabat-Zinn é biólogo molecular, investigador e promotor da técnica mindfulness e, deu uma entrevista intitulada “Si aumentas la conciencia, los cambios en tu vida vienen solos”, traduzido para o português: se aumentas a consciência do momento presente, as mudanças na tua vida acontecem por si mesmas.

Kabat-Zinn afirma que se levanta às 4 horas da manhã, há mais de 40 anos, dedicando 1 hora à prática de meditação e outra à prática de yoga. Com 72 anos, catedrático na Universidade de Massachusetts, considera que aprender a viver em comunidade respeitando as diferenças e a diversidade é uma força positiva. Interessa-se essencialmente pela experiência direta da interconexão, não se apoiando em crenças, mas em dados adquiridos através de estudos científicos que realiza desde que descobriu a meditação zen aos 21 anos de idade. A grande conclusão destes anos de aprendizagem, de estudo e divulgação, e que está cientificamente provado, é que a prática da atenção plena restabelece o equilíbrio mental e corporal, estimula a cura e o bem-estar.

Desenvolveu o programa REBAP (Redução do strEss Baseada na Atenção Plena) para a redução do stress baseado na atenção plena e em 1982 publicou o primeiro artigo científico sobre os seus benefícios em pacientes com dor crónica e stress. A consciência plena exercita-se prestando atenção de maneira ativa no momento presente, sem emitir juízos de valor. Desenvolver a capacidade de abraçar a realidade das coisas tal como são, é curativo, transformador e muda o nosso cérebro, tal como demostram as investigações neurológicas.

Está provado cientificamente que os pacientes conseguem controlar a dor crónica, a ansiedade, estados de pânico e aliviar os efeitos do cancro ou doença cardíaca. Requer uma disciplina diária, a atenção plena não propõe uma mudança de vida, apenas vive-la com paixão, oferecendo outra maneira de sustentar a experiência a partir da consciência de saber estar presente.

É aqui que se percebe o paralelismo com a prática de yoga. De facto, a prática de posturas, de técnicas de respiração e de relaxamento usadas ao longo de uma aula de yoga, assentam a sua correta execução na consciência do momento presente, na atenção plena dirigida à ligação entre corpo e mente, contribuindo para aliviar sintomatologias do foro psicológico e físico. A aula de yoga é um processo de foco no momento presente, numa atitude de aceitação do que há.

Existem muitos estudos que documentam os efeitos do yoga no ser humano e que podem ser consultados em plataformas como a NCBI. Jon Kabat-Zinn, documentou as alterações experimentadas por 20.000 pacientes que seguiram o programa de prática de oito semanas na clínica que dirige. Regiões do cérebro responsáveis pela aprendizagem e a memória ampliam-se; melhoram as conexões neuronais e inclusive percebe-se alterações no genoma, por exemplo os genes que têm a ver com processos inflamatórios e com o cancro inibem-se. O artigo publicado pela revista Asian Pacific Journal of Cancer Prevention revela como a prática de yoga e meditação permitem esta conclusão.

É importante entender que a prática de yoga não se limita à execução de posturas, é uma prática fundamentada sobretudo na consciência do momento e da atitude sobre o momento, ou seja, há uma atenção plena que quando adquirida na prática da aula se transporta para a vivência do dia-a-dia.

Referências: Dada, R., Kumar, S. B., Chawla, B., Bisht, S., & Khan, S. (2016). Oxidative stress induced damage to paternal genome and impact of meditation and yoga-can it reduce incidence of childhood cancer?. Asian Pacific Journal of Cancer Prevention17(9), 4517-4525; https://ift.tt/2Rzofrj; Créditos da imagem: https://ift.tt/2P6Knrl

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Alimentação saudável na infância: lançar sementes para o futuro

Na infância, uma alimentação saudável, equilibrada e rica em todos os nutrientes essenciais é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças. É nesta altura que são lançadas as sementes para uma vida adulta saudável e livre de doenças.

Sim, a alimentação, em conjunto com outros hábitos e estilos de vida como a prática de atividade física e redução dos tempos sedentários, tem todo este impacto. Por este motivo é essencial saber que alimentos devem fazer parte das refeições do dia-a-dia e quais deverão ser evitados ou apenas consumidos pontualmente.

Entre o nascimento e os 6 meses de vida, o leite materno deverá ser o alimento de eleição, já que assegura todas as necessidades nutricionais para esta fase. A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida, com inicio ideal 1h após o nascimento e estendendo-se até aos 2 anos, sendo diversos os seus benefícios.

Com a desaceleração do crescimento que acontece a partir dos 5/6 meses, verifica-se também uma redução nas necessidades de energia e gorduras e um aumento das necessidades de hidratos de carbono. Nesta altura o aleitamento materno exclusivo não é suficiente para suprimir todas as necessidades nutricionais. Com o aumento do volume gástrico e alteração das enzimas digestivas, começam também a ser aceites mais e mais variados alimentos e em maior quantidade. A adição de açúcar e de sal está contraindicada até aos 12 meses.

É nesta altura que se inicia a diversificação alimentar, com a introdução progressiva de diversos alimentos. É com a diversificação alimentar que se inicia o desenvolvimento do paladar e das preferências alimentares, com a exposição a diversos sabores e texturas. Devem ser preferidos alimentos que fazem parte da Roda dos Alimentos portuguesa e limitado o acesso a alimentos industrialmente processados.

O rápido crescimento que se verifica durante o primeiro ano de vida, diminui entre o 2º e o 3º anos. No 2º ano de vida é frequente verificar-se uma redução no apetite e na ingestão alimentar, a chamada “anorexia fisiológica”. É importante que nesta fase sejam colocados à disposição da criança, alimentos variados de qualidade, sendo a quantidade adaptada ao apetite da criança.

A ingestão de açúcares livres, tais como os adicionados a alimentos e bebidas, assim como o mel, xaropes, sumos e concentrados de fruta, deve ser limitada. O consumo excessivo de açúcares livres contribui para o excesso de peso e obesidade, tendo estes impactos relevantes na saúde a longo prazo.

As gorduras trans, frequentemente utilizadas em alimentos industrializados, deverão também ser limitadas. Por outro lado deverão ser incluídas fontes de ácidos gordos ómega 3, tais como peixes gordos, que deverão ser consumidos duas vezes por semana.

A prática de atividade física de intensidade moderada num mínimo de 60 minutos diários, limitar o tempo em frente a um ecrã (televisão, computador ou jogos), a um máximo de 1 a 2 horas/dia e o incentivo ao consumo de água são também hábitos a ter em conta para que as melhores sementes sejam lançadas, tendo em vista futuro saudável.

Referências: Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. Alimentação Saudável dos 0 aos 6 anos – Linhas De Orientação Para Profissionais E Educadores. Direção-Geral da Saúde, 2019.; who.int/features/factfiles/breastfeeding/en/, acesso em [5/10/2019].; Crédito das imagens: free stock photos from www.picjumbo.com por Pixabay

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Cancro da próstata e cálcio: qual é a relação?

cancro da próstata e cálcio

cancro da próstata e cálcio

Quando os doentes recorrem às consultas de Nutrição Oncológica, é comum terem dúvidas acerca da possível relação entre cancro da próstata e cálcio. Assim, é importante proceder-se a um esclarecimento baseado na evidência científica atual.

Cancro da próstata e cálcio: o que é e para que serve o cálcio?

O cálcio é o mineral que existe em maior quantidade no organismo, sendo armazenado, principalmente, no tecido ósseo.

Para além da função estrutural nos ossos, o cálcio atua na transmissão de impulsos nervosos, na coagulação sanguínea, na vasoconstrição e na vasodilatação, na contração e relaxamento dos músculos, na libertação de hormonas, na sinalização intracelular e na manutenção do ritmo cardíaco. Contribui também para o normal metabolismo energético, para um correto funcionamento das enzimas necessárias à digestão e para os processos de divisão e especialização celular.

Os alimentos e os suplementos alimentares são as principais fontes de cálcio. De entre os primeiros, destacam-se o leite e os seus derivados, como o queijo e o iogurte, e alguns vegetais, como a couve e os bróculos. O cálcio pode ser encontrado noutros alimentos, aos quais foi adicionado pela indústria alimentar (cereais, bebidas, entre outros).

Cancro da próstata e cálcio: o que nos diz a ciência?

Para se investigar a relação entre cancro da próstata e cálcio, foram desenvolvidos estudos pré-clínicos, em células de cancro da próstata e em modelos animais, e estudos em humanos.

Cancro da próstata e cálcio: Estudos in vitro

Quando consideradas apenas células, o leite de vaca pode estimular o crescimento de células de cancro da próstata, não parecendo esse crescimento ser afetado pela bebida de soja. Já no caso da bebida de amêndoa, pode inibir o desenvolvimento das células cancerígenas.

Cancro da próstata e cálcio: Estudos in vivo

É imprescindível estudar o efeito num organismo e não apenas considerar células isoladas. Deste modo, foram desenvolvidos trabalhos em roedores.
Um desses estudos concluiu que o tamanho do tumor e a progressão da doença foi similar entre os animais que consumiram doses baixas de cálcio e aqueles que consumiram doses elevadas do mineral.

Outro trabalho usando roedores estudou o impacto da vitamina D e do cálcio. Os animais que receberam a dieta normal em cálcio e pobre em vitamina D apresentaram tumores maiores que os roedores submetidos a uma alimentação rica em cálcio e vitamina D.

Cancro da próstata e cálcio: Estudos em humanos

cancro da próstata e cálcioVários foram os trabalhos epidemiológicos realizados que pretendiam avaliar a influência do consumo de cálcio, de laticínios ou ambos no risco de desenvolvimento de cancro da próstata. Os resultados são bastante diversos: risco aumentado, fraca relação, sem qualquer relação e risco diminuído. Estas diferenças prendem-se com as metodologias usadas, com as limitações das mesmas e com a competição com outros fatores de risco presentes que não foram considerados. Contudo, de um modo geral, estes estudos observacionais sugerem que uma ingestão elevada de cálcio pode estar associada a um risco aumentado de cancro da próstata e a uma forma mais agressiva da doença, comparativamente a uma baixa ingestão.

No que diz respeito ao risco de recorrência da doença após cirurgia, parece estar aumentado tanto em homens com ingestão elevada como com baixa ingestão de cálcio. Num ensaio clínico randomizado (estudo de intervenção), foram considerados dois grupos: grupo de homens a quem foi dado cálcio, durante 4 anos; grupo a quem não foi dado qualquer suplemento de cálcio. Ambos foram seguidos durante 12 anos, tendo os investigadores verificado que, nos primeiros 6 anos, existiram poucos casos de cancro da próstata em ambos os grupos e que, ao fim de 10 anos, não havia diferença entre o número de casos de doença entre os dois.

Vários são, também, os estudos de revisão efetuados, não havendo consenso entre eles. Assim, uns mostram existir aumento do risco de cancro da próstata com o consumo de cálcio e de laticínios, outros mostram não haver qualquer relação. O cálcio oriundo de fontes vegetais, parece não estar relacionado com esse risco.

Quando o mineral é ingerido sob a forma de suplementos, dois estudos mostraram não haver aumento da probabilidade de desenvolvimento da doença. Um deles concluiu, ainda, que também não existe aumento da taxa de mortalidade por cancro da próstata.

Referências: Tate PL et al: Milk stimulates growth of prostate cancer cells in culture. Nutr Cancer 63 (8): 1361-6, 2011; Mordan-McCombs S et al.: Dietary calcium does not affect prostate tumor progression in LPB-Tag transgenic mice. J Steroid Biochem Mol Biol 103 (3-5): 747-51, 2007; Ray R et al.: Effect of dietary vitamin D and calcium on the growth of androgen-insensitive human prostate tumor in a murine model. Anticancer Res 32 (3): 727-31, 2012; Butler LM et al.: Calcium intake increases risk of prostate cancer among Singapore Chinese. Cancer Res 70 (12): 4941-8, 2010; Kurahashi N et al.: Dairy product, saturated fatty acid, and calcium intake and prostate cancer in a prospective cohort of Japanese men. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 17 (4): 930-7, 2008; Raimondi S et al.: Diet and prostate cancer risk with specific focus on dairy products and dietary calcium: a case-control study. Prostate 70 (10): 1054-65, 2010; Park Y et al.: Calcium, dairy foods, and risk of incident and fatal prostate cancer: the NIH-AARP Diet and Health Study. Am J Epidemiol 166 (11): 1270-9, 2007; Giovannucci E et al.: A prospective study of calcium intake and incident and fatal prostate cancer. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 15 (2): 203-10, 2006; Koh KA et al.: Dairy products, calcium and prostate cancer risk. Br J Cancer 95 (11): 1582-5, 2006; Ahn J et al.: Dairy products, calcium intake, and risk of prostate cancer in the prostate, lung, colorectal, and ovarian cancer screening trial. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 16 (12): 2623-30, 2007; Mitrou PN et al.: A prospective study of dietary calcium, dairy products and prostate cancer risk (Finland). Int J Cancer 120 (11): 2466-73, 2007; Kesse E et al.: Dairy products, calcium and phosphorus intake, and the risk of prostate cancer: results of the French prospective SU.VI.MAX study. Br J Nutr 95 (3): 539-45, 2006; Rohrmann S et al.: Meat and dairy consumption and subsequent risk of prostate cancer in a US cohort study. Cancer Causes Control 18 (1): 41-50, 2007; Binder M et al.: Calcium intake, polymorphisms of the calcium-sensing receptor, and recurrent/aggressive prostate cancer. Cancer Causes Control 26 (12): 1751-9, 2015; Baron JA et al.: Risk of prostate cancer in a randomized clinical trial of calcium supplementation. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 14 (3): 586-9, 2005; Gao X et al: Prospective studies of dairy product and calcium intakes and prostate cancer risk: a meta-analysis. J Natl Cancer Inst 97 (23): 1768-77, 2005;Huncharek M at al: Dairy products, dietary calcium and vitamin D intake as risk factors for prostate cancer: a meta-analysis of 26,769 cases from 45 observational studies. Nutr Cancer 60 (4): 421-41, 2008;Qin LQ et al.: Milk consumption is a risk factor for prostate cancer in Western countries: evidence from cohort studies. Asia Pac J Clin Nutr 16 (3): 467-76, 2007; Bristow SM et al.: Calcium supplements and cancer risk: a meta-analysis of randomised controlled trials. Br J Nutr 110 (8): 1384-93, 2013; Aune D et al.: Dairy products, calcium, and prostate cancer risk: a systematic review and meta-analysis of cohort studies. Am J Clin Nutr 101 (1): 87-117, 2015. Fontes de imagens: https://ift.tt/2Rb3v8V; https://ift.tt/2qVpKFu

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